sexta-feira, fevereiro 27, 2009

Entrevista a "O Sexo dos Anjos"

Coube-me a vez de responder às perguntas do Manuel Azinhal, ilustre autor d’”O Sexo dos Anjos”, na ronda que o mesmo tem vindo a efectuar por vários blogues amigos. A entrevista que daí resultou, para quem o queira fazer, pode ser lida aqui.

segunda-feira, fevereiro 23, 2009

Deseducação sexual

Em vez de impor de modo coercivo a (des)educação sexual nas escolas do 1º (a alunos de seis anos de idade!) ao 12º ano, não seria melhor que o governo anticristão socrático os ensinasse a ler, escrever e contar correctamente, coisa que a maior parte deles não sabe fazer hoje em dia? Ao invés, tal governo prefere espezinhar os direitos naturais dos pais e da família, desprezar o princípio cristão da subsidiariedade, interferir em matéria pertencente à consciência individual e prosseguir a empresa de demolição da identidade nacional portuguesa. Percebe-se porquê, sabendo-se a ideologia que nele impera. Apetece-me citar um aforismo (escólio) de Nicolás Gómez Dávila, o genial escritor católico colombiano de que os medíocres sem escrúpulos que nos desgovernam jamais ouviram falar:

La educación sexual se propone facilitarle al educando el aprendizaje de las perversiones sexuales.

Quanto ao mais, faço minhas as palavras do caríssimo Hugo Pinto Abreu e assino-as sem reservas por baixo.

A neurose progressista "cristã"


Intitulada "O Cristo Mágico" e escrita por um "Corcunda" cada vez mais firmemente esteado na solidez imperecível da tradição católica, aqui fica um trecho de uma brilhante escalpelização da neurose comummente conhecida pelo nome de progressismo "cristão".

A religião é justificação para a conduta e não uma séria compreensão do transcendente. Esta é modelada para satisfazer o ego e não para conformar o ego ao cosmos, como todas as religiões que se prezam, professam. O Cristianismo reduzido a uma forma de “auto-ajuda” é uma adaptação da religião à servidão labrega ao nosso tempo.

Não preciso de dizer o que acontece quando os homens se crêem santos independentemente do seu comportamento, ungidos pelo rumo histórico, pela racionalidade, pelo fim da racionalidade e o apogeu do sentimento, ou demais profecias “joaquinitas” de santificação da humanidade. As heresias antigas entregaram-se à miséria moral e espiritual, as modernas ao genocídio. Com enxadas não se pode ter uma máquina de morte…

Há mais eternidade na culpa de um pecador relapso do que na impenitência do “santarrão” que eliminou, vá-se lá saber através de que revelação, os obstáculos da sua separação de Deus. Tomando-Lhe o lugar, o profeta cria a sua própria “revelação”. Um ideólogo é aquele que constrói um cosmos que o serve. E quando o sexo se torna ideologia, estamos à beira do fim.

Moralismo e hipocrisia


Lido no notável "O Sexo dos Anjos". Daqui mando um grande abraço para o Manuel Azinhal!

Um dos números mais divertidos que nos foi dado ver ultimamente neste circo que é a vida pública contemporânea foi o recente clamor que se ergueu universalmente contra a decisão do Papa de levantar a excomunhão que pesava há vinte anos sobre os fiéis tradicionalistas.

Não houve opinador nem chafarica do universo iluminado e progressista, dos mais anticlericais aos mais habituados à água benta, que não rompesse a bramir protestos, em uníssona exigência:

- Excomunhão ! Excomunhão! Excomunhão!

O coro ouviu-se urbi et orbi, e quem o ouvisse até podia ser levado a pensar que os reivindicantes alguma vez se preocuparam com a sua própria comunhão.

Não é o caso, certamente. Nem é certamente o bem da Igreja o que ocupa os reivindicantes. Mas o mais engraçado nessas multitudinárias manifestações é reconhecer nelas as mesmíssimas forças que há centenas de anos nos andam a doutrinar contra todas as excomunhões, contra todas as excomunhões... Pelo que se pode concluir, afinal, foram sempre contra as excomunhões mas apenas contra aquelas que os atingem a eles. Desde que recaia sobre os outros, os maus, excelente coisa é a excomunhão!

O mesmo acontece com o famigerado índex; não há filho do progresso, do mais avermelhado ao mais malva descorado, que não se agite em frémitos de indignação só de falar em proibições de livros, ideias, pensamentos... Apanhem-se no poder, porém - e os livros até os queimam, as bibliotecas são devidamente depuradas, as ideias só com o carimbo da correição, e até as palavras, e pessoalíssimas opiniões, têm que submeter-se ao crivo da conformidade política, zelosamente vigiadas por leis, polícias, jornais, tribunais e restantes instituições. Os índices, proibições e interditos ganham estatuto de pilares fundamentais da ordem pública.

Magistério papal ordinário constante

domingo, fevereiro 15, 2009

O caso Williamson


Só esta semana me foi possível escutar as polémicas declarações de Monsenhor Richard Williamson à televisão sueca. Que dizer?

Abstraindo-me dos preconceitos ruidosos do mundo e pensando com verdadeira liberdade, não vislumbro qualquer afirmação negacionista nas palavras do bispo tradicionalista. Acaso este refutou a índole pagã e anticristã do regime nacional-socialista ou que o mesmo, durante a II Guerra Mundial, houvesse perseguido e assassinado um elevadíssimo número de judeus em toda a Europa ocupada? Objectivamente, não! Monsenhor Williamson limitou-se a questionar o número oficial habitualmente apresentado como sendo o do total de vítimas de tal perseguição - seis milhões de mortos -, bem como a duvidar da existência de um dos meios de execução empregues naquela - as câmaras de gás. Por isto só, chamar-lhe de imediato "nazi" e "negacionista" parece-me notório extremismo de tolerantes intolerantes reflexivamente estimulados, os quais demonstram à saciedade a farsa hipócrita em que a liberdade de expressão se transformou nas sociedades ocidentais contemporâneas supostamente democráticas, mas de facto cada vez mais tirânicas à maneira orwelliana. Sociedades, ademais, invertidas onde se nega a existência de Deus e blasfema com toda a impunidade, onde se assassinam crianças indefesas no interior do ventre materno e se matam doentes nos seus leitos… Quem é nazi, afinal?!

Sem prejuízo, deveria Monsenhor Williamson ter proferido publicamente estas afirmações? Entendo que não! E causa-me profunda estranheza que um homem com o seu saber e traquejo o haja feito, caindo assim numa armadilha infantil, já que é consabida a natureza anticristã e canalha - por força de quem os controla - da generalidade dos meios de comunicação social modernos. Ao fazê-lo, foi notoriamente imponderado, embaraçou em público a Fraternidade Sacerdotal de São Pio X e o Papa Bento XVI, e forneceu aos inimigos internos da Igreja Católica - os hereges modernistas - um precioso argumento para atacarem com despudor selvático a tradição católica e pessoa do Santo Padre, vomitando sobre ambas todo o ódio que lhes têm. Algo que até os judeus de boa fé reconhecem… Em suma, parece-me que Monsenhor Williamson nunca se deveria ter exposto em público da maneira que se expôs, quando em causa nem sequer estava a defesa de matéria de fé ou moral, mas apenas a discussão das dimensões de um acontecimento histórico que não é assunto de fé ou moral.

Deste modo, e em face da tempestade desencadeada, é compreensível e canonicamente fundamentada a exigência que Sua Santidade lhe impôs de se retractar publicamente de tais pontos de vista, caso pretenda ser admitido ao desempenho de funções episcopais na Igreja institucional. Porém, chegado a este ponto, não posso deixar de sublinhar o seguinte: porque precisamente o denominado Holocausto não é matéria de fé ou moral, ao elevar a crença na versão aceite deste a requisito imprescindível para o exercício do múnus episcopal, o Papa em coerência há-de ter igual grau de rigor para com todo o conjunto de verdades de fé e moral católicas. O que por enquanto, e de modo surpreendente, continua a não suceder em relação a muitos lobos com pele de cordeiro no seio da Igreja. Alguns até com barrete cardinalício. Acredito todavia que tal panorama mude em breve.

Complementarmente, sugiro a também a leitura dos seguintes artigos abaixo indicados, com cujo teor concordo genericamente (com reservas em relação ao de Mosebach):

segunda-feira, fevereiro 09, 2009

Autocarros de que gostamos



As alternativas são infinitas com este "bus slogan generator", que nos possibilita largos momentos de boa disposição à custa da toleima do mundo moderno.

quinta-feira, fevereiro 05, 2009

Pela Liberdade da Igreja

Lido no nosso amigo "Corcunda". Excelente, como de costume!

“Rezai por mim, para que eu não fuja, por receio, diante dos lobos.”

Há por aí uma gente que quer que o Papa policie as mentes não em nome da Fé, mas em nome dos dogmas secularistas que por aí pululam. Acusam a Cristandade de sancionar as mentes, mas ao invés de proclamarem a liberdade de consciência, erguem novos dogmas de utilidade política. Nunca vi o Papa reclamar que se reconheça que um crime contra os Cristãos seja matéria doutrinária para outras religiões, ou obrigar quem quer que seja a acreditar na existência terrena e a morte de Jesus como facto histórico. A negação de que houve muitos crimes contra os Cristãos ou de que Jesus existiu e foi morto é uma visão amputada da História, mas não constitui um crime contra quem quer que seja, não merecendo sanção, mas educação e piedade. Acresce a isto que a generalidade dos defensores da Liberdade aceitam de bom grado a existência desses crimes mentais, não se ouvindo uma palavra de piedade pelos massacres de Cristãos que se dão por todo o Próximo e Médio Oriente HOJE, ou pelo tratamento dado aos católicos por todo o Israel.

Como se pode compreender que exista tanta preocupação com o negacionismo no seio da Igreja (quantos haverá na Igreja, 1, 10, 100, 1000?), abaixo-assinados em França e na Alemanha contra o Bispo Williamson, e não exista uma preocupação com os milhares e milhares de católicos que apoiam associações e partidos abortistas. Como pode não existir uma petição pela excomunhão de católicos que se opõem à Doutrina da Igreja e haver um barulho ensurdecedor para que se castigue um bispo que nada disse contra a Fé? Assim se vêem as preocupações e a Norma dos nossos católicos, sempre prontos a rastejar perante os senhores do mundo.
Escolhem o seu lado...

terça-feira, fevereiro 03, 2009

Apoio ao Papa Bento XVI


Convidamos todos os nossos leitores a assinarem esta petição de apoio e agradecimento ao Papa Bento XVI, pelas suas recentes decisões em benefício da Tradição Católica.