Ainda mal ultrapassadas as comemorações do 25 de Abril de 1974, e já o esquerdismo radical dominante na comunicação social dita de referência, no analfabetismo boçal que costumeiramente o caracteriza, voltava a debitar um chorrilho de mentiras e aleivosias atrozes, desta vez a propósito da passagem do sexagésimo sétimo aniversário do bombardeamento alemão a Guernica.
É curioso que a Guerra de Espanha, mesmo nos dias de hoje, é talvez o melhor aferidor da verdadeira postura ideológica de quem quer que seja: a propósito desse conflito, separam-se definitivamente as águas e ou se é pela civilização tradicional do Ocidente ou pela barbárie mais pura e sem escrúpulos. Ora, não deixa de ser curioso e paradoxal que muitos daqueles que se afirmam anti-estalinistas não hesitem, quando se debate este tema, em assumir a defesa do campo estalinista nesse embate bélico - mostrando o seu verdadeiro rosto - e, pior, continuem a defender convictamente, ainda na actualidade, todas as mentiras que a propaganda comunista da época não se coibiu de espalhar.
No caso concreto, ouvimos mais uma vez que Guernica foi bombardeada em consequência de ordens directas do General Franco; que o bombardeamento causou milhares de vítimas; que, enfim, foram destruídas a Árvore de Guernica e a Casa das Juntas, símbolos do nacionalismo basco.
Tudo isto é falso:
1º) O exército nacionalista, naquela zona composto essencialmente por tropas carlistas, ou seja, bascas, encontrava-se a poucos quilómetros - catorze - de Guernica, cuja ocupação militar, com ou sem bombardeamento, era uma questão de dias;
2º) O ataque aéreo decorreu de decisão directa e exclusiva do Coronel Richthofen, comandante da Legião Condor alemã em Espanha, e, mesmo assim, com a discordância expressa do General Mola; visava desmoralizar os defensores republicanos;
3º) Em decorrência desse ataque, foram mortos em Guernica entre cento e vinte a duzentos e cinquenta civis, e a própria propaganda republicana nunca referenciou outro número acima de mil mortos (à época, essa localidade tinha um total de 7.000 habitantes); porém, uma operação de "agit-prop" comunista realizada com grande mestria, na qual desenrolou papel-chave um quadro que o pintor estalinista Picasso executou a propósito do acontecimento, e que foi pela primeira vez exibido ao público em Paris, durante a Exposição Universal de 1937, no pavilhão da Espanha republicana, deu ao evento contornos míticos que nenhuma correspondência têm na realidade histórica concreta;
4º) Sem pretender entrar em contabilidades macabras, a título meramente comparativo, refira-se que apenas em Madrid, durante o massacre de Paracuellos del Jarama, os comités chequistas comandados pelo comunista Santiago Carrillo executaram em poucos dias, impiedosamente, 8.500 adversários políticos; para azar destes mortos, Picasso não lhes dedicou nenhum quadro…
5º) Nem a Casa das Juntas, nem a Árvore de Guernica foram destruídas pela Legião Condor: assim que os requetés entraram nessa localidade, puseram-nas imediatamente sob sua guarida.
Reposta a verdade, que melhor maneira de terminar este artigo, se não homenagear esses bravos bascos carlistas, tradicionalistas católicos da pátria de Santo Inácio de Loyola e de São Francisco de Xavier, relembrando a letra do seu hino "Oriamendi", que tantas vezes ecoou pelos campos de batalha ao lado do "Cara al Sol":
"Por Dios, por la Patria y el rey lucharon nuestros padres.
Por Dios, por la Patria y el rey lucharemos nosotros también.
Lucharemos todos juntos, todos juntos en unión
defendiendo la bandera de la Santa Tradición.
Cueste lo que cueste se ha de conseguir
que venga el rey de España a la corte de Madrid (bis).
Por Dios, por la Patria y el rey lucharon nuestros padres.
Por Dios, por la Patria y el rey lucharemos nosotros también".
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