quarta-feira, setembro 25, 2013

A entrevista de Francisco

Li no passado Domingo a entrevista que o Papa Francisco concedeu à “Civiltà Cattolica”: não gostei dela, mas a mesma não me causou qualquer surpresa. Como já escrevi em momento anterior, Francisco continua a ser Bergoglio e a pensar e a agir como Bergoglio sempre pensou e agiu, orientando-se por uma linha de pensamento evolucionista, imanentista e antitradicional, ou seja, modernista e progressista. E à maneira modernista e progressista, sem jamais defender abertamente posturas antimagisteriais em questões como o aborto, a homossexualidade, a anticoncepção artificial e a ordenação sacerdotal de mulheres, Francisco consegue ser ambíguo o suficiente para minar perante o mundo a posição dos que defendem a ortodoxia católica nestas matérias, desencorajando-os, desmotivando-os ou desmoralizando-os perante o inimigo.

De resto, o que ressalta mais negativamente é a duplicidade de critérios com que o Papa encara:

- por um lado, todos os que com maior ou menor culpa, católicos ou não, cederam perante pecados tão graves como o aborto ou a homossexualidade, manifestando-lhes uma compreensão, uma leniência e uma brandura no limite da permissividade e do indiferentismo;

- por outro lado, todos os católicos que tentam orientar a sua vida, com maior ou menor sucesso, em conformidade com os ditames da tradição, demonstrando quanto a estes um rigor, uma severidade e uma dureza a roçar o desprezo puro e simples.

Acerca dos primeiros, Francisco afirma:

Devemos anunciar o Evangelho em todos os caminhos, pregando a boa nova do Reino e curando, também com a nossa pregação, todo o tipo de doença e de ferida. Em Buenos Aires recebia cartas de pessoas homossexuais, que são “feridos sociais”, porque me dizem que sentem como a Igreja sempre os condenou. Mas a Igreja não quer fazer isto. Durante o voo de regresso do Rio de Janeiro disse que se uma pessoa homossexual é de boa vontade e está à procura de Deus, eu não sou ninguém para julgá-la. Dizendo isso, eu disse aquilo que diz o Catecismo. A religião tem o direito de exprimir a própria opinião para serviço das pessoas, mas Deus, na criação, tornou-nos livres: a ingerência espiritual na vida pessoal não é possível. Uma vez uma pessoa, de modo provocatório, perguntou-me se aprovava a homossexualidade. Eu, então, respondi-lhe com uma outra pergunta: “Diz-me: Deus, quando olha para uma pessoa homossexual, aprova a sua existência com afecto ou rejeita-a, condenando-a?” É necessário sempre considerar a pessoa. Aqui entramos no mistério do homem. Na vida, Deus acompanha as pessoas e nós devemos acompanhá-las a partir da sua condição. É preciso acompanhar com misericórdia. Quando isto acontece, o Espírito Santo inspira o sacerdote a dizer a coisa mais apropriada (destaques meus).

Porém, sobre os segundos, em especial os fiéis do rito latino-gregoriano, o mesmo Francisco declara:

O Vaticano II foi uma releitura do Evangelho à luz da cultura contemporânea. Produziu um movimento de renovação que vem simplesmente do próprio Evangelho. Os frutos são enormes. Basta recordar a liturgia. O trabalho da reforma litúrgica foi um serviço ao povo como releitura do Evangelho a partir de uma situação histórica concreta. Sim, existem linhas de hermenêutica de continuidade e de descontinuidade. Todavia, uma coisa é clara: a dinâmica de leitura do Evangelho no hoje, que é própria do Concílio, é absolutamente irreversível. Depois existem questões particulares, como a liturgia segundo o Vetus Ordo. Penso que a escolha do Papa Bento XVI foi prudente, ligada à ajuda a algumas pessoas que têm esta sensibilidade particular. Considero, no entanto, preocupante o risco de ideologização do Vetus Ordo, a sua instrumentalização (destaques meus).

Aqui chegados, é triste constatar que o actual Papa deforma e reduz o alcance do “Summorum Pontificum” a um auxílio prestado a um grupo de tontinhos inadaptados. E mais triste é que diga haver quem ideologize e instrumentalize o “Vetus Ordo”, sem todavia especificar quem sejam essas pessoas e no que consiste a ideologização e instrumentalização a que alude.

Porventura, Francisco não conceberá que os fiéis do rito tradicional latino-gregoriano estejam de boa vontade, procurem Deus e que esse rito seja um poderoso auxiliar em tal demanda? Bento XVI compreendeu esta factualidade; pelo contrário, o seu sucessor recusa-se a entendê-la… Não pode deixar-se de lamentar esta última posição, sobretudo porque tomada em quem paradoxalmente, em momento mais avançado da entrevista, diz que “Na música gosto muito de Mozart, obviamente. Aquele “Et Incarnatus est” da sua Missa em Dó é insuperável: leva-te a Deus!” Ora, será que para o corrente Papa apenas uns quantos privilegiados e eleitos podem ser conduzidos a Deus pelo “Et Incarnatus est”?.. Custa a crer…

Todavia, não se fica por aqui a infeliz arremetida efectuada por Francisco contra os católicos tradicionais. Para quem sendo Papa declara não ser ninguém para julgar os homossexuais bem intencionados que procuram Deus, há que estranhar muito as palavras que abaixo se citam, as quais soam tão pouco caridosas, tão eivadas de juízos preconcebidos, de raciocínios apriorísticos e de retratos caricaturais sem correspondência na realidade das coisas. Assim:

Se o cristão é restauracionista, legalista, se quer tudo claro e seguro, então não encontra nada. A tradição e a memória do passado devem ajudar-nos a ter a coragem de abrir novos espaços para Deus. Quem hoje procura sempre soluções disciplinares, quem tende de modo exagerado à “segurança” doutrinal, quem procura obstinadamente recuperar o passado perdido, tem uma visão estática e involutiva. E deste modo a fé torna-se uma ideologia entre tantas.

Perante isto, é legítimo perguntar-se: e todos os que possuem uma visão dinâmica e evolutiva, quantas vezes impregnada de “animus delendi” e de “animus injuriandi”, desprezando em absoluto as soluções disciplinares e descurando por completo a integridade doutrinal, supondo que o homem dito contemporâneo é ontológica e axiologicamente distinto dos homens de épocas transactas, não têm eles próprios uma “fé” que mais não é do que uma ideologia entre tantas outras?..

Quanto ao resto, conforme referi logo desde o início, não gostei desta entrevista. Nela, o Santo Padre revela-se não um pai, mas um padrasto. O tom de conversa de botequim para que a mesma amiúde resvala também não a ajuda nada, chegando a ter momentos - como aquele em que Francisco apoda de “solteirões” uma parte dos religiosos consagrados - verdadeiramente surreais.

Enfim, para terminar, lastimo profundamente que um Papa jesuíta e argentino, numa entrevista a uma importantíssima revista jesuíta, haja omitido nas referências literárias que fez a figura do Padre Leonardo Castellani. Omissão certamente deliberada e intencional em alguém que está infelizmente cada vez mais parecido, a cada dia que passa, com Monsenhor Panchampla, personagem do livro “Su Majestad Dulcinea”, de autoria de… Castellani, a qual é o arquétipo caricatural acabado do prelado progressista.

quarta-feira, setembro 11, 2013

A vueltas con Siria en clave castellaniana


He aquí que Damasco dejará de ser ciudad; será montón de ruinas.” (Is 17, 1)

 
El Padre Castellani sostenía que los EEUU eran (y son) el V Imperio, el último Imperio. El del Anticristo. El otro día leía a mi amigo Miles dar vueltas sobre su propia perplejidad de lo que supuso la Guerra Fría, y los que nacieron en ella y veían a los EEUU como un bastión anticomunista. Lo cierto es que la dialéctica comunismo-anticomunismo, y en este último el motor principal es el capitalismo liberal, es falsa: ambas filosofías (la exportada por EEUU desde la Revolución de 1776 y de manera más fehaciente desde la victoria de la facción de Nueva Inglaterra en la Guerra de Agresión Yanqui, y el comunismo) comparten secularismo, inmanentismo y materialismo radical.

Y aún cosas peores.

De todas maneras, no hay que enfatizar el tema en los EEUU. Los anglosajones, como pueblo, originariamente optaron por un camino de perdición. Posiblemente al, como raza, abdicar de la Gracia sacramental. Hecho que sucedió en las islas británicas, por cierto. De otro lado, a día de hoy, la Commonwealth es una realidad. Como también son realidades las relaciones íntimas entre Inglaterra y EEUU, incluyendo el hecho de sus élites compartidas. En definitiva, el V Imperio tiene muchos tentáculos a ambos lados del Atlántico y en los países que a su órbita pertenecen. Los países anglosajones funcionan todos ellos más al unísono de lo que parece, como demuestra el caso del Echelon (véase también este otro hiperenlace sobre el Echelon), el sistema de espionaje más logrado a nivel global que sólo países anglosajones e Israel comparten. Lamentablemente en Israel también prevalece Tel-Aviv sobre Jerusalén, el materialismo craso, inmanentista y secularista sobre lo religioso y sobre el respeto al Decálogo como referente. De manera que a todos ellos les une la moral púnica, la misma que Yahvé tanto abominara en el Antiguo Testamento. Y un curioso, o no tanto, odio compartido a la contemplación.

Razón no le faltaba al Padre Castellani para pensar así sobre el Quinto (V), y último, Imperio. En verdad que Castellani era profeta, como demostrara para con sus compatriotas.

Voy a hacer una reflexión: ligar las actitudes del V Imperio con la de los cuatro pecados que claman venganza al Cielo. Son pecados cuya maldad es tan grave que atraen la ira del Todopoderoso. Que nadie diga que esto es doctrina filo-lefebvriana, periclitada o demodé, que el texto oficial del Catecismo de la Iglesia lo sigue recogiendo en su Canon §1867.

El primer pecado es la muerte del inocente. Los Estados Unidos imponen a marchamartillo, vía ONU, la “salud sexual reproductiva”, que ni es salud ni reproductiva. Se oponen a cuanto suponga vida, pero favorecen cuanto suponga muerte; sacrificio de los nascituri a la demoníaca Diosa Astarté, como hacían los cartagineses. Los anglosajones combaten a cuantos se oponen a esto, sean polacos, nicaragüenses o irlandeses. De hecho, como ya he dicho en alguna ocasión, los EEUU son la Nueva Cartago, guste o no guste leer esto. En los EEUU los opositores al aborto son considerados gente peligrosa. La intensificación de la presión abortista en Hispanoamérica es un ejemplo, y resulta enormemente curioso seguir la pista de quiénes financian a las asociaciones, y quiénes están detrás de ellas, pero a menudo son conocidas fundaciones yanquis y multinacionales radicadas en el V Imperio. Como ejemplo, también, es lo acontecido en Irlanda, donde han persistido en referéndum tras referéndum hasta conseguir implantar el aborto. Huelga decir que ya no habrá más consultas plebiscitarias. No es pues sorprendente que esta gente dé vivas a Satán en sus manifestaciones.

En segundo lugar la sodomía, pecado nefando, que ellos nefariamente propagan. Si algún país, como es el caso de Rusia, plantea algún tipo de cortapisa a estos temas (como no dar derechos parentales a los homosexuales o para que cese el acoso propagandístico de esta gente), se ceban contra ellos. Por no hablar del escándalo, del pecado gravísimo de escándalo, perpetrado por el V Imperio contra los niños. ¡Ay … de quien escandalizare a uno de estos pequeñuelos! Pero las “pussy riots” pueden provocar actos de sacrilegio, que ellas sí tienen las bendiciones del V Imperio. ¿Quién está detrás del apoyo a las “pussy riots” o a las organizaciones gays? Nuevamente, me temo, instituciones y organizaciones vinculadas al V Imperio. Es curioso, o no tanto, que este V Imperio ataque a rusos o a musulmanes, que se oponen de manera abierta a este tipo de prácticas. Hemos llegado a un punto donde plantear abiertamente estos temas en nuestros países es, sencillamente, tabú. Por fortuna existe un país donde el Patriarca Kiril puede hablar sin tapujos, aunque su representante en el Consejo de Europa también dijo las verdades del barquero. Y unos políticos, los rusos, que plantan cara al pensamiento políticamente correcto.

En tercer lugar la defraudación al trabajador en su justo salario. Pecado que llega hasta la aberración de pagar más al vago que al trabajador, lo cual es un insulto incalificable. Pecado que empuja a muchos, incluso norteamericanos, a no tener hijos. Pecado que se ejemplifica quizás mejor que nada en la destrucción de la clase media. Pecado en que algunos conspicuos ricos, del V Imperio, se glorían. Pecado que se extiende por la confiscación, mejor dicho, el robo, a través de los impuestos, al punto de negar a muchos una vida digna e independiente. Porque la usura, pecado gravísimo, corroe todo: hasta destruye el propio capitalismo, sistema apoyado a ultranza por el V Imperio. En una palabra: la injusticia social en cualquiera de sus formas como modo de vida. Y en otra: el caos económico a que estamos abocados. Ahora bien, como sostiene Alain Sorel al hablar de Siria, la oligarquía de la usura tiene su agenda política, no es una mera agenda económica.

En cuarto lugar la opresión de la viuda, el huérfano y el extranjero. En una palabra, la opresión del débil e indefenso, algo de lo que los EEUU han hecho gala. Pobres y débiles a los que se plantea exterminar, sin más. Pobres, débiles e indefensos a los que se simplemente se extorsiona. Algo que no hacen sólo contra los individuos, sino también contra las naciones. Y el hecho es que los Estados Unidos están sirviendo para exterminar a todos los cristianos de Oriente Medio, la cuna de la Cristiandad. Sistemáticamente se ponen en contra de los países cristianos: defienden al Sudán islámico frente al Sudán cristiano, apoyan a la musulmana indonesia contra Timor Este, tienen turbios negocios con los turcos, y siempre en contra de los griegos, están con Marruecos contra España. ¿Qué ha supuesto la “primavera árabe”? Cierto que ni Sadam Hussein, ni Gadafi, ni Mubarak eran santos varones, pero había un respeto en esos países a las minorías cristianas que no se da en en las naciones sunnitas (no olvidemos que los Omeya constituyeron a los sunnitas sobre el asesinato) a que tanto apoyan los yanquis, como Arabia Saudita. Respeto a los cristianos que, aunque Assad tampoco sea ejemplar en muchos aspectos, sí se da en Siria. Hoy día nadie más débil e indefenso, nadie más viuda, más huérfano, más extranjero, que el cristiano en Oriente Medio. Hasta de la misma Tierra Santa han sido prácticamente extirpados.

J Edgar Hoover, que fuera director del FBI en los años cincuenta, avisó tímidamente de lo que se venía:

“The individual is handicapped, by coming face-to-face, with a conspiracy so monstrous, he cannot believe it exists. The American mind, simply has not come to a realization of the evil, which has been introduced into our midst. It rejects even the assumption that human creatures could espouse a philosophy, which must ultimately destroy all that is good and decent.”

Porque precisamente se trata de eso: de la destrucción de todo cuando es bueno y decente (y bello). Rasgo este típico de Satanás, rasgo típico del V Imperio, que promueven la fealdad dondequiera que van.

La nota distintiva anglosajona es la mentira, pues su pecado capital social prevalente es la hipocresía, y las mentiras sobre Siria las hay a pares (por ejemplo en este hiperenlace o bien en este otro). Triste afiliación con el Padre de la mentira, el Príncipe de la mentira. Pero también la conculcación de cualquier resto del Orden Romano, incluso pasado por ese molino destructor de Kant, en que había que dado el Derecho Internacional en tiempos modernos. Otro dato distintivo, y patognomónico, de estos anglosajones de hoy día: la destrucción del Katejón, de ese resto de Orden Romano que todavía subsistía –admitamos que ya en muy pequeñas dosis- pero que precisaba su erradicación la llegada el Ánomos, del Anticristo. Triste afiliación, de nuevo, con el Príncipe de la mentira. Y la violencia inusitada, siempre violencia, siempre crueldad. Como ratifica el historial bélico de los EEUU. Una historia militar, por cierto, plagada de mentiras. Como nos ilustra, a propósito de Siria, Juan Manuel de Prada en su artículo “Chusma”, donde desvela la soez calaña moral del V Imperio.

El V Imperio tiene que implosionar para que el Ánomos venga. Y ya hay síntomas que apuntan hacia una implosión.

Por otro lado, algunos escenarios geopolíticos son temibles, pero en todos ellos hay que entender la bipolaridad musulmana entre sunnitas y chiítas. : ¿alguien cree en su sano juicio que Irán se quedará de brazos cruzados si Siria es atacada? No, y dudo mucho personalmente que empiecen por atacar Israel porque no tienen esa capacidad de penetración, aunque algún misil todavía no suficientemente probado pudieran mandar a Tierra Santa. Atacarían más bien a sus enemigos probados, los que les están haciendo la vida imposible desde hace siglos, los estados sinvergüenzas del Golfo, incluyendo Arabia Saudita. Otros sunnitas, los pakistaníes, atacarían –posiblemente con armamento nuclear- a Irán por detrás, posiblemente a petición de los saudíes, y la India se vería forzada a entrar en guerra por su alta dependencia energética de Irán y su sempiterno conflicto con los pakistaníes. Asia ardería y habría una crisis energética global sin precedentes.

¿Alguien cree que Rusia y China permanecerían impávidas? No, y Rusia posiblemente atacase a Europa occidental, esa panda de títeres tan secuaces del V Imperio como los anglosajones, tan decadentes como malcriados y hedonistas; algo que, por cierto, está en el Mensaje de Fátima y en el imperativo de expandir el hinterland que necesariamente tiene que estar manejando el Alto Estado Mayor ruso. Rusia contaría con el apoyo de tropas chinas, porque su deficiencia es el número de hombres para acometer esa empresa, con independencia de que los rusos son conscientes que no pueden confiar del todo en China. Quién sabe si China, incluso, no se metiera en una aventura transpacífica. A partir de ahí, todo horror es posible.

Muerte y odio por doquier, rasgos satánicos, características anticrísticas, todas ellas exportadas por obra y gracia del V Imperio.

Es llegada la hora de la purificación (Zc 13). El peligro de la Tercera Guerra Mundial está ahí. Y cuando digo mundial digo eso: mundial. Pero sabemos que estas pruebas anuncian algo mejor (Lc 21, 28). Y no olvidemos el ejemplo de los mártires, porque esta posibilidad es objetivamente cada vez más cercana para cada uno de nosotros. Ellos, nuestros hermanos cristianos sirios, ya están dando testimonio desde la cuna de la Cristiandad.


“The crisis is over; we have lost. This is no longer just a prediction, it is a simple observation: Rome has been desecrated. We are in the age of darkness. Triumphalist reactions are in vain. The modern world and the Church deserve the punishment that God is raining down on us.”

Por eso, para fortalecernos en esta hora del trance, y para no perder la esperanza, volvamos sobre el Apokalypsis. De la mano de Castellani, por supuesto. O con algún ilustre comentador suyo.

Y para quien nada sepa del Padre Castellani puede empezar por aquí.

 
Rafael Castela Santos
 

 

segunda-feira, setembro 09, 2013

A peregrinação ao Santuário de Nossa Senhora da Penha e o perdão dos pecados


Custa-me a crer como é enorme a ignorância religiosa da generalidade dos jornalistas dos grandes meios de comunicação social: noticiar que o Papa Francisco perdoou os pecados de todos os que participaram na peregrinação ao Santuário de Nossa Senhora da Penha, em Guimarães, neste último fim-de-semana, como se porventura aí tivesse sido administrada uma gigantesca absolvição penitencial colectiva, é um disparate inqualificável, que ademais tem o gravíssimo inconveniente de espalhar a confusão nos espíritos dos fiéis menos esclarecidos, os quais são a maioria em Portugal…
Quanto aos pecados propriamente ditos, estes perdoam-se:
- se mortais (os decorrentes da violação directa, voluntária e deliberada da lei moral, praticados com pleno conhecimento, suficiente reflexão e total assentimento), através da sua confissão verbal no sacramento da Penitência; ou, excepcionalmente, por um acto de contrição perfeito;
- se veniais (os resultantes de violação negligente da lei moral, isto é, se cometidos sem pleno conhecimento, sem suficiente reflexão e sem total assentimento), também mediante a assistência ao Santo Sacrifício da Missa.
De resto, para finalizar, não compreendo como quem de direito - esta história do perdão dos pecados através da simples participação na peregrinação andava a ser propalada há já uns dias nos meios de comunicação social - não lhe pôs cobro de imediato, repondo a verdade e impedindo que o equívoco ganhasse o terreno que ganhou…


domingo, setembro 08, 2013

Missa Tradicional em directo

Através do sítio “Live Mass”, a partir de duas paróquias sob o cuidado pastoral da Fraternidade Sacerdotal de São Pedro (FSSP) - uma em Sarasota, Flórida, Estados Unidos; outra em Guadalajara, México -, é possível assistir em directo à celebração da Missa Tradicional de rito latino-gregoriano. Trata-se de uma ligação utilíssima e importantíssima para quem esteja impossibilitado de comparecer pessoalmente a uma Missa Tradicional (e, em Portugal, encontramo-nos quase todos nessa situação), e por isso merecedora de todo o apoio e divulgação possíveis. Enfim, aos interessados, que se espera sejam muitos, recorda-se que a diferença horária entre a Flórida e Portugal é de cinco horas, e entre o México e Portugal é de seis horas.

terça-feira, setembro 03, 2013

Por uma Filosofia Tomista

Procedo à divulgação do início, no próximo mês de Outubro, do curso “on-line" “Por uma Filosofia Tomista”, a ser leccionado pelo Professor Carlos Nougué. É minha intenção pessoal frequentá-lo.
***
 

 
“A felicidade última do homem está na contemplação da Verdade.”
Santo Tomás de Aquino

 
[Comunicado 1]
 
Em meados de outubro deste ano, estará disponível em site próprio o Curso on-line Por uma Filosofia Tomista, de 60 horas (o equivalente a um curso de extensão universitária).
 
DADOS GERAIS DO CURSO


      1) O Curso se dividirá em 30 vídeos-aula de 2 horas cada uma.
2) Todos os vídeos-aula estarão gravados antes do início do Curso, mas só se postarão no site dois por semana, por óbvias razões didáticas. Permanecerão todos no site até cinco meses depois do início do Curso. (Informar-se-á oportunamente o endereço do site.)
3) Haverá, ademais, ao longo dos mesmos cinco meses, vídeos-aula extras, de duração variada, com a resolução das dúvidas enviadas pelos alunos ao e-mail cursos@carlosnougue.com.br. (É também a este e-mail que se deve escrever para solucionar quaisquer outras dúvidas relativas ao Curso. Neste caso, responderá nosso responsável operacional: Marcel Assunção Barboza.)
4) Os vídeos estarão em nosso site em duas versões: uma de alta resolução; a outra de resolução um pouco inferior, para os alunos cujo computador não suporte a primeira.  
5) Na seção Material de Estudos do site, fornecer-se-ão também textos, outros vídeos e bibliografia.  
6) O Curso fornecerá certificado (particular) ao fim dos cinco meses.


EMENTA DO CURSO


        I) Apresentação geral: A necessidade de uma Filosofia tomista.
II) Preâmbulo 1: Resumo da História da Filosofia – Do impulso grego ao abismo moderno.
III) Preâmbulo 2: Se Santo Tomás era filósofo e/ou teólogo.
IV) Preâmbulo 3: A essência da doutrina de Santo Tomás, ou se o tomismo é um aristotelismo.
V) Preâmbulo 4: Como estudar a Filosofia, e em ordem a quê.
VI) Introdução geral à Filosofia, ou seja, a seus conceitos elementares (já aqui se implicam noções da Lógica, da Física e da Metafísica):
1) O que é conhecer 2) O ente e os primeiros princípios; 3) A quididade das coisas; 4) O essencial e o acidental; 5) Substância e acidentes; 6) A questão do an sit; 7) Ente e esse (ser ou ato de ser); esse e existência – uma primeira aproximação; 8) Divisão e definição; 9) Se os acidentes são entes e têm quididade; 10) Se as coisas artificiais têm quididade.
VII) Introdução à Lógica:
1) A simples apreensão; 2) As propriedades das coisas; 3) O juízo ou composição; 4) As causas; 5) O silogismo; 6) Em defesa da Lógica; 7) Se a Lógica é arte ou ciência; 8) As propriedades da Lógica; 9) O método da Lógica; 10) Lógica e Gramática.
VIII) Intermédio: A ordem das ciências e das artes.
IX) Introdução à Física geral:
1) O que é a natureza; 2) Os princípios da natureza: ato e potência, etc.; 3) O sujeito da Física Geral; 4) Existência e esse – segunda aproximação; 5) Em defesa da Física Geral aristotélico-tomista; 6) Se e em que caducou esta ciência; 7) O método da Física Geral; 8) Que classe de ciência é a Física moderna; 9) O que pensar da Biologia, da Psicologia, etc., atuais; 10) Uma crítica a Jacques Maritain.
X) Introdução à Metafísica:
1) Se tal ciência existe ou é válida ou necessária; 2) O sujeito da Metafísica; 3) Ente e esse – segunda aproximação; 4) As propriedades da Metafísica; 5) O método da Metafísica; 6) Diferença entre Teologia (ou Metafísica) e Sacra Teologia, e se elas se opõem; 7) As provas da existência de Deus; 8) O tratado de Deus uno.
XI) Apêndices:                                                                               
1) Os transcendentais; 2) Se o mal é algo; 3) A alma humana e sua imortalidade; 4) A Política e sua ordem ao Fim último do homem; 5) O mundo poderia ter sido criado ab aeterno (desde a eternidade)?


CURRÍCULO DE CARLOS NOUGUÉ

      I) Dados pessoais:
Nome: Carlos (Augusto Ancêde) Nougué;
Nacionalidade: brasileira;
Idade: 61 anos.
II) Qualificações profissionais:
1) Professor de Filosofia por diversos lugares;
2) Professor de Tradução e de Língua Portuguesa em nível de Pós-graduação (UGF);
3) Tradutor de Filosofia, Teologia e Literatura (do francês, do latim, do espanhol e do inglês);
4) Lexicógrafo.
III) Prêmio e indicações para prêmio:
• Prêmio Jabuti de Tradução/1993;
Indicação ao Prêmio Jabuti/1998;
• Finalista do Prêmio Jabuti/2005 pela tradução de D. Quixote da Mancha, de Miguel de Cervantes (edição oficial do Quarto Centenário da edição princeps).
IV) Responsável pelos seguintes blogs:


SUBSCRIÇÃO PARA O CURSO


      1) Valor total:
a) ou R$ 300,00 em até 6 parcelas sem juros no cartão de crédito;
b) ou R$ 280,16 por pagamento à vista mediante débito on-line ou boleto bancário.
Observação: Ambas as formas de pagamento se farão, em nosso próprio site, mediante o PagSeguro.
2) Ao pagarem, os alunos-subscritores receberão automaticamente uma senha de acesso aos vídeos-aula (regulares e extras) e ao material de estudo.
3) O período de subscrição começará entre três a duas semanas antes do início do Curso.
Observação geral 1: Até o fim de setembro próximo, informar-se-á a data efetiva do início do Curso.
Observação geral 2: Até o início do Curso, enviar-se-á semanalmente novo comunicado à mesma mailing list.

domingo, setembro 01, 2013

Da Síria, dos Estados Unidos e da Rússia

Se há vinte cinco anos alguém me tivesse dito que chegaria o dia em que eu, entre os Estados Unidos e à Rússia, tomaria o partido da Rússia, responderia que a pessoa que tal afirmava havia perdido o juízo; porém, com a questão da Síria, esse dia chegou mesmo.
Superado o interregno da guerra fria, no qual nasci, cresci e me formei, vejo os Estados Unidos e a Rússia paulatinamente regressarem às suas essências de sempre, que, de resto, jamais abandonaram de todo.
Os Estados Unidos, conforme Hergé os retratou em “Tintin na América”, reassumem-se como uma Ianquilândia inescrupulosa e abandidada, dominada por mesquinhos interesses plutocráticos, de dedo nervoso sempre pronto a premir o gatilho da conflagração bélica, transformados que estão num autêntico braço armado da república universal ou nova ordem mundial. Desde o incidente com o couraçado “Maine”, em 1898, no porto de Havana, passando pelo afundamento do transatlântico “Lusitania” (1915) e por Pearl Harbour, até à invasão instigada do Koweit, à agressão à Sérvia através do Exército de Libertação do Kosovo e à existência das pretensas armas de destruição maciça do Iraque, o rol da infâmia “yankee” é imenso. A este, vem agora juntar-se-lhe o suposto e absurdo uso de armas químicas pelas legítimas autoridades sírias, pretexto oportuno para os Estados Unidos intervirem no único país de maioria muçulmana do Próximo Oriente onde ainda existe uma importante comunidade cristã livre e, com a sua política imediata ou mediatamente anticristã de protecção fáctica a grupos radicais islâmicos, erradicarem em definitivo da vida síria aquela comunidade cristã (à imagem do que fizeram antes no Kosovo, no Iraque e, em parte, no Egipto).
Por seu turno, a Rússia, alijada a canga sovietista, surge cada vez mais, tanto na frente interna como na frente externa, como a última grande esperança do Ocidente e refúgio da alma deste. Libertada das amarras do passado, a Rússia redescobre a sua essência, onde uma profunda religiosidade cristã se mescla com um intenso fervor patriótico, que não admite concessões e muito menos transige com agressões. A Rússia de hoje é cada vez mais a Rússia de sempre, a Santa Rússia! O que não faria ela se convertida no seu todo ao Catolicismo, “nec minus, nec plus, nec aliter”?!
 
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