sábado, setembro 29, 2012

Una Cum Papa Nostro



Porque o comboio da tradição católica é imparável!

Leituras para os tempos que vão correndo

Recomendadíssima a “Concepción Católica de la Economía”, do Padre Julio Meinvielle, uma obra todo ela embrenhada pelo pensamento social de São Tomás de Aquino e mais latamente da Igreja. Para que tantos católicos, ainda que com boas intenções, não tomem mais por católico aquilo que de católico nada tem e vice-versa. Leitura a ser complementada pela consulta da magnífica e renovada “Distributist Review” e do excelente “El Matiner Carli”.

Pequenos sinais evidentes

Um destes últimos dias - o que, de resto, faço em quase todas as semanas do ano - fui ao supermercado. Que tenha reparado, na ocasião, cruzei-me sucessivamente com três moçoilas, todas elas tatuadas: uma, tinha o desenho de um golfinho no pescoço; outra, de um conjunto de estrelas também no pescoço; outra ainda, por sinal trajada de forma bastante imodesta, de mais um conjunto de estrelas, desta vez abaixo do seu ombro esquerdo, e do que me pareceu ser um sol no respectivo tornozelo direito. Pelo meio, ainda topei um “orc” com um carácter chinês grafado na zona da nuca. Pensei para comigo: isto são pequenos sinais evidentes de uma sociedade em avançado estado de decomposição e em processo de acelerado retorno à barbárie. E lembrei-me então da leitura deste “Night of the Living Enlightenment”, de Michael J. Matt, publicado recentemente no “The Remnant”.

domingo, setembro 16, 2012

A desconstrução do Estado e da Igreja


A “AmChurch”, de que Michael Voris fala, é a “Outra” que nos Estados Unidos usurpou o espaço público da Igreja Católica e beneficia abusivamente do prestígio histórico acumulado por esta última. À imagem do que sucede com a sua irmã gémea, a “Igreja Autocéfala Modernista Lusitana”, em Portugal.

sábado, setembro 15, 2012

Um estranho afã

Ainda que conjunturalmente concorde com algumas das críticas feitas, não deixa de me causar estranheza o afã público com que D. Januário Torgal Ferreira tem fustigado - por duas vezes, nos últimos tempos - a pessoa do Primeiro-Ministro Passos Coelho e a política económico-financeira do actual Governo.

Não direi que o Bispo das Forças Armadas, com tal postura, haja extravasado objectivamente o âmbito do seu múnus episcopal, mas parece-me indubitável que o está a levar aos limites do admissível. Se porventura a sua posição crítica fosse manifestada de boa fé, a mesma poderia subsumir-se a uma defesa mediata, quiçá algo forçada, dos ensinamentos sociais da Igreja. Porém, boa fé em D. Januário Torgal Ferreira é coisa que creio não existir, supondo-o antes animado por outros interesses mais mundanos, mais rasteiros e mais difusos do que os ensinamentos da Igreja.

De facto, não é com certeza a preocupação com a salvaguarda do magistério eclesial que faz mover o Ordinário Castrense: fosse essa e ele teria defendido com denodo igual ao agora demonstrado a doutrina da Igreja concernente ao divórcio, ao aborto e aos emparelhamentos de homossexuais. E não foi isso que sucedeu, muito pelo contrário, conforme o demonstram as circunstâncias. Um estranho afã portanto, o de D. Januário Torgal Ferreira.

Para terminar, direi tão-só mais que alguém que exerce o cargo de Bispo das Forças Armadas deveria perceber, quanto à pessoa do Primeiro-Ministro Passos Coelho, que um homem que é favorável ao aborto e ao emparelhamento de homossexuais, por maioria de razão, não terá quaisquer escrúpulos em adoptar políticas que desrespeitem o pagamento do salário justo ou que oprimam os mais pobres. D. Januário Torgal Ferreira deveria perceber isto, mas desgraçadamente não percebe, porque na sua substância é igual a Passos Coelho, dele se distinguindo apenas acidentalmente quanto ao modo preferido de organização económica da sociedade - ambos materialistas, um favorável ao liberalismo anticristão; outro favorável ao socialismo outrossim anticristão.

sexta-feira, setembro 14, 2012

Passos Coelho é incompatível com os valores cristãos

Concordo com as linhas essenciais, sem prejuízo de preferir pessoalmente a monarquia católica à democracia cristã.




quarta-feira, setembro 12, 2012

La opción monástica



A menudo, en conversaciones con amigos sobre la situación actual nacional y mundial, sale el consabido “… y ahora, ¿qué viene?”. En este mundo turbulentísimo, apartado de Dios, con una geopolítica durísima que nos aboca casi de manera impepinable a la III Guerra Mundial, salen autores como Benson o como Michael O’Brien, que se han tomado el esfuerzo –y no digo que no haya sido duro- de conjeturar acerca de cómo podrían ser las cosas. Y creo que es por ahí por donde vienen los tiros.
¿Qué se puede decir? Lo que viene dista de ser fácil. La persecución ya física contra los cristianos en muchas zonas del mundo (países musulmanes en general, China, Vietnam, Cuba, etc.), se le une la persecución en países occidentales, donde cada vez estamos más acorralados y asfixiados (EEUU, Venezuela, Israel, Unión Europea, etc.). Lo lógico es esperar que tanto la presión como la persecución (la física también) vayan a más en un futuro más o menos cercano.
Bien. El Papa parece tener su propia opinión acerca de lo que se viene y qué hacer. Y me encontré hace unos días con alguien que con mejores palabras que las mías había sintetizado esto en un artículo titulado “La opción monástica”.
Eso toca ahora: la opción monástica. Personalmente creo que no hay otra.
Pero que nadie se engañe. Puede haber un mal trago. De hecho va a haber un muy mal trago. La victoria que viene a continuación es la de Cristo. Todo menos desesperar.

Rafael Castela Santos

segunda-feira, setembro 10, 2012

Por uma autêntica arquitectura sagrada cristã - a Catedral de Nossa Senhora de Fátima, em Karaganda, no Cazaquistão


Enquanto por cá os responsáveis da Igreja portuguesa continuam a elogiar - demonstrando assim as suas preferências estéticas de ruptura - a arquitectura religiosa personificadora da revolução litúrgica pós-conciliar, desde os inqualificáveis mamarrachos de betão armado construídos a partir dos anos 70 até à recente e inenarrável “Capela Árvore da Vida”, é bom constatar que, um pouco pelo resto do mundo, um cada vez mais vigoroso movimento artístico vai contrabalançando a tendência ainda prevalecente em Portugal, defendendo com primor os cânones da ortodoxia tradicional que devem nortear a autêntica arquitectura sagrada cristã e propondo projectos novos inteiramente inspirados por aqueles mesmos cânones.


Nesta última categoria, conforme o comprovam as fotografias aqui publicadas, inclui-se a recém-construída e consagrada Catedral de Nossa Senhora de Fátima, em Karaganda, no Cazaquistão, obra imbuída de um espírito de beleza, reverência e dignidade autenticamente católico, em boa parte fruto do exemplar labor episcopal desenvolvido por Monsenhor Athanasius Schneider naquela diocese da Ásia Central. Ora, com respeito à edificação desta catedral e ao que ela simboliza, convém reter as importantes palavras pronunciadas pelo insigne bispo em entrevista concedida à Agência Zenit, de que os nossos amigos do “Fratres in Unum” dão eco parcial abaixo transcrito:

A arte é seguramente um instrumento de evangelização eficaz, como nos recorda o Magistério, e o Santo Padre insta-nos e encoraja-nos para que a usemos. Pode contar-nos a sua experiência de promotor de obras, que tanta arte e tanta beleza quis na sua diocese como sinal do testemunho da fé católica?

 A construção de uma nova catedral com uma estética verdadeiramente sacra e recheada com obras de arte é também uma proclamação daquele que é o primeiro dever da Igreja: dar a Deus, a Deus encarnado, o primeiro lugar, um lugar visível, pois Deus fez-se visível com a Encarnação e na Eucaristia; dar a Deus o primeiro lugar também no sentido de oferecer a beleza artística em sua honra, pois é Deus o autor de toda a beleza e merece receber em sua honra, da parte dos fiéis, obras verdadeiramente belas.

Além disso, uma catedral como esta pode ser uma concreta manifestação do terno amor de uma comunidade fiel, a esposa de Cristo, para com o Corpo de Cristo, que, em certo sentido, oferece em honra deste mesmo Corpo de Cristo a prodigalidade da mulher pecadora, que em honra de Cristo ofereceu aquele vaso de perfume precioso cujo preço era extraordinariamente grande («mais de trezentos denários», cf. Mc 14, 4). A fim de ungir o corpo de Cristo, a mulher pecadora gastou uma soma de dinheiro com a qual poderia sustentar uma família ao longo de um ano inteiro. As pessoas presentes indignaram-se diante de tamanho desperdício. Jesus, porém, louvou este santo desperdício dizendo: «Fez para comigo uma obra boa» (Mc 14, 6). Também hoje se deve continuar a fazer o “santo desperdício” para com Jesus.


Já visitaram a nova catedral muitas pessoas. Na maioria foram pessoas não católicas, e até mesmo não cristãs. Foram atraídas pela beleza e exprimiram de modo claro a sua admiração. Houve mesmo algumas mulheres não cristãs que até choraram de comoção à minha frente. Uma vez, durante meia hora, mostrei e expliquei a catedral a um jovem casal não cristão, com todos os pormenores da arte e das coisas sacras. Quando terminei e depois de sairmos da catedral, esta mulher não cristã disse-me: «Nesta meia hora purifiquei a minha ama. Posso vir cá outra vez sozinha? É que quero admirar no silêncio estas coisas belas?» Ao que eu respondi: «Certamente. Pode voltar todas as vezes que quiser.» Nessa meia hora, com a minha explicação de uma arte que é sacra e bela, consegui dar uma lição sobre a verdade da fé católica. A reacção de quase todas as pessoas que até agora visitaram a catedral, e especialmente das pessoas não cristãs, foi espontânea e neste sentido: admiração, silêncio, abertura ao sobrenatural. Constatei em todos estes casos que a verdade da alma humana é naturalmente cristã, como disse Tertuliano, isto é, Deus inscreveu na alma humana a capacidade para o conhecer e para o venerar. O dever dos católicos é o de conduzir estas almas, assim abertas em relação à fé e à adoração sobrenatural, para a adoração de Cristo, da Santíssima Trindade, é o de conduzir as almas para o céu. Nas grandes portas de bronze à entrada da catedral estão escritas estas palavras da Sagrada Escritura: «Esta é a casa de Deus, esta é a porta do céu» (Domus Dei-porta coeli). Estas palavras sagradas são, por isso, um mote muito adequado para esta catedral, isto é, para esta obra visível de evangelização, como o são também para toda a obra da evangelização.