segunda-feira, julho 16, 2007

Cleto ou o romantismo à medida de cada um

Foi há já alguns anos, talvez dez ou quinze, não me recordo bem. No Pavilhão dos Desportos, em Lisboa, realizava-se um encontro nacional de membros do Movimento Carismático. Junto à base de um palco montado propositadamente para o efeito, entre guinchos parecidos com os de macacos e grunhidos próprios de suínos, contorciam-se no chão com espasmos quase epilépticos, alguns dos supostamente miraculados pelos carismas do Espírito Santo ou, se calhar, de outros espíritos menos santos, considerando os sintomas que manifestavam. Do alto desse mesmo palco, de microfone na mão, um pouco à imagem dos vendedores de feira que percorrem o País de lés-a-lés, perorava o então Bispo Auxiliar de Lisboa, Dom Albino Cleto, elogiando as virtudes dos Carismáticos. Moral da história: cada um tem o romantismo que procura e merece…

P.S. Esclareço os meus leitores de que não participei em tal encontro: assisti mais tarde a uma reportagem televisiva sobre o mesmo, talvez no sinistro programa "70x7", do modernista Padre Rego.

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