segunda-feira, outubro 31, 2005

Breves - 16

- Existe uma emissora radiofónica de espírito verdadeiramente católico? Decerto que sim: a absolutamente excelente Rádio Cristiandad argentina! Recomendo a todos a sua audição, e sem quaisquer reservas! Um extraordinário trabalho que difunde a verdade da tradição católica à escala mundial!

- Desconheço se o meu amigo FGSantos já leu o último "Astérix". Se não o fez, aconselho-lhe tal leitura (convite extensível ao Camisa Negra), quanto mais não seja para conhecer o novo comandante do campo de Petibonum - o centurião Avantipopulus. Pessoalmente, julgo que Uderzo fez uma aposta arriscadíssima neste último álbum, e ganhou-a em pleno.

- Com grande atraso: parece que este espaço foi posto na lista negra do Aeroporto de Heathrow. Pelos vistos, a censura do tirano politicamente correcto Blair não gosta de nós. Mesmos pequeninos, incomodamo-lo. Para mim, como responsável d"A Casa de Sarto" - e com certeza para o Rafael -, tal circunstância não pode deixar de ser um motivo de justo e legítimo orgulho, pois é a prova provada de que por estes lados se encetou pelo bom caminho!

- De seguida, uma saudação especial para os meus visitantes do Brasil: felicito-os pelo magnífico resultado do referendo do passado Domingo, dia 23, que recusou esmagadoramente a proibição do livre comércio de armas e o consequente desarmamento dos cidadãos honestos e cumpridores da lei. Um país em que as pessoas se deixam tratar de modo diferente, é um país com uma população que aceita a imposição de um estatuto de menoridade cívica. Curioso tal desiderato das autoridades brasileiras: aquilo que jamais passaria pela cabeça de um monarca medieval, por ser uma clamorosa violação da ordem natural e do direito à legítima defesa, é algo que os déspotas da pós-modernidade que nos governam, não hesitam em tentar consumar… Outrossim, sugiro a consulta deste excelente artigo de Dom Lourenço Fleichman: à atenção de muitos modernistas, e também de outros tantos pagãos desinformados e mal intencionados.

- O intragável Abbé Pierre, uma das figuras de proa da autodemolição da Igreja Católica em França, com a soberba característica dos impenitentes, veio a público vangloriar-se de pecados contra a castidade que cometeu ao longo da sua vida, aproveitando a ocasião para defender a ordenação sacerdotal de mulheres e adopção de crianças por parelhas de sodomitas. Um herege notório este Abbé Pierre, e ainda por cima escandaloso, mesmo aos noventa e três anos de idade…

- Em Roma, terminou o Sínodo dos Bispos. À maneira dos avestruzes, os eminentíssimos e reverendíssimos participantes ignoraram olimpicamente o tema da Missa de rito latino-gregoriano, elogiando, na mais completa cegueira fanática, as potencialidades inexploradas da reforma litúrgica do V2. Entretanto, sobre a Missa de sempre, envolveram-se em polémica os Cardeais Francis Arinze e Dario Castrillon Hoyos: o primeiro, nigeriano com fama de conservador (!), numa nota privada de sua autoria que tem circulado pelo Vaticano, defende que a Missa de sempre foi abolida pelo V2; o segundo, colombiano de tendência tradicionalista, por mais de uma vez e em público, já disse que não. Por mim, para "desempatar", convoco São Pio V

- Regressando às potencialidades da reforma litúrgica do V2: será que nestas fotografias já se vislumbra a concretização daquelas?...

JSarto

sexta-feira, outubro 21, 2005

Um judeu acerca dos certos judeus modernos

El gran autor judío brasileño converso al catolicismo, el Profesor Julio Fleichman -uno de los principales discípulos de Gustavo Corção- nos deleita nuevamente con su trabajo sobre la salvación para los judíos que se puede encontrar completo aquí. En él arranca comentando sobre la película La Pasión, de Mel Gibson, y sus implicaciones. A Casa de Sarto habló sobre Julio Fleichman aquí, haciéndonos eco de la muerte del insigne autor y retornaremos, sin duda, al Dr. Julio Fleichman, portador de una interesante visión de los acontecimientos modernos.
Julio Fleichman es un hombre inolvidable. Yo fui muy influenciado por su libro “O Itinerário Espiritual da Igreja Católica”, un análisis escatológico en profundidad, una destilación de alta potencia espiritual, de la Historia de la Iglesia, obra penetrante y sabia que vivamente recomiendo.
Me acuerdo con mucha nostalgia de nuestro comentador Jacobo San Miguel, también judío converso al catolicismo, que falleció el día de Epifanía del 2005. Su muerte ejemplar, como la vida ejemplar del Profesor Julio Fleichman, son pruebas de la excelencia de la raza electa, de la raza hebraica, cuando son conversos al catolicismo.
Extractamos un fragmento sobre sus apreciaciones sobre La Pasión, de Gibson:

“Mais ainda, preocupado com a imediata e agressiva reação da B’nai B’rith, Mel Gibson procurou fazer-lhes concessões eliminando do filme uma passagem em que os judeus que pressionaram Pôncio Pilatos a mandar crucificar Jesus gritam: “que o seu sangue tombe sobre nós e os nossos filhos”, embora este grito esteja reportado nos Evangelhos. Logo, evidentemente, o que os grupos de judeus que se voltam contra o filme querem é, mais uma vez, repudiar o Cristo e a sua Igreja. Isto é uma pena, sobretudo para os próprios judeus aos quais gostaria de procurar ajudar a limpar sua alma e seu coração de tanta acrimônia, para que pudessem ouvir a pregação do Cristo em toda a sua mansidão e considerar os argumentos que lhes podemos oferecer em sua simples racionalidade, digna de aceitação se for verdadeira, para que se coloquem de um modo feliz diante da pregação em questão.”

En el siguiente párrafo el Profesor Julio Fleichman analiza el problema de ciertos judíos modernos (que ciertamente no todos, como él bien nos recuerda). Se refiere a su desprecio o rencor contra Cristo o contra la Esposa Mística de Nuestro Señor, la Santa Madre Iglesia Católica, motivado por una falta de conocimiento de la verdadera historia de los acontecimientos pasados y a veces anegados en la mentira políticamente correcta. El verdadero hecho es que los judíos fueron respetados por los católicos, pero no por musulmanes, protestantes u ortodoxos.

“Os judeus modernos costumam explicar a si mesmos, quando se lhes pergunta alguma coisa a respeito disso, que a raiz mais profunda desse ressentimento vem da lembrança das perseguições que os judeus sofreram no passado, mas proponho aos judeus honestos esta pergunta: é verdade ou não é que esse ressentimento volta-se mais contra a Igreja Católica do que contra os paises, não católicos, onde a perseguição e os massacres efetivamente se deram? Nunca houve perseguição sangrenta aos judeus na Polônia, na Áustria, na Hungria, na Itália. Houve na Rússia ortodoxa do século 19 e começo do século 20, houve na Alemanha protestante no século 20. Costumam citar a Espanha dos reis Católicos Fernando e Isabel que nunca massacraram judeus mas, sim, mandaram expulsa-los do seu reino por razões políticas. Esta expulsão foi efetivada pelo famoso Decreto de Alhambra, admirável na sua retidão e até na delicadeza com que explica a necessidade de expulsá-los. Nenhum judeu conhece esse texto e os detalhes do fato histórico. Querer inculcar a idéia de que a Inquisição forçava judeus a se converterem, não coincide com a natureza dela. A única verdade que realmente ocorreu e, creio eu, ocorre ainda hoje em paises católicos ou ex-católicos é, me parece, um certo mau humor dos gentios para com os judeus, um mau humor em que os judeus não são inocentes porque ele resulta, pelo menos em parte, da maneira pela qual os judeus, em todos os paises onde vivem, constituem uma espécie de fraternidade separada que atribui ajuda e até privilégios aos seus correligionários e olha os demais como adversários. Sem falar na usura com que, no passado, muitos judeus eram mal vistos, sobretudo pela dureza na cobrança de empréstimos.
A verdade (que eu conheci no fundo de minha alma) é que o ressentimento judeu é mais antigo do que as perseguições e o perigo que ronda as almas dos judeus é que esse ressentimento se dirija realmente e antes de qualquer pretexto, contra o Cristo e contra a sua Igreja, que seja uma manifestação do “ódio sem motivo” a que se refere Nosso Senhor (João 15, 25).”

Su análisis implacable y cierto sobre la situación de la Iglesia Católica en nuestros días se ilustra a continuación:

“A verdade é que os atuais dirigentes da Igreja Católica, que traumatizaram a Igreja e até hoje a mantêm sob flagelação desfigurando-a pelos atentados cometidos contra a sua doutrina, seus procedimentos e entendimentos de 20 séculos, produziram uma nova religião, a religião da Igreja pós-conciliar de inspiração maçônica, demagógica, revolucionária, para a qual não é difícil alterar também textos bíblicos ou modificar normas litúrgicas milenares. Fizeram concessões demagógicas, por pressão de organizações tipo B’nai B’rith mas, sobretudo, abandonaram definitivamente sua atividade missionária em favor de um chamado ecumenismo que pretende legitimar todas as religiões e até declarar salvos quem não tem nenhuma. Aqueles que recusam acompanhá-los nisso tudo – um dos quais é precisamente o sr. Mel Gibson – são chamados pela imprensa de “católicos tradicionalistas”, ultraconservadores e até, caluniosamente, de fundamentalistas. Na verdade somos, nós e ele, católicos simplesmente que querem ser apenas aquilo que a Igreja sempre foi.”

Uno de los comentarios finales de Julio Fleichman, enraizado siempre en la Escatología católica, no puede ser olvidado:

“No Evangelho de São Lucas cap.21, 24 há uma curiosa profecia que tem passado desapercebida. Ali se relata que “Jerusalém será calcada pelo pé dos gentios até que se complete o tempo das nações.” Depois de 2000 anos em que Jerusalém esteve dominada por povos diversos, todos não judeus, os judeus tomaram Jerusalém integralmente em 1967, mas só em 1980 é que a proclamaram capital do Estado de Israel. Esta proclamação foi recebida por urros de furor do mundo inteiro, não apenas dos países árabes, da União Soviética mas também da União Européia e dos Estados Unidos que apoiavam Israel mas ficaram contra a retirada de Jerusalém de sob os pés dos gentios. Até a pequena Costa Rica, único pais que tinha sua embaixada em Jerusalém e não em Tel-Aviv, tratou de fazer as malas e mudar-se apressadamente para não reconhecer implicitamente a nova capital de Israel. Esse furor do mundo inteiro, mundo apóstata, incrédulo, inimigo da fé me dá a mim a impressão de estar assistindo a coisas maravilhosas que me mostram que é Deus, Ele mesmo, que dirige em última análise os acontecimentos e que Ele se ri do furor das nações como diz o salmo 2. Ora, se Jerusalém deixou de estar sob os pés dos gentios em 1980, então o “tempo das nações” acabou. Dez anos depois é que o mundo começou a ouvir falar em “Globalização”. Mas estes acontecimentos deveriam ser bem compreendidos pelos judeus também. O tempo das nações acabou para todos. Para eles também. Não há mais distinção entre judeu e grego como diz São Paulo. Muitas razões existem hoje, além desta última, para se supor que vivemos em tempos terminais e nestes tempos a distinção real é entre os que servem ao Cristo e os inimigos dele os quais, apesar de lutarem entre si, irão juntar-se em Armagedon para a batalha final contra Deus. Que Deus nos guarde no bom lado para este combate.”

Nuestro valiente autor, penetrante con el verbo y sus ideas, habla con claridad meridiana del doble rasero de ciertos judíos modernos llamando a las cosas por su nombre. Se trata de los inconsecuencia de ciertos judíos, quienes hablan y se quejan de los crímenes de los alemanes en la Segunda Guerra Mundial, pero no ven que ellos comenten errores y hasta crímenes abominables en el tratamiento que dispensan a los palestinos. Y sigue habiendo quien se preocupa de censurar estos hechos.

“Uma coisa os judeus da B’nai B’rith podem alegar e alegaram contra o filme de Mel Gibson: as autoridades atuais do Vaticano, tanto em pronunciamentos de cardeais, teólogos quanto do Papa atual e do Concilio Vaticano II, modificaram o entendimento e a pregação da Igreja Católica que, por 20 séculos, desde os pronunciamentos de São Pedro e São João Evangelista, por diversos e grandes santos teólogos, São Justino, São João Crisóstomo, São Jerônimo, Santo Agostinho e tantos outros sempre afirmou duas coisas bem claras a respeito da morte de Nosso Senhor Jesus Cristo: o motivo pelo qual a segunda Pessoa da Santíssima Trindade se encarnou como verdadeiro homem, sofreu a Paixão e morte na cruz foi o pecado de todos os homens em todos os tempos, inclusive os futuros, até o fim do mundo, para sua remissão. E, por sua vez, que o Cristo encarnou-se no seio de uma virgem judia, nasceu, cresceu e viveu entre os judeus aos quais se dirigiu em sua pregação mas que não foi por eles recebido. Embora muitos judeus se tenham feito seus discípulos – cerca de 120, entre apóstolos e outros seguidores, estavam presentes no dia de Pentecostes e cerca de 3.000 receberam o batismo nesse dia – a maioria da população de judeus não o recebeu e deixou-se incitar pelos sacerdotes e membros do Sinédrio a pedir a Pilatos a condenação de Jesus preferindo que soltasse Barrabás, o qual era um ladrão. Jesus veio para os seus e os seus não o receberam. É portanto normal se dizer de um modo geral que “os judeus crucificaram Jesus”. Evidentemente ninguém pode dizer quais judeus no meio da multidão que pedia a morte de Jesus eram interiormente culpados disso, realmente. Deus é que sabe. Porém com que direito os judeus de hoje pretendem chamar de racista quem simplesmente diz, generalizando, que “os judeus mataram o Cristo” quando eles efetivamente o mataram? E que dizer da aversão que inúmeros judeus, até hoje, guardam contra “os alemães”, de um modo geral, recusando ir à Alemanha, comprar qualquer produto alemão, até mesmo CDs da Deutche Gramophon. Durante mais de 40 anos era proibido Wagner em Israel e só começaram a tocar porque o maestro judeu Daniel Barenboim arriscou sua vida impondo isso à orquestra que dirigia em Israel. Todos os alemães são culpados das atrocidades nazistas?”

Rafael Castela Santos

quinta-feira, outubro 20, 2005

Contra paganos

Europa no puede existir sin Cristo. Y sin Cristo no se puede conocer a Dios, al verdadero Dios, que es la crux de las religiones no-cristianas.
San Ireneo exhorta a los paganos a volverse a Cristo, pero advertido así y no convertido el pagano es como el perro que vuelve a su vómito, por emplear la metáfora clásica. El paganismo es fuente de males innumerables, entre ellos el racismo y la esclavitud, denominada por la Iglesia como “la oprobiosa institución”. O la persecución a los cristianos, a la que son tan dados histórica y modernamente.
El Padre Castellani escribe sobre los que injurian a Dios y a Cristo de distintos modos y maneras (incluídos los pecadores, pero también los paganos). Un texto enjundioso que merece ser pensado y releído.

Rafael Castela Santos

Hasta luego ...

Con más ganas que nunca regreso a Argentina, nación hermana en la que me siento en casa y, a veces, mejor que en casa.
Volveré en diez días y, si no tengo acceso al internet desde allá, ya contaré algo de Argentina a mi vuelta si se tercia.
Me espera la carne más excelente del mundo, la radio más vibrante en lengua castellana de todo el orbe, la música de Buenos Aires (que es más que el tango), muchas librerías y alfarrabios excelentes, paseos por Corrientes, comidas en la Avenida Mayo, cafés a altas horas de la madrugada hablando con gentes de las más formadas del mundo, el fútbol de más calidad del Universo y hasta el rugby con más promesa del hemisferio sur. A más a más, y para darle sana envidia a mi amigo BOS, mi vista se deleitará con un grupo de las mujeres más bellas que jamás haya yo encontrado.
Y varios amigos. Y de los mejores.
Y mate, mucho mate. Mate sin parar.
Y la Virgen de Luján.
Dicho esto, que nadie se crea que voy de turismo. Yo, siempre que voy a Argentina, voy a trabajar.
Y, si en el camino me pasa algo y no vuelvo, que me entierren en tierra austral envuelto en una bandera argentina, que tiene los colores del Manto de la Virgen. Y que pongan como epitafio de mi tumba el título de este post.
¡Desperta ferro!, que decían castellanos y aragoneses antiguos en defensa de la Fe. ¡Despierta, Martín Fierro! ¡Y mueran los asquerosos e inmundos unitarios!
Saludos a todos nuestros lectores y hasta pronto si Dios quiere,

Rafael Castela Santos

quarta-feira, outubro 19, 2005

Impressões de Paris

- 12 de Outubro, Missa Solene em Saint Nicholas du Chardonnet. Apesar de ser final de tarde de um dia útil, a belíssima igreja parisiense tinha cerca de dois terços da sua lotação ocupada, boa parte dela por jovens, que os modernistas bem gostariam de ver presentes nos seus enfadonhos e paupérrimos serviços religiosos. Contudo, que pode um rito totalmente artificial, nascido torto e nunca endireitado, contra o rito latino-gregoriano de sempre e de todos os santos, quinze vezes secular, e que expressa, com toda a reverência e sacralidade, a grandiosidade da fé católica? Depois de hora e meia de intensa espiritualidade, para a qual o latim, o incenso, a música de órgão, e o cântico gregoriano deram uma poderosa ajuda, e sem que ninguém arredasse pé ou mostrasse enfado, a Missa terminou com fiéis a cantarem o "Ave de Fátima" em francês; alguns, porém, e não apenas eu, como o confirmaram os meus ouvidos, fizeram-no em português.

- Nos dias seguintes, estive de novo em Saint Nicholas: numa delas, enquanto se celebrava a Missa no altar-mor, constatei que num dos altares laterais, exactamente o dedicado a São Nicolau, se rezava simultaneamente outra Missa. Contrariando-se o abuso modernista das concelebrações, reafirmava-se assim a boa doutrina tradicional sustentada pelo Papa Pio XII, na encíclica "Mediator Dei": "Toda a vez, com efeito, que o sacerdote repete o que fez o divino Redentor na última ceia, o sacrifício é realmente consumado e tem sempre e em qualquer lugar necessariamente e por sua intrínseca natureza, uma função pública e social, enquanto o ofertante age em nome de Cristo e dos cristãos, dos quais o divino Redentor é Cabeça, e oferece a Deus pela Santa Igreja Católica e pelos vivos e defuntos. E isso se verifica certamente, quer assistam os fiéis - e desejamos e recomendamos que estejam presentes numerosíssimos e fervorosíssimos - quer não assistam, não sendo de nenhum modo requerido que o povo ratifique o que faz o sagrado ministro". Quantas mais Missas ditas, tanto melhor!

- Por contraposição, para além da passagem sempre obrigatória por Notre-Dame, visitei mais duas igrejas: Saint Roch, nas Tulherias, e Saint Paul et Saint Louis, no Marais. Ambas erigidas em magnífico estilo neoclássico, a segunda na sua variante triunfal jesuítica, o interior delas é uma autêntica metáfora do que o modernismo fez ao Catolicismo: apesar de ser ainda bem visível a sua grandiosidade de antanho, mostram-se terrivelmente vazias, desmazeladas, desprezadas e envelhecidas. As capelas laterais abandonadas, os confessionários transformados em locais de arrecadação, as imagens e pinturas em notória deterioração, pairando no ar um estado geral de degradação. Em Saint Roch, foi-me especialmente penoso ver um lindíssimo altar-mor privilegiado, encimado por uma impressionante escultura maneirista da Sagrada Família, votado ao ostracismo em nome da infame reforma litúrgica, com o seu santuário profanado por um nojento caixote de madeira forrado em veludo vermelho, que supostamente faz as vezes de mesa nas refeições memoriais modernistas.

- Não conhecia a Librairie France Livres, na Rua du Petit Pont, na Rive Droite, situada praticamente ao lado da Catedral de Notre-Dame, e que encontrei por mero acaso e em boa hora. É excelente, guarnecidíssima de obras de autores católicos tradicionais, monárquicos e contra-revolucionários, motivo por que só posso recomendar vivamente aos que me lêem que a visitem, quando tiverem oportunidade para tal. Realço o facto de este ser um local de difusão das Editions Saint-Remi, que cumprem a notável missão de tornar acessíveis ao leitor contemporâneo autores como Monsenhor Delassus, Monsenhor Gaume, o Cardeal Pio, ou os irmãos Augustin e Joseph Lémann, todos verdadeiras figuras de proa da reacção católica antiliberal e antimodernista de finais do século XIX, começos do século XX.

- Inevitável era passagem pela Duquesne Diffusion, no número 27, da Avenue Duquesne, localizada entre os Inválidos e a Torre Eiffel. Nesta ocasião, tal como já havia acontecido na France Livres, sofri um autêntico ataque de prodigalidade aquisitiva de livros, apenas limitado pelo espectro das taxas aeroportuárias de excesso de bagagem. De qualquer modo, entre outros, trouxe "La Nouvelle Messe", de Louis Salleron, "Socialisme Maçonnique", de AG Michel, "Historiquement Correct", de Jean Sévillia, "L'Utopie - Éternelle Hérésie", de Thomas Molnar, e "Vérités Sociales et Erreurs Démocratiques", de Monsenhor Henri Delassus.

- Muito interessante a reedição de um livro datado de 1922, escrito por um jornalista chamado Michel Paillarés, e intitulado "Le Kémalisme devant les Alliés", editado pelo "Cercle D'Écrits Caucasiens", dirigido pelo arménio Hratch G. Bredossian. Na faixa que cobre a respectiva capa e o anuncia, o seguinte texto desse autor: " La turcomanie est une sorte de maladie qui envahit le cerveau et le coeur; ceux qui en sont atteints perdent toute raison et toute sensibilité. Ces détraqués trouveront naturel que la France couvre de fleurs les Talaat, les Enver, les Djemal et les Moustafa, qui l'ont couverte d'outrages et criblée de blessures". Há males que vêm de longe...

- Apesar de já ter estado anteriormente na capital francesa, só desta vez me enchi de coragem e dirigi à Praça da Bastilha. Ao olhar para a célebre coluna, e vendo no seu topo o "Portador da Luz", fui imediatamente invadido por uma terrível dor de cabeça. Má ideia esta de ter ido à Bastilha, pois.

- De resto, Paris é sempre Paris. Sentado na esplanada de um café, com um cálice de conhaque à frente e um livro de Leonardo Castellani para ler, completamente despreocupado em relação a quase tudo o que me rodeia ou passa, que mais posso querer? Mesmo neste mundo, às vezes, sinto uns laivos de felicidade…

JSarto

segunda-feira, outubro 17, 2005

Oração dos pais pelos filhos

Dedicada a mi amigo FG Santos, de Santos da Casa.

Glorioso São José, esposo de Maria, concedei-nos Vossa proteção paterna, nós Vos suplicamos pelo coração de Nosso Senhor Jesus Cristo.
Vós, cujo poder se estende a todas as necessidades, sabendo tornar possíveis as coisas impossíveis, volvei Vossos olhos de pai sobre os interesses de Vossos filhos.
Na dificuldade e tristeza que nos afligem, recorremos a Vós, com toda a confiança.
Dignai-Vos tomar sob o Vosso poderoso amparo este assunto importante e difícil, causa de nossas preocupações.
Fazei que o seu êxito sirva para a glória de Deus e bem de seus dedicados servos. Amém.
São José, Pai e protetor, pelo amor tão puro que tivestes ao Menino Jesus, preservai meus filhos — os amigos de meus filhos e os filhos dos meus amigos — das corrupções das drogas, do sexo e de outros vícios e de outros males.
São Luís de Gonzaga, socorrei os nossos filhos.
Santa Maria Goretti, socorrei os nossos filhos.
São Tarcísio, socorrei os nossos filhos.
Santos Anjos, defendei meus filhos — e os amigos de meus filhos e os filhos de meus amigos — dos assaltos do demônio, que quer perder suas almas.
Jesus, Maria, José, ajudai-nos a nós, pais de família.
Jesus, Maria, José, salvai nossas famílias.

(RCS)

sexta-feira, outubro 14, 2005

Donoso Cortés y la grandeza del pueblo hebreo

En el Discurso académico sobre la Biblia de Don Juan Donoso Cortés apréciase no sólo una fuerza oratoria fuera de lo común sino, sobre todo, un conocimiento de las Sagradas Escrituras que va mucho más allá de la mera lectura o del mero estudio.
Donoso Cortés analiza en las páginas que hemos enlazado anteriormente la grandeza del pueblo hebreo frente a los otros pueblos de la Antigüedad. La grandeza de sus mujeres frente a las mujeres paganas, degradadas éstas por los hombres gentiles privados de la Alianza y de la Promesa venidera de la Gracia de Cristo, de la cual ellos eran guardianes. La grandeza de los Patriarcas y los Profetas, muy superior a la de los héroes de Grecia y Roma. También la grandeza y la fuerza literaria de la Biblia queda constatada, en la cual los no-hebreos beben para inspirarse.
¡Qué pena que el pueblo elegido de Dios rechazase la estela de Jesucristo, verdadero Dios y verdadero Hombre, encarnado en sangre judía y nacido de una mujer judía, siendo Ella la obra maestra de la Creación!

Rafael Castela Santos

quinta-feira, outubro 13, 2005

La ejemplar muerte del diputado carlista Víctor Pradera en 1936

“Los nacionalistas y sus aliados de las extremas izquierdas se hicieron dueños de la ciudad, aunque resistieron con heroísmo los cuarteles de Loyola y el hotel María Cristina, convertido éste en reducto de los leales a España. […] Había comenzado, asimismo, la caza del hombre. Pradera permanecía impávido. Pensaron los suyos salir de la ciudad, pero las zonas agrarias y marineras resultaban más peligrosas que la urbe donostiarra. No se le ocurrió al tribuno pedir asía una representación diplomática extranjera. Se avino, tras largas discusiones, a trasladarse a un hotel modesto domiciliado en la calle de Urbieta.
En el trayecto al hotel no se ocultó Pradera. El fondista, que le conoció, fue sincero:
—No puedo recibirles a ustedes. Estoy obligado a dar cuenta de todas las personas que vengan a hospedarse.
El gran lógico respondió:
—Pues dígalo usted, a ver si es posible que nos quedemos.
—Pero, ¡señor Pradera, usted es muy conocido!
El fondista, tembloroso, porque vivía en la calle y conocía las cotidianas tragedias, llamó telefónicamente a un centro sindical. Es probable que se dirigiese a la U. G. T.
—Me dicen –explicó a Pradera– que puedo recibirles a ustedes. Y me han encargado que le diga a usted que no es conveniente que se deje ver por las calles.
Estaban reunidos en la fonda de la calle de Urbieta el tribuno y su esposa, con doña María Victoria Pradera de García-Lomas y sus hijos, alguno acabado de nacer.
Estaba Pradera animoso y sereno, mas comprendía que el problema militar y político, que entrañaban el antagonismo de dos Ejércitos y la hostilidad de dos Gobiernos, no podría resolverse con rapidez. Los hechos confirmaban su presunción de propia muerte violenta.
—¿Sabes, María –dijo a su esposa– que no sería ocioso ahora confesarnos? Habría que encontrar a un sacerdote...
Por un criado de la fonda, conocedor del sitio en que se ocultaba don Santiago Reca, coadjutor de la iglesia del Buen Pastor, hoy convertida en catedral donostiarra, se mandó aviso al sacerdote. Acudió éste al hospedaje vestido como un campesino y confesó a los esposos.
Era la una de la tarde del 2 de agosto. Víctor Pradera meditaba en su habitación y sintió los pasos recios de varias personas que se detuvieron ante la puerta, golpeada con violencia. Llegaban cuatro milicianos; de ellos, dos ostentaban el brazalete nacionalista, con los tres colores de la bandera inventada por los «jelkides».
—Víctor Pradera, tienes que venir con nosotros.
—No tienen ustedes derecho a detenerme. Soy miembro del Tribunal de Garantías Constitucionales, y sólo con autorización expresa de ese organismo puedo ser detenido.
—Si no hay orden de Madrid –contestó uno de los milicianos nacionalistas–, la hay de San Sebastián. Aquí mandamos nosotros. Y si quiere usted convencerse, llame por teléfono.
—Pues llamaré ahora mismo.
Impasible, marcó un número, que probablemente era el del Gobierno civil.
—Aquí, habla Víctor Pradera, del Tribunal de Garantías Constitucionales. Vienen a detenerme y saben ustedes que tengo inmunidad.
Escuchó unos segundos y adujo, con un rictus de soberano desdén, que recuerdan la condesa de Pradera, su hija, María Victoria y su hija política Carmen Gortázar, las cuales acudieron al penetrar los milicianos en la habitación de don Víctor:
—¡Ah! Bien. De modo que no obedecen ustedes a ley alguna...
Y sin aguardar respuesta, se dirigió a los milicianos.
—Cuando ustedes quieran...
Tales eran su voz y su ademán, que sobrecogieron a la familia. La esposa protestó con energía.
—¿Quiénes son ustedes? ¿De dónde han sido mandados para detener a este señor? No tienen derecho...
El jefe de los milicianos repuso:
—Pertenecemos a la Comisión de Orden Público, de la que es presidente Telesforo Monzón...
Este nacionalista vasco, de origenes aragonés y antiguos fervores monárquicos y upetistas, habíase encargado de la Comisión de Orden Público, creada al comenzar el Movimiento Nacional por la Junta de Defensa de Guipúzcoa, en la que se reunían nacionalistas vascos, republicanos, comunistas y socialistas. Constituido el Gobierno de Euzkadi –7 de octubre 1936–, Telesforo Monzón ocupó asimismo el Ministerio de la Gobernación.
Pradera fue llevado en automóvil al Gobierno civil, y tras él, desolada, fue doña Carmen Gortázar, que previno por teléfono a su esposo. Asumía autoridad en el Gobierno civil un nacionalista llamado Juan Careaga –condiscípulo de Javier Pradera en la Universidad de Deusto–, y a él acudió, infructuosamente y con valentía cierta, la hija política del tribuno.
Al ingresar en la cárcel de Ondarreta, siniestro edificio que estaba enclavado al pie del monte Igueldo, en un lugar risueño, enriquecido y adornado por la adhesión de muchos castellanos a Donostia, los cuales convirtieron los arenales y prados primitivos en una diminuta y encantadora ciudad, el alma de Víctor Pradera se dirigió por el camino de la beatitud. Las celdas estaban ocupadas exclusivamente por detenidos políticos y militares. Se hablaban en Ondarreta los generales Muslera y Baselga, delegados por don Emilio Mola; el escritor don Honorio Maura Gamazo, el ex ministro conservador don Leopoldo Matos, don José María de Urquijo, falangistas y tradicionalistas.
Si el alma se encaminaba hacia la perfección, conmovida por la inminencia de la muerte, no podía desinteresarse del destino de la Patria. Dios y la Patria fueron los móviles absolutos de la existencia praderiana. Tenía fe en la redención nacional, y la angustia que le causaba el porvenir de los suyos se aliviaba al intuir que el hijo pequeño, Juan José, debía de hallarse en las filas de la lealtad. Adquirió Pradera las semanas de su cautiverio una traza apostólica de la que han hablado, con ternura y admiración, los presos supervivientes. Uno de los detenidos, don José María de Urquijo, escribió el testimonio de aquella convivencia dramática, y el documento llegó a través de muchas vicisitudes al archivo histórico de la Guerra de Liberación.
—Nada, importa la suerte que nos toque –decía Pradera– si la Patria se salva.
Diez días después de llegar a Ondarreta, sus brazos se abrían para recibir a su hijo Javier. La fidelidad del hijo a las ideas del progenitor era conocida en San Sebastián, pero Javier Pradera carecía de vocación política activa. Le habían detenido siete días después de la prisión de su padre, y le trasladaron a una «checa» roja, cuyo nombre inspiraba terror. Le dejaron rápidamente en libertad.
Antes de que transcurrieran cuarenta y ocho horas, el diputado nacionalista por Navarra, Manuel Irujo, daba orden expresa de que se detuviera a Javier Pradera. Los encargados de realizar la detención fueron milicianos nacionalistas.
El gobierno de la prisión lo desempeñaba un nacionalista de izquierda, asistido por numerosos carceleros que había reclutado entre los partidos que sostenían la guerra. Antes de que amaneciera el 24 de agosto, penetraron en la cárcel grupos de milicianos armados. Cuarenta y ocho horas antes se habían cometido los asesinatos de la Cárcel Modelo de Madrid, donde cayeron Fernando Primo de Rivera, Julio Ruiz de Alda, Melquíades Álvarez, el general Oswaldo Fernando Capaz, José Martínez de Velasco... Los milicianos invasores reclutaron a trece presos: eran, con Víctor y Javier Pradera, los que hemos enumerado anteriormente. Se disponían a ejecutarles en el paseo de los Fueros, junto al río Urumea. Maura y Víctor Pradera pidieron un confesor.
Ante los milicianos, que no podían comprender la admirable fortaleza de aquel sexagenario, fue animando a todos. A Muslera le dijo:
—Mi general, yo no tenía el honor de conocerle a usted, pero Dios quiere que sellemos ahora nuestra amistad para cultivarla en el Cielo.
El general le contestaba:
—¡Muero por Dios y por España, y estimo como un honor altísimo el de morir junto a un hombre como usted!
—¡Vamos a morir todos como cristianos y españoles! Matos, abráceme usted, y a pensar sólo en el Cielo.
Se despedía de todos, abrazándoles, y les dijo:
—Compañeros, ahora vamos a rezar todos el Señor Mío Jesucristo.
—Recemos primero –pidió Honorio Maura–, y en voz alta, el Padrenuestro.
Permanecían los milicianos discutiendo entre ellos y se vio llegar al director de la cárcel, quien volvió a salir rápidamente. «Alguien –escribió don José María de Urquijo– hace sonar un nombre y un apellido y dice a Víctor: «¿Sabe usted, Pradera, quién es el que le ha denunciado y por qué está usted aquí?» Víctor le contestó heroicamente: «No lo sé, ni quiero conocer su nombre. Porque, sin saberlo, le perdono con toda mi alma.»
Ya estaban atados los presos, e inesperadamente penetró en la cárcel la Guardia Civil que tenía a su cargo la custodia exterior. Supieron entonces los condenados que los carceleros habían transmitido la consigna necesaria para que entraran en la prisión a los milicianos, con lo cual éstos pudieron rebasar el cordón de la Guardia Civil. El director de la prisión había sido sorprendido, mas pudo apelar a la Comisaría de Guerra. Intervino ésta porque el precedente de la Cárcel Modelo de Madrid, recientísimo, había causado ya, daño mortal a la causa de los rojo-separatistas; no querían que se repitiera en San Sebastián, aunque continuasen, de otra manera, las ejecuciones.
Fueron desatados los presos, y Pradera dijo sencillamente:
"Casi lamento la vuelta a la celda. Jamás me he sentido tan cerca de Dios".
Dispuso la Comisión de Orden Público, que una parte de los detenidos fuera trasladada al fuerte de Guadalupe. En Ondarreta se vio partir a los trasladados con la certeza de que alcanzarían pronto la libertad por el avance de las fuerzas de España.
Mas el fuerte de Guadalupe, como sucedería con la cárcel de Larrínaga, de Bilbao, y otras prisiones de la villa bilbaína, fue el lugar de martirio de numerosos presos, entre ellos Matos, Maura y Beunza. Cuando los milicianos pasaron a cuchillo a los hombres indefensos detenidos en Guadalupe, gritaban, frenéticos:
—¡Pradera! ¿Dónde está Pradera?
Sonaba el cañón en Irún, y los milicianos se trasladaron a San Sebastián velozmente, de noche, para asaltar la cárcel de Ondarreta. Iban en un camión milicianos de diversas organizaciones y partidos, cuya pluralidad podía distinguirse por los brazaletes e insignias.
Asaltaron la cárcel, y sus primeras reclutas para las ejecuciones fueron Pradera, José María de Urquijo, el conde de Plasencia... Tenían prisa, en la que se mezclaban el miedo y la rabia del vencimiento, por acabar la trágica tarea. En el mismo camión que les había aportado desde Fuenterrabía, llevaron a los presos hasta el cementerio de Polloe, situado en la verde y dulce tierra de las cercanías de San Sebastián. En el camino de Polloe existen casas y talleres de marmolistas dedicados a trabajos funerarios. Cerca de una de esas casas, la del artesano Aguirre, hicieron bajar a las víctimas. Aguirre y los suyos, aterrados, escuchaban los preparativos de la ejecución.
—Sólo se oía a don Víctor Pradera –declararon.
Tenía el tribuno un crucifijo en la mano y decía con voz sonora y firme:
—Os perdono a todos, como Cristo perdonó en la cruz. Este es el Camino, la Verdad y la Vida. Vosotros me matáis y El me hace inmortal; volveos a El y os salvaréis.
Estaban ya los presos alineados y Pradera seguía:
—La única pena que tengo al morir es no ver aún a mi España salvada.
Les apuntaban los fusiles, y sus últimas palabras fueron:
—¡Padre, perdónalos, que no saben lo que hacen!”

Carlos Guinea Suárez

(RCS)

quarta-feira, outubro 12, 2005

La Virgen del Pilar y América

Hoy es el día de la Hispanidad. Decía el Padre Zacarías de Vizcarra que la Hispanidad no era otra cosa que la manera de vivirse la Cristiandad en los países hispánicos.
El 12 de Octubre, Festividad de la Virgen del Pilar, se descubría América allá en 1492. Cuando Cristóbal Colón tomó tierra lo hizo con la Cruz en las velas de sus barcos y portándola en el momento de tomar pie en las playas de la isla que bautizó honrando a Nuestro Señor Jesucristo: San Salvador. Eran tiempos de Fe recia y probada, de Fe mil y una veces ahondada y modelada en el troquel de la Cruz y el sufrimiento por Dios que significó la Reconquista y la expulsión del infiel del territorio patrio que nos había robado para, sobre todo, someternos al Islam.
España es Tierra de María. Porque María vino en carne mortal a Zaragoza para decirle al Apóstol Santiago, uno de los tres íntimos de Nuestro Señor Jesucristo que le acompañaran en esa visión de Gloria que fue el Monte Tabor, para animarle a permanecer en la Hispania romana y prometerle una gran cosecha de almas.
Cuando el Protestantismo robaba almas en Europa Portugal y España daban a Dios diez almas por cada una que caía en la herejía.
El privilegio de España, con la primera Aparición, y en rigor Venida, de la Santísima Virgen, es grande. Como lo es el de Portugal, Patria bendita que es el centro del hecho más importante del siglo XX, que fueron las Apariciones de Fátima y en la que la Fe, como Nuestra Señora nos dejó dicho, siempre tendrá cobijo. Y es digno de mencionarse que fuera en la Festividad del Pilar, la columna sobre la que vino María para consolar y animar a Santiago en su fervor y celo apostólicos, cuando el “Tierra a la vista” lanzado por el marinero de la Santa María (¡qué nombre más bello para una Carabela!) abriera el mundo ignoto de América de par en par a la Sangre redentora de Cristo.
De esa íntima unión entre España y María dejamos constancia aquí.
Y la oración que el Almirante Don Cristóbal Colón rezó, dirigiendo la plegaria de todos sus marineros, poco antes del avistamiento de América no fue otra que ésta:

"Bendita sea la luz
y la Santa Veracruz
y el Señor de la Verdad
y la Santa Trinidad.
Bendita sea el alba
Y el Señor que nos la manda.
Bendito sea el día
y el Señor que nos lo envía. Amén."

Amén.
¡Benditas seáis, Españas todas, hijas predilectas de María! Porque habéis sido entregadas para Cristo y para Corona sublime de María en virtud del Bautismo de todos los vuestros que abrazaron la Cruz de Cristo y de los innumerables mártires que con su sangre sellaron el territorio de esas Españas transatlánticas como el de esas otras Españas europeas habían sido selladas igualmente antes.

Rafael Castela Santos

terça-feira, outubro 11, 2005

El carlismo es antiliberal también en lo económico

"Desde una óptica burguesa nunca se llegará a entender un movimiento tan genuinamente popular como el carlista. No, porque el abismo entre lo espontáneo, lo consuetudinario, lo popular, y la afectación racionalista es prácticamente insalvable.
El carlismo, además de la querella dinástica, representó, a lo largo del siglo XIX, la revuelta del pueblo cristiano contra la liquidación del sentido social de la propiedad por el naciente estado burgués. Esto lo reconoce y lo explica muy bien Carlos Marx en su obra “La revolución en España”. El análisis del joven Marx fue acertado en la observación de la realidad española de su tiempo, y solo patinó cuando se atuvo al rígido esquema del materialismo histórico, que le obligó a enmarcar las estructuras de libertades concretas dentro del sistema “feudal” de producción. Pero Marx se dio cuenta de que la estructura de municipios fuertes, minifundios agrícolas y propiedades religiosas, propia de las zonas carlistas, no “encajaba” con el feudalismo clásico y dejó el problema para ir a lo suyo …
Casi dos siglos más tarde, el carlismo sigue sin ser entendido ni aceptado por algunas corrientes de la izquierda, pero hay que decir que se trata de una izquierda extrañada de sus primitivas creencias sociales, que ha sustituido la pasión original por la justicia por un discurso de tipo gnóstico que no tiene otra consistencia que el anticristianismo. Esta izquierda políticamente correcta asume el capitalismo más inhumano, con la boca chica pero sin chistar. Y disimula su renuncia a la justicia social haciendo alarde de docilidad ante los programas de ingeniería social – de sexualismo redefinidor – diseñados por la plutocracia. Es la izquierda de la “política de género” y de la destrucción de la familia; del abrazo con la alta finanza y de los discursos filantrópicos que huelen a falso. La que no está contra la guerra sino cuando espera obtener réditos electorales y la que confunde la ecología con los preservativos. Al carlismo le repugna la demagogia, por eso tiene bien claro que la violencia solo puede ser un último recurso, un recurso que hay que evitar por todos los medios pero que, cuando se pisotea impunemente la dignidad humana se hace inevitable. En esto, como en todo, el programa carlista coincide ciento por ciento con la enseñanza de Juan Pablo II que, como es sabido, repudiaba el capitalismo y definió el liberalismo como “la libertad sin verdad ni responsabilidad”.
Por todo ello, deliran quienes piensan que el carlismo puede llegar a entenderse con el Partido Popular. No lo hará mientras el liberalismo impere en esa formación. Antes pactaría con un partido sinceramente comprometido con la justicia social si lo hubiera. Con un partido comprometido a fomentar el acceso a la riqueza de una manera equitativa, y por ello capaz de compartir el riesgo de embridar a los grandes poderes financieros y a las multinacionales omnipotentes. Ahí están el riesgo y el reto glorioso de nuestro tiempo. Ahí está el auténtico banderín de enganche para los hombres y mujeres de buena voluntad. En lo que Juan Pablo II llamaba “la tarea prioritaria para los políticos cristianos de doblegar las leyes del mercado salvaje”. El liberalismo económico tiene que ser “doblegado” con urgencia. No se trata de tocar los tambores, sino de entender la urgencia de una rectificación profunda de la filosofía de la vida y de la economía, antes de que la torre de Babel de la codicia, del egoísmo y el materialismo se derrumbe sobre nosotros."

Juan Carlos García de Polavieja

(RCS)

Breves - 15

- Mais do que ordinário, o homem é mesmo mal formado. Carrilho, que até tem nome de bandido comunista, derrotado na compita para a Câmara lisboeta: foi essa a grande notícia que a noite eleitoral de Domingo trouxe.

- Com a vitória dos chamados "candidatos bandidos", muito boa e insuspeita gente descobriu o pensamento doutrinário contra-revolucionário de Frei Fortunato de São Boaventura e do Padre José de Agostinho Macedo acerca da soberania popular. Deplora-se tão-só o ligeiro atraso de duzentos anos.

- Os velhos militantes - que ao nível de base, mau-grado a absoluta perversidade da doutrina que ajudam a propagandear, merecem, pela sua total dedicação eivada de credulidade e ingenuidade à injusta causa comunista, uma pontinha crítica de admiração - levaram a melhor sobre o radicalismo burguês da esquerda chique caviar. O Bloco começa a dar sinais de ser um balão em princípio de esvaziamento.

- Retornando a temas mais correntes neste espaço: podemos imaginar qual seria a reacção de Santo Inácio de Loyola, perante este cartaz de propaganda dos seus actuais sucessores na Companhia de Jesus, os quais, aparentemente, parecem não conhecer a Carta Apostólica "Ordinatio Sacerdotalis", do Papa João Paulo II?...

- No próximo dia 13 de Outubro, se Deus quiser, assitirei à Missa em Saint Nicholas du Chardonnet, a célebre Igreja parisiense da SSPX. Depois, darei mais pormenores.

JSarto

domingo, outubro 09, 2005

Breves - 14

- No último dia 7 de Outubro, passou mais um aniversário - o 435º - da grande vitória naval de Lepanto, alcançada pela armada católica conjunta dos Estados Papais, de Espanha, de Veneza e da Soberana Ordem Militar de Malta, sobre o invasor infiel turco. É um triunfo que convém relembrar mais do que nunca, em tempos de traição à matriz cristã que enforma a Europa, cometida por parte daqueles que nela controlam os centros de decisão política. E não terá sido certamente um acaso fortuito - dos que não existem em política, como recordava sempre o velho Maurras… - que o anúncio da abertura das negociações para a adesão da Turquia à União Europeia haja sido feito nas vésperas de tal efeméride...

Ora, no calendário litúrgico tradicional, 7 de Outubro é a data da comemoração da Festa do Santíssimo Rosário, a qual foi instituída pelo Papa São Pio V, em memória precisamente da grandiosa vitória de Lepanto, e para honrar o poderoso papel de intercessão que Nossa Senhora do Rosário teve na derrota total e completa das hostes otomanas.

Efectivamente, o Rosário, com a única excepção do Santo Sacrifício da Missa, é o mais poderoso meio de oração e devoção ao dispor dos católicos, fonte de concessão de infindáveis graças divinas, e verdadeira arma sobrenatural cuja utilização o campo da tradição jamais deve olvidar-se de empregar no combate espiritual. Sobre o Rosário, recomenda-se a leitura destes cinco importantes artigos do interessante sítio brasileiro "Veritatis Splendor". Para quem quiser aprofundar o tema, é absolutamente fulcral conhecer "O Segredo Admirável do Santíssimo Rosário", da autoria de São Luís Maria Guignion Monfort.

- O arcebispo modernista de Dublin, Diarmuid Martin, em claro desafio à legítima autoridade do Papa Bento XVI, afirmou publicamente não compreender por que hão-de ser afastados da ordenação sacerdotal todos os que revelem tendências homossexuais. Decerto, Sua Excelência Reverendíssima já se deve ter esquecido dos crimes pedófilos de um monstro como o Padre Sean Fortune, que abalaram toda a Igreja Católica na Irlanda?... Não, para um herege modernista não há mal algum em haver candidatos homossexuais ao sacerdócio, ou até sacerdotes pedófilos escandalosamente encobertos pela hierarquia. Ao invés, o verdadeiro problema é existirem, no seminário sob a sua desgraçada alçada, seminaristas que hajam tido veleidade de se ajoelharem durante o recebimento da Sagrada Comunhão. De facto, isto é que é muito grave - humilhar a soberba humana perante a Presença Real de Cristo-Rei -, motivo pelo qual os prevaricadores foram devidamente admoestados.

- Já agora, e o autor deste horrível sacrilégio: será ele, ao menos, repreendido pelo seu Bispo?...

- No Reino Unido, a paranóia politicamente correcta está a atingir níveis de puro absurdo: os funcionários municipais da cidade de Dudley, situada nos arredores de Birmingham, foram proibidos de ter sobre as suas secretárias quaisquer itens - por exemplo, cadernos, calendários, e brinquedos - que retratem a imagem de porcos, nomeadamente do simpático Piglet, o companheiro de aventuras do Ursinho Pooh, personagem criada pelo génio de Walt Disney.

E tudo isto porquê? Porque uma funcionária municipal de religião muçulmana sentiu-se ofendida com a exibição pública de porcos, animal impuro para o Islão, e desse facto deu conta aos seus superiores. Estes últimos, em nome da necessidade de não ofender as convicções islâmicas e de demonstrar tolerância para com as mesmas, tomaram tão aberrante decisão, sem se aperceberem que assim estão verdadeiramente a ofender e a manifestar uma inadmissível intransigência para com todos os não-muçulmanos que trabalham sob sua tutela.

Bela metáfora de uma Europa doente, onde aqueles que dela são nativos têm de transigir o seu modo de vida com invasores arrogantes, que em tempos de normalidade seriam imediatamente repelidos. É que a pretensa protecção dos direitos das minorias não pode passar pelo espezinhamento e desconsideração dos direitos da maioria: se a esta não é lícito impor as suas convicções religiosas àquelas, sob tal perspectiva, é ainda mais ilegítima a tentativa oposta.

JSarto

Lepanto


White founts falling in the Courts of the sun,
And the Soldan of Byzantium is smiling as they run;
There is laughter like the fountains in that face of all men feared,
It stirs the forest darkness, the darkness of his beard;
It curls the blood-red crescent, the crescent of his lips;
For the inmost sea of all the earth is shaken with his ships.
They have dared the white republics up the capes of Italy,
They have dashed the Adriatic round the Lion of the Sea,
And the Pope has cast his arms abroad for agony and loss,
And called the kings of Christendom for swords about the Cross.
The cold queen of England is looking in the glass;
The shadow of the Valois is yawning at the Mass;
From evening isles fantastical rings faint the Spanish gun,
And the Lord upon the Golden Horn is laughing in the sun.

Dim drums throbbing, in the hills half heard,
Where only on a nameless throne a crownless prince has stirred,
Where, risen from a doubtful seat and half attainted stall,
The last knight of Europe takes weapons from the wall,
The last and lingering troubadour to whom the bird has sung,
That once went singing southward when all the world was young.
In that enormous silence, tiny and unafraid,
Comes up along a winding road the noise of the Crusade.
Strong gongs groaning as the guns boom far,
Don John of Austria is going to the war,
Stiff flags straining in the night-blasts cold
In the gloom black-purple, in the glint old-gold,
Torchlight crimson on the copper kettle-drums,
Then the tuckets, then the trumpets, then the cannon, and he comes.
Don John laughing in the brave beard curled,
Spurning of his stirrups like the thrones of all the world,
Holding his head up for a flag of all the free.
Love-light of Spain -- hurrah!
Death-light of Africa!
Don John of Austria
Is riding to the sea.

Mahound is in his paradise above the evening star,
(Don John of Austria is going to the war.)
He moves a mighty turban on the timeless houri's knees,
His turban that is woven of the sunsets and the seas.
He shakes the peacock gardens as he rises from his ease,
And he strides among the tree-tops and is taller than the trees;
And his voice through all the garden is a thunder sent to bring
Black Azrael and Ariel and Ammon on the wing.
Giants and the Genii,
Multiplex of wing and eye,
Whose strong obedience broke the sky
When Solomon was king.

They rush in red and purple from the red clouds of the morn,
From the temples where the yellow gods shut up their eyes in scorn;
They rise in green robes roaring from the green hells of the sea
Where fallen skies and evil hues and eyeless creatures be,
On them the sea-valves cluster and the grey sea-forests curl,
Splashed with a splendid sickness, the sickness of the pearl;
They swell in sapphire smoke out of the blue cracks of the ground, --
They gather and they wonder and give worship to Mahound.
And he saith, "Break up the mountains where the hermit-folk can hide,
And sift the red and silver sands lest bone of saint abide,
And chase the Giaours flying night and day, not giving rest,
For that which was our trouble comes again out of the west.
We have set the seal of Solomon on all things under sun,
Of knowledge and of sorrow and endurance of things done.
But a noise is in the mountains, in the mountains, and I know
The voice that shook our palaces -- four hundred years ago:
It is he that saith not 'Kismet'; it is he that knows not Fate;
It is Richard, it is Raymond, it is Godfrey at the gate!
It is he whose loss is laughter when he counts the wager worth,
Put down your feet upon him, that our peace be on the earth."
For he heard drums groaning and he heard guns jar,
(Don John of Austria is going to the war.)
Sudden and still -- hurrah!
Bolt from Iberia!
Don John of Austria
Is gone by Alcalar.

St. Michael's on his Mountain in the sea-roads of the north
(Don John of Austria is girt and going forth.)
Where the grey seas glitter and the sharp tides shift
And the sea-folk labour and the red sails lift.
He shakes his lance of iron and he claps his wings of stone;
The noise is gone through Normandy; the noise is gone alone;
The North is full of tangled things and texts and aching eyes,
And dead is all the innocence of anger and surprise,
And Christian killeth Christian in a narrow dusty room,
And Christian dreadeth Christ that hath a newer face of doom,
And Christian hateth Mary that God kissed in Galilee, --
But Don John of Austria is riding to the sea.
Don John calling through the blast and the eclipse
Crying with the trumpet, with the trumpet of his lips,
Trumpet that sayeth ha!
Domino gloria!
Don John of Austria
Is shouting to the ships.

King Philip's in his closet with the Fleece about his neck
(Don John of Austria is armed upon the deck.)
The walls are hung with velvet that is black and soft as sin,
And little dwarfs creep out of it and little dwarfs creep in.
He holds a crystal phial that has colours like the moon,
He touches, and it tingles, and he trembles very soon,
And his face is as a fungus of a leprous white and grey
Like plants in the high houses that are shuttered from the day,
And death is in the phial and the end of noble work,
But Don John of Austria has fired upon the Turk.
Don John's hunting, and his hounds have bayed --
Booms away past Italy the rumour of his raid.
Gun upon gun, ha! ha!
Gun upon gun, hurrah!
Don John of Austria
Has loosed the cannonade.

The Pope was in his chapel before day or battle broke,
(Don John of Austria is hidden in the smoke.)
The hidden room in man's house where God sits all the year,
The secret window whence the world looks small and very dear.
He sees as in a mirror on the monstrous twilight sea
The crescent of his cruel ships whose name is mystery;
They fling great shadows foe-wards, making Cross and Castle dark,
They veil the plumèd lions on the galleys of St. Mark;
And above the ships are palaces of brown, black-bearded chiefs,
And below the ships are prisons, where with multitudinous griefs,
Christian captives sick and sunless, all a labouring race repines
Like a race in sunken cities, like a nation in the mines.
They are lost like slaves that sweat, and in the skies of morning hung
The stair-ways of the tallest gods when tyranny was young.
They are countless, voiceless, hopeless as those fallen or fleeing on
Before the high Kings' horses in the granite of Babylon.
And many a one grows witless in his quiet room in hell
Where a yellow face looks inward through the lattice of his cell,
And he finds his God forgotten, and he seeks no more a sign --
(But Don John of Austria has burst the battle-line!)
Don John pounding from the slaughter-painted poop,
Purpling all the ocean like a bloody pirate's sloop,
Scarlet running over on the silvers and the golds,
Breaking of the hatches up and bursting of the holds,
Thronging of the thousands up that labour under sea
White for bliss and blind for sun and stunned for liberty.

Vivat Hispania!
Domino Gloria!
Don John of Austria
Has set his people free!

Cervantes on his galley sets the sword back in the sheath
(Don John of Austria rides homeward with a wreath.)
And he sees across a weary land a straggling road in Spain,
Up which a lean and foolish knight for ever rides in vain,
And he smiles, but not as Sultans smile, and settles back the blade...
(But Don John of Austria rides home from the Crusade.)


G. K. Chesterton

quarta-feira, outubro 05, 2005

A República serve melhor a Deus?

A República serve melhor Deus do que a Monarquia? Eis o problema fundamental, essencial. Eis o âmago da questão.

Para mim, a diferença que caracteriza os dois regimes, e que os tratados de Direito político formulam, é muito, é imenso - mas não é tudo. A hereditariedade, característica da Monarquia, garantindo uma continuidade no elemento-base do Poder, que a eleição, característica da República, transforma em instabilidade sistemática, é muito, é imenso, - mas não é tudo. Porque fará mais facilmente feliz um povo, uma República católica, do que uma Monarquia ateia ou agnóstica que se transforma automaticamente em República, como a República católica automaticamente se transforma em Monarquia. Porque o Ateísmo ou o Agnosticismo são as grandes alavancas propulsoras da Anarquia. E o Catolicismo é a essência da Ordem.

Se pela Monarquia vou mais facilmente para o Catolicismo, por este, vou, fatalmente, para a Monarquia. Se pela República vou mais facilmente para o Paganismo, por este vou, fatalmente, para a República. Porquê?

Porque o Catolicismo é a ordem integral. Porque o Paganismo é a Anarquia integral. Como a Monarquia é um regime essencialmente de ordem, e como a República é um regime essencialmente anárquico, é evidente que o Catolicismo leva à primeira, e o Paganismo leva à segunda. Portanto, o que é tudo, na diferença que caracteriza os dois regimes, não é a hereditariedade ou a eleição: é a Ordem integral ou a Anarquia, é Deus ou Satã. Por outras palavras: tudo se reduz a aceitar-se ou repudiar-se o Liberalismo.

Uma República anti-liberalista é preferível, para um monárquico integral como eu, a uma Monarquia liberal. Uma República liberalista deve ser preferível, para um monárquico liberal, a uma Monarquia anti-liberalista.

O mundo político, actualmente, já se não divide bem em monárquicos e republicanos: divide-se em liberais e anti-liberais. Os liberais estão todos presos pelo cordão umbilical da Urna; todos eles deitam incenso na ara absurda do Voto. Aos anti-liberais, une-os a Consciência de que o Sufrágio político, individualista, é uma mistificação.

O Liberalismo, ou seja, monárquico ou republicano, além de que repousa sobre uma mentira, o voto, e de que conduz a outra mentira - o Povo soberano, é, na sua essência, inimigo de Deus. Todo o poder vem de Deus - omnis potestas a Deo.

Mas para o Liberalismo, monárquico ou republicano, todo o poder emana do Sufrágio. E é por isso que nós assistimos, de vez em quando, ao afã dos liberalistas, no sentido de purificarem o Sufrágio. É que para eles, o Sufrágio é tudo! O homem, munido do papelinho branco, é omnipotente, omnisciente. Um milhão de homens de um lado, outro milhão de homens do outro lado. Empate. Quem vai desempatar? O Pistautira (oh!) que se esquecera de que era o grande dia do Povo soberano. Vão chamar o Pistautira!

E o Pistautira chega, e vota. E desempata…

Quem foi o omnipotente? Quem foi o omnisciente? O Pistautira… Isto é o Liberalismo.

O Sufrágio político é o mal. Corrigi-lo, como pretendem os liberais, é piorá-lo. Aperfeiçoá-lo é torná-lo mais nocivo ainda. O que é preciso é destruí-lo, é eliminá-lo, é substituí-lo pela representação de classes - apolítica: a representação dos Municípios e das Corporações, porque o Poder vem de Deus, e não do Povo. E a eliminação do Sufrágio político não é, portanto, atentatória das liberdades populares, antes, é a sua garantia máxima. Garantir a liberdade doméstica, a liberdade municipal e provincial, a liberdade corporativa - é deitar abaixo a Liberdade, árvore à sombra da qual têm germinado e florescido todas as tiranias, com a tirania do Número, do Anónimo, do Voto, à frente, mas é desenvolver a Nação, e abrir-lhe largos horizontes no futuro. A Liberdade é inimiga das liberdades. Onde a Liberdade impera, morrem, asfixiadas, as liberdades. Ora estas são fecundas, a Liberdade é estéril.

Liberalismo é o regime da Liberdade. A guerra ao Liberalismo é uma guerra santa. Foi ele quem atentou primeiro contra a Igreja; foi ele quem enfraqueceu e estiolou o Princípio monárquico.

Não precisamos de sair do nosso País. Portugal morre lentamente, - enterrado, afogado em estúpido materialismo, descrente do Rei, descrente de si próprio, farrapo do que foi, sombra do que foi. Esta situação deve-a, em primeiro lugar, aos malvados de 1820 e 1834 que em vez de defenderem o carácter nacional, o abastardaram, o estrangeiraram; deve-o, em segundo lugar, aos que cegos pela vaidade e pela ambição, se têm oposto à definição plena da aspiração política nacional, liberta do veneno revolucionário, e absolutamente integrada no pensamento de que tudo no homem deve tender a servir Deus, porque indivíduos e Nações só para o serviço de Deus nasceram.

Alfredo Pimenta - Nas Vésperas do Estado Novo - 1937

JSarto

terça-feira, outubro 04, 2005

En la estela de los aforismos de Nicolás Gómez Dávila

En la estela de los aforismos de Nicolás Gómez Dávila traídos a colación por JSarto unos cuantos días atrás, se me ocurren un par de reflexiones menos poderosas, pero no menos ciertas que esos pensamientos como dagas con que Gómez Dávila nos obsequia.
Una de las características fundamentales, nucleares diría, de la modernidad es precisamente su fragmentación. Dondequiera que uno pone cualquiera de los sentidos, allá la evasiva modernidad le pone un galimatías descompuesto, desordenado y fragmentado. Si hablamos de pintura allá hay fragmentación, como el cubismo o el arte abstracto han expresado tan bien. Piénsese en un Picasso. En un Kansky o en Miró. ¡Qué diferencia de esto con el hispanoluso Velázquez … o con El Greco o el mismísimo Goya, por poner sólo unos cuántos ejemplos!
Si hablamos de música es exactamente lo mismo. Y el mal no viene del rock, como mucha gente piensa. De hecho hay buen pop y buen rock (si el director de este blog no se incomoda mucho con esta afirmación mía). Y escribo esto mientras escucho California Girls, de los Beach Boys. Pero pienso en esta mañana, cuando a mi secretaria se le ocurrió poner la BBC2 y tuve que soportar el ruido infernal de AC/DC, más infernal que nunca en una canción con la letra y la estridencia fragmentada de Highway to Hell. Es verdaderamente insoportable esa mezcla deslabazada de bajo por un lado, batería por otro y el guitarra estirando las cuerdas y produciendo ese sonido tan característico de la mayor parte del heavy metal. Compárase esto con un Johann Sebastian Bach, o con mis portugueses favoritos de estos tiempos, Madredeus.
En arquitectura pasa tres cuartos de lo mismo. Hace unas semanas, en la previa a una comida del “G8” (que son G7 en realidad pero que, como los mosqueteros, son 8 porque faltaba Pedro Guedes), como nos llaman nuestros amigos de Geraldo Sem Pavor, paseaba con mi amigo Andrés por Fátima. Al frente uno encuentra la Basílica, bien proporcionada en todos los aspectos, con un aspecto señorial. Al lado de ello la Capelinha, que la verdad es ya un ejercicio de feísmo. Y al otro lado un edificio que será muy funcional, pero que desdice de la notable arquitectura de la Santa Basílica por su excesiva geometría. Y el summum de fealdad, enfrente de la belleza de la blanca Basílica, es esa especie de antro de Satanás dedicado al ecumenismo. Una cosa redonda, amorfa, tan vacía de contenido como la pintura abstracta y tan carente de sentido como ella. Es un antro homogéneo y caótico, es decir, fragmentado.
Añádase a esta característica nuclear de la fragmentación la otra más espiritual del sufrimiento sin sentido y ya se tiene la receta que configura la modernidad.

Rafael Castela Santos

domingo, outubro 02, 2005

A Holanda sempre na vanguarda do "progresso"

Mais notícias da Nova Sodoma anteriormente conhecida por Holanda: depois dos emparelhamentos de homossexuais, por que não as uniões legais entre três ou mais pessoas?... A este propósito, belo comentário do Gillibrand, do blogue "Catholic Conservation Church".

JSarto

Wolves Among the Ruins

Livro de leitura absolutamente compulsiva! Estes três artigos explicam porquê. O sítio do autor - A. J. West - também é merecedor de uma visita. O Cardeal Alfred Simony, de Santa Reina, aliás, o Cardeal Roger Mahoney, de Los Angeles, bem como muitos dos seus comparsas modernistas espalhados pelo mundo, se o leram, não hão-de ter apreciado a forma como nele são retratados.

JSarto

O Catolicismo na História de Portugal

O texto de Vázquez de Mella de que o Rafael abaixo dá conta, trouxe-me à memória, este outro de António Sardinha, que passo a transcrever, retirado do seu estudo "As Quatro Onças de Oiro", publicado no livro "Da hera nas Colunas". É impressionante a similitude do pensamento dos dois grandes tradicionalistas peninsulares:

"Assevere-se o que se asseverar, sustente-se o que se sustentar, Portugal, surgindo para a luz do dia e em plena florescência mediévica, é filho legítimo do Cristianismo e a sua história mais não é do que um capítulo da história da Igreja. Distante ainda o alvor da nacionalidade, o que é que a prepara, a unifica e a disciplina senão o apostolado de S. Martinho de Dume no antigo reino dos suevos, fazendo, pela evangelização, da diocese bracarense o núcleo moral de que resultaremos mais tarde como nação organizada?

(…)

Já antes, o Cristianismo transformara as agrupações agrícolas da romanização na "paróquia" ou "freguesia", - espécie de comuna sem carta (…). Então o campanário que se levanta por cima das pobres habitações rústicas, deu-lhes a adesão necessária para as vilas se converterem em pequenas comunas, sem protecção em geral, e sem organização escrita, mas contendo a união de vontades, homogeneidade de sentimentos e comunidade de aspirações morais, que são a base da vida social. Cimento indestrutível que prendeu a raça à terra e lhe conservou a inviolabilidade do génio, a fé a manterá ligada e íntegra, mesmo quando o domínio muçulmano, firmando-se na linha entre o Mondego e Tejo, partir ao meio a faixa ocidental da Península. Porque sem o sopro faúlhante duma religião comum, tão ciosamente acalentada pelas populações moçárabes do sul, não se percebe como, à maneira que avançam os "fossados" e algarados da Reconquista, o território e as gentes que se iam ganhando em nada destoassem, pela linguagem, pelas crenças e pelos costumes, do povo de lavradores e cavaleiros a quem Deus incumbira da fundação de um novo reino.

(…)

Sem avançarmos pelo período afonsino adiante, de quanto se sumariou e expôs, depreende-se como, sem receio de séria contestação, a história de Portugal é, na sua essência, um capítulo da história da Igreja. Terminada a Reconquista, virá depois a epopeia da Fé e do Império, - virão depois as navegações e os descobrimentos. Mais se evidencia e afirma o carácter apostólico da nossa história. Subtraiam-na à inspiração e à direcção do Cristianismo, e o que resta a Portugal não é mais do que a história da sua decadência. Avivar, portanto, sem intenções apologéticas, mas unicamente pela restituição dos acontecimentos ao seu justo significado, os liames que prendem Portugal à Igreja e, como tal, ao úbere incontestável da verdadeira civilização, é praticar conjuntamente um acto de patriotismo e um acto de inteligência.

JSarto

sábado, outubro 01, 2005

El catolicismo en nuestra historia

“Ese vínculo que une nuestra vida con la vida de la Patria nos obliga a mucho. A lo primero que nos obliga es a conocerla, y no se puede amar lo que se ignora. De aquí voy a deducir una consecuencia: que si es necesario conocer a la nación para amarla, hay que conocer su vida íntima, hay que conocer la directriz de su historia, el principio vital que ha informado su ser y todas las manifestaciones de su genio, y para conocer eso, cuando se trata de España, hay que conocer la Religión Católica.
Pero ¿es verdad que la Religión Católica constituye el elemento predominante y directivo de la Patria y de la nación española? Para negarlo, a fin de eludir la consecuencia de la enseñanza religiosa obligatoria, hay que negar su historia, es decir, negar a España, no tengo más que trazar ante vosotros las líneas más grandes y más generales de esa historia para demostraros que la Religión Católica es la inspiradora de España, la informadora de toda su vida, la que le ha dado el ser, y que sin ella no hay alma, ni carácter, ni espíritu nacional.
Salimos de la unidad externa y poderosa de Roma, que tendió su mano por España, cerca de seis siglos, pero ni con su inmensa red administrativa y militar, ni con la transfusión de su lengua y de su derecho, no con terribles hecatombes que dejaron pavesas y escombros en lo lugares que fueron ciudades heroicas, pudo salvar las diferencias de las razas iberoceltas y de las colonizadoras fenicias y helénicas, que, apoyadas en la diversidad geográfica, latían bajo su yugo, recibiendo su poderosa influencia, pero también devolviéndola y comunicándola en la literatura y en el Imperio. Fué necesaria una unidad más fuerte y más íntima que llegase hasta las conciencias y aunase en un dogma, en una moral y en un culto de almas, y las iluminase con la palabra de los Apóstoles, y las ungiese con sangre de mártires, y las limpiase de la ley pagana en los circos y en los concilios, estrechándolas con una solidaridad interna, que, por ministerio de la Iglesia y del tiempo, se convertirá en alma colectiva. Por eso, cuando el caudillaje militar de los bárbaros se repartió los jirones de la púrpura imperial sobre el cadáver de Roma, la Iglesia se interpuso entre el godo, arriano y rudo, y el hispanorromano, católico y culto, y venció a los vencedores, infundiéndoles la fe y el saber de los vencidos.
Cegó en los Concilios Toledanos el abismo que los separaba, formando aquel Código singular, el mejor de su época, el Fuero Juzgo, donde brotaba ya, rompiendo la corteza absolutista, el germen de la Monarquía cristiana, con la diferencia del Rey y del tirano, y se armonizaban los tres grande elementos de la civilización que empezaba: el romanismo, el germanismo y el cristianismo, superior y más poderoso que los dos. Suprimió la ley de castas y la separación familiar, sembrando la semilla de la nacionalidad en un surco tan hondo que podrá crecer y prosperar bajo las olas de la invasión musulmana. Y cuando esa invasión se desborda y las legiones sarracenas se apoderan de las islas y de las grandes ciudades del Mediterráneo, y saltan el Pirineo y hacen temblar a Europa, ¿quien salva la civilización de una catástrofe, organizando la lucha secular de la Reconquista? ¿quién la dirige? ¿de dónde salen los grandes ejércitos que van a pelear desde las montañas hasta las llanuras y de las llanuras hasta el mar? Salen de las cuevas de los eremitas y tienen su base de operaciones en los monasterios de las montañas. Esa reconquista, que es la cruzada de Occidente, no es una serie de guerras como las cruzadas de Oriente, es una sola campaña, un inmenso campo de batalla, donde se dan cita las generaciones y los siglos, guiados por el mismo plan que va trazando la Iglesia con la Cruz en el suelo peninsular. El ejército central sale de la cueva del Auseva; el de la izquierda, baja de los Santuarios de la Burunda y de San Juan de la Peña; el de la extrema izquierda recibe un impulso de los que se extienden por la Marca Hispánica y acampa en Ripoll, y el de la derecha aparecerá en la frontera de Portugal más tarde, sembrando los templos de etapas de su jornada. ¿Y que sucede cuándo los ejércitos avanzan? Alfonso II, apoyándose en algunos núcleos de resistencia que han quedado intactos en Galicia, llevará un día sus fronteras hasta el Miño; Ramiro II, las llevará, después de la memorable batalla de Simancas, hasta el Duero; Alfonso VI, las llevará hasta el Tajo, y Alfonso el Batallador, hasta las Riberas del Ebro, desde Tudela a Zaragoza; y las huestes que recorren la orilla del Mediterráneo, que tendrá que agitarse debajo de sus garras, llegarán con Berenguer IV hasta la desembocadura del Ebro, arrojando a los dominadores más allá de la Rivera de Tortosa; y las que siguen la línea del Atlántico llegaron con Alfonso Enríquez a la desembocadura del Tajo, que los lanzará a la desoladora llanura del Alemtejo. Y cuando una nueva invasión, que parece que trae el desierto y la traslada por encima del estrecho, nos ataca, todos los reyes avanzarán unánimes, porque Alfonso IX de León entrega parte de sus guerreros y se queda de reserva con los demás, y entonces será la Iglesia la que extienda sus mantos de los caballeros de sus órdenes militares para que cubran la tierra empapada con su sangre en el Centro peninsular y puedan pasar sobre ella los reyes confederados alrededor de la Cruz y llevarla en triunfo por el paso del Muradal hasta las colinas de las Navas, y descender después, con un santo que esconde el sayal del armiño, hasta el Guadalquivir, y llegar más tarde a la vega de Granada, y ponerla en sus adarves. Y no se parará allí a dormir el sueño de la victoria realizada, bajo pabellones de laurel; se asomará al mar para cautivarle y educarle con su fe y su genio, y se detendrá un momento a descansar en el pórtico de la Rábida para convertirle en pórtico de un Nuevo Mundo, y, por medio de un sublime terciario, Colón, que anda buscando dinero para una nueva cruzada, protegido por tres frailes, Fray Juan Pérez, fray Antonio de Marchena y fray Diego de Deza, y por una reina que lleva por apellido el de la Iglesia, cruzará por rumbos desconocidos el Océano y podrá el nombre de la Virgen. ofreciéndole su empresa a la carabela que dirige; el de San Salvador a la primera isla que descubre, el de Santa Cruz a la primera nave que construye en la Isabela; y al desembarcar en Cádiz, después del segundo viaje, cubrirá su cuerpo con el sayal del franciscano. Y será entonces cuando los guerreros emularán la fe de la legión de misioneros más heroicos que el mundo ha conocido; y, con el ardor del P. Olmedo o el P. Zumárraga, y Anchieta y Montoya, el gran Cortés, apenas pasado Tabasco, pondrá el nombre de Veracruz a la primera ciudad que levante el continente mejicano. Y cuando aquel glorioso aventurero, cuyo centenario vamos a celebrar, Vasco Núñez de Balboa, saliendo de Santa María de Darién con un puñado de españoles, y dominando tribus indias que le secundan o se dispersan, atraviesa, ante los mismos naturales consternados, ríos que se desbordan, pantanos que tienen la muerte en la superficie y en el aire, y selvas jamás cruzadas, itinerario que produce espanto en el ánimo de los viajeros modernos, cuando, después de exceder las fuerzas humanas, ve tenderse ante sus ojos el inmenso mar del Sur como un espejo que quiere reflejar tanto heroísmo, antes de penetrar en él con la espada en la mano o tomar posesión de sus aguas en nombre de los monarcas españoles, caerá de rodillas al lado de su Capellán Andrés de Vera, y entonará aquel Te Deum que con ellos entonará toda nuestra raza, acompañados por el murmullo solemne de las olas del Océano, que pronto va a quedar cautivo entre los brazos de nuestra costa y estrechado por nuestros genio.
Por la Iglesia fuimos con el P. Urdaneta y Elcano a dar la vuelta la planeta, y con San Francisco Javier a evangelizar millones de hombres más allá de las fronteras donde pasaron las victorias de Alejandro.
Por la Religión fuimos a pelear en los pantanos de Flandes, para contrabalancear el poder de la protesta, que hubiera sucumbido sin la hora trágica en que se hundió la Invencible; por ella hicimos la última cruzada de Lepanto; fué nuestra nació, como se ha dicho muy bien, la amazona que salvó a la raza latina de la servidumbre protestante, y la libertad y la moral del servo arbitrio, de la fe sin obras, de la predestinación necesaria, con los teólogos de Trento y con los tercios que pelearon en todos los campos de batalla de Europa; y nosotros fuimos los que todavía, al comenzar el siglo XIX, en las luchas napoleónicas, salvamos a Europa de la tiranía revolucionaria del Cesar, como se ha reconocido, pues fué un francés, Chateaubriand, quien dijo con razón que los cañones de Bailén habían hecho temblar todos los gabinetes europeos.
Y en las contiendas de los siglos XIX y XX, ¿no es verdad que todo gira alrededor de la Cruz? Nuestras luchas civiles, nuestras contiendas políticas, o por afirmaciones o por negaciones, todas se refieren a la Iglesia; y nuestros enemigos de hoy mismo, si se suprimiera el Catolicismo en España, se quedarían asombrados, se quedarían absortos mirándose unos a otros, al encontrarse sin programa. El grado de odio y de opresión a la Iglesia, lo que se ha de cercenar de sus derechos, lo que se han de limitar sus facultades, ese es el programa de los que se llaman anticlericales, de modo que aún como negaciones viven en esa afirmación soberana, que es el soporte espiritual de la Patria.”

Discurso en la Real Academia de Jurisprudencia, 17 de mayo de 1913

Juan Vázquez de Mella

(RCS)

Y más sobre persecución a los cristianos

Varios datos recolectados por Letras com Garfos sobre la persecución a los cristianos a nivel mundial. Si todas son graves, gravísimas, esta gana el “premio a la tolerancia” (estilo Zapatero):

“No Quebeque (Canadá), funcionários governamentais retiraram uma criança dos pais cristãos (baptistas) porque ‘poderiam incutir crenças bizarras à criança’.”

(¡Qué grande es Canadá!)

Rafael Castela Santos