sábado, setembro 25, 2004

De Lamennais a Maritain

Neste livro originalmente publicado em 1945, o Padre Julio Meinvielle, uma das figuras basilares do pensamento tradicionalista argentino, disseca com meticulosidade o conceito de “Nova Cristandade”, desenvolvido pelo filósofo francês Jacques Maritain - antigo tomista, ex-membro da “Action Française”, e adepto das teses modernistas a partir de 1932 - nas suas obras "Humanisme Integral", "Christianisme et Démocratie" e "Principes de une Politique Humaniste".

Num trabalho de leitura apaixonante, Julio Meinvielle demonstra que a Nova Cristandade maritainiana nada tem de novo ou de cristão; pelo contrário, nela reafirmam-se, de modo mais audaz e insistente, os erros doutrinários de Lamennais e do “Sillon”, de Marc Sangnier, o primeiro a seu tempo condenado por Gregório XVI e pelo Beato Pio IX, e o segundo por São Pio X, os quais tentam o impossível de conciliar o pensamento revolucionário iluminista e o seu relativismo ético-moral adorador do homem, com a verdade católica divinamente revelada…

Fazendo tábua-rasa de toda a tradição da Igreja, e muito especialmente do magistério unânime de todos os Papas reinantes entre 1789 e 1958, Maritain extrapola abusivamente conceitos doutrinários, que só podem ser plenamente compreendidos e interpretados à luz de um plano sobrenatural ou de graça, no âmbito dos desígnios salvíficos de Deus, para um plano crassamente naturalista, onde o Cristianismo, em absoluta negação da sua real essência, é transformado num simples instrumento de colaboração com revolução e da consecução da utopia igualitária, socializante e internacionalista por esta última propugnada, em suma, da nova ordem anticristã, desiderato final e sucessivo do liberalismo jacobino, do socialismo marxista e do mundialismo plutocrático, todos eles opositores flagrantes do Catolicismo.

Infelizmente, na actualidade, e sobretudo após o encerramento do V2, a “Nova Cristandade” cativou boa parte da hierarquia católica, que não hesitou, desprezando toda a tradição, em dar foros de cidadania aos erros daquela; assim, também por este facto, a leitura do livro do Padre Julio Meinvielle afigura-se absolutamente fundamental para contrariar a autêntica abominação da desolação em que se encontra mergulhada a Igreja e, acima de tudo, devolver aos leitores a efectiva dimensão do Cristianismo, apartando-o definitivamente das falácias revolucionárias.

Pontualmente, citaremos neste espaço algumas passagens do livro ora em análise, extraídas directamente da edição original publicada em Buenos Aires, sabedores que somos da quase total impossibilidade, nos tempos que correm, de se encontrar um trabalho deste quilate disponível no mercado, mesmo na Argentina ou em Espanha; todavia, as principais obras do Padre Julio Meinvielle estão traduzidas em língua francesa e nesse idioma é possível adquiri-las através da sempre utilíssima "Diffusion de la Pensée Française" (SA DPF, B.P. 1, 86190 Chiré-en-Montreuil, França), pelo que algum leitor que eventualmente esteja interessado em aprofundar o seu conhecimento sobre este importante sacerdote católico argentino, terá sempre a hipótese de recorrer a tais traduções, situação que aconselhamos vivamente, pois o ganho de causa que se obtém com a leitura das mesmas é imenso, imprescindível para destruir definitivamente boa parte das teias de aranha mentais urdidas pelo mundo moderno e pelo poderoso sistema propagandístico às suas ordens.

sexta-feira, setembro 24, 2004

A sabedoria de Dom António de Castro Mayer - 4

Proposição falsa: A democracia cristã consiste no governo do povo, isto é, da maioria.

Proposição verdadeira: "Democracia cristã" é expressão usada para indicar qualquer governo que promova o bem comum sobre a lei de Deus, seja esse governo monárquico, aristocrático ou democrático. É o que ensina Leão XIII quando diz que que a democracia cristã "não deve absolutamente ter em vista preparar e preferir uma forma de governo em substituição a outra" (Encíclica "Graves de Communi"). A forma democrática de governo é compatível com a doutrina da Igreja na medida em que significa a participação do povo nos negócios públicos. Mas por "povo" a Igreja não entende a maioria numérica, anorgânica, isto é, a massa; porém, toda a população, atendidas as legítimas diferenciações de classe, de região, etc.. Assim, a democracia legítima não é o domínio das classes mais numerosas sobre as menos numerosas, da massa sobre o escol, mas a justa e proporcionada influência das classes, famílias, regiões e grupos sociais, nos negócios públicos.

Explanação
: A diferença entre a concepção católica e a concepção corrente da democracia procede de uma maneira diferente de entender a palavra "povo". Para a Igreja, o povo é em certo sentido o contrário da massa. Pio XII diz: "Povo e multidão amorfa, ou como se costuma dizer, massa, são dois conceitos diversos. O povo vive e se move por vida própria; a massa é por si mesma inerte e não pode ser movida senão do exterior. O povo vive da plenitude da vida dos homens que o compõem, cada um dos quais - em sua própria posição e segundo o seu modo próprio - é uma pessoa cônscia das respectivas responsabilidades e convicções. A massa, pelo contrário, espera o impulso do exterior, fácil joguete nas mãos de quem quer que lhe explore os instintos e as impressões, pronta a seguir, alternadamente, hoje esta bandeira e amanhã aquela. Da exuberância de vida de um verdadeiro povo a vida se difunde, abundante, rica, no Estado e em todos os seus organismos, comunicando-lhes com vigor incessantemente renovado a consciência de sua própria responsabilidade, o verdadeiro sentido do bem comum" (Alocução de Natal de 1944).

Ora, para o comum dos democratas o povo é precisamente o que Pio XII chama de massa. É o que se deduz das palavras do Papa (…): "Por toda a parte, atualmente, a vida das nações está desagregada pelo culto cego do valor numérico. O cidadão é eleitor. Mas, como tal, não é ele na realidade senão umas das unidades cujo total constitui uma maioria ou uma minoria, que o simples deslocamento de algumas vozes, quando não de uma só, basta para inverter. Do ponto de vista dos partidos, o eleitor não conta senão pelo seu poder eleitoral, pelo concurso que o seu voto dá; de sua situação, e de seu papel na família e na profissão não se cogita" (…).

Escrevendo sobre a democracia no sentido aceitável da palavra, convém acrescentar que ela jamais se identifica com o mito revolucionário da soberania popular. Todo o poder vem de Deus. O povo - e por "povo" entenda-se o que acima foi definido em oposição à massa - apenas pode escolher os que governarão com a autoridade que lhes vem de Deus.

Romano Amerio y el divorcio - final

Un contrato que obligue para siempre parece imposible, porque (dicen) el hombre no puede saber si mañana estará persuadido y voluntarioso como hoy; y además porque (dicen) la voluntad actual, y por tanto real, no puede estar vinculada por una voluntad pasada, y por tanto irreal. Es el sofisma de Hume, que negando toda conexión de causalidad entre los momentos de la conciencia, contempla la vida volitiva del hombre como una serie de puntos independientes uno respecto a otro. Esto implica también la negación de la libertad. Si la libertad es la facultad de preferir un objeto, es también la facultad de preferir un acto propio de libertad que se determine a perpetuidad.
Según Santo Tomás, el carácter de la voluntad es el figere un juicio entre los posibles. ¿Por qué no va a poder la voluntad fijarse a s’ misma? Según el Aquinatense, en la fijación de la voluntad en un punto y la consumación instantánea de todo un destino consiste la perfección específica de la naturaleza angélica: la volición humana que se fija en un pacto perpetuo e irrevocable puede representarse como una imitación de esta fijeza angélica por parte de una naturaleza perpetuamente versátil; en suma, la superación de la movilidad en el tiempo.
Pero en todo caso, la doctrina católica de la indisolubilidad del matrimonio es una gran celebración de la potencia de la libertad; más aún, es una gran celebración de la potencia ordinaria de la libertad, porque concierne a todos los actos individuales. Por tanto toda disminución que se haga de ella para querer desenvolverse "humanamente hablando" redunda en una disminución de la dignidad humana. A causa de su intransigencia, la indisolubilidad conyugal está por encima de los votos religiosos. estos son de la misma naturaleza (la voluntad ‘cual víctima se ofrece ... / y se hace con su acto’, Par. V, 29-30), pero menos excelentes que aquélla, porque su dispensabilidad, más fácil en la Iglesia postconciliar, les quita mérito y los pone por debajo (según dicho verso) de la perpetua comunión matrimonial.
La indisolubilidad, estrechamente unida con la monogamia, puede ser demostrada con reflexiones sociales y psicológicas, en último análisis más eudemonológicas que deontológicas. Tales consideraciones van desde la casi paridad de número en la estadística de hombres y mujeres, hasta la necesidad civil de legitimar a la prole, la inestabilidad de las pasiones (que deben ser refrenadas) y la exigencia de la educación de los hijos. En realidad el motivo esencial de la indisolubilidad (prescindiendo, se entiende, de la razón sacramental y de derecho divino) es de alto orden espiritual. El matrimonio es una donación total de persona a persona, por la cual dos personas de sexo distinto se unen tan plenamente como es posible segœn la recta razón. Esta unión presupone el amor que es debido por toda persona a toda persona independientemente del sexo, y le añade el amor entre hombre y mujer segœn la impronta natural de la sexualidad. Del matrimonio y del fin procreativo hablaremos a su tiempo.
Aquí basta concluir […] puesto que el divorcio responde a la lógica de las pasiones y (digámoslo así) a las súplicas de la naturaleza corrompida, la prohibición que la Iglesia hace de él se convierte en una prueba de la verdad y de la divinidad de la Iglesia. La Iglesia profesa como obligatoria una doctrina moral más elevada y más perfecta que la de cualquier otra religión o filosofía, a las cuales tanta perfección les parece imposible de practicar. Esto puede hacerlo la Iglesia porque tiene una idea más noble y más honorable de la humanidad, a la que se juzga capaz de toda moralidad alta y exquisita. Y esta idea está fundada sobre la conciencia que la Iglesia tiene de poseer una mayor fuerza moral, por lo que a la vez que impone un precepto difícil, también anima y da fuerzas para observarlo.”
Rafael Castela Santos

quarta-feira, setembro 22, 2004

Romano Amerio y el divorcio

Si ha habido un autor que ha sido capaz de señalar con una claridad meridiana los errores del Vaticano II (V2), éste ha sido el italiano Romano Amerio. Profesor de Lenguas Clásicas, con una formación filosófica excelente de sabor rosminiano, Romano Amerio plasmó en los últimos años de su vida el análisis más certero y penetrante de los cambios teológicos y filosóficos - titulado Iota Unum - operados por la caterva de Obispos y sus secuaces favorables a los cambios del V2. Iota Unum, inicialmente en italiano, ha sido traducida a varios idiomas. La versión inglesa va ya por su cuarta o quinta edición. La francesa por la tercera y la española por la segunda, lo cual es de todo punto notable en un libro de esta clase. La versión en español (una excelente traducción) se puede encontrar todavía a través de la editorial CriterioLibros, un proyecto que tiene en su haber un excelente elenco de títulos. También publica esta editorial el volumen del mismo autor Stat Veritas, que no tiene desperdicio. No tengo noticias de su traducción al portugués, pero quizás alguno de nuestros exiguos y amables lectores me pueda indicar si esta obra maestra ya ha sido vertida a la lengua lusa.
Centrémonos hoy en una serie de frases espigadas sobre el capítulo que dedica al divorcio. Decía San Agustín que “a fuerza de verlo todo acaba uno por acostumbrarse a todo”. Hoy día el divorcio es una costumbre tan implantada que apenas se cuestiona su naturaleza y licitud. Sí se habla, y mucho, de sus consecuencias. La incongruencia de la sociedad arreligiosa en que vivimos es tal que, por parafrasear a Don Juan Donoso Cortés, “levanta altares a las causas y cadalsos a las consecuencias”. Se bendice el divorcio por parte de una sociedad que ha perdido ya cualquier sentido del derecho natural y luego se lamentan las consecuencias, terribles –especialmente para los hijos- que el divorcio acarrea.
Dejemos que sea Romano Amerio quien explique con pluma más autorizada la verdadera dimensión del divorcio:
“[…] La enemistad del Estado moderno hacia la Iglesia no había llegado jamás a la impugnación del derecho natural, cuyo principal custodio es la Iglesia.
[…] El estupor ante tal innovación disminuye si se consideran las declaraciones de algunos Padres del Vaticano II en favor de la disolubilidad del vínculo. Eran obispos de la Iglesia Oriental, sujetos al influjo de la disciplina matrimonial de la Iglesia ortodoxa. Ésta admite el divorcio en diversos casos, entre los cuales está la culpa del cónyuge que conspira contra el Estado. El Card. Charles Journet dejó bien claro en la CXXXIX sesión del Concilio (OR, 1 de octubre de 1965) de qué manera esta disposición indulgente de la Iglesia ortodoxa depende históricamente de su servidumbre política respecto al Imperio bizantino y al Imperio zarista. La intervención era una respuesta a las sugerencias de Mons. Elia Zoghbi, vicario patriarcal de los Melquitas en Egipto, para que se disolviese el vínculo entre el cónyuge injustamente abandonado y el cónyuge culpable. Habiendo provocado esta sugerencia un desmesurado alboroto en la asamblea y en la prensa, el prelado consideró su deber declarar en una posterior intervención en el Concilio que proponiendo esa dispensa él no pretendía derogar completamente el principio de la indisolubilidad (OR, 5-6 octubre 1965). Pero la réplica es obvia: no basta mantener verbalmente una cosa, si después se pretende hacerla coexistir intacta con otra cosa que la destruye.
[…] El abandono de la doctrina no es obviamente profesado como tal, sino propuesto como una variación de la disciplina y no del dogma, y como una solución pastoral. […] Pero después, con la sofística propia de los innovadores, se viene a decir: ‘En la Iglesia católica se encuentran casos de una injusticia verdaderamente sublevante, que condena a seres humanos cuya vocación es vivir en el estado común del matrimonio y a quienes se les impide (sin que haya falta por su parte y sin que puedan, humanamente hablando, soportar durante toda su vida ese estado anormal)’.
A los argumentos del Patriarca se opone la perpetua tradición de la Iglesia, y desde un punto de vista teórico toda la dogmática católica. No nos extenderemos sobre el método bustrofédico propio de los innovadores, que caminan en un sentido concediendo vocalmente la indisolubilidad, para después volverse en seguida en sentido opuesto afirmando la disolubilidad, como si pudiesen coexistir los contradictorios. […] Se rechaza implícitamente la diferencia entre sufrimiento e injusticia, alegando que el cónyuge inocente padece por culpa de la Iglesia un dolor injusto. Aquí resulta implicada toda la teodicea, aparte de la doctrina católica del dolor.
La injusticia es evidente por parte del cónyuge que ha roto la comunión, pero el Patriarca considera que existe también injusticia por parte de la Iglesia; Ésta, por no mantenerse menos fiel al principio evangélico que al derecho natural, no se arroga la capacidad de evitar ese dolor. Ella castiga al cónyuge culpable de la injusticia, privándole por ejemplo de la Eucaristía e infligiéndole otras disminuciones de sus derechos, pero no hace prevalecer jamás el bien eudemonológico sobre el bien moral y la ley. Más bien la base del cristianismo es la idea del Justo sufriente, y la religión no promete la exención del dolor terrenal, sino del dolor en la otra vida: introduce al dolor en un orden integrado por la vida presente y por la futura, en una visión esencialmente sobrenatural. La posición del Patriarca es naturalista. Según la fe, Dios no conduce las cosas del mundo de modo que los buenos obtengan el bien mundano en el mundo, sino de modo que obtengan al final todo bien de quien es Todo-el-Bien.
La Iglesia no tiene por fin peculiar la supresión del dolor. […] Los hombres deben trabajar para evitar y sancionar la injusticia, pero todos están expuestos a ella independientemente de su estado moral. Los hombres sufren porque son hombres, no porque sean personalmente malvados. No entro en el discurso teológico que demuestra que todo mal humano depende del pecado original. La religión no se escandaliza por el sufrimiento del justo y no ve en ello una injusticia; lo contempla dentro del orden total del destino y asociado siempre a un sentimiento prevalente de alegría que proviene de la esperanza de la inmortalidad feliz: ‘feliciter infelices’, según la fórmula de San Agustín con resonancia de textos paulinos. Sin embargo el mencionado patriarca considera que el dolor es una injusticia, en vez de experiencia de la virtud, participación con Cristo, y purificación y expiación por los pecados propios y ajenos; y además traslada la responsabilidad de la injusticia desde el culpable hasta la Iglesia inocente.
La teoría matrimonial de Maximos IV pone en cuestión la teodicea misma de la religión católica, según la cual en cualquier situación en la que se encuentre el cristiano en el mundo, ni la injusticia de los hombres ni el dolor inferido por la naturaleza pueden jamás perjudicar a su salvación eterna y al cumplimiento del fin para el que ha sido creado. Esta difícil verdad está fundada inmediatamente sobre la trascendencia del fin y sobre la inconmensurabilidad del mal eudemonológico (el dolor) respecto al bien moral (la virtud), aparte de sobre la inconmensurabilidad de los padecimientos terrenales respecto a la recompensa del más allá. Son célebres los pasajes de San Pablo: ‘non sunt condignae passiones huius temporis ad futuram gloriam’ (Rom. 8, 18) y ‘quod in praesenti est momentaneum et leve tribulationis nostrae supra modum in sublimitate aeternum gloriae pondus operatur in nobis’ (II Cor. 4, 17). Es en realidad el contrapeso que hace el infinito a toda cantidad finita. El Patriarca hace en cosas de fe un discurso puramente humano (humanamente hablando), descuidando el dogma de la Gracia, según el cual es posible apud Deum lo que es imposible apud hominis, como enseña Cristo en Mat. 19, 10 y 26, precisamente in re conjugali. […]
La reserva expresada con la fórmula humanamente hablando es una invención de los Iluministas, que fingían corregir sus afirmaciones contrarias a la religión alegando hablar sólo humanamente. Pero la distinción planteada por el Patriarca es vana y nula. Quien cree en una religion sobrenatural no puede hablar jamás solo humanamente; o, si se quiere, puede hablar así, pero hipotéticamente, no téticamente: ad personam, no ad rem. No hay tres tipos de sentimientos: los justos, los injustos, y los humanos; y no hay tres tipos de juicios: los verdaderos, los falsos, y los humanos. Esta tercera categoría tiene gran importancia en el habla coloquial, pero carece de consistencia. Todo sentimiento es justo o injusto, y todo juicio es verdadero o falso. Todo el pensar y todo el querer humanamente se reduce por necesidad a una o a otra de estas clases. Finalmente, la posición de Maximos IV da origen a un humanismo incompatible con la doctrina católica. La religión no conoce término medio entre lo verdadero y lo falso, esa especie de limbo que frustraría la Redención de Cristo haciendo retroceder al género humano a la situación del tiempo en que el Divino Maestro aún no había venido. […]
En cuanto sacramento, el matrimonio representa y realiza la indisoluble unión de Cristo con la Iglesia, y esta significación mixta produce la perennidad inviolable del vínculo, según la doctrina de Ef. 5, 32. Pero también desvestido de la sacramentalidad (como es in puris naturalibus) el matrimonio es intrínsecamente indisoluble, y su reducción a comunión temporal es un corolario de la mentalidad moderna que eleva al sujeto por encima de la ley y le convierte en autolegislador independiente. Este concepto permite identificar al divorcio con la libertad de matrimonio. El matrimonio ya no es un objeto que debe quererse con su propia estructura, sino que resulta enteramente construído por la voluntad subjetiva, y así se alinea con todas las libertades reivindicadas por el hombre. Si el eje de la vida moral se coloca en el sujeto más que en el objeto, entonces no hay obligación, sino autoobligación disoluble.
(Continuará)
Rafael Castela Santos

terça-feira, setembro 21, 2004

O Corcunda más noblemente Corcunda que nunca

Por favor, no se pierdan los comentarios de O Corcunda en O Pasquim da Reacçao sobre la democracia liberal porque son tan radicalmente (adverbio éste que viene “de raíz”, y que utilizo aquí etimológicamente) certeros que sería una pena perdérselos. Es curioso que la libertad que el Internet y el blog proporcionan hace que haya gente como O Corcunda que no están dispuestos a dejarse dirigir en su pensamiento por el discurso dominante.
La entrada de O Corcunda no tiene desperdicio porque pone el dedo en la llaga:

“A democracia, em estado liberal como hoje a encontramos por estas partes do mundo, afastou-se da sua raiz virtuosa e classica”

Porque, precisamente, la misión fundamental del Estado no es garantizar un bienestar material (aunque un mínimo es ciertamente imprescindible), sino que los ciudadanos de ese Estado vivan de manera virtuosa.
Y no se queda ahí O Corcunda, sino que lanza una pregunta que es como un puñal:

“Podera um pais subordinar a sua acçao e o dominio da causa comum a una multidao impreparada e sem virtude?”

Aquí O Corcunda demuestra su buen corazón porque, lamentablemente, no existe causa común. Lejos quedan los tiempos cuando portugueses y españoles se lanzaron a echar de su tierra al invasor mahometano y lejos aquellos otros cuando, movidos por el celo de Cristo, conquistaron los mares para llevar a Cristo a todos los puntos del orbe. A no ser que la causa común sea la de vivir como bestias (“considera, hijo mío, que la mayor parte de hombres viven como bestias”, que dice el Eclesiastés), poseídos de una sed insaciable de posesión de bienes y despreciando el bien común. Por esto fracasa la democracia liberal, porque está vacía de contenido y de virtud. El más sensato de los liberales, Hobbes, tuvo que recurrir al poder absoluto del príncipe para dominar a un Leviatán que sabía que sin un mismo espíritu, sin una unidad de destino en la historia, no sobreviviría.
Opongan a esto la posición católica tradicional acerca de los deberes del Estado. Este también será un tema que, Dios mediante, abordaremos durante las próximas semanas.
Rafael Castela Santos

domingo, setembro 19, 2004

Coincidência

Folheava ontem ao acaso o livro de François Marie Algoud "Histoire et Actualité du Satanisme" quando, nem de propósito, deparo com a seguinte passagem:

"2001 (31 mars): Les évêques philippins contre la franc-maçonnerie.

(En 1983, à l'issue d'une enquête menée par les êveques allemands, le Cardinal Ratzinger, Préfet de la Congregátion pour la Doctrine de la Foi, avait publié une Déclaration pour rappeler. "Le jugement négatif de l'Eglise sur la franc-maçonnerie demeure inchangé parce que ses principes ont toujours été jugés incompatibles avec la doctrine de l'Eglise; c'est pourquoi il reste interdite par l'Eglise de s'y inscrire.").

C'est à ce document que s'est référé Mgr Sofio Balce, èvêque de Cabanatuan, aux Phillippines, pour refuser d'accorder des funérailles catholiques à un colonel franc-maçon. L'archevêque de Palo, Mgr Pedro Dean, président de la Comission épiscopale des Philippines explique, selon les termes de l'Agence des Missions Etrangères de Paris:
"La doctrine maçonnique n'est pas conciliable avec la foi chrétienne puisqu'elle niait que Dieu se soit révélé en Jésus-Christ, duquel d'ailleurs elle récusait la nature divine."

Ces déclarations épiscopales, qui ne font que rappeler la doctrine traditionelle de l'Eglise en la matière, ne sont pas inédites dans un pays où les franc-maçons sont nombreux et influents. En 1990, déjà, la Conférence des évêques philippins avait déclaré tout franc-maçon inapte à devenir parrain de baptême et de confirmation ou témoin de mariage et avait interdite que des funérailles religieuses soient célébrées "sauf s'il a donné des signes de repentir avant sa morte"
(destaques no original citado).

O motivo da incompatibilidade da doutrina maçónica com o Catolicismo é explicado com grande clareza por Ricardo de la Cierva, no seu livro fundamental "La Masonería Invisible". Aí se diz, a propósito da análise do grau 23 do Rito Escocês Antigo e Aceite:

"En una larguísima lectura el Ritual explica la génesis y entraña de los Misterios antiguos, identificándose con ellos. Parece sugerir el Ritual que los Misterios representaban la forma de la religión primitiva de la Humanidad que creía en un solo Dios. Los Misterios se fueron complicando y profundizando siglo tras siglo, y cuando se generaron las diversas religiones politeístas, idolátricas, los Misterios se convertieron en una inicia ción profunda y mucho más viva que llegaba mucho más allá que los fríos dogmas religiosos. En esta tesis, que subyace a toda la lectura, hay una clara referencia a la Masonería como superadora de cualquier creencia dogmática religiosa (incluso, por supuesto, la religión cristiana) puesto que a todas las religiones supera y encuentra en el fondo de la confusión religiosa la Verdadera Luz. La religión cristiana no queda exceptuada en momento alguno de este Ritual, en que se trata de formar al Jefe y Custodio del tabernáculo, el Templo de la Divindad".

Pelo exposto, conclui-se que de facto a Maçonaria nega formalmente o carácter revelado do Catolicismo, supostamente uma corruptela de uma religião inicial autêntica, pelo que se estranha que sacerdotes católicos, desde que verdadeiramente conscientes e dignos dessa qualidade, participem, ainda que a título meramente pessoal e invocando supostas amizades, em cerimónias de cariz maçónico.

sexta-feira, setembro 17, 2004

A sabedoria de Dom António de Castro Mayer - 3

Proposição falsa: Jesus Cristo pregou a pobreza e a humildade, a preferência pelos fracos e pequenos. Uma sociedade imbuída deste espírito deve eliminar as desigualdades de fortuna e condição social. As reformas políticas e sociais decorrentes da Revolução Francesa foram, conscientemente ou não, de inspiração evangélica, concorrendo para realizar uma sociedade verdadeiramente cristã.

Proposição verdadeira: Jesus Cristo pregou o espírito de pobreza e humildade, a preferência pelos fracos e pequenos. Por pobreza, a Igreja entende o desapego dos bens da terra, ou seja, um tal emprego dos mesmos, que sirvam para a salvação da alma e não para a sua perdição. Assim, nunca ensinou que ser rico é intrinsecamente mau; mas que tão somente é mau fazer uso desordenado da riqueza. Por humildade entende a Igreja o fato de o fiel reconhecer que nada tem de si e tudo recebeu de Deus, e de se situar no lugar que lhe compete. A existência de classes sociais é, pois, condição para a prática da virtude da humildade. Quanto à preferência pelos fracos e pelos pequenos, seria impossível numa sociedade em que todos fossem iguais. A Revolução Francesa, na medida em que tendeu para a completa igualdade política, social e económica, na sociedade ideal sonhada pelos seus fautores, foi um movimento satânico, inspirado pelo orgulho.

Explanação: Por certo, as desigualdades quer no domínio político, quer no social ou económico têm por vezes sido iníquas, e isto por dois motivos principais: ou porque essas desigualdades eram ilegítimas, e mero fruto da opressão; ou porque se acentuavam tanto que negavam a dignidade natural do homem, ou os meios para viver sadia e honestamente. Um exemplo frisante de desigualdade exagerada é a sorte duríssima e imerecida a que, no século XIX, foram lançados os operários em consequência da revolução industrial (Pio XI, "Quadragésimo anno", A.A.S. 23, p. 195, 197/8). Ao contrário do que se tem dito, a Igreja tem cumprido o seu dever de lutar contra essa situação. Mas em tal luta, seu objetivo é uma sociedade hierárquica dentro dos limites da ordem natural. Nunca a abolição de todas as desigualdades legítimas, sonhada pelos revolucionários (…) (cfr. Pio XII, Alocução de Natal de 1944, A.A.S. 37, p. 14).

terça-feira, setembro 14, 2004

Un pastor evangélico sueco fue encarcelado

Un Pastor evangélico sueco fue encarcelado el pasado mes de Julio por predicar durante sus sermones contra la homosexualidad. Evidentemente las blasfemias contra Dios, contra Cristo, contra la Virgen María, contra la Iglesia o contra todo lo sagrado que vienen de parte de los sodomitas tienen patente de corso. No está de más recordar que los católicos consideran el sexo contra natura como uno de los cuatro pecados que claman venganza al Cielo. Ni está de más recordar cuál fue el fin de Sodoma, Gomorra o Pompeya, esta última el San Francisco de los romanos.
Tampoco está de más volver sobre esta noticia porque es anticipo de lo que ya se huele y se viene: la persecución ya no moral, sino también física, de los cristianos. Hasta el martirio.
El Novus Ordo niega y/o oculta de mil y una maneras el aspecto sacrificial de la Misa. En la Misa de San Pío V, así como en los ritos católicos orientales no adulterados por el Vaticano II, el aspecto sacrificial es el más importante. Hemos negado esto; hemos determinado que no se celebre el sacrificio incruento del Altar por el cual la sangre inocente de Cristo se derrama por nuestros pecados. Y si no es la sangre de Cristo la que se derrama, entonces es nuestra propia sangre la que se derrama. Pues bien, es ahora la sangre de los mártires la que está a punto de derramarse. La que ya se derrama en Sudán, donde hace tiempo que crucifican a los cristianos. La que se derrama en Timor Este, donde los musulmanes matan a cristianos por el mero hecho de serlo. La que se derrama en Israel, donde judíos y musulmanes persiguen con saña y sutileza a los cristianos. La que se derrama en Irak, donde los cristianos caldeos están siendo perseguidos. Etc.
El encarcelamiento del Pastor por predicar la Biblia, que es muy clara al respecto de la homosexualidad, advierte de lo que se avecina en la vieja y decrépita Europa.

Rafael Castela Santos

domingo, setembro 12, 2004

A sabedoria de Dom António de Castro Mayer - 2

66 - Proposição falsa: No actual estágio da evolução da sociedade humana, o Estado tomou consciência maior de sua própria autonomia, pelo que já não lhe é mais possível manter com a Igreja relações tão intimas quanto outrora. Ao antigo Estado farisaicamente cristão, deve suceder, na futura Cristandade, um Estado vitalmente cristão, isto é, animado pelo espírito evangélico, fruto da colaboração de todas as religiões cristãs, seja mais ou menos densa a mensagem de cada qual, mas sem que haja por parte do governo especial proteção para qualquer uma delas.

Proposição verdadeira: O Estado tem por fim próprio prover o bem temporal, e em sua esfera é soberano. A Igreja, tutora do direito natural em todo o orbe, tem o direito de ver respeitadas as suas leis e doutrinas pelos poderes públicos temporais. O Estado deve declarar-se oficialmente católico, deve pôr ao serviço da preservação e expansão da Fé todos os seus recursos.

Explanação: A sentença impugnada leva logicamente à doutrina da separação entre a Igreja e o Estado, condenada pelo Syllabus (prop. 55, D. 1755), e novamente proscrita por Leão XIII na encíclica "Imortale Dei" e pelo Bem-aventurado Pio X na encíclica "Vehementer" (…). Além disso a sentença impugnada contém várias outras noções inaceitáveis. No rigor da expressão, dir-se-ia que o regime de união entre a Igreja e o Estado, como existiu na Idade Média, representava uma fase incipiente ou intermediária, que os povos, movidos pela força imanente da evolução, teriam superado. Ora, a Igreja não admite o determinismo histórico evolucionista, que contém a negação do livre arbítrio e da Providência divina. E igualmente não admite que as condições da humanidade tenham superado um regime de relações logicamente deduzido da Revelação e da ordem natural das coisas.

Menos ainda pode a Igreja admitir que tal evolução se dê no sentido do indiferentismo religioso, de tal sorte que numa futura cristandade, o progresso do Estado devesse consistir na equiparação de todas as religiões cristãs.

(…)

Merecem ainda reparo as palavras "cristandade", "farisaico", "vital". Uma cristandade é uma ordem temporal de coisas, baseada na doutrina de Jesus Cristo. Se só a Igreja Católica ensina esta doutrina de modo genuíno, como pode uma cristandade organizar-se a igual distância do que ensina a Igreja e do que pregam as seitas heréticas? Um exemplo concreto. Se tal cristandade admitisse o divórcio, a organização da família seria cristã? E se o rejeitasse, poder-se-ia dizer inspirada tanto pela doutrina católica, quanto pela das seitas cristãs divorcistas?

De outro lado, parece que a palavra "farisaico" soa como uma injúria à Igreja. Se o regime de união da Igreja e do Estado foi sempre o único aceite pela Igreja; se, a despeito de irregularidades aqui e acolá, foi ele aprovado, mantido, praticado por tantos Papas, por tantos Reis elevados à honra dos altares, como conceber que este regime seja susceptível de ser qualificado de "farisaico", sem daí inferir consequências das mais injuriosas para a Santa Sé e para tantos Santos?

Quanto a "vital", que quer ao certo dizer esta expressão? Vital significa normalmente o que tem vida. Não foi vitalmente cristã a civilização nascida nas mãos da Igreja na Idade Média? Há esperanças de que seja vitalmente cristão o Estado interconfessional da cristandade futura?

Para terminar esta nota, seria conveniente lembrar que o regime de união entre a Igreja e o Estado traz como característica necessária a maior independência da Igreja em relação ao poder civil, em tudo quanto seja de alçada espiritual ou mista. Principalmente nos Tempos Modernos, este regime foi deformado por crescentes invasões do Estado na esfera eclesiástica. Cumpre censurar absolutamente tais invasões, reivindicar a liberdade da Igreja, mas não renunciar ao princípio da sua união com o Estado. E quando em algum país a desgraça das circunstâncias é tão profunda, que a separação constitui um mal menor do que a união, que necessariamente seria deformada, é preciso temer por esse país. Pois nada do que se separa de Deus e da sua Igreja tem possibilidade de se manter por muito tempo. Um dos piores efeitos da separação entre a Igreja e o Estado - mesmo quando um mal menor - é a deformação produzida na mentalidade popular que se habitua a considerar num plano absolutamente naturalista a vida temporal. Formam-se assim mentalidades profundamente laicizadas, e é forçoso confessar que à vista deste teor de relações é muito difícil plasmar a alma de todo um povo numa concepção reta da subordinação da vida temporal ao serviço de Deus.

sexta-feira, setembro 10, 2004

A sabedoria de Dom António de Castro Mayer 1

A "Carta Pastoral sobre Problemas do Apostolado Moderno contendo um Catecismo de Verdades Oportunas que se opõem a Erros Contemporâneos" (1953) é um dos mais notáveis documentos que a tradição católica produziu no século XX: de autoria de Dom António de Castro Mayer, que exerceu o seu magistério, primeiramente, como Bispo de Campos, no Brasil, entre 1948 e 1981, e, depois, como superior da União Sacerdotal São João Maria Vianney (Padres de Campos), até à data da sua morte em 1991, nela se desmistificam uma por uma todas as falácias com que os modernistas, autênticos lobos vestidos com pele de cordeiro, tentam impor o seu domínio sobre a incauta cidade católica.

O método utilizado por Dom António é simples, de cunho notoriamente tomístico: num momento inicial, referencia uma proposição falsa; subsequente, enuncia, em réplica, a proposição verdadeira, explicando-a aos seus leitores. Vejamos um exemplo prático disso com respeito à proposição 65 da Carta, primeira de algumas que julgamos de mais relevante interesse para publicação neste espaço:

"Proposição falsa: O católico deve ser homem do seu tempo e, como tal, deve aceitar sinceramente, sem segunda intenção as transformações e progressos por onde nosso século se diferencia dos anteriores.

Proposição verdadeira: O católico deve ser homem do seu tempo e, como tal, deve aceitar sinceramente as transformações e progressos por onde nosso século se diferencia dos anteriores, desde que tais transformações e progressos sejam conformes ao espírito e à doutrina da Igreja, e promovam da melhor maneira um civilização verdadeira cristã.

Explanação: A sentença impugnada é unilateral. Em face de qualquer época da História os católicos têm um duplo dever: de adaptação e de resistência. A sentença impugnada só cogita de adaptação.

Este duplo dever é fácil de ser compreendido. Nenhuma época houve em que todas as leis, instituições, costumes, modos de ver e sentir, merecessem só louvor ou só censura. Pelo contrário, existem sempre - nas épocas melhores como nas piores - coisas boas e coisas más. Em face do bem, encontre-se ele onde se encontrar, nossa atitude só pode ser aquela que o Apóstolo aconselha: provadas todas as coisas, tomar o que é bom. Em face do mal, devemos igualmente obedecer ao conselho do Apóstolo: "não vos queirais conformar com este século" (Rom. 12, 2).

Entretanto, convém aplicar com inteligência um e outro conselho. É excelente analisar todas as coisas e ficar com o que é bom. Mas devemos ter em mente que bom é o que concorda não só com a letra mas ainda com o espírito. Bom não é aquilo que favorece a um tempo a virtude e o vício. Mas o que favorece sempre e unicamente a virtude. Assim, quando um costume não é reprovável em si mesmo, mas cria uma atmosfera favorável ao mal, a prudência manda rejeitá-lo. Quando uma lei favorece a única Igreja verdadeira, mas ao mesmo tempo também favorece a heresia ou a incredulidade, merece ser combatida.

A resistência ao século também tem que ser feita com prudência, isto é, não deve ficar nem aquém nem além do seu fim. Exemplo de resistência ininteligente ao século, de apego a formas mutáveis e sem maior importância intrínseca, temo-lo na volta ao "altar em forma de mesa". É uma resistência que vai muito além do seu fim, que é a defesa da Fé. De outro lado, a resistência ao século não deve ficar aquém de se seu objectivo. Não pode consistir em mera doutrinação sem aplicação concreta às circunstâncias do momento. Nem em protestos platónicos. É preciso doutrinar, é preciso conhecer os fatos do dia em toda a sua realidade viva e palpitante, é preciso organizar a ação para intervir a fundo no curso dos acontecimentos.

Por fim, é necessário lembrar que a fisionomia de uma época não pode ser decomposta em aspectos bons e maus reciprocamente autónomos. Toda a época tem uma mentalidade que resulta a um tempo dos aspectos bons e maus. Se aqueles forem preponderantes e estes se referirem apenas a aspectos secundários, a época, sem ser ótima, pode chamar-se boa. Se, pelo contrário, preponderarem os aspectos maus e o bem existir apenas em um ou outro pormenor, a época deve chamar-se má. No problema das relações entre o católico e o seu tempo, não baste que ele tome posição diante de aspectos fragmentários do mundo em que vive. Deve considerar a fisionomia do tempo em sua unidade moral profunda, e tomar posição diante dela. É sobretudo à vista deste princípio que se deve negar a sentença impugnada. Pois ela não nos fala da aceitação deste ou daquele aspecto do mundo contemporâneo, mas de sua unidade global.

(…)
".

Judios y Pio XII

Desde las entradas en A Casa de Sarto hemos hablado anteriormente de la vilificación a que está siendo sometida la figura del Papa Pío XII. Esta vilificación viene a menudo de las filas de judíos reformados (tan reformados que seguirán siendo hebreos racialmente, pero judíos ya ni lo parecen) a menudo profundamente y cínicamente anticatólicos. Esta forma del judaísmo reformado tiene mucho poder dentro de Israel. Son muchos de estos judíos, como Ben-Gurion, que no tenían vergüenza alguna en soltar diatribas anticatólicas, los mismos que impulsaron una política de machaque sistemático de los católicos en Israel. No está de más recordar que cuando Israel nació como estado en 1948 había más de 600.000 católicos en unas fronteras que eran incluso menores que las de hoy día. Los árabes cristianos en Israel han recibido bofetones y mucho más tanto de los judíos como de sus hermanos de raza, pero enemigos de religión, los palestinos musulmanes. La minoría cristiana ha acabado así por estar reducida hoy día a menos de 30.000 y el número va continuamente en descenso en Tierra Santa.
Empero sería injusto generalizar el abuso religioso de una minoría de judíos y culpabilizar a un grupo entero de gente. Entre los judíos, como en cualquier otro grupo humano, los hay justos y los hay que no. Jacobo San Miguel, a quien le doy las gracias por ello, tuvo a bien enviarme ayer la defensa que un Rabino Ortodoxo hace de Pío XII y que no puedo por menos de compartirla con Vds.
Rafael Castela Santos

segunda-feira, setembro 06, 2004

¡Éramos pocos y parió (¿o la matamos?) la abuela!

Tras el intento de manipulación de la opinión pública lusa con el barco holandés cargado de asesinos de niños, la revolución sigue ahora en España, similares objetivos: promover lo tanático, lo rebelde contra la razón y la Santa Religión.
Es curiosísima la noticia que da El Mundo
, al que dicen “de derechas”: El Gobierno apoyando públicamente a un cineasta que promueve la eutanasia. Lo que está claro es que este Des-gobierno español no tiene más horizonte que el divorcio-express, el aborto libre, el “matrimonio homosexual” (sic), la legalización de la eutanasia y ya así sólo le quedará poco más que la instauración de un orden luciférico totalmente opuesto a Dios y al Derecho Natural.
Exactamente igual que con el aborto empiezan por airear casos extremos de distanasia (de eutanasia nada, que “eu” significa bueno) para luego ir colando poco a poco aberraciones crecientes. Los holandeses, no contentos con las barbaridades de su sistema de “eutanasia”
, por el cual han asesinado a miles de personas ancianas que ni siquiera deseaban que las maten, ahora deciden ir un paso más allá y matar también niños ya nacidos. Así ya habrá cuerpo legal para matar al antojo del tirano - democrático o no - de turno y de paso hacer cuña para meter esta legislación en el resto de Europa. Es su último gran descubrimiento. Por cierto, ¿pensaría la Santísima Virgen en Holanda cuando dijo en Fátima que naciones enteras serían aniquiladas?
La otrora reserva espiritual de Occidente sigue cayendo a niveles ya cuasi-holandeses. Si las Tierras Bajas fueron y son más bajas que nunca con su pretensión de seguir asesinando niños, los españoles no van a la zaga con sus ancianos. Les recomiendo el atinado comentario de Carmelo López-Arias en El Semanal Digital
que acaba así: “Hay cosas que deben estar prohibidas para hacer posible la convivencia. Cuando ciertas formas de matarnos unos a otros (aborto, manipulación de embriones, eutanasia o "muerte digna") comienzan a estar bien vistas, el corazón de las personas normales se enfría y el de los canallas se envilece. A partir de ahí, todo es possible.”
Éramos pocos pero, qué más da, matemos a la abuela.
Y a quien se nos ponga por delante. Eso sí: democrática y civilizadamente.
Rafael Castela Santos

domingo, setembro 05, 2004

São Pio X e o Juramento contra o Modernismo

Ainda em comemoração da memória litúrgica de São Pio X, aqui se deixa a transcrição integral do seu "Juramento contra o Modernismo", tendo-se sempre presente que o lema deste blogue é exactamente o combate cultural antimodernista. A título de curiosidade, saliente-se que tal juramento, a que estavam obrigados todos os sacerdotes católicos depois de serem ordenados, foi abolido pelo Papa Paulo VI após o final do Concílio Vaticano II; hoje em dia, apenas os Padres da SSPX o fazem oficialmente:
Eu, ______________, firmemente abraço e aceito cada uma e todas as definições feitas e declaradas pela autoridade inerrante da Igreja, especialmente estas verdades principais que são directamente opostas aos erros deste dia.
Antes de mais nada eu professo que Deus, a origem e fim de todas as coisas, pode ser conhecido com certeza pela luz natural da razão a partir do mundo criado (Cf Rom. 1,90), ou seja, dos trabalhos visíveis da Criação, como uma causa a partir de seus efeitos, e que, portanto, Sua existência também pode ser demonstrada.
Segundo: eu aceito e reconheço as provas exteriores da revelação, ou seja, os actos divinos e especialmente os milagres e profecias como os sinais mais seguros da origem divina da Religião cristã e considero estas mesmas provas bem adaptadas à compreensão de todas as eras e de todos os homens, até mesmo os de agora.
Terceiro, eu acredito com fé igualmente firme que a Igreja, Guardiã e mestra da Palavra Revelada, foi instituída pessoalmente pelo Cristo histórico e real quando Ele viveu entre nós, e que a Igreja foi construída sobre Pedro, o príncipe da hierarquia apostólica, e seus sucessores pela duração dos tempos.
Quarto: eu sinceramente mantenho que a Doutrina da Fé nos foi trazida desde os Apóstolos pelos Padres ortodoxos com exactamente o mesmo significado e sempre com o mesmo propósito. Assim sendo, eu rejeito inteiramente a falsa representação herética de que os dogmas evoluem e se modificam de um significado para outro diferente do que a Igreja antes manteve. Condeno também todo erro segundo o qual, no lugar do divino Depósito que foi confiado à esposa de Cristo para que ela o guardasse, há apenas uma invenção filosófica ou produto de consciência humana que foi gradualmente desenvolvida pelo esforço humano e continuará a se desenvolver indefinidamente.
Quinto: eu mantenho com certeza e confesso sinceramente que a Fé não é um sentimento cego de religião que se alevanta das profundezas do subconsciente pelo impulso do coração e pela moção da vontade treinada para a moralidade, mas um genuíno assentimento da inteligência com a Verdade recebida oralmente de uma fonte externa. Por este assentimento, devido à autoridade do Deus supremamente verdadeiro, acreditamos ser Verdade o que foi revelado e atestado por um Deus pessoal, nosso Criador e Senhor.
Além disso, com a devida reverência, eu me submeto e adiro com todo o meu coração às condenações, declarações e todas as proibições contidas na encíclica Pascendi e no decreto Lamentabili, especialmente as que dizem respeito ao que é conhecido como a história dos dogmas.
Também rejeito o erro daqueles que dizem que a Fé mantida pela Igreja pode contradizer a história, e que os dogmas católicos, no sentido em que são agora entendidos, são irreconciliáveis com uma visão mais realista das origens da Religião cristã.
Também condeno e rejeito a opinião dos que dizem que um cristão erudito assume uma dupla personalidade - a de um crente e ao mesmo tempo a de um historiador, como se fosse permissível a um historiador manter coisas que contradizem a Fé do crente, ou estabelecer premissas que, desde que não haja negação directa dos dogmas, levariam à conclusão de que os dogmas são falsos ou duvidosos.
Do mesmo modo, eu rejeito o método de julgar e interpretar a Sagrada Escritura que, afastando-se da Tradição da Igreja, da analogia da Fé e das normas da Sé Apostólica, abraça as falsas representações dos racionalistas e sem prudência ou restrição adopta a crítica textual como norma única e suprema.
Além disso, eu rejeito a opinião dos que mantém que um professor ensinando ou escrevendo sobre um assunto histórico-teológico deve antes colocar de lado qualquer opinião preconcebida sobre a origem sobrenatural da Tradição católica ou a promessa divina de ajudar a preservar para sempre toda a Verdade Revelada; e que ele deveria então interpretar os escritos dos Padres apenas por princípios científicos, excluindo toda autoridade sagrada, e com a mesma liberdade de julgamento que é comum na investigação de todos os documentos históricos profanos.
Finalmente, declaro que sou completamente oposto ao erro dos modernistas, que mantém nada haver de divino na Tradição sagrada; ou, o que é muito pior, dizer que há, mas em um sentido panteísta, com o resultado de nada restar a não ser este fato simples - a colocar no mesmo plano com os fatos comuns da história - o fato, precisamente, de que um grupo de homens, por seu próprio trabalho, talento e qualidades continuaram ao longo dos tempos subsequentes uma escola iniciada por Cristo e por Seus Apóstolos.
Prometo que manterei todos estes artigos fielmente, inteiramente e sinceramente e os guardarei invioladas, sem me desviar em nenhuma maneira por palavras ou por escrito. Isto eu prometo, assim eu juro, para isso Deus me ajude, e os Santos Evagelhos de Deus que agora toco com minha mão.

São Pio X
01/09/1910

São Pio X e o Sillon

Assinalando igualmente a passagem da data de 3 de Setembro, dia da Festa de São Pio X, aqui fica um extracto da Carta Apostólica "Notre Charge Apostolique", sobre os erros do Sillon - grupo francês de tendências liberais e modernistas -, promulgada pelo grande Papa antimodernista em 25 de Agosto de 1910:

"Queremos chamar vossa atenção, Veneráveis Irmãos, sobre esta deformação do Evangelho e do carácter sagrado de Nosso Senhor Jesus Cristo, Deus e Homem, praticada no Sillon e algures. Desde que se aborda a questão social, está na moda, em certos meios, afastar primeiro a divindade de Jesus Cristo, e depois só falar de sua soberana mansidão, de sua compaixão por todas as misérias humanas, de suas instantes exortações ao amor do próximo e fraternidade. Certamente, Jesus nos amou com um amor imenso, infinito, e veio à terra sofrer e morrer, a fim de que, reunidos em redor dele na justiça e no amor, animados dos mesmos sentimentos de mútua caridade, todos os homens vivam na paz e na felicidade. Mas para a realização desta felicidade temporal e eterna, Ele impôs, com autoridade soberana, a condição de se fazer parte de seu rebanho, de se aceitar sua doutrina, de se praticar a virtude e de se deixar ensinar e guiar por Pedro e seus sucessores. Ademais se Jesus foi bom para os transviados e os pecadores, não respeitou suas convicções erróneas por sinceras que parecessem; amou-os a todos para os instruir, converter e salvar. Se chamou junto de si, para os consolar, os aflitos e os sofredores, não foi para lhes pregar o anseio de uma igualdade quimérica. Se levantou os humildes, não foi para lhes inspirar o sentimento de uma dignidade independente e rebelde à obediência. Se seu coração transbordava de mansidão pelas almas de boa vontade, soube igualmente armar-se de uma santa indignação contra os miseráveis que escandalizam os pequenos, contra as autoridades que acabrunham o povo sob a carga de pesados fardos, sem aliviá-la sequer com o dedo. Foi tão forte quão doce; repreendeu, ameaçou, castigou, sabendo e nos ensinando que, muitas vezes, o temor é o começo da sabedoria, e que, às vezes, convém cortar um membro para salvar o corpo. Enfim, não anunciou para a sociedade futura o reinado de uma felicidade ideal, de onde o sofrimento fosse banido; mas, por lições e exemplos, traçou o caminho da felicidade possível na terra e da felicidade perfeita no céu: a estrada real da cruz. Estes são ensinamentos eminentemente sociais, e nos mostram em Nosso Senhor Jesus Cristo outra coisa que não um humanitarismo sem consciência e sem autoridade".

São Pio X

Celebrando a festividade de São Pio X, a presente edição do excelente "Daily Catholic", cuja leitura se recomenda vivamente, é em boa parte dedicada àquele grande Papa; destaque especial para este artigo sobre a sua vida e obra.

sexta-feira, setembro 03, 2004

Fátima, la saga sigue

El Rector del Santuario de Fátima, Monseñor Guerra, sigue meando fuera del tiesto. No contento con las barbaridades ecuménicas que ha cometido y/o dejado cometer, no contento con hacer un edificio “ecuménico” al lado de la Basílica, no contento con promover la oración de budistas e hindúes en la Basílica, ahora se despacha con una carta donde nos tacha a todos los que abominamos del ecumenismo como “ignorantes”.
Parece que Monseñor Guerra no aprendió la lección primera de filosofía cuando estuvo en el Seminario: el principio de no-contradicción. Si A es una aseveración y à su contraria, entonces A y à no pueden ser la misma cosa. ¿No hace falta doctorarse en Filosofía por Salamanca, Coimbra o la mismísima Gregoriana para entender esto? ¿Verdad? El señor Guerra, más que Monseñor (porque el título eclesiástico le queda ancho) no entiende que si se es católico no se puede ser budista, ni hindú, ni ateísta … ni siquiera protestante. O se es lo uno o lo otro. Ambas cosas al mismo tiempo no se puede ser: es metafísica y lógicamente imposible. Esta gentuza que tenemos por clérigos, estos hijos de mala madre que no son más que lobos vestidos con piel de cordero, que no nos enseñan la verdadera doctrina ni promueven la verdadera Fe han caído tan bajo que en sus obcecaciones heréticas ya Dios ha permitido que se les nuble el entendimiento. Ya no es la Teología lo que está en juego, sino la mismísima Filosofía, el pensamiento mínimamente racional y con una dosis de sentido común.
El excelente mensual norteamericano
Catholic Family News publica un artículo de Edwin Faust y cinco respuestas al señorito Guerra que ponen en su sitio a ese herejillo de tres al cuarto que los católicos tenemos que sufrir en una de las Basílicas más queridas de la humanidad. Léanlas porque, de verdad, merece la pena. Y recen para que la Santísima Virgen de Fátima, y también Santa Jacinta y San Francisco Marto, intercedan para que el individuo Guerra recupere (¿o adquiera?) la Fe que corresponde a un católico de verdad.
Rafael Castela Santos

quinta-feira, setembro 02, 2004

D. Januário Torgal Ferreira e o barco do aborto

A propósito da questão do barco do aborto, não deixa de ser revelador e bem sintomático que, num momento crucial em que a unidade de todos os católicos mais do que nunca deveria ser mantida para defesa do ensinamento da Igreja sobre esta matéria, apoiando-se por isso sem quaisquer hesitações a justa decisão do governo de não permitir que a nave homicida atracasse em portos nacionais, surja de novo o Judas Iscariotes do episcopado português, que também responde pelo nome de D. Januário Torgal Ferreira, a criticar tal decisão e a dividir hostes, espalhando à boa maneira modernista a dúvida, a confusão e a ambiguidade neste campo, tudo em nome de uma pretensa liberdade de expressão devida aos aborcionistas. Esqueceu-se ele da proposição 79 do Syllabus, do Beato Pio IX, na qual se condena explicitamente a seguinte asserção:

"É falso que a liberdade de cada culto, e o pleno poder concedido a todos de manifestarem clara e publicamente as suas opiniões e pensamentos, produza mais facilmente a corrupção dos costumes e dos espíritos e contribua para a propagação perniciosa da indiferença".

De resto, estranha-se que a Torgal criatura, tão preocupada com a liberdade de expressão dos apologistas do homicídio de nascituros, não manifeste igual desvelo relativamente a idêntica liberdade dos críticos da ideologia mundialista e multiculturalista, bem como dos fenómenos por ela gerados, maxime, da imigração sem regras.

Mas mais grave, acima de tudo, deplora-se que este bispo, com as suas atitudes públicas, escarneça sistematicamente das palavras de Cristo. Por exemplo:

"Seja este o vosso modo de falar: Sim, sim; não, não. Tudo o que for além disto procede do espírito do mal" (Mt 5, 37);

"Acautelai-vos dos falsos profetas, que se vos apresentam disfarçados de ovelhas, mas por dentro são lobos vorazes. Pelos seus frutos os conhecereis. Porventura podem colher-se uvas dos espinheiros ou figos dos abrolhos? Toda a árvore boa dá bons frutos e toda a árvore má dá maus frutos. A árvore boa não pode dar maus frutos nem a árvore má dar bons frutos. Toda a árvore que não dá bons frutos é cortada e lançada ao fogo. Pelos frutos, pois, os conhecereis" (Mt 7, 15-20);

"Mas, se alguém escandalizar um destes pequeninos que crêem em mim, seria preferível que lhe suspendessem do pescoço a mó de um moinho e o lançassem nas profundezas do mar. Ai do mundo, por causa dos escândalos! São inevitáveis, decerto, os escândalos; mas ai do homem por quem vem o escândalo!" (Mt 18, 6-7);

"Eu sou o bom pastor. O bom pastor dá a sua vida pelas ovelhas. O mercenário, e o que não é pastor, e a quem não pertencem as ovelhas, vê vir o lobo e abandona as ovelhas e foge e o lobo arrebata-as e espanta-as porque é mercenário e não lhe importam as ovelhas" (Jo 10, 11-13);

"Conheço as tuas obras: não és frio nem quente. Oxalá fosses frio ou quente. Assim, porque és morno - e não és frio nem quente - vou vomitar-te da minha boca" (Ap 3, 15-16).