domingo, abril 26, 2009

Cruz e Ferro - São Frei Nuno de Santa Maria

A pátria não se discute, nem se condiciona a acordos e juramentos; está acima dos direitos dos homens. Se for necessário mudam-se as constituições, alteram-se os tratados, mas salva-se a pátria.

A pátria não se discute porque não se escolhe, como não se escolhe a família em que nascemos; ama-se, defende-se e engrandece-se, à custa da própria vida, se for preciso.

Tinha então apenas dois séculos a Pátria portuguesa. Mas já possuía um património bem definido. Estava estabelecido o seu território continental. Já possuía língua própria e rica literatura. Tinha a sua Universidade como expressão da sua cultura. Tinha os seus santos, e tinha sobretudo uma grande vontade de viver.

E viveu pela espada do Condestável, porque este a amou com o mesmo amor que amava a Deus.

Eu creio que se pode amar a pátria sem ser santo, mas também que só os santos encontram a medida exacta do amor da pátria no amor de Deus.

Seria um erro pensar que os santos se esquecem da sua pátria. Seria erro pensar que o Cristianismo, por ser religião universal e chamar o homem constantemente à Pátria do Céu, o desintegra da Pátria da Terra. O próprio Cristo, exemplo máximo da santidade, amou a sua pátria e chorou por ela quando a viu encaminhar-se para a ruína.

O amor da pátria é uma das mais belas virtudes ensinadas pelo Cristianismo.

Santidade e patriotismo são coisas tão unidas que eu tive o atrevimento de procurar os exemplos de santidade de Nuno Álvares, não nos claustros do Carmo, mas nos campos de batalha. É mais eloquente a santidade vestida de guerreiro do que vestida de frade carmelita.

Eu tenho receio de que haja quem imagine a santidade em formas tão exóticas que só se vejam noutro mundo. Quando afinal é uma coisa muito simples.

A santidade começa no fiel cumprimento dos nosso deveres cristãos e acaba numa intensa união com Deus.

Talvez esteja nesta definição a essência da santidade. O santo começa onde começa o cristão; nem pensemos que se possa separar um do outro.

Eu já disse que escolhia apenas dois testemunhos da santidade de Nuno Álvares, e que os escolhia nas batalhas de Aljubarrota e Valverde. Na primeira eu fixo-me no pormenor que se repete em todas as histórias. O Exército Português confessou-se, comungou e jejuou. O jejum era preceito da Igreja, a confissão e a comunhão foram por devoção.

Não faltaria decerto quem tranquilizasse a consciência de Nuno Álvares dizendo-lhe que em campo de batalha não estaria obrigado ao preceito do jejum. Mas ele não precisava de tal conselho, não queria tal dispensa. Jejuou, sem receio de ver enfraquecidas as forças para manejar a espada. Jejuou e comungou, porque sabia por experiência, costumava dizer, que da comunhão "lhe resultava todo o esforço e fortaleza com que vencia e desbaratava seus contrários". E naquele dia não se enganou, porque com 7.000 portugueses em jejum venceu 30.000 castelhanos que talvez não fossem tão cuidadosos em respeitar o preceito da Igreja.

Da batalha de Valverde destacarei apenas o pormenor, sempre apregoado, do chefe que se ausenta no momento mais crítico da peleja, para ajoelhar e rezar.

Dizem que é gesto de cavaleiro medieval. Talvez hoje nenhum general assim fizesse. Até mesmo porque já se afirmou que o homem quando ajoelha perde um terço da sua altura. É assim que o orgulho mede o homem.

Mas alguém respondeu que nunca o homem é tão grande como quando ajoelha diante de Deus.

É doutrina do Evangelho perder para ganhar; perder altura física pode ser a condição para ganhar a altura moral.

Por isso, os séculos admiram a figura do Condestável ajoelhado entre os penedos de Valverde, em íntima união com Deus.

O gesto não é medieval, é do Evangelho, é expressivo da autêntica santidade do herói de Portugal.

Eu disse, a principiar, que subordinaria as minhas palavras ao tema Nuno Álvares Pereira, Sempre. Se há valores na vida humana, que transcendem os escassos limites do tempo, são precisamente o amor da pátria e o amor de Deus.

A Pátria Portuguesa tem oito séculos de história. Nasceu em Guimarães e tomou o nome desta gloriosa cidade do Porto; estendeu-se a Coimbra, Santarém, Lisboa, Évora e Algarve. Passou à África, estabeleceu-se na Guiné, em Angola, em Moçambique. Chegou à Índia, à China, à Oceânia.

Criou-a a espada do Fundador, que desceu até aos campos de Ourique, e consolidou-a a espada do Condestável, que tornou possível a era do Infante das Caravelas.

Quando olhamos, ainda que de relance, a história da nossa pátria, sentimos nobre orgulho de sermos Portugueses. Não é orgulho, é amor. E a herança mais preciosa que nos deixaram os nossos antepassados, mais do que os feitos gloriosos das batalhas e das descobertas, foi precisamente a lição do seu amor a Portugal. Os feitos têm o carácter do tempo em que se realizam. Nem sempre é preciso pegar em armas para defender a pátria, como nem sempre há ocasião de desbravar terrenos incultos; mas de uma forma ou de outra é sempre necessário que vibre nos corações um intenso amor à Pátria.

E quando eu penso na idade que tinha Nuno Álvares Pereira quando assumiu a defesa nacional, quando penso que o Condestável do Reino, o braço direito do Mestre de Avis, a lutar contra o poderio ambicioso de Castela, era um jovem de 24 anos; quando penso que a batalha de Aljubarrota marcou o apogeu do génio militar, numa estratégia que ainda hoje causa a admiração dos generais de todo o mundo, e quando penso que ele tinha então 25 anos, convenço-me de que não foi apenas um herói, foi um génio. E direi até que foi um autêntico dom de Deus à Pátria Portuguesa.

Em muitas outras ocasiões Portugal sentiu que tinha Deus por si, a marcar-lhe um destino e a ajudá-lo na sua realização.

Atrevo-me até a dizer que Portugal tem Deus por si a fazer milagres quando é preciso.

A Idade Média viu um milagre em Ourique. Eu creio realmente que Ourique foi um milagre, se não no sentido em que o viu a Idade Média, no sentido não menos admirável de uma ajuda extraordinária da Providência a uma nação que nascia naquela hora.

E não será milagre o génio de Nuno Álvares, o valor desse jovem de 25 anos que salva a pátria numa das horas mais graves da sua história? Terá realmente explicação natural a série de triunfos que se chama Atoleiros, Aljubarrota, Valverde, com exércitos inimigos quatro e cinco vezes superiores?

Não será milagre a história dos nossos descobrimentos, da nossa civilização, da nossa evangelização?

Milagre não é só aquilo que se apresenta com o cenário deslumbrante do acontecimento que excede as leis comuns. Num sentido talvez mais modesto, mas não menos verdadeiro, a mão de Deus através da História portuguesa é um verdadeiro milagre da Providência.

Nuno Álvares, Hoje, foi o tema que me pediram. Pensei que deveria limitar-me a meditar os gestos rasgados do seu heroísmo e da sua virtude. Fazer a aplicação desses gestos à época conturbada em que vivemos, VV.Ex.as a farão com facilidade.

Tenho para mim que a actualidade de Nuno Álvares está no apelo que o seu heroísmo e a sua santidade fazem constantemente. A cada um de nós. Já no seu tempo ele soube galvanizar a alma da melhor juventude portuguesa. Esses moços da sua idade ouviram um dia a exposição do seu ideal, mas ouviram ao mesmo tempo a exposição das dificuldades que os esperavam. E todos à uma dispuseram-se a segui-lo para formar a invencível Ala dos Namorados.

A mensagem de Nuno Álvares é hoje exactamente a mesma, e os bons portugueses serão dignos dele na medida em que se dispuserem a tudo sacrificar pela Pátria.

Mas a mensagem do Condestável é ao mesmo tempo apelo ao amor de Deus.

Do acampamento de Nuno Álvares foram banidos os jogos de perdição e os elementos de corrupção dos costumes. Rezavam em comum, jejuavam, ouviam missa e comungavam. O cronista diz que me mais parecia uma comunidade de religiosos de que um acampamento de soldados. Era um santo que arrastava os outros, se não para o heroísmo da santidade, ao menos para a integridade do dever cristão.

Havemos de reconhecer que o Condestável ainda não teve a consagração que merece. As grandes praças, as grandes avenidas, têm outros nomes, não o dele. Há estátuas de figuras bem secundárias; ele não tem estátua. Até nas nossas igrejas é raro encontrar a imagem do santo herói de Portugal. Parece que ainda não o compreendemos.

Muito se enganam ao apelidar de medieval a sua vida cristã. O Evangelho não é medieval, é de sempre; e o Condestável, porque é santo, dá testemunho do Evangelho, numa actualidade impressionante.

Saiba Portugal meditar o exemplo dos seus heróis e dos seus santos; saiba meditar e seguir o exemplo deste que é dos maiores da nossa História, e Deus mais uma vez nos salvará.

D. Francisco Rendeiro, O.P., então Bispo do Algarve, no ano de 1961 - extraído do livro "S. Nuno de Santa Maria, Nuno Álvares Pereira, Antologia de Documentos e Estudos sobre a sua Espiritualidade", selecção e apresentação de J. Pinharanda Gomes, Lisboa, Zéfiro, 2009, páginas 120 a 124.

domingo, abril 19, 2009

Cristo ressuscitado


Enquanto isto diziam, Jesus apresentou-se no meio deles e disse-lhes: "A paz esteja convosco!" Dominados pelo espanto e cheios de temor, julgavam ver um espírito.

Disse-lhes, então: "Por que estais perturbados e por que surgem tais dúvidas nos vossos corações? Vede as minhas mãos e os meus pés: sou Eu mesmo. Tocai-me e olhai que um espírito não tem carne nem ossos, como verificais que Eu tenho."

Dizendo isto, mostrou-lhes as mãos e os pés. E como, na sua alegria, não queriam acreditar de assombrados que estavam, Ele perguntou-lhes: "Tendes aí alguma coisa que se coma?" Deram-lhe um bocado de peixe assado; e, tomando-o, comeu diante deles.
(Lc 24, 36-43)

Tomé, um dos Doze, a quem chamavam o Gémeo, não estava com eles quando Jesus veio. Diziam-lhe os outros discípulos: "Vimos o Senhor!"Mas ele respondeu-lhes: "Se eu não vir o sinal dos pregos nas suas mãos e não meter o meu dedo nesse sinal dos pregos e minha mão no seu peito, não acredito."

Oito dias depois estavam os discípulos outra vez dentro da casa e Tomé com eles. Estando as portas fechadas, Jesus veio, pôs-se no meio deles e disse. "A paz esteja convosco!" Depois, dirigiu-se a Tomé: "Olha as minhas mãos: chega cá o teu dedo! Estende a tua mão e põe-na no meu peito. E não sejas incrédulo, mas fiel."

Tomé respondeu-lhe: "Meu Senhor e meu Deus!" Disse-lhe Jesus: "Porque me viste, acreditaste. Felizes os que crêem sem terem visto!"
(Jo 21, 19-29)

A dimensão histórica da Ressurreição

Lido no sítio da "Agência Ecclesia", a propósito do discurso do Papa na audiência geral da última quarta-feira. Os destaques são meus:

Bento XVI defendeu esta Quarta-feira a verdade histórica da ressurreição de Jesus, que a Igreja Católica celebra na Páscoa.

“É fundamental para a nossa fé e para o nosso testemunho cristão que se proclame a ressurreição de Jesus de Nazaré como um acontecimento real, histórico, atestado por numerosas testemunhas que se tornaram autoridade”.

Num encontro em que já se ouviram cantar os “Parabéns a você” – Bento XVI completa 82 anos esta Quinta-feira, dia 16 – o Papa retomou um dos temas centrais do seu percurso teológico, que deu origem ao livro “Jesus de Nazaré”, publicado já após a eleição como sucessor de João Paulo II.

Esta manhã, Bento XVI disse que os católicos professam com convicção a fé na ressurreição, frisando que “também nos nossos tempos, não falta quem procure negar a sua historicidade, ao reduzir o relato evangélico a um mito”. O Papa diz que muitos “retomam e apresentam velhas teorias, já gastas, como novas e científicas”.

“A ressurreição não foi para Jesus um simples regresso à sua vida terrena precedente, mas foi a passagem a uma dimensão profundamente nova da vida, que também diz respeito a nós, que toca toda a família humana, a história e o universo”, prosseguiu.

Para o Papa, “a novidade surpreendente da ressurreição é tão importante que a Igreja não deixa de proclamá-la, prolongando a sua recordação, especialmente no Domingo, que é o dia do Senhor e a Páscoa semanal do povo de Deus”.

“Este evento mudou a vida das testemunhas oculares e, ao longo dos séculos, gerações inteiras de homens acolherem-no com fé e testemunharam-no até chegar mesmo ao martírio”, precisou.

sexta-feira, abril 17, 2009

Momentos bajos

Los incidentes de los últimos meses han sido demoledores. A más de uno se nos ha pegado la boca al paladar durante semanas. Mi sentimiento, y mi consiguiente apartamiento de la pluma de modo total, sólo puede ser expresado mediante el Salmo 22, porque con propias palabras no podría:

“12 No te quedes lejos, porque acecha el peligro y no hay nadie para socorrerme. 13 Me rodea una manada de novillos, me acorralan toros de Basán; 14 abren sus fauces contra mí como leones rapaces y rugientes. 15 Soy como agua que se derrama y todos mis huesos están dislocados; mi corazón se ha vuelto como cera y se derrite en mi interior; 16 mi garganta está seca como una teja y la lengua se me pega al paladar. 17 Me rodea una jauría de perros, me asalta una banda de malhechores; taladran mis manos y mis pies (*) y me hunden en el polvo de la muerte. 18 Yo puedo contar todos mis huesos; ellos me miran con aire de triunfo, 19 se reparten entre sí mi ropa y sortean mi túnica.”

En este momento el Santo Padre está solo, muy solo. Últimamente los enemigos de Cristo y de la Iglesia golpean duro al Santo Padre. No sólo mediante ataques y sedicciones. Son los orcos vaticanos: los Fisichellas, los Kasper, los Re, los Lombardis y demás ralea, no pocos de ellos criaturas del abismo que anidan en la Secretaría de Estado. Pero también se le acercan al Santo Padre a musitarle a los oídos cualesquiera tipos de mentiras sobre la Tradición. Le dicen que somos insolidarios con el Romano Pontífice, que no reconocemos ningún Magisterio posterior al siglo XVI y no sé cuántas barbaridades y mentiras más.
Al Santo Padre ya no le llega la voz de quienes somos tradicionalistas para ser más romanos, no para serlo menos, la voz de quienes somos tradicionalistas para estar con y por el Papa. ¡Si el Santo Padre supiera cuánto sufrimos algunos por verle solo y rodeado de lobos!
¡Qué mentira más grande que no se acepta el Magisterio posterior al XVI! Que cualquiera vaya a cualquier Capilla de la Hermandad de San Pío X, el mayor grupo tradicionalista del mundo, y que vea por sí mismo qué fotografía allí impera (la del actual Papa, como antes fue la de Juan Pablo II) y qué Encíclicas allí se venden. ¡Anda que no hay Magisterio posterior al siglo XVI! Es más, es dentro de la Tradición donde con más tino y perseverancia se defiende la Doctrina Social de la Iglesia (construcción del siglo XIX y XX sobre todo), de tan poco predicamento entre otros grupos católicos llamados conservadores.
A los tradicionalistas se les arroja cualquier cosa, todo vale, contra ellos por criticar o simplemente señalar aquellos puntos donde puede haber habido ruptura con la Tradición. Hay una labor ya abierta de oposición a la Tradición, con docenas y docenas de Obispos a lo largo y ancho del mundo que se oponen al Motu Proprio por activa y por pasiva. Por ejemplo un Obispo portugués, un hijo de Satanás, llamó a un Sacerdote luso de simpatías tradicionalistas a su despacho y le preguntó si había dicho alguna vez la Misa Tridentina. Cuando el cura le respondió que no, que nunca la había dicho, el Obispo replicó: “pues le prevengo y le prohíbo que la diga jamás”.
Entretanto Conferencias Episcopales enteras (y mucho me temo que la portuguesa se lleva la palma) no son más que una colección miserable de heresiarcas de la peor especie. Entretanto herejes y cismáticos reciben cualquier apoyo oficial, tolerancia máxima sin punición ni corrección alguna a sus aberraciones pero el menor problema administrativo de un tradicionalista es bestialmente castigado. Entretanto curas que favorecen abortos –como en Barcelona- reciben premios oficiales sin que su Obispo, el perro mudo Cardenal Sistach, haga nada ni le sancione o que en un Hospital supuestamente católico de una diócesis de la Lusitania interior –donde el Obispado tiene voz y voto en su Patronato … ¿o debería escribir “cabronato”?- se llegaran a hacer abortos durante años sin que el Obispo alzara siquiera su voz. Entretanto el todopoderoso Cardenal Rouco Varela de Madrid hostiga cuanto puede a la Tradición (y menos mal que no puede más, ¡gracias, Santo Padre, por el Motu Proprio!), pero devuelve una parroquia en Vallecas a un aquelarre de Sacerdotes liberacionistas donde cualquier abuso –alguno incluso sacrílego- contra la Fe y la Liturgia tiene lugar.
El catálogo de herejías, de desviaciones de la Doctrina, de desviaciones en la Teología Moral de cualquier índole, en todo el mundo es cuasi-infinito.
¿Y qué decir de esta otra tierra mía, Gran Bretaña? Baste leer el recuento de la persecución a cristianos que Martin Blackshaw, auténtico bastión de la Tradición en Escocia, nos proporciona. Igual que precedieron todas las revoluciones con su particular Guerra Civil los ingleses se anticipan a todas las estrategias de la persecución a los católicos que ya se palpa. La consecuencia que suele desprenderse del descreimiento no es otra que la persecución. Ya estamos en esas coordenadas.
El modernismo no es sólo la cloaca de todas las herejías; es prácticamente su exposición completa. Y encima interactiva.
El penoso affaire Williamson, donde pareciera que el Obispo inglés no tuviera suficientemente en cuenta las muchísimas debilidades argumentales de los historiadores revisionistas, ha servido de detonante para que la cola del diablo barra de un plumazo mucho trabajo –y bueno- de años. Pero que nadie se engañe: Williamson ha sido una excusa y una cortina de humo. Un Obispo enormemente ingenuo (y la ingenuidad a su edad y con el estado de perfección episcopal es pecado, y grave) que se dejó atrapar.
Es curioso que estas imprudentes y –desde mi punto de vista- erradas declaraciones de Monseñor Williamson salieran justo cuando el arreglo y remisión de las excomuniones tuvo lugar cuando habían sido hechas meses ha. Dios escribe recto con renglones torcidos, y el formidable error de Williamson ha servido para clarificar campos. Lo que Williamson sirvió para ocultar inicialmente fue el ataque taimado, perfectamente calculado, de aquellos que desde dentro de Roma arremetieron con fuerza inusitada contra la Iglesia y contra el Santo Padre. Luego ha resultado que se va viendo quiénes son los demoledores de la Fe y quiénes los defensores de ésta. Y el Papa va sabiendo quién es quién, cosa nada fácil en una estructura hiperburocratizada por Juan Pablo II puesto que con el Papa polaco la estructura vaticana pasó de 1000 a unos 3500 hombres, y esto acarrea problemas sinnúmero.
No deja de ser preocupante la acción concreta de la dirección de la Hermanad de San Pío X (SSPX): poder arreglar la situación canónica en que ellos se encuentran y no hacerlo. Algunos en la cúpula de la Hermandad sostienen que hay que arreglar primero lo doctrinal y luego lo canónico. Eso es pegarse un tiro en los pies en relación al apostolado que se puede hacer. La última carta al respecto del Santo Padre al enfatizar la irregularidad canónica da alas a los enemigos de la Tradición y flaco favor le ha hecho el Santo Padre a la Tradición con todo ello. Pero la SSPX bien pudo haber abortado todo esto. Honestamente no sé si algunos de estos ribetes del estado de necesidad pueden ser mantenidos en buena lógica. ¿Qué hubiera costado a Monseñor Fellay el pedir la regularización de todos los Sacerdotes de la SSPX al tiempo que se gestionó la remisión de las excomuniones? Craso error no haber aprovechado este punto para dar un paso más que hubiera facilitado la solución canónica que, a mi juicio, puede y debe preceder a las discusiones doctrinales. Y esto por motivos no solamente prácticos, sino también prudenciales.
Y esta regularización de los Sacerdotes tradicionalistas independientemente de la forma canónica que la regularización institucional pudiera tener después.
Desde mi punto de vista una figura emerge poderosa en su aparente derrota: el Cardenal Castrillón Hoyos. Su Eminencia es a día de hoy atacado por los mismos que atacan a la Iglesia y al Papa y existe un complot de desprestigio hacia el Cardenal. Estoy plenamente convencido que este hombre fue un Obispo “político” al uso, con tendencias liberales, pero los años, Roma y la cercanía a la Tradición le han transformado en un auténtico Príncipe de la Iglesia. Ha demostrado amar a la Esposa Mística de Cristo y lo que el pobre Cardenal ahora está pasando es un martirio seco en toda regla.
Si alguien sigue de cerca en particular lo que se está gestando en Colombia contra Su Eminencia, es enormemente curioso, porque resulta que es de medios vinculados la Logia masónica –El Espectador, por ejemplo, entre otros- en la Patria colombiana desde donde vienen los tiros hacia el Cardenal. Ante esta campaña de los medios masónicos hay que preguntarse por qué y para qué. Personalmente pienso que quieren desanimar a Su Eminencia al tiempo que ensuciar su reputación e imagen dentro de la Curia y distanciarle del Santo Padre. Dudo mucho que un hombre de la fibra del Cardenal, ya de vuelta de todo y curtido en mil y una batallas, se desanime; pero tengo miedo que el Papa caiga en la trampa de quienes ahora le mienten sobre el Cardenal y sobre otros asuntos relacionados con la Tradición.
La historia le hará justicia y la valentía que ha derrochado el Cardenal tendrá su justo pago porque ante Dios no hay héroe anónimo y Castrillón ha demostrado ser un hombre de Dios. Que haya sido poco comprendido por algunos –incluyendo algunos interlocutores de la SSPX no suficientemente capaces- y que haya sido golpeado hasta la saciedad por los enemigos de Dios y de la Iglesia que acechan en el Vaticano, nada quita ni pone.
Más aún diré: las actuaciones y declaraciones de Monseñor Fellay en tiempos recientes han sido prudentes, cabales y enormemente acertadas. Y esto es algo que da un hálito de esperanza incluso en estos momentos bajos.
Y más todavía: Monseñor Williamson con su pésima actuación no sólo ha machacado su apostolado episcopal sino, algo de lo que pocos hablan, se ha perdido posiblemente el mejor interlocutor que Roma hubiera podido tener entre los cuatro Obispos tradicionales, aquel con más capacidad de diálogo fructífero y con más Romanitas. Una pena para él pero, peor todavía, una pena para toda la Iglesia.
Son momentos bajos. Muy bajos. Porque la regeneración de la Iglesia tiene dos vectores fundamentales. En primer lugar la vivificación de la Fe por parte de la Tradición dentro de la Iglesia y, en segundo lugar, la Consagración de Rusia al Inmaculado Corazón. Y como acertadísimamente la SSPX ha propuesto con una Cruzada de millones de Rosarios para implorar al Altísimo y al Papa que esto suceda, ya hablaremos otro día sobre este particular. Pero de momento ni la reintegración de la Tradición ni la Consagración de Rusia al Inmaculado Corazón han sucedido. Así nos va.
Ahora no nos queda sino poner nuestra confianza en Dios. Rezar mucho y hacer mucha penitencia. Ya no es posible una esperanza humana en el momento que atravesamos. Sólo Dios, y a través de la Virgen María Santísima, nos sacará de este atolladero. Recemos, muy particularmente, para que el Papa pierda la frialdad que últimamente pareciera manifestar hacia la Tradición.
Pero a veces, como decía un excelente Cardenal hispanoamericano, la Misericordia de Dios es tal que hasta hace que se recupere cierta esperanza en algunos hombres … aunque nunca quepa confiar en estos últimos.

Rafael Castela Santos

quarta-feira, abril 15, 2009

Los opositores al aborto declarados peligrosos en EE.UU.

El Departamento de [in]Seguridad yanqui se sorprende ahora que haya una reacción de lo que él llama la “extrema derecha” en los Estados Unidos. Con una crisis económica brutal, amplificada por un pecado de usura y codicia sin límites (casos Madoff, Enron, etc.) se queja de las consecuencias que genera el propio quehacer del Quinto Imperio en palabras del Padre Castellani –el del Anticristo, el norteamericano-. Otros, los del Departamento de [in]Seguridad yanqui, que levantan altares a las causas y cadalsos a las consecuencias.
En esta noticia se lee lo siguiente:

“La advertencia está dirigida a las fuerzas de policía del país y está contenida en un informe sobre inteligencia del Departamento de Seguridad que define ese extremismo como el de grupos racistas y los que desafían la autoridad federal.
Entre esos grupos están los autores de lo que en EEUU se denomina ‘crímenes de odio’, es decir los cometidos contra personas por su tendencia sexual, su ideas políticas o sus características étnicas. ‘También puede incluir grupos o individuos dedicados a una sola tarea como la oposición al aborto o la inmigración’, dice la advertencia.”

Brutal esta identificación de racistas del Ku-Klux-Klan con los antiabortistas, la de hooligans de mierda con gente que está a favor de la descentralización y subsidiariedad. ¿Acaso es dogma aceptar la ominosa y tóxica concentración de poder por parte de los infumables de Nueva Inglaterra y aledaños? Estas equiparaciones son bestiales, injustas, falaces, mentirosas … ¿Se percatan de la gravedad de lo que el Departamento de [in]Seguridad dice? ¿Se dan Vds. cuenta de la gradualidad con la que se va estrechando el cerco que precede a la persecución de gente que se opone al aborto o a la inmigración?
Para más inri se prevé una dura ley de control de armas en los Estados Unidos. No es extraño. Otros políticos europeos y extraeuropeos han hecho grandes leyes de controles de armas antes de proceder a ejercer un poder tiránico y totalitario (o para amplificar el mismo), como fueron Lenin, Hitler, Stalin o Pol-Pot. Todos ellos ejecutaron leyes de control de armas antes de acometer matanzas. Sin la ley de control de armas de Hitler, por ejemplo, Kristallnacht no hubiera sucedido porque los judíos hubieran podido defenderse de las hordas miserables y cobardes de las SA.
No es extraño pues que los tejanos empiecen a estar hartos de todo esto. Que tengan suerte en poderse apartar de la iniquidad que de Washington emana.
Sorprende luego –o no, según se mire- que la Casa Blanca, presidida por este San Juan Bautista del Anticristo, por sobrenombre Obama, en colaboración de la germanía que le rodea, se desmarque de lo anterior. Quizás esos asuntos del Departamento de [in]Seguridad yanqui es políticamente correcto pero, evidentemente, resulta un poco “unpalatable”. Al menos todavía.
El Quinto Imperio y sus secuaces reventarán. Pero antes de eso, que nadie se engañe, tendrán su momento de gloria. Y en ese momento que precede a su caída la persecución contra los cristianos será infernal.
Estemos preparados.
Y recemos.
And, by the way, my dear Texan friends: Teach a yankee to drive, point his car north.

Rafael Castela Santos

terça-feira, abril 14, 2009

Abrazado a Ti, mi Dios, por Ti rodeado

Después de abrazarme a Ti, mi Dios,
ya no me desacostumbro de mirarte.
te tengo un amor tan ancho y desvalido
que sin él ya parece que no existo,
necesitado de ti
y admirado de este amor tuyo
que no me necesita para nada.
Ante Ti quiero vivir adolescente,
aunque sea entre amagos iniciales
comenzando siempre
más allá de las viejas torpezas …
Tanto tiempo contigo, Señor,
y no advertí tanta primavera
que de ti podía desprenderse.
Por eso, mi Dios,
he tirado todos mis dioses a la calle
y vivo en tus brazos
una vida libre y rescatada;
vivo en ti una llama sucesiva
de sueños y esperanzas.
Y cada mañana
se me viene un alud de vida y esperanza.
Quiero estar en la hermosa incertidumbre
de vivirte y de esperarte.
Por eso me envuelvo en tu Alianza
y quiero darte, mi Dios,
una respuesta fiel y de por vida.

E. Prados, Pbro.

(RCS)

sexta-feira, abril 10, 2009

Páscoa da Cruz


Mas foi ferido por causa dos nossos crimes,
esmagado por causa das nossas iniquidades.
O castigo que nos salva caiu sobre ele,
fomos curados pelas suas chagas.
Todos nós andávamos desgarrados
como ovelhas perdidas,
cada um seguindo o seu caminho.
Mas o Senhor carregou sobre ele todos os nossos crimes.
Foi maltratado, mas humilhou-se e não abriu a boca,
como um cordeiro que é levado ao matadouro,
ou como uma ovelha emudecida nas mãos do tosquiador.
Sem defesa, nem justiça, levaram-no à força.
Quem é que se preocupou com o seu destino?
Foi suprimido da terra dos vivos, mas por causa dos pecados do meu povo é que foi ferido.
Foi-lhe dada sepultura entre os ímpios, e uma tumba entre os malfeitores,
embora não tenha cometido crime algum,
nem praticado qualquer fraude.


(Isaías 53, 5-9)

Domingo de Ramos - o rito bracarense no exílio




No passado dia 5 de Abril, celebrou-se uma Procissão e Missa de Domingo de Ramos segundo o rito bracarense, não na diocese de Braga como seria de esperar, mas na cidade de Providence, Rhode Island, Estados Unidos, onde reside uma numerosa comunidade de portugueses provenientes da zona centro do continente e das ilhas açorianas. Oficiou o Padre José dos Santos, pertencente ao clero bracarense, apesar de radicado há vários anos na América do Norte, no uso da prerrogativa que permite aos membros daquele mesmo clero celebrar sempre em conformidade com o rito da diocese de que são originários.

É triste que correntemente seja impossível presenciar-se as cenas supra retratadas na diocese de Braga, o que por si só evidencia a crise calamitosa de identidade da Igreja em Portugal. De facto, o rito bracarense permanece inteiramente válido, tanto mais que não foi abarcado pela reforma litúrgica subsequente ao Vaticano II; porém, o seu uso tomou-se facultativo após esta última, em 18 de Novembro de 1971, o que em termos práticos modernistas significou a sua quase total desaparição.

Fotografias: "Una Voce Rhode Island".

Revisitando fontes de água puríssima ou a verdadeira voz da Igreja

Aproveitei o tempo livre de que dispus no passado fim-de-semana para rever e reler a carta "Notre Charge Apostolique", sobre os erros do Sillon, de São Pio X, bem como três das mais notáveis encíclicas escritas pelo Papa Pio XI: "Mortalium Animus", sobre a promoção da verdadeira unidade de religião; "Quas Primas", acerca da festa de Cristo Rei; e "Divini Redemptoris", sobre o comunismo ateu. Em todos estes documentos impressiona a clareza e o rigor da linguagem com que estão redigidos, sem lugar para quaisquer dúvidas ou ambiguidades, num autêntico "Sim! Sim! Não! Não!" evangélico.

Depois da sua releitura, foi-me impossível não deixar de pensar: a crise da Igreja é também, a um nível nada despiciendo, fruto do laxismo de muitos católicos desmazelados, que preferem perder o precioso tempo de que dispõem com inanidades e até imoralidades, em vez de esclarecerem e reforçarem doutrinariamente a sua fé. Na verdade, aqueles como que morrem de sede mesmo ao lado de autênticas fontes água puríssima, entre as quais se contam as encíclicas dos papas pré-conciliares compreendidos entre Gregório XVI e Pio XII.

Por exemplo, teriam as depredações dos modernistas e progressistas atingido o grau que atingiram, se um número realmente significativo de católicos tivesse sabido reconhecer e contradizer de imediato a ideia desfigurada que tais hereges dão de Cristo e do papel da sua Igreja no mundo? Creio firmemente que não! E passo a citar São Pio X, na "Notre Charge Apostolique":

Queremos chamar vossa atenção, Veneráveis Irmãos, sobre esta deformação do Evangelho e do carácter sagrado de Nosso Senhor Jesus Cristo, Deus e Homem, praticada no Sillon e algures. Desde que se aborda a questão social, está na moda, em certos meios, afastar primeiro a divindade de Jesus Cristo, e depois só falar de sua soberana mansidão, de sua compaixão por todas as misérias humanas, de suas instantes exortações ao amor do próximo e fraternidade. Certamente, Jesus nos amou com um amor imenso, infinito, e veio à terra sofrer e morrer, a fim de que, reunidos em redor dele na justiça e no amor, animados dos mesmos sentimentos de mútua caridade, todos os homens vivam na paz e na felicidade. Mas para a realização desta felicidade temporal e eterna, Ele impôs, com autoridade soberana, a condição de se fazer parte de seu rebanho, de se aceitar sua doutrina, de se praticar a virtude e de se deixar ensinar e guiar por Pedro e seus sucessores. Ademais se Jesus foi bom para os transviados e os pecadores, não respeitou suas convicções erróneas por sinceras que parecessem; amou-os a todos para os instruir, converter e salvar. Se chamou junto de si, para os consolar, os aflitos e os sofredores, não foi para lhes pregar o anseio de uma igualdade quimérica. Se levantou os humildes, não foi para lhes inspirar o sentimento de uma dignidade independente e rebelde à obediência. Se seu coração transbordava de mansidão pelas almas de boa vontade, soube igualmente armar-se de uma santa indignação contra os miseráveis que escandalizam os pequenos, contra as autoridades que acabrunham o povo sob a carga de pesados fardos, sem aliviá-la sequer com o dedo. Foi tão forte quão doce; repreendeu, ameaçou, castigou, sabendo e nos ensinando que, muitas vezes, o temor é o começo da sabedoria, e que, às vezes, convém cortar um membro para salvar o corpo. Enfim, não anunciou para a sociedade futura o reinado de uma felicidade ideal, de onde o sofrimento fosse banido; mas, por lições e exemplos, traçou o caminho da felicidade possível na terra e da felicidade perfeita no céu: a estrada real da cruz. Estes são ensinamentos eminentemente sociais, e nos mostram em Nosso Senhor Jesus Cristo outra coisa que não um humanitarismo sem consciência e sem autoridade.

quinta-feira, abril 09, 2009

O episcopado português em estado de heresia e cisma prático

Se dúvidas ainda existissem a este respeito, as mesmas foram dissipadas pelas recentes declarações de vários bispos portugueses, as quais começaram a ser proferidas com estranha sintonia e regularidade depois da viagem do Papa a África: boa parte do episcopado nacional encontra-se em estado de heresia, de cisma prático e de ruptura com o magistério tradicional da Igreja. Não invento nada e limito-me a constatar com objectividade os factos perfeitamente compilados pelo Afonso Miguel, d'"A Tribuna" (ler I, II, III, IV e V). Assim:

- D. Ilídio Pinto do Amaral, Bispo de Viseu, defendeu a utilização de preservativos como forma de prevenir a transmissão da sida e admitiu que o matrimónio, ao menos nos casos de violência familiar, possa ser dissolvido por divórcio;

- D. Januário Torgal Ferreira, Bispo das Forças Armadas e da Segurança, sufragou o uso de preservativos para prevenção da sida, bem como a ordenação sacerdotal de mulheres;

- D. Carlos Azeredo, Bispo Auxiliar de Lisboa, admitiu que os católicos votem em partidos que apoiam a legalização dos emparelhamentos de homossexuais, sustentou que o magistério da Igreja tem de evoluir na questão do emprego dos preservativos e manifestou a sua "preocupação" pelo teor da carta que recebeu do Papa a propósito do levantamento das excomunhões dos bispos da FSSPX;

- D. Manuel Clemente, Bispo do Porto, condescendeu que em casos excepcionais seja admissível o recurso aos preservativos, como modo de profilaxia da sida.

Que dizer? É notória, pelo menos no caso dos três primeiros bispos referidos, uma vontade deliberada de divergir do Papa e de contradizer, em matérias bem determinadas de fé e moral, o magistério constante da Igreja. A este respeito, D. Ilídio até ironizou, afirmando não crer que o Vaticano o "multe" pelas posições que assumiu publicamente.

Pela minha parte, creio que o Vaticano não terá outra alternativa que não seja mesmo a de "multar" os bispos supra indicados, reprovando os seus ensinamentos erróneos e exigindo a sua retractação pública pelo escândalo que causaram. Sob pena, caso contrário, de haver de concluir que tais bispos deixaram de ter condições para exercer publicamente o respectivo múnus episcopal e destitui-los de funções. Em coerência, não poderá ser diferente a reacção de Roma, face ao precedente aberto com a situação de Monsenhor Williamson

Os livres-pensadores da modernidade...


Desenho publicado originalmente no "The Remnant".

segunda-feira, abril 06, 2009

O Apóstolo São João acerca da heresia e dos hereges

Da 2ª Carta do Apóstolo São João (2 Jo, 9-10), o discípulo preferido de Cristo, acerca da heresia e dos hereges:

Todo aquele que passa adiante e não permanece na doutrina de Cristo, não tem Deus consigo; mas aquele que permanece na doutrina, esse tem em si o Pai e o Filho. Se alguém vier até vós e não traz esta doutrina, não o recebais em vossa casa nem o saudeis, pois quem o saúda torna-se cúmplice das suas más obras.

sábado, abril 04, 2009

Eu respeito o magistério da Igreja. Respeita mesmo?



Da "Ordinatio Sacerdotalis", do Papa João Paulo II (destaques meus):

Embora a doutrina sobre a ordenação sacerdotal que deve reservar-se somente aos homens, se mantenha na Tradição constante e universal da Igreja e seja firmemente ensinada pelo Magistério nos documentos mais recentes, todavia actualmente em diversos lugares continua-se a retê-la como discutível, ou atribui-se um valor meramente disciplinar à decisão da Igreja de não admitir as mulheres à ordenação sacerdotal.

Portanto, para que seja excluída qualquer dúvida em assunto da máxima importância, que pertence à própria constituição divina da Igreja, em virtude do meu ministério de confirmar os irmãos (cfr Lc 22,32), declaro que a Igreja não tem absolutamente a faculdade de conferir a ordenação sacerdotal às mulheres, e que esta sentença deve ser considerada como definitiva por todos os fiéis da Igreja.

Invocando sobre vós, veneráveis Irmãos, e sobre todo o povo cristão, a constante ajuda divina, concedo a todos a Bênção Apostólica.

No Septuagésimo Aniversário do Triunfo da Cruzada Espanhola



O Rafael, regressado em boa hora às lides blogosféricas, recorda com grande sentido de oportunidade o teor da radiomensagem "Con Inmenso Gozo", de Sua Santidade o Papa Pio XII, através da qual o notável Pontífice Romano felicitou os fiéis católicos espanhóis pelo grande triunfo que obtiveram na Cruzada de 1936-1939.

Trata-se de uma mensagem merecedora de atenta releitura, sendo muitos dos seus pontos tão prementes na actualidade como na época em que foram escritos, ou talvez ainda mais. No tempo em que vivemos, todo o mundo ocidental, e não apenas a Espanha, volta a ser governado por homens com uma ideologia em tudo semelhante à dos delinquentes que chefiaram a empresa criminosa que foi a II república espanhola, os quais, podendo, não hesitarão em repetir os actos persecutórios mais celerados da "tirania roja"(ver aqui e aqui). Por isto, a mensagem do Papa Pio XII, bem como as lições que contém, deve ser objecto de estudo e reflexão aprofundada por parte de todos os católicos dignos desse nome e empenhados na defesa pública da sua fé.

quarta-feira, abril 01, 2009

Radiomensaje de Pío XII a España - 70º aniversario de la Victoria de la Cruzada de 1936-1939

RADIOMENSAJE A ESPAÑA DE S. S. PÍO XII

16 de abril de 1939

"Con inmenso gozo Nos dirigimos a vosotros, hijos queridísimos de la católica España, para expresaros Nuestra paterna congratulación por el don de la paz y de la victoria con que Dios se ha dignado coronar el heroísmo cristiano de vuestra fe y caridad, probado en tantos y tan generosos sufrimientos.

Anhelante y confiado esperaba Nuestro Predecesor, de santa memoria, esta paz providencial, fruto sin duda de aquella fecunda bendición que en los albores mismos de la contienda enviaba «a cuantos se habían propuesto la difícil y peligrosa tarea de defender y restaurar los derechos y el honor de Dios y de la Religión»; y Nos no dudamos de que esta paz ha de ser la que él mismo desde entonces auguraba, «anuncio de un porvenir de tranquilidad en el orden y de honor en la prosperidad».

ESPAÑA, NACIÓN ELEGIDA

Los designios de la Providencia, amadísimos hijos, se han vuelto a manifestar una vez más sobre la heroica España. La Nación elegida por Dios como principal instrumento de evangelización del Nuevo Mundo y como baluarte inexpugnable de la fe católica, acaba de dar a los prosélitos del ateísmo materialista de nuestro siglo la prueba más excelsa de que por encima de todo están los valores eternos de la religión y del espíritu.

La propaganda tenaz y los esfuerzos constantes de los enemigos de Jesucristo parece que han querido hacer en España un experimento supremo de las fuerzas disolventes que tienen a su disposición repartidas por todo el mundo; y aunque es verdad que el Omnipotente no ha permitido por ahora que lograran su intento, pero ha tolerado al menos algunos de sus terribles efectos, para que el mundo viera cómo la persecución religiosa, minando las bases mismas de la justicia y de la caridad, que son el amor de Dios y el respeto a su santa ley, puede arrastrar a la sociedad moderna a los abismos no sospechados de inicua destrucción y apasionada discordia.

Persuadido de esta verdad el sano pueblo español. con las dos notas características de su nobilísimo espíritu, que son la generosidad y la franqueza, se alzó decidido en defensa de los ideales de fe y civilización cristianas, profundamente arraigados en el suelo de España; y ayudado de Dios, «que no abandona a los que esperan en El» (Iudith, XIII, 17), supo resistir al empuje de los que, engañados con o que creían un ideal humanitario de exaltación del humilde, en realidad no luchaban sino en provecho del ateísmo ...

SANTA MEMORIA

Y ahora, ante el recuerdo de las ruinas acumuladas en la guerra civil más sangrienta que recuerda la historia de los tiempos modernos, Nos con piadoso impulso, inclinamos ante todo nuestra frente a la santa memoria de los Obispos, Sacerdotes, Religiosos de ambos sexos y fieles de todas edades y condiciones que en tan elevado número han sellado con sangre su fe en Jesucristo y su amor a la Religi6n Católica: «majorem hac di1ectionem nemo habet»: «no hay mayor prueba de amor» (Io., XV, 13).

Reconocemos también nuestro deber de gratitud hacia todos aquellos que han sabido sacrificarse hasta el heroísmo en defensa de los derechos inalienables de Dios y de la Religión, ya sea en los campos de batalla, ya también consagrados a los sublimes oficios de caridad cristiana en cárceles y hospitales ...

POLÍTICA DE PACIFICACIÓN

A vosotros toca, Venerables Hermanos en el Episcopado, aconsejar a los unos y a los otros, que en su política de pacificación todos sigan los principios inculcados por la Iglesia y proclamados con tanta nobleza por el Generalísimo: de justicia para el crimen y de benévola generosidad para con los equivocados. Nuestra solicitud, también de Padre, no puede olvidar a estos engañados, a quienes logró seducir con halagos y promesas una propaganda mentirosa y perversa.

A ellos particularmente se ha de encaminar con paciencia y mansedumbre Vuestra solicitud Pastoral: orad por ellos, buscadlos, conducidlos de nuevo al seno regenerador de la Iglesia y al tierno regazo de la Patria, y llevadlos al Padre misericordioso, que los espera con los brazos abiertos ...

En prenda de las copiosas gracias, que os obtendrán la Virgen Inmaculada y el Apóstol Santiago, patronos de España, y de las que os merecieron los grandes Santos españoles, hacemos descender sobre vosotros, Nuestros queridos hijos de la católica España, sobre el Jefe del Estado y su ilustre Gobierno, sobre el celoso Episcopado y su abnegado Clero, sobre los heroicos combatientes v sobre todos los fieles, Nuestra Bendición Apostólica."