Para variar, graças a Deus, não se trata de Portugal… Que outro epíteto pode merecer um país onde o governo, por mesquinha vingança política, nega o direito de sepultura a um morto em solo pátrio, por muito censuráveis que se pudessem julgar as ideias e a postura política do falecido? Onde um cardeal com mais de oitenta anos de idade, por defender o ensinamento tradicional bimilenar da Igreja Católica sobre a homossexualidade, é, nos últimos dias da sua vida, insultado, enxovalhado e achincalhado pelas associações ditas de "gays", e ameaçado de ser processado judicialmente sob a acusação da prática de um crime racista, tudo sob o olhar conivente das autoridades públicas? Onde a respectiva classe política é das mais sordidamente corruptas da Europa - o tempo não provocou uma ruga sequer no implacável requisitório "La Cohue de 40" que contra ela escreveu, há mais de cinquenta anos, Leon Degrelle, o morto a quem foi recusado o direito de sepultura acima referido -, corrupção essa perfeitamente exemplificada no caso dos helicópteros "Augusta", bem como no das cumplicidades nunca clarificadas de tal classe com a rede pedófila de Marc Dutroux? Onde um partido político, tão-só por recusar o integracionismo forçado e o igualitarismo radical, numa ilustração perfeita do aberrante paradoxo democrático, é imediatamente posto à margem da lei, sob os labéus infames de xenófobo e segregacionista? Onde num território mais pequeno do que o Alentejo, no qual já existem três línguas oficiais, uma quarta mais parece querer apresentar os seus direitos de candidatura a tal estatuto, ou seja, o… árabe? Este país, como os meus leitores já adivinharam, chama-se Bélgica e a sua capital, Bruxelas, é também a capital da União Europeia. Um estranho país, de facto…
Subscrever:
Enviar feedback (Atom)
0 comentários:
Enviar um comentário