quarta-feira, janeiro 26, 2011

Michael Voris fala acerca do episcopado português



A propósito dos Policarpos, Ortigas, Torgais, Ilídios, Azevedos e quejandos. Ou quase…

O episcopado português novamente na berlinda


Pelas piores razões, como de costume... A ler no "Rorate-Caeli": Until when will Rome let Portuguese Bishops get away with ignoring the motu proprio?

Até quando abusarão eles da nossa pacìência?...

Liberdade de ensinar, de aprender e de escolher

Interessante artigo, de que tomo conhecimento graças ao blogue ”Povo”. Os destaques são meus.

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O ensino gratuito não existe

O Estado português gasta em média cinco mil euros por ano com cada aluno no ensino público. Significativamente mais do que aquilo que paga por cada aluno nas escolas com contrato de associação. Porquê então acabar com estes contratos? Por razões ideológicas. Aliás, em matéria de ensino, os governos portugueses optam quase invariavelmente pela ideologia, em detrimento da qualidade e da liberdade: para combater a Igreja Católica, a I República encerrou as melhores escolas de Portugal e prendeu e exilou os mais reputados professores da época, os jesuítas. O Estado Novo desconfiava politicamente das escolas privadas e não apenas das estrangeiras, como o Liceu Francês - basta pensar que só no fim dos anos 60 foi autorizada a criação da Universidade Católica em Portugal -, e menos ainda acreditava na qualidade do seu trabalho. De 1974 até agora o investimento no ensino tem sido sinónimo de investimento na rede pública. Não porque esta apresente melhores resultados ou saia mais barata, mas simplesmente porque os governos não abdicam das vantagens políticas do controlo sobre a imensa máquina que se estende a partir da 5 de Outubro.

Claro que, em contrapartida, cada governo já sabe que terá pela frente as guerras dos sindicatos e as idiossincrasias dos professores, mas tudo isso será compensado pela certeza de que, em milhares de salas de aula, milhares de crianças terão como matéria lectiva a última moda ideológica governamental e que haverá sempre espaço para colocar boys nas direcções regionais. Igualmente assegurada está a plateia infanto-juvenil para que a ministra do momento, à semelhança do que tem feito Isabel Alçada, use as visitas as escolas para fazer prelecções sobre as maldades da oposição.

Para aniquilar o ensino privado procura agora reduzir-se o número de pessoas que a ele recorrem, obrigando as famílias que fazem essa opção a pagar duas vezes: uma através dos impostos que mantêm de pé a rede pública onde alegadamente os seus filhos têm vaga e outra através das mensalidades no privado. Mas mesmo que todos os alunos que frequentam o privado tivessem vaga no ensino público, e não é verdade que tenham, o Estado não deve ter o direito de condicionar as famílias a optar pelo público ou pelo privado. Deve sim assegurar à escola escolhida pelas famílias a verba que disponibiliza em média por aluno. No fim ganharemos todos. No público e no privado, pois a qualidade é indissociável da liberdade de escolha. E como é óbvio em nenhum destes locais o ensino é gratuito. Antes pelo contrário em todos eles, públicos e privados, pagamo-lo e bem caro.

O que está em causa neste final de 2010, em que o Governo anuncia o fim dos contratos de associação com várias escolas privadas, é tão-só o seguinte: em Portugal existe escolaridade obrigatória ou obrigatoriedade de frequentar o ensino público? Para início de conversa tudo seria mais claro se as escolas públicas, tal como as privadas, entregassem a cada aluno um talão com o valor da respectiva mensalidade. É que a quimera do gratuito custa-nos muito dinheiro e gasta-nos a paciência.

Helena Matos, Público, 2010-12-09

Um escândalo em tempo de crise económica

Depois de ler este artigo do Orlando, apetece-me apenas fazer duas observações:

1ª) Realmente, começo a perceber para onde vão os impostos que pago e os cortes nos salários de muitos portugueses;

2ª) Quem quiser abortar (pecando grave e mortalmente), que assuma as suas responsabilidades e pague! Não me mande é a factura para casa, porque eu não tenho de pagar os abortos (com os quais não concordo) dos outros!

sábado, janeiro 22, 2011

Declaração de não-voto

Católico, que sou, não voto. Porque nenhum candidato defende a Vida e a Família - valores fundamentais do humanismo cristão e pilares tradicionais da nossa comunidade.

Patriota, que sou, não voto. Porque nenhum candidato dá garantias de defender a Nação Portuguesa contra os ataques materiais e espirituais vindos do exterior e do interior.

Realista, que sou, não voto. Porque este decadente regime republicano não pode continuar a ser legitimado; e, deve ser questionado, a partir de uma abstenção superior à votação.

Lida no espaço superiormente animado pelo João Marchante. Faço-a minha.

domingo, janeiro 02, 2011

O Cavalo de Tróia na Cidade de Deus


Acabei de ler “Trojan Horse in the City of God - The Catholic Crisis Explained”, de Dietrich von Hildebrand. Trata-se de um livro sensacional, no qual o seu autor manifesta em pleno toda a sua categoria de brilhante pensador e notável defensor da fé e moral católicas. Analisando as causas da crise da Igreja pós-conciliar - o livro foi publicado originalmente em 1967, mas mantém plena actualidade -, Hildebrand aponta baterias à subversão provocada no seio da mesma Igreja pela heresia progressista, a qual é por ele escalpelizada sem concessões e reduzida a pó nas suas falácias.

Pessoalmente, creio que merecem destaque, pelo génio com que Hildebrand o faz, a forma como defende a beleza (sob todos os aspectos) da tradição católica, o modo como contrapõe a santidade à filantropia humanitarista e a maneira como denuncia a “quinta coluna” de infiltrados do mundo - os falsos profetas - no interior da Igreja.

Como é óbvio, recomendo incondicionalmente a leitura deste livro, que teve em tempos uma edição em língua portuguesa no Brasil. Quem o puder fazer, que o faça!

Ora, para que os meus leitores possam aquilatar o que digo, transcrevo de seguida o trecho - com destaques meus - em que Hildebrand faz o contraponto entre a santidade e o humanitarismo, o primeiro de três do livro em causa que publicarei neste espaço.

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For many Catholics who call themselves progressives, purely humanitarian activities and social institutions are more attractive than holiness. They have become blind to the light of Christ. Further, the ideal they have chosen is far removed from the challenge that every saint embodies. Striving for social justice - good and honorable as it is - does not presuppose that we die to ourselves, that we break the spirit of the world, that we renounce Satan and the pomp of this world. But every saint, by the resplendent fact of his holiness, shakes our consciences and calls us to renounce the world and its pomp.

The saints are an uncomfortable challenge to those who do not thirst for holiness. Because this progressive Catholics do not want their complacency disturbed, because they do not wish to be drawn out the ghetto of the “secular city”, they want to eliminate the saints. The saints bring the supernatural uncomfortably near. They confront us with the ethos of holiness and disturb those who interpret the Christian life according to their own fashion.

All those who show no interest in the existence of saints, who try to exclude the saints as much as possible from the life of the Church, only demonstrate that something is wrong with their relation to Christ.
We should not forget that Church’s doctrine of justification insists on the possibility of men being fully transformed in Christ, of their becoming saints. It is here that the deepest differences between the Catholic Church and Luther’s doctrine of “sola fides” is to be found. The possibility of becoming a saint is profoundly connected with the Catholic conception of original sin, with the collaboration with grace to which every baptized person is called, with freedom of will, and many other fundamental elements of the deposit of Catholic faith. If a man is nor concerned about this central point of Catholic doctrine, he exhibits a serious symptom of the loss of genuine faith.

Dietrich von Hildebrand, in “Trojan Horse in the City of God”, Manchester, New Hampshire, Sophia Institute Press, 1993 - páginas 258 e 259.

Reconhecer a heresia à distância


- Ocuparse intensamente de la condición del prójimo, le permite al cristiano disimularse sus dudas sobre la divinidad de Cristo y la existencia de Dios. La caridad puede ser la forma más sutil de apostasía.

- La “Iglesia primitiva” ha sido siempre la desculpa favorita del hereje.

- La reprobación de la Iglesia constantiniana es la marca inequívoca de toda herejía.

- Creer en la divinidad del hombre es la raíz del error, así como confundir a la humanidad con Cristo es la raíz de la herejía.

Nicolás Gómez Dávila

Um voto para o começo do Ano Novo de 2011


São Frei Nuno de Santa Maria, intercedei por Portugal!

Uma reflexão para o começo do Ano Novo de 2011

Com a devida vénia ao Dr. António Caponnetto, a mais brilhante pena do actual pensamento tradicional católico argentino, aqui fica um texto para reflectir no começo deste Ano Novo de 2011:

Cuando los jefes o gobernantes lejos de encarnar y custodiar el orden - que no es un listado de fórmulas sino la perfección de la naturaleza de las cosas - se hacen cómplices o artífices del desorden por ineptitud, infidelidad o cobardía, no queda más camino que desobedecer para rescatar y recomponer el orden alterado. Es el derecho a la desobediencia y a la resistencia. Por eso, "quienes se defienden resistiendo" - lo dice Santo Tomás y citado por Vitoria - "no han de ser tenidos por sediciosos", antes bien, estarán cumpliendo una parte esencial del deber cristiano de la lucha.

Es doctrina segura de la Fe Católica, transmitida hasta hoy sin mengua ni desgaste, que los fieles de una nación cristiana poseen el derecho a desobedecer a los jefes y gobernantes ilegítimos, a desacatar sus propuestas, primero; a rebelarse después gradualmente en forma pasiva y activa, hasta llegar a la resistencia franca, física, obstinada y heroica, cuando la tiranía no deja otra posibilidad más que su muerte para que pueda restituirse la vida de la Nación.

Mas no se trata sólo de un derecho que puede ejercerse o no, según los casos. Bajo determinadas circunstancias - precisamente cuando las fuerzas tiránicas ocupan el poder en contra del bien común completo - la resistencia activa integral es una obligación colectiva de los cristianos, que nadie puede rehusar mientras dure el estado de agresión permanente; es una obligación moral inesquivable, es un imperativo que reclama concreción y respuesta, es una reconquista que no perdona excusas ni tardanzas.

Lo enseñaron los Padres y la mejor Escolástica, los teólogos de nota y los sabios moralistas de todos los siglos. Hay exigencia de plantear batalla en defensa de la Realeza Social de Jesucristo, cuando ella es agredida, befada, escarnecida y traicionada. Exigencia que llega a los civiles capaces, a los guerreros genuinos y a todos los que sientan la necesidad de no permanecer neutrales. Por eso el cardenal Belarmino hablaba de la santa intolerancia, y Urbano VIII absolvió del juramento de fidelidad a los soldados que se lo habían prestado al Conde Hugo, ratificando así el principio de que la fidelidad de las tropas de un país cristiano se debe primero a Dios que a los hombres, y que no tiene por qué prestarse a los gobernantes cuando ellos se comportan como sacrílegos, apóstatas e impíos consumados, así conserven las formas de una legalidad democrática.

Precisamente era Aristóteles el que explicaba, en el libro quinto de "La Política", cómo la democracia puede sobrevenir en despotismo y cuáles son en ese caso los síntomas y las características: la libertad concebida como permisivismo, la justificación de toda conveniencia facciosa invocando la voluntad popular, el apego por los extranjeros y adulones, la injerencia de los plutócratas y una vergonzosa frivolidad y liviandad en la clase política, ganada por la corrupción y el hedonismo. Balmes, por su parte, enunciando las razones que tornan insanablemente injusto a un gobierno, así sea de origen democrático, enseña esquemáticamente: si el poder abusa escandalosamente de sus facultades; si persigue y escarnece a la Religión de Cristo, si corrompe la moral, si ultraja el decoro público, si menoscaba el honor de los ciudadanos, si exige contribuciones ilegales y desmesuradas, si viola el derecho de propriedad, si enajena el patrimonio de la nación, si desmembra a las provincias, si lleva a los pueblos a la ignorancia y a la muerte. Y en estos casos, está claro, el recurso al alzamiento (…) no es sino una derivación lógica y lícita de la facultad cristiana de combatir. Por eso, después de aclarar condiciones y requisitos, concluye Luis de Molina en que "bajo ciertas ocasiones, no sólo es legítimo a los cristianos hacer la guerra, sino que también ello puede ser mejor que lo contrario, y aún puede suceder que sea pecado mortal no guerrear". Es la ley de las reacciones que describía Donoso Cortés, y que exige ante todo la inteligencia política y la fuerza responsable que conduzca los hechos con sabiduría y prudencia, evitando males mayores y teniendo ante sí asegurada una razonable posibilidad de victoria.

Antonio Caponnetto, in "El Deber Cristiano de la Lucha", Buenos Aires, Scholastica, 1992 - páginas 330 - 332.