Depois do Arcebispo Piero Marini, agora também o Cardeal Schönborn e o Padre Federico Lombardi vieram defender o reconhecimento jurídico das uniões de homossexuais. Não causa qualquer estranheza que as personagens em causa sustentem tal posição: confirma-se tão-só serem mais dois Judas a quem a máscara caiu de vez, em especial, Schönborn.
Doravante, começa-se a compreender melhor o motivo mais profundo da abdicação do Papa Bento XVI: cercado por gente de tão funesto calibre, a sua margem de manobra era nula. E percebe-se igualmente melhor o que o Papa então reinante pretendia dizer quando afirmava que os piores inimigos da Igreja estão no interior desta e que muitos dos seus membros cometem pecados contra a unidade da mesma Igreja.
De resto, não se alvitra a razão que leva bispos e presbíteros católicos a manifestarem-se a favor do reconhecimento jurídico das uniões de homossexuais, já que estas:
a) são contrárias à ordem natural e ao bem comum do todo social;
b) têm o seu centro de existência baseado num comportamento que constitui um pecado grave contra a lei moral;
pelo que em caso algum é lícito a um crente católico, qualquer que seja o seu estado de vida, apoiar o poder civil vigente no reconhecimento de tais uniões e, ainda menos, pretender beneficiar dos efeitos práticos que delas possam decorrer.
Perante estes sucessivos pronunciamentos em favor do reconhecimento jurídico das uniões de homossexuais feitos por importantes membros da hierarquia eclesiástica, factualidade que indicia notoriamente uma acção tramada e concertada, dir-se-á, utilizando uma metáfora de cariz futebolístico, que a bola está agora no campo do Papa Francisco. A este incumbirá pôr termo a esta onda que começa preocupantemente a agigantar-se. Será o primeiro grande desafio do seu pontificado e a primeira grande prova à afirmação da sua efectiva ortodoxia.
No entretanto, agradeçamos incessantemente a Deus a graça de nestes tempos tenebrosos nos haver concedido os sacerdotes da Fraternidade Sacerdotal de São Pio X, pois para estes o conselho evangélico do “Sim, sim! Não, não!” não oferece quaisquer dúvidas. Comprova-o o vídeo infra, bem demonstrativo da coragem destes pastores católicos que acompanham as suas ovelhas e não as desamparam no bom combate pela verdade.