Por motivos sobretudo de ordem familiar, assisti nos últimos tempos a algumas Missas celebradas segundo o rito paulino. Confesso que mais do que os abusos litúrgicos - de resto, daqueles a que já ninguém dá grande importância no reino do "novus ordo", como o exercício das funções de acólito por raparigas, ou a comunhão distribuída por leigos e recebida na mão… -, chamou-me a atenção o teor das homílias proferidas pelos sacerdotes celebrantes: na melhor das hipóteses, estas não passam de um aglomerado de banalidades influenciadas por um espírito de filantropia humanitarista muito pouco preocupada com os fins últimos do homem, como é típico do modernismo; na pior, de um insuportável arrazoado de heresias próprias de quem já apostasiou toda a tradição católica.
Um sacerdote que tive o azar de escutar, perguntava a um interlocutor imaginário - os modernistas apreciam muitíssimo dirigir-se a este género de interlocutores, durante as suas prédicas: "E tu qual preferes - o Cristo da Cruz ou o Cristo da Ressurreição?" Por mim, prefiro Cristo tão-só! É que não existe nenhuma contradição ou antagonismo entre a Cruz e a Ressurreição, pois não é possível cindir o Cristo crucificado do Cristo ressuscitado! Porventura, não é a morte de Cristo na Cruz condição imprescindível para a redenção da humanidade, ao chamar para Ele todos os pecados desta última, e por causa dos mesmos morrer? E não é a Ressurreição que dá o sentido último à imolação na Cruz, ao possibilitar o triunfo da vida sobre a morte, e da liberdade sobre o pecado?... Só um modernista embrenhado no espírito da "nova teologia" e da sua doutrina do mistério pascal é que poderia vislumbrar tal antítese entre a Cruz e a Ressurreição: para aquela doutrina, um Deus bom - E um Deus justo?... - não necessita de reparação às ofensas que lhe são feitas, logo, a Redenção na Cruz não tem natureza sacrificial, nem expiatória. Esta mais não é do que a manifestação última do amor eterno de Deus Pai feita ao homem, ao qual corresponde o acolhimento deste mesmo amor por Cristo, que em sua Encarnação se fez solidário com todos os homens. Ora, atendendo a que a Igreja sempre ensinou que a Missa é a renovação não sangrenta do sacrifício de Cristo na Cruz com natureza propiciatória pelos vivos e pelas almas do purgatório, é quase inútil sublinhar que o novo rito de Paulo VI, profundamente imbuído pela dita doutrina do mistério pascal, deturpa forçosamente aquele ensinamento, e afasta-se decisivamente da tradição católica. Vejamos: se a morte de Cristo na Cruz não tem natureza sacrificial, necessariamente a Missa não pode ser a repetição não sangrenta de tal sacrifício. Deste modo, e regressando ao caso concreto, torna-se legítimo questionar se aquele sacerdote ao oficiar a Missa segundo o rito de Paulo VI, para mais depois de defender em público a contradição entre o Cristo da Cruz e o Cristo da Ressurreição, tem intenção de fazer o que a Igreja sempre fez. É lícito crer que não…
Durante a oração dos fiéis, o mesmo sacerdote foi ainda mais longe e proferiu publicamente a seguinte intenção: "Rezemos pelo Papa Bento XVI, para que seja sempre fiel ao mundo". Esta intenção é simplesmente absurda, porquanto o mundo, juntamente com a carne e o demónio, é um dos três inimigos da alma. O correcto seria pedir que o Papa seja sempre fiel ao depósito de verdades de fé e moral divinamente reveladas, de que a Igreja Católica por ele chefiada é fiel depositária e defensora; mas julgo que essa não seria a principal preocupação desse sacerdote, tão empenhado que estava em agradar ao espírito mundano.
Em dia distinto, a um outro sacerdote ouvi pedir compreensão pelos divorciados, sem ter a precaução fazer a necessária destrinça entre a realidade objectivamente má que é o divórcio e a situação concreta de muitos divorciados, certamente merecedora da dita compreensão. Ao invés, preferiu ficar-se por um afirmação dúbia, eivada de ambiguidade e propícia a espalhar a confusão e a incerteza, como costuma ser característico no modo de agir dos modernistas.
E quando se julga que já nada vindo dos mesmos modernistas pode surpreender, logo eles se encarregam de nos retirar tal veleidade, como se verifica por esta notícia. "Si non é vero…".
JSarto
Um sacerdote que tive o azar de escutar, perguntava a um interlocutor imaginário - os modernistas apreciam muitíssimo dirigir-se a este género de interlocutores, durante as suas prédicas: "E tu qual preferes - o Cristo da Cruz ou o Cristo da Ressurreição?" Por mim, prefiro Cristo tão-só! É que não existe nenhuma contradição ou antagonismo entre a Cruz e a Ressurreição, pois não é possível cindir o Cristo crucificado do Cristo ressuscitado! Porventura, não é a morte de Cristo na Cruz condição imprescindível para a redenção da humanidade, ao chamar para Ele todos os pecados desta última, e por causa dos mesmos morrer? E não é a Ressurreição que dá o sentido último à imolação na Cruz, ao possibilitar o triunfo da vida sobre a morte, e da liberdade sobre o pecado?... Só um modernista embrenhado no espírito da "nova teologia" e da sua doutrina do mistério pascal é que poderia vislumbrar tal antítese entre a Cruz e a Ressurreição: para aquela doutrina, um Deus bom - E um Deus justo?... - não necessita de reparação às ofensas que lhe são feitas, logo, a Redenção na Cruz não tem natureza sacrificial, nem expiatória. Esta mais não é do que a manifestação última do amor eterno de Deus Pai feita ao homem, ao qual corresponde o acolhimento deste mesmo amor por Cristo, que em sua Encarnação se fez solidário com todos os homens. Ora, atendendo a que a Igreja sempre ensinou que a Missa é a renovação não sangrenta do sacrifício de Cristo na Cruz com natureza propiciatória pelos vivos e pelas almas do purgatório, é quase inútil sublinhar que o novo rito de Paulo VI, profundamente imbuído pela dita doutrina do mistério pascal, deturpa forçosamente aquele ensinamento, e afasta-se decisivamente da tradição católica. Vejamos: se a morte de Cristo na Cruz não tem natureza sacrificial, necessariamente a Missa não pode ser a repetição não sangrenta de tal sacrifício. Deste modo, e regressando ao caso concreto, torna-se legítimo questionar se aquele sacerdote ao oficiar a Missa segundo o rito de Paulo VI, para mais depois de defender em público a contradição entre o Cristo da Cruz e o Cristo da Ressurreição, tem intenção de fazer o que a Igreja sempre fez. É lícito crer que não…
Durante a oração dos fiéis, o mesmo sacerdote foi ainda mais longe e proferiu publicamente a seguinte intenção: "Rezemos pelo Papa Bento XVI, para que seja sempre fiel ao mundo". Esta intenção é simplesmente absurda, porquanto o mundo, juntamente com a carne e o demónio, é um dos três inimigos da alma. O correcto seria pedir que o Papa seja sempre fiel ao depósito de verdades de fé e moral divinamente reveladas, de que a Igreja Católica por ele chefiada é fiel depositária e defensora; mas julgo que essa não seria a principal preocupação desse sacerdote, tão empenhado que estava em agradar ao espírito mundano.
Em dia distinto, a um outro sacerdote ouvi pedir compreensão pelos divorciados, sem ter a precaução fazer a necessária destrinça entre a realidade objectivamente má que é o divórcio e a situação concreta de muitos divorciados, certamente merecedora da dita compreensão. Ao invés, preferiu ficar-se por um afirmação dúbia, eivada de ambiguidade e propícia a espalhar a confusão e a incerteza, como costuma ser característico no modo de agir dos modernistas.
E quando se julga que já nada vindo dos mesmos modernistas pode surpreender, logo eles se encarregam de nos retirar tal veleidade, como se verifica por esta notícia. "Si non é vero…".
JSarto
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