sexta-feira, fevereiro 25, 2005

Breves - 7

Algumas breves reflexões sobre as eleições do passado Domingo:

1º) Os dois últimos Primeiros-Ministros de Portugal, ambos do PSD, eram frequentadores das reuniões do clube de influência mundialista Bilderberg, sem que jamais hajam prestado o mínimo esclarecimento aos portugueses acerca dos compromissos que nelas tenham eventualmente assumido, e quais as consequências daí decorrentes para a vida política do País; também o próximo Primeiro-Ministro de Portugal, este do PS, é presença dos encontros do mesmíssimo Bilderberg, com uma atitude em tudo idêntica à dos seus antecessores no que concerne a explicações sobre as obrigações que por lá hipoteticamente assume. A alternância democrática é, de facto, uma coisa muito bonita!

2º) Para além de pedra angular do decadente e corrupto sistema partidocrático que rege Portugal, bem como de caixa de ressonância de um dos principais grupos de interesse que nele impera, o Partido Socialista, em virtude da sua última governação decorrida entre 1995 e 2001, é iniludivelmente o principal responsável pelo atoleiro em que o País se acha enredado, não só no que concerne ao plano económico-financeiro, mas sobretudo ético-moral (neste último ponto, com grosso contributo do PSD). Supor que um partido com tais vícios, que o tornam forçosamente imobilista, possa fazer as reformas que retirem Portugal do marasmo, é no mínimo revelador de muita ingenuidade. E as primeiras declarações públicas de José Sócrates confirmam infelizmente aquilo que digo: desde o deplorável "Consegui!" na noite das eleições, à maneira de um garoto que acabou de fazer o exame da antiga quarta classe, até ao seu bem guterrista "Tudo para todos", não se augura nada de bom no futuro próximo socrático.

3º) Muitíssimo preocupante é também o crescimento paulatino da extrema-esquerda niilista, único em todo o panorama europeu (talvez com a excepção francesa), e sobretudo junto do eleitorado mais jovem, intensamente condicionado por trinta anos de massacrante propaganda abrilista. É bom de recordar que o Bloco de Esquerda desempenha no actual regime político português o papel de agente provocador, servindo de charneira entre a esfera pública para onde lança a discussão das chamadas questões fracturantes - por exemplo, divórcio simplificado ao extremo, tráfico de droga e aborto descriminalizados, eutanásia e parelhas de homossexuais legalizadas, forças da autoridade desarmadas e humilhadas, imigração e aquisição da nacionalidade totalmente liberalizadas - e os conciliábulos discretos onde tais questões são longamente medradas, possibilitando assim que aqueles que pululam nestes últimos possam manter incólume a sua aparência de respeitabilidade burguesa e moderação. E eis aqui a razão da intensíssima, ainda que aparentemente paradoxal, promoção que tal associação partidária recebe por parte dos meios de comunicação social às ordens do grande capital plutocrático e apátrida: ao dar propositadamente dois passos para a frente, todos os que se limitam a dar apenas um passam por modelos de ponderação; e assim, sucessiva e indefinidamente, se vai realizando a revolução silenciosa gramsciana. Até que um dia...

Ademais, com oito deputados no Parlamento, que em termos mediáticos serão tratados como se fossem oitenta, o BE exercerá uma ferocíssima pressão sobre o PS: as críticas mais violentas que este receberá decorrerão não do facto de fazer uma política esquerdista, mas sim da circunstância de essa política não ser suficientemente esquerdista. A tentação de atirar barro à parede, de pôr à prova e experimentar os complexos de esquerda dos socialistas, de constatar até que ponto eles resistem, ou não, à audácia bloquista será mais do que muita. E de novo assistiremos à eterna angústia do socialismo burguês, permanentemente dividido entre as agruras impostas pelas realidades do quotidiano tecnocrático e a consecução da utopia revolucionária.

Ora, também aqui o futuro não é particularmente brilhante. E, pelo sim, pelo não, aconselho vivamente todos os meus amigos da blogosfera a manterem as suas páginas alojadas em servidores situados nos EUA, ou para lá mudarem: é local que a mão censória da camarilha do Anacleto, que mais cedo ou mais tarde nos irá tentar bater, não consegue alcançar…

4º) Um ponto final, desta feita para o PSD: este partido jamais regressará ao poder, se insistir em ser uma pálida imitação do PS, se sobraçar a tese de que é ao centro-esquerda que se ganham as eleições; na medida em que o consumidor (eleitor) prefere sempre o produto original às imitações, nessa área ideológica o PS estará sempre em vantagem. O PSD deveria olhar para a geografia eleitoral do País, verificar em que região do mesmo tem sistematicamente obtido vitória atrás de vitória, e interrogar-se se aí as mesmas foram alcançadas à custa de uma postura centro-esquerdista. Suponho que não…

China, Quo Vadis?

Reconozco que el haberme topado con el sitio pensarbem, enlazado desde Unica Semper Avis - sitio este que entre mis favoritos más favoritos -, ha sido una más que agradable sorpresa.
Entre el mucho y excelente material que pensarbem
, me llamó la atención la entrevista realizada al Padre Bernardo Cervellera, un experto sinólogo, que nos cuenta cómo el desarrollo chino que tanto asombra al mundo se realiza básicamente a través de la explotación, a través de no pagarle el justo salario al obrero. Pecado éste que clama venganza al Cielo. Y cómo los chinos son capaces de silenciar las páginas del internet del Padre Cervellera, cuyos servidores están en los Estados Unidos. Con razón se describe a China como tierra de horror. Verdaderamente China hoy día es el Imperio de Sarón.

Rafael Castela Santos

Y más sobre Fátima

El Padre Gruner, infatigable apóstol de Fátima, ha lanzado un comunicado hoy mismo muy en la estela de lo que nosotros habíamos publicado en los días anteriores. En él llama la atención acerca del silencio a que Roma forzó a Sor Lucía. El dato, como apunta el P. Nicholas Gruner, es que jamás dijo Sor Lucía que la consagración al Inmaculado Corazón de Rusia se había producido.
Cristopher Ferrara nos cuenta acerca del secreto y sellado de la celda de la Hermana Lucía del Inmaculado Corazón. La orden ha venido de Ratzinger mismo. ¿Tienen algo que ocultar?

Rafael Castela Santos

sábado, fevereiro 19, 2005

Breviário da contra-revolução - 3

"Solicitei" a Mestres Ramalho Ortigão, Alfredo Pimenta e Pequito Rebello que se pronunciassem sobre o teor das últimas sondagens, as quais atribuem doze deputados à extrema-esquerda. Aqui ficam os seus respectivos depoimentos:

"Estudou-se clinicamente a psicologia dos parlamentos, e Nordau demonstrou com exactidão algébrica que o resultado dos votos nunca pode representar senão uma opinião de medíocres. O sufrágio é a indirecta exclusão da superioridade. Por isso, a tendência da sociologia moderna é para combater a tirania dos parlamentos, estabelecendo tribunais supremos encarregados de manter a lei fundamental, alargando os regimes provinciais, conferindo aos municípios a faculdade do referendo." - Ramalho Ortigão, em "Últimas Farpas".

"Esperar que uma multidão já de si inferior e mais inferiorizada ainda pela sugestão de "meneurs" sem ciência e consciência, fazendo do "surencherismo" processo sistemático de propaganda, esperar que essa multidão pervertida e desorientada possa escolher figuras superiores para a alta e grave função legislativa que requer não só um positivo conhecimento da Ciência Social, mas também uma ponderação, uma reflexão, um critério que só em raras criaturas se encontra, é uma ilusão aqui tolerável há um século, absolutamente "demodée" nos tempos de hoje. Não são os incompetentes quem está apto para escolher os competentes. Isso é a subversão da ordem, nos seus mais fundamentais elementos. E essa situação ilógica, só a instituição parlamentar podia consagrá-la. Não são aqueles que precisam de quem os dirija que estão em condições de escolher quem melhor possa executar essas funções dirigentes. Isto é óbvio. A interferência dos cidadãos na vida pública do seu país deve, pois, efectuar-se no exercício da vida municipal, deixando as superiores funções de direcção central a uma restrita e fechada categoria de cidadãos, isto é, aos elementos representativos das corporações espirituais, morais e activas" - Alfredo Pimenta, em "Nação Portuguesa", 1ª série.

"A eleição, quanto mais larga é e mais se aproxima do sufrágio universal, tanto mais inútil para a selecção das competências: incompetentes não podem escolher competentes, discípulos não podem escolher os seus disciplinadores e muito menos o eleitor incapaz que não se interessa pela remota função pública que desempenha.

A eleição, largamente usada, é nociva: torna-se um instrumento de corrupção cívica e moral, pelos costumes hipócritas e venais que propaga; gera a política do aumento das despesas e do mínimo esforço nacional; causa a centralização política e social; alimenta as desordens, lutas e guerras civis."
- José Pequito Rebello, em "Nação Portuguesa", 1ª Série.

Breves - 6

1º) Apenas ontem tomei conhecimento de que o Professor João César das Neves havia sido pronunciado criminalmente por ter cometido a ousadia de criticar publicamente a homossexualidade, facto que desagradou de sobremaneira a certas associações de sodomitas, que contra ele apresentaram uma queixa-crime.

Sem esquecer que tais agremiações de pervertidos até contra Sua Santidade o Papa João Paulo II tentaram intentar um processo similar junto dos tribunais da Nova Sodoma, anteriormente conhecida por Holanda, urge daqui retirar duas conclusões óbvias:

a) Que está em curso um processo óbvio de guerra cultural, desencadeado e patrocinado pelos lóbis, grupos de pressão e sociedades discretas e secretas do costume, que tem por objectivo final a erradicação de toda a expressão pública dos valores morais basilares do Ocidente, bem como de qualquer tentativa de defesa dos mesmos, valores esses consubstanciados, no seu fundamental, na doutrina tradicional cristã. Assistimos, assim, aos primeiros passos daquela que há-de ser a última, mas a mais feroz e implacável perseguição contra o Cristianismo e a Igreja Católica, a qual há-de anteceder a segunda vinda de Cristo à Terra, e que será desencadeada pelos modernos degenerados, adeptos do culto idolátrico do homem-rei. Uma esperança, todavia: Ele estará sempre connosco e as portas do Inferno, apesar dos estragos brutais que irão inapelavelmente fazer, não prevalecerão!

b) Que os tribunais portugueses, ao nível das 1ªs instâncias, dominados por magistrados de esquerda e até extrema-esquerda radical, formados em conformidade com a cartilha politicamente correcta do Centro de Estudos Judiciários, estão cada vez mais embrenhados num activismo judicial que manifestamente extravasa as suas competências, e invade a esfera reservada do poder legislativo. Nesta sequência, assistimos à recusa sistemática e permanente desses órgãos de soberania em aplicarem a pena prevista para punir o crime nefando do aborto no Código Penal, e, simultaneamente, à criminalização, sem qualquer suporte legal e no mais puro desprezo pela Constituição, que os mesmos começam a fazer do exercício da liberdade de expressão, de que o caso do Professor João César das Neves é paradigmático. Ora, por uma vez, urge gritar que o rei vai nu e pôr um travão a estes anacletos becados disfarçados de juízes!

2º) Um partido político que sistematicamente defende o desarmamento das forças da autoridade, mas que constantemente se recusa a pronunciar sobre o desarmamento dos criminosos e a condenar os actos por eles praticados, quando, ao invés, os não tenta até desresponsabilizar, desculpabilizar e inimputabilizar com a demagogia primária, falsa e barata do costume, é iniludivelmente uma força que se tornou cúmplice passiva de todos os crimes perpetrados tais meliantes - como o assassinato brutal de um agente da PSP, esta semana, na Cova da Moura - e pelos quais os seus dirigentes deveriam também responder no local apropriado, para isso se sentando no banco dos réus.

O comentador televisivo de assuntos religiosos

Extraordinário texto publicado no blogue "Fratres in Unum"; aqui fica o seu teor, de palpitante actualidade:
"Em 32 A.D., naquele famoso canal de TV da Judéia, uma famosa entrevistadora, troca idéias com seu diretor de origem romana:
- Caro Claudius, que acha de entrevistarmos um daqueles discípulos do Rabi Jesus de Nazaré? Sua fama corre a largos passos e muitos procuram vê-lo. Sondemos o que fazem pela causa dos oprimidos.- Excelente cara Salomé. Que acha de chamarmos aquele que chamam de Cefas?- Não acho boa idéia. Parece ter posição de liderança... muito sisudo. Dará impressões com certeza distorcidas.- Que acha daquele João?- Hmm.... Não. Parece ser um sonhador... cabeça nas nuvens. Não tem sensibilidade social.
E assim foram passando suas impressões sobre cada um, sem no entanto chegarem a uma conclusão, pois as negativas aos nomes citados eram várias. Mas finalmente... Claudius teve seu momento Eureka!
- Achei! Sei quem podemos chamar. A um que parece ter idealismo social. Preocupa-se com os pobres... e detesta a ostentação.- Diga logo quem é este, meu caro!- Chama-se Judas Iscariotes!- Sim! Perfeito!!!"

quinta-feira, fevereiro 17, 2005

A vueltas con Fátima

En un espíritu de recogimiento, como debe ser propio de Cuaresma, pero también atento a los signos de los tiempos, A Casa de Sarto vuelve a traer a colación el tema de Fátima. La muerte de Sor Lucía del Inmaculado Corazón es un signo de algo que comienza pues a ella le fue dicho que “vería el principio del fin”. Y final es el tiempo que vivimos porque finales son nuestras costumbres y final es nuestra obcecación en renegar de las armas que la Virgen María nos propuso en Fátima: oración (con especial referencia al Rosario y la devoción de los cinco primeros sábados) y penitencia y arrepentimiento.
Por favor, que nadie venga aquí ni a ningún lado buscando historias de terror animado por una curiosidad malsana. Fátima apela al corazón de cada hombre, de cada mujer. Fátima es una invitación desde el Cielo a unirnos más y más a Cristo crucificado de la mano de la Santísima Virgen.
Los hechos, la pérdida universal de la Fe de la Catolicidad (o sea, la apostasía), son evidentes.
Por su interés y brevedad transcribimos aquí un artículo interesante del más abnegado apóstol de Fátima en los tiempos que corremos, el Padre Nicholas Gruner (publicado en The Fatima Crusader, 77)
. Nos habla del Tercer Secreto y de lo que ya, muerta la Hermana Lucía y con la salud del Santo Padre deteriorada en su avanzada edad, se perfila en el horizonte. En el penúltimo párrafo el Padre Gruner expresa una visión personal del problema, aunque ciertamente él es un buen conocedor del tema. Quedémonos, sin embargo, con el hecho de que el ecumenismo –una forma sofisticada de la idolatría- ha hecho mella en la Iglesia. Y la idolatría es un pecado gravísimo contra la Majestad de Dios y contra el Primer Mandamiento.


The Third Secret Reveals the Great Chastisement
by Father Paul Kramer, B.Ph., S.T.B., M.Div., S.T.L. (Cand.)
The late Father Malachi Martin stated in his last interview on the Art Bell Show (1998) that there was something ghastly and horrifying in the Third Secret of Fatima. It is not the annihilation of nations, nuclear war or the bloody persecution of the Church. It is something much worse. Pope Pius XII referred to this when he declared in 1945, "The world is on the verge of a frightful abyss ... Men must prepare themselves for suffering such as mankind has never seen." The Third Secret is apocalyptic and therefore corresponds to the eschatological texts of Sacred Scripture. This is what Cardinal Ratzinger pointed out when he revealed that the Secret concerns the ‘novissimi’ – the ‘last things’ and corresponds to what is revealed in Sacred Scripture.
Pope John Paul II, when asked about the Third Secret in Germany, stated that "we must be prepared to undergo great trials in the not too distant future, trials that will require us to be ready to give up our lives..." Pope John Paul II, as Karol Cardinal Wojtyla, elaborated this theme during a visit to the United States in 1976:
"We are now standing in the face of the greatest historical confrontation humanity has gone through. I do not think that wide circles of the American Society or wide circles of the Christian Community realize this fully. We are now facing the final confrontation between the Church and the anti-Church, of the Gospel versus the anti-Gospel. It is a trial which the Church must take up."
This is the core of the Third Secret of Fatima.
All the fury of hell will be let loose upon the earth in order to attempt to dethrone Christ the King and install satan in His place — it will be the culmination of the ‘mystery of iniquity’ represented in the figure of the Tower of Babel — the apocalyptic ‘mystery of Babylon’: the counterfeit ‘church’, the ‘church of heresy’ and its ‘pope’. The ancient Roman persecutions will pale in comparison to the horrors that will take place in this great ‘tribulation’ that Our Lord foretold in the Holy Gospel and Pius XII foretold to be very near. This is the heart, the core of the Third Secret.
It appears that the consecration of Russia will not be accomplished in time to prevent the tribulation of the Great Chastisement, which has been universally foretold in the prophecies of the saints since the days of the ancient Fathers. It will, however, be done in time to prevent the consummation of the ‘mystery of iniquity’. Jesus Christ Our Lord announced that the prince of this world has been cast from his throne, which therefore, he may never establish again. Satan’s kingdom will be destroyed before it can be fully erected, and thus the Tower of Babel is never completed.
It is my belief, based on the conclusions I have reached after studying Catholic prophecy since 1970, that the Great Apostasy, foretold in Scripture and in the Third Secret of Fatima, will be formalized under the antipope foretold by St. Francis of Assisi, during the pontificate of the immediate successor of Pope John Paul II, who will have to flee from Rome and will not be in a position to bring about the consecration. It will be the next Pope after, according to my humble opinion (and according to the prophecy of the Roman stigmatist Antonio Ruffini), the second Pope after John Paul II who will finally consecrate Russia to the Immaculate Heart of Mary together with all the bishops of the world. Russia will be converted. Her Immaculate Heart will triumph. A vast multitude of Russian Traditionalists will enter the Catholic Church. Russia will be converted and the Church will revert back to Her traditions. There will be peace. But this will take place after the chastisement.
Shortly before spring 1991, when I visited Fatima, Our Lady revealed to Sister Lucy (according to a very reliable source in Fatima) that the Third Secret would be revealed during the course of a major war. The Third Secret has not yet been fully revealed, as even Cardinal Joseph Ratzinger admitted in a private conversation with a German speaking person, a personal friend of Pope John Paul II for many years (who is personally known to me) who confronted him about the alleged publication of the "whole" Third Secret. Ratzinger answered: "Truly, that was not all of it." The Third Secret will be revealed, but it will be late: only after the next world war will have broken out.
The desecration of Catholic churches and sanctuaries by pagan worship and the mingling of the true religion with false religions is the signal that the chastisement will now take place in the immediate future. The desecration of the sanctuary, of God’s Holy Place, is a sacrilegious and blasphemous act of impiety that demands immediate punishment in strict justice. God, therefore, in order to remain just cannot be patient any longer in the presence of the sacrilegious abominations that are now being perpetrated in Catholic churches and sanctuaries. It is precisely for this species of sin that God declares: "Therefore I also will deal with them in My wrath: My eye shall not spare them, neither will I show mercy … nor will I have pity: I will requite their way upon their head." (Ezechiel 8:18, 9:10)
Rafael Castela Santos

terça-feira, fevereiro 15, 2005

Na morte da Irmã Lúcia

A morte da Irmã Lúcia, de que tomei conhecimento com óbvia tristeza e comoção, suscita-me três breves reflexões:

1º) Apesar do funesto evento que se encontra na sua génese, esta é uma ocasião providencial para que todos os católicos dignos desse nome reflictam na mensagem de Fátima, e se apercebam da grandiosidade do apelo que a mesma faz a cada um deles e a toda a humanidade, em total conformidade com os Evangelhos: renúncia ao mal e incentivo à prática do bem em ordem à salvação eterna, isto é, conversão pessoal sustentada pela oração e penitência, pela graça santificante dos sacramentos e, em não despicienda parte, pela mediação decisiva da Mãe de Deus;

2º) Foi bem recheada de sofrimento a vida religiosa da Irmã Lúcia e, para além de tudo aquilo que o Rafael já descreveu magistralmente no artigo anterior, destacaria aqui dois aspectos bem ilustrativos de tal facto.

Primeiramente, relembraria o selvático ataque que o Padre jesuíta belga Dhanis, S.J., herege modernista, contra ela desferiu na segunda metade dos anos 40, tentando desacreditá-la, e por arrasto a toda mensagem de Fátima, pondo torpemente em causa a própria probidade e honradez da vidente; a Dhanis cair-lhe-ia a máscara uns anos mais tarde, ao assumir-se como um dos principais autores do infame "Catecismo Holandês", fruto consumado do mistério da iniquidade. Saliente-se que tal ataque não poderia ter sido feito sem a concordância do Superior-Geral da Companhia de Jesus, ao tempo o Padre Janssens, S.J., curiosamente ou talvez não, o principal detractor, caluniador e perseguidor do Padre Leonardo Castellani, S.J., no seio da ordem inaciana.

Em segundo lugar, para além dos sorrisos posados e forçados das fotografias oficiais, recordaria o modo enxovalhante, desdenhoso e sobranceiro como Papa Paulo VI a tratou em 1967, durante a visita que efectuou a Fátima, enxotando-a literalmente e recusando-se a ouvir o que Lúcia lhe pretendia dizer. E de que outro modo poderia reagir o principal obreiro do V2, e primeiro impulsionador da autodemolição da Igreja Católica, cuja actuação prática foi a completa negação de Fátima?... Decerto ter-se-á esquecido, na sua jactância modernista, aquele que foi seguramente um dos piores Papas que a Igreja conheceu ao longo de vinte séculos de História, de que Deus revela aos pequeninos e aos humildes aquilo que oculta aos grandes, aos doutores e aos sábios?... Acerca deste assunto, sugeriria complementarmente a leitura do livro do sacerdote tradicionalista Paul Kramer, “O Derradeiro Combate do Demónio”, ainda que não sobrace totalmente todas as conclusões nele plasmadas,

3º) Em compensação, e no cumprimento da promessa que Deus, por intermédio de sua Mãe, lhe fez há quase oitenta e oito anos, podemos imaginar a entrada apoteótica da Irmã Lúcia no Paraíso, recebida em glória na Igreja Triunfante por Cristo, por Nossa Senhora, por São José, por Santa Teresa de Ávila, por São João da Cruz, por São Domingos, por São Pio V, por Santa Maria Margarida, por São Luís Maria Guignion Monfort, por Santo Afonso Maria do Ligório, por Santa Bernardete, pelo Beato Pio IX, por São Pio X, por dois Santos que um dia a Igreja há-de expressamente nomear, pelo Anjo Custódio de Portugal e, sobretudo, pelos seus companheiros, os Beatos Jacinto e Francisca de Fátima! E de lá há-de continuar a interceder para que o dogma da Fé jamais se perca na Lusa Pátria!

segunda-feira, fevereiro 14, 2005

Sobre la muerte de Sor Lucía

Es con dolor, pero no con sorpresa, que me llegó la noticia hoy a través de mis padres de la muerte de Sor Lucía. Afortunadamente para mí me crié en una familia donde siempre se habló y se leyó sobre Fátima.
Sor Lucía ocupa una posición especial entres los tres niños videntes de Fátima. Los otros dos murieron en su infancia y son ya Santos. A la Hermana Lucía dos Santos, cuyo apellido quizás no fuera dejado al azar de la Providencia (la Iglesia dirá), le cupo la enorme tarea de transmitir el Mensaje de Fátima. Como tampoco es al azar que la Providencia dictara que su muerte se produjera un 13.
En A Casa de Sarto no pretendemos ser exhaustivos. Apenas apuntar hacia dónde se deben dirigir las antenas. Digamos lo siguiente, moleste a quien moleste :
1)
A Sor Lucía se le silenció durante décadas desde el Vaticano. Con ser grave que a una monja que en todo dio un maravilloso ejemplo cristiano de penitencia y obediencia, lo grave es que el Vaticano silenció a la Madre de Dios, a la Santísima Virgen.
2) A Sor Lucía le pusieron sordina en lo que al pretendido Tercer Secreto (el hecho oficial por Roma). Existen pruebas grafológicas que apuntan hacia una manipulación del Secreto. El Tercer Secreto de Fátima habla de lo peor que puede suceder, de una apostasía universal venida desde dentro de la propia Iglesia Católica. Digo lo peor porque si una guerra es una de las peores plagas, ¿cómo ha de denominarse a la condenación eterna de miles, de millones, de almas ? Desde A Casa de Sarto remitimos al lector
aquí y aquí.
3) Lo sucedido a Sor Lucía no es tampoco único. Los mejores trabajos escritos sobre Fátima, los varios volúmenes dle Padre Alonso, duermen el sueño de los justos en la Biblioteca Vaticana, cerrados a cal y canto. El silencio cómplice y traidor de la Roma modernista sobre el Padre Fuentes puede ser estudiado
aquí. Este silencio se viene ejerciendo sobre aquellos pocos, como el valiente Padre Gruner, a quien no se cortan en atacar todo lo que pueden desde Roma.
4) La pregunta es obvia : ¿Qué se oculta y por qué ? Lo primero no podemos saberlo a ciencia cierta, pero tiene que ver con una hecatombe espiritual sin precedentes. Hecatombe espiritual de la que sólo se puede salir con un
salutífero castigo. Lo segundo es porque el modernismo, « cloaca de todas las herejías » en sabia definición de San Pío X, aliada de aquellas fuerzas como el naturalismo y el liberalismo que niegan el Reinado Social de Nuestro Señor Jesucristo, es la secta en la que han caído muchos prelados. Como aquellos judíos culpables del Sanhedrín, que fallaron en rendir homenaje al Mesías, estos católicos culpables de la Roma modernista fallan en declarar a Cristo Rey y Señor del Universo y a su Madre Santísima darle el altísimo lugar de honor y veneración que le corresponde.
Hoy más que nunca, en la muerte de esta ejemplar monja, gloria de Portugal y gloria de la Catolicidad, gritemos más fuerte que nunca ese grito con que nuestro difunto Jacobo San Miguel, lector nuestro, expiró : ¡Viva Cristo Rey !

Rafael Castela Santos

sexta-feira, fevereiro 11, 2005

Breviário da contra-revolução - 2

"Desta Soberania armada no ar entrei a desconfiar ainda mais quando vi os seus efeitos práticos. Dizia-se que o povo havia de nomear quem lhe fizesse as leis, e que El-Rei devia executá-las à risca. Mas na nomeação de Deputados vi que tudo era ambição e maranha. O povo não sabia ler, e nomeava por escrito quem os mais poderosos e mais manhosos queriam para seus representantes.

(…)

Mas quando eu vi o Salão das Cortes cheio de bandalhos e de petimetres, tão fofos como um sapo inchado, vomitando sandices, e minando os alicerces da Religião e da Monarquia, desenganei-me que a tal Soberania era uma farsa armada para certos fins. Que diabo de Soberania é esta (dizia eu) que traz inquieta a nação, espalha a impiedade, persegue os bons, desmancha a máquina da Monarquia, excita a guerra civil, provoca as tropas ultramontanas, e prepara a anarquia? É para isto que foi proclamada a Soberania do povo?"


Frei Fortunato de São Boaventura - "O Punhal dos Corcundas"

Breviário da contra-revolução - 1

Adquiri recentemente em alfarrabista o livro "Os Nossos Mestre ou Breviário da Contra-Revolução", interessantíssima compilação de juízos e depoimentos coligidos por Fernando Campos, sempre úteis de recordar, sobretudo num tempo dominado pelos sofismas e mentiras próprios da campanha eleitoral. Assim, durante toda a próxima semana, alguns desses juízos e depoimentos serão aqui recordados, como forma de reacção ao conformismo bovino da modernidade pervertida que vamos vivendo. Começamos hoje com o insuspeito Alexandre Herculano:

"As ideias democrático-republicanas tendem, pela sua índole, a apoucar o indivíduo e a engrandecer a sociedade, se é que eu as compreendo. É por isto que, nas trevas do seu pensar, a democracia estende constantemente os braços para o fantasma irrealizável da igualdade social entre os homens, blasfemando da natureza que, impassível, os vai eternamente gerando física e intelectualmente desiguais. É por isto que ela acreditou ter feito uma religião séria desse fantasma, quando o que realmente fez foi inventar a idolatria do algarismo; e, cobrindo com capa de púrpura a mais ruim das paixões, a inveja, enfeitou-a com um vago helenismo, cuja definição, seja qual for, nunca resistirá a uma severa análise.

(…)

Que a tirania de dez milhões se exerça sobre um indivíduo, que a de um indivíduo se exerça sobre dez milhões deles, é sempre tirania, é sempre uma coisa abominável.

(…)

Que as leis se afiram pelos princípios eternos do bom e do justo, e não perguntarei se estão acordes, ou não, com a vontade das maiorias ignaras".

Recordando a Ramiro de Maetzu y Antonio Sardinha

“Al recobrar su propia esencia, España y Portugal han de volver a la política de colaboración de sus mejores tiempos. Esa fue la política que Camoes preconizaba. Nada de iberismo. Esa palabra no le inspira a Sardinha sino repulsión, porque es caótica y confusa, y Sardinha ha dedicado buena parte de su labor a mostrar los rasgos característicos de su nación portuguesa. En vez de iberismo ‘alianza peninsular’. Esa era también la idea de Oliveira Martins: ‘Unión de pensamiento y de acción e independencia de gobierno es, a nuestro modo de ver, la fórmula actual sensata y práctica del iberismo’. Sardinha escribe: ‘La unidad hispánica exige, por el contrario, que los dos pueblos se mantengan libres en su gobierno interno, aunque unidos militar y diplomáticamente para la defensa común, porque común, pensándolo bien, es el patrimonio que a ambos pertenece’.
Creo que el pensamiento central de Sardinha puede expresarse en su mito favorito del Rey Don Sebastián, que tiene la cara encubierta, pero que un día aparecerá por la boca del Tajo y volverá a Portugal a su grandeza, creando el Quinto Imperio. Es el mito de la esperanza, que ha permitido vivir al pueblo lusitano en estos siglos de tristeza para los dos pueblos hispánicos de Europa. La verdad que encierra es que ha de llegar la hora en que el pueblo portugués se descubra a sí mismo que tiene el alma grande, como Don Sebastián, y ese descubrimiento le sacará de su apatía. Si esta interpretación es cierta, el Encubierto ha llegado ya a Lisboa. Pidamos al cielo que no se quede en la boca del Tajo, sino que remonte el río contra la corriente, a trancas y barrancas, agua arriba, hasta subir al Manzanares y plantarse en Madrid por la mismísima Puerta de Toledo. Y cuando se le vea la cara recobrará España su valimiento antiguo, porque huirán espantados los demonios extranjeros que actualmente poseen a sus intelectuales, y se unirán su alma y su cuerpo en su inmortal espíritu.”

Ramiro de Maeztu, del prólogo a La Alianza Peninsular, 1930
(La Alianza Peninsular, Antonio Sardinha, Universidad Popular Segoviana, Segovia, 1939, pgs. 7-8; traducción al español del Marqués de Quintanar)
Rafael Castela Santos

Vintilia Horia una vez más

Reproducimos a continuación los primeros párrafos del artículo “Recordando a Vintila Horia”, publicado hace unos meses en la revista Razón Española y firmado por Iván Jesús T. Areitiourtena. Cuando la conspiración de silencio cae sobre autores como Vintila Horia se han de alzar las palabras silenciosas de reivindicación de estos autores prohibidos. No deja de ser curioso que en un “think-tank” como el de Razón Española se hable de la blogosfera, específicamente de la blogosfera lusa y concretamente de O Sexo dos Anjos. Pero ya se sabe que es difícil acotar las ideas, especialmente las buenas.

Hace doce años, un cuatro de Abril del Quinto Centenario, que Vintila Horia nos dejó. Este artículo toma por inspiración la suerte de haber compartido muchas tardes y muchas tertulias con Vintila Horia. La mayor parte de ellas en su casa en Collado-Villalba, donde su esposa Doña Olga Horia y él siempre nos agasajaron al grupo de amigos que les visitábamos con una hospitalidad que aún hoy, con el paso de los años, sigue trayendo calor humano al presente.
Durante los últimos años de su vida, los que van de 1985 a 1992, pudimos conversar larga y tendidamente con Vintila. Años cruciales, de madurez, del que fuera Catedrático de Literatura Universal de Alcalá de Henares; los años teocéntricos de Vintila Horia, por parafrasear a Aquilino Duque. Tiempos finales sintetizados en su novela Un sepulcro en el cielo en contraposición a una primera producción más antropocéntrica, como fueron aquellos iniciales sesenta que le llevaron a la consecución del Premio Goncourt con Dios ha nacido en el exilio. Fueron también los años donde Vintila Horia dio lo mejor que llevaba de sí como ensayista. Si ya en obras tales como Consideraciones para un mundo peor dio una muestra de la talla que tenía en el ensayo corto en su Reconquista del Descubrimiento alcanza cotas difícilmente superables.
Su atalaya periodística desde El Alcázar le confirmó como uno de los más sagaces, perspicaces y profundos ensayistas de su tiempo. VH gestó un particular y logrado estilo en esa variante del ensayo corto que es el artículo. Vintila Horia era un espeleólogo de la realidad, alguien que sabía y conocía de los planos profundos sobre lo que lo visible se asienta. Al socaire de cualquier jirón de la actualidad Vintila era capaz de interpretar y atrapar con palabras la metarrealidad de las personas, los acontecimientos y hasta las mismas cosas que configuraban la cotidianeidad. VH tenía esa rara capacidad de seguir la pista del hilo íntimo del que el tejido de lo real está confeccionado. Sólo superaba esta faceta en la distancia corta, ya en amena conversación, ya en una retórica cautivante. De ahí que sus conferencias, como algunas que pronunció bajo los auspicios del Nuevo Estudio General de la Universidad de Valladolid o en las tertulias con que nos obsequió en su casa o en los múltiples testimonios de antiguos alumnos suyos –quienes en una gran mayoría le veneraban y le apreciaban por su valía académica y docente-, demostrara una capacidad que sólo los maestros tienen: enseñar a amar una asignatura, o una disciplina, para luego forzar a un permanente diálogo socrático sobre la misma que deviene en contemplación.
Desde sus cuentos de juventud, muchos de ellos afortunadamente recopilados y vertidos al español por la editorial CriterioLibros, pasando por El hombre de las nieblas; desde Dios na hacido en el exilio hasta La Séptima Carta y sus escarceos en Viajes a los centros de la tierra; desde Perseguid a Boecio que se continúa en Un sepulcro en el cielo, desde su Reconquista del Descubrimiento con punto y final en su libro póstumo, Las claves del crepúsculo, hay mucho por roturar en la relectura y estudio de la obra vintiliana. Desde recopilar sus muchos artículos periodísticos que duermen el sueño de los justos esparcidos en las hemerotecas hasta estudiar en profundidad su obra. Como la Tesis Doctoral sobre Vintila Horia de otra rumana afincada en España y tristemente desaparecida a una temprana edad, Mónica Nedelcu, que bien merecería ver la luz de la imprenta. Urge dicha tarea porque en estas épocas de ciénaga el lodo del tiempo traga muchos tesoros que después, cuando aguas más limpias hayan mondado estas fuentes precocinadas de la cultura moderna, aflorarán con más fuerza si cabe. La obra de Vintila Horia es candidata a resucitar por su riqueza y profundidad. No puede permanecer entonando la música callada aherrojada por las cadenas del silencio.
No deja de ser triste que últimamente el internet, medio que hubiera fascinado a Vintila –tan macluhaniano él-, esté lleno de páginas mil hablando de él en su Patria natal rumana o que, por ejemplo, desde la blogosfera lusa, especialmente desde un blog tan leído y destacado como el de Manuel Azinhal se reivindique en la Patria hermana portuguesa la figura de Vintila Horia y que en su Patria de adopción, la que él escogió y en la que murió a sabiendas –España- nada pase ni parezca pasar referente o referido a su obra. Salvo recuperaciones loabilísimas como las de CriterioLibros. Vintila Horia fue en vida un polo cultural magnético de primer orden y un referente obligado. Revistas como la española Futuro Presente, su presencia en los media, libros de texto como su Introducción a la Literatura Universal, su presencia internacional en cuatro idiomas (rumano, francés, italiano y español), su faceta de conferenciante infatigable o su presencia académica así lo confirman.
Ironías de la vida Vintila Horia, víctima del comunismo y guerrero de la pluma contra la aberración marxista, se encontró rodeado prácticamente por doquier de tumbas donde campeaban la hoz y el martillo el día que lo enterraron. Si hay lugar para la polémica en el más allá Vintila Horia debe estar metido de hoz y coz en alguna de estas tertulias. VH fue víctima de aquella Europa desgarrada de la SGM y de la fechoría comunista. Sufrió el campo de concentración nazi primero para sufrir un cruelísimo exilio y persecución intelectual y moral después a manos de los legitimadores de Pol-Pots, Castros o Brevnevs, a manos de los defensores de los Gulags. En un mundo bipolar, el mundo de la guerra fría, había muchos predicadores contra uno de los polos. Vintila habló a favor del hombre y siempre en defensa de una civilización cristiana que él vio reflejada en la Hispanidad mejor que en ninguna otra parte. Huelga decir que ninguno de los dos polos abogaba por dicha idea. Porque Vintila Horia supo que Occidente había sucumbido a la tentación materialista más, si cabe, que el propio Este. Resulta difícil no recordar a medida que se van escribiendo estas líneas las encendidas defensas de VH de autores como Dostoievsky, Pasternak, Tolstoi (al que recomendaba leer con caveats) o Solyenitsin (a quien tan profundamente admiraba y del que tan cerca se sentía en lo literario y en ideas). Por no hablar de su melomanía por Tchaickovsky o Rimski Korsakov, entre otros. Resulta difícil no recordar la ligazón que el veía entre Rusia y España («lo menos europeo de Europa»), unión que él encontraba íntima y clara como cristal de roca en lo artístico, particularmente en lo literario. A Vintila, representante egregio de esa isla latina llamada Rumania, amante de Eminescu, le dolía saber que lo que él sentía como suyo –Occidente- estaba podrido y carcomido. Los éxitos militares de Occidente le deslumbraban, como fue el caso de la Primera Guerra de Irak, pero había leído a Toynbee demasiado como para ignorar que los signos de la caída eran ya patognomónicos. Pero marró. Tristemente marró al considerar lo hispánico como posibilidad de salvación de lo que quedaba de la civilización occidental. Las semillas que el veía en autores hispanos o en la historia de los países hispanos fueron como aquellas otras que fueron a caer sobre el terreno pedregoso y espinoso de nuestros días: no dieron fruto. Tampoco acertó a comprender la dimensión última –quizás no tuvo tiempo- de la caída del infame Muro de Berlín.
Asumiendo una perspectiva «vintiliana» resulta tan lógico como teleológico que VH fuera miembro de la redacción de esta revista de Razón Española. A fin de cuentas Don Gonzalo Fernández de la Mora, fundador y director de RE, siempre acusó recibo en la recuperación de esta cabecera de la deuda debida a Ramiro de Maeztu. Vintila Horia, con sus virtudes y sus defectos, con sus aciertos clamorosos y sus lados menos claros en su obra, siempre luchó por defender esa Hispanidad de la que Maeztu nos ilustró hasta el marchamo de la sangre mártir.
Resulta fácil hablar de la cultura oceánica y bien ensamblada, rara avis hoy día, de Vintila Horia. Su capilla ardiente tuvo lugar en medio de la erudita biblioteca de una clínica madrileña. Se despidió de este mundo desde los mismos libros que él amó y que nos enseñó a amar. Por eso vive: porque como buen cristiano forjó y construyó lo que buenamente pudo en los tiempos de hierro en que vivió. Y porque logró transmitir el fuego sagrado de la antorcha a los que le seguían, que no es poco en los tiempos que corren. Algún día el fuego de su obra volverá a incendiar las almas y las mentes de todos aquellos que luchan por un mundo más avenido con Dios y menos deshumanizado.
Rafael Castela Santos

quinta-feira, fevereiro 10, 2005

Homenaje a Jacobo San Miguel

Jacobo San Miguel, uno de nuestros lectores, murió el pasado 6 de Enero, Festividad de los Reyes Magos, en California debido a complicaciones del tratamiento del cáncer a que estaba siendo sometido.
Jacobo San Miguel, ferviente católico tradicional, era mexicano de nacimiento. Su padre era judío ruso y su madre era mezcla de sefardita y maya. Fue educado en un ambiente de judaísmo reformado y descreído y en su juventud fue prácticamente agnóstico.
Tras completar estudios secundarios en la ciudad de México emigró a Israel durante un tiempo. De vuelta a América se estableció en EE.UU., donde se hizo abogado. Actualmente estaba finalizando un PhD en Historia.
Se casó y tuvo tres hijos. Todos ellos le sobreviven y, si por un casual leyeran esto, A Casa de Sarto les expresa nuestro más sentido pésame y profundas condolencias por el fallecimiento de Jacobo San Miguel.
Su conversión al Catolicismo vino acompañada de unas cruces y sufrimientos enormes, pues fue rechazado de la comunidad judía en que vivía y por su propia familia.
Debido a uno de esos insufribles sujetos que pululan, o mejor, pululaban, por nuestras casillas Jacobo y yo entramos en contacto hace varios meses y desde entonces mantuvimos un intercambio epistolar que sólo se interrumpió en los días previos a su muerte.
A Casa de Sarto rinde aquí un pequeño homenaje a Jacobo, que en paz descanse. Nada mejor que extractar algunos párrafos de la correspondencia privada mantenida con él. La claridad de algunas de sus ideas y algunos de los sufrimientos por los que pasó por su conversión y fidelidad a Cristo merecen ser reflejados.

Su conversión

“Lo que yo le quisiera contar, Don Rafael, es cómo me convertí. Yo era un pendejo humana y espiritualmente hablando. Platicaba mucho de religión y siempre era para escarnio. Yo tenía para mí que el Antiguo Testamento y el Nuevo Testamento eran dos cuentos fantásticos, nada más. Argumentaba que Moisés había tenido alucinaciones auditivas cuando subió al Sinaí, que había demasiada poesía alrededor de David y que Jesucristo era un chamaco impostor […] No había más Dios porque en realidad no había Dios, aunque acostumbraba a leer algo el Talmud y poco la Kabalah –la cual me pareció siempre una estupidez enorme […] El desprecio y el asco que sentía por los cristianos era impresionante […] pero tuvo que ser en su Patria, que es ahora mi Madre Patria, en Toledo, donde empezó mi conversión. Iba yo camino de Jerusalem, pero tenía que hacer escala en Madrid y perdí el avión porque aterrizamos tarde. Así que decidí ir a Toledo, que muchos habían calificado como linda. Toledo es la capital de Sefarad, como bien sabe, una ciudad muy querida para nosotros, los judíos. Fui a la Catedral y me quedé fascinado con el Greco. Me quedé extasiado ante ese pintor místico y me quedé anonadado ante una familia, una abuela, unos padres y tres hijos, que rezaban el Rosario en una Capilla lateral. No sé qué me pasó entonces. Ante el crucifijo del Altar Mayor tuve la imperiosa necesidad de arrodillarme. Yo gritaba en silencio: ‘¡Dios de los cristianos, si existes, muéstrate!’ […] Fue luego allí, en el Escorial, que sin saber por qué lloré ante una precioso cuadro de la Virgen. No sabía por qué lloraba … Cuando llegé a Tel-Aviv me faltó tiempo para salir para Jerusalem […] y me metí con un grupo de peregrinos cristianos que hacían un tour de tres días por los lugares de Tierra Santa. El franciscano que hacía de guía explicaba cómo se habían cumplido todas y cada una de las profecías de Isaías sobre Cristo, profecías que conocía bien porque mi madre era una buena judía ortodoxa y me leía estas cosas de pequeño. Empecé a pensar que los cristianos estaban acertados y yo no, que Cristo era el verdadero Mesías […] Cuando me regresé a USA quería leer y saber de Cristo más y más. Me compré una Biblia y empecé a atender los servicios de una iglesia episcopaliana al tiempo que leía a autores católicos que tenían sangre judía, principalmente carmelitas, como Santa Teresa, San Juan de la Cruz y Santa Edith Stein. Pero también a otros como Fray Luis de León y la autobiografía del Rabbi Zolli, que luego se convirtiera al catolicismo […]” (15 de Julio, 2004)

Su éxodo y su purgatorio

“ […] Mi mujer se volvió loca contra mí cuando se enteró que yo flirted con el Cristianismo. Era una auténtica […], siempre hiriéndome. Me hacía la vida imposible y me provocaba continuamente, así durante dos años […] Perdí el trabajo y consiguió un divorcio en un tiempo record y un injunction contra mí. Me acusó de todo […] No pude ver a mis niños en tres años a los cuales quería y quiero muchísimo a pesar de que hace años que no los veo […] Fue entonces cuando conocí a Daniel […], este judío argentino del que ya le he hablado, que para aquel entonces ya se había convertido al Catolicismo. Estaba desesperado, pero empecé a ir a Catecismo en una Iglesia Católica con él. Yo lloraba por mi familia todos los días, pero al poco encontré otro trabajo que luego fue bueno, porque me ha dado una posición económica comfortable. Daniel me animaba. Yo estaba triste, muy triste. No podía ver a mis hijos y mi ex-mujer los ponía contra mí sin cesar. Dejé de ir a los episcopalianos tras leer varios libros sobre el Protestantismo que me dio Daniel. El Protestantismo es una falacia, una mentira, y ahora la Iglesia Católica está protestantizada. […] Un trece de octubre, tres años después de mi inesperada visita a Toledo fui bautizado católico en una de las misiones españolas en California.” (31 de Mayo, 2003)

Su amor por España y Portugal

“Al leer sobre el Catolicismo no podía por menos de leer no sólo Teología, sino también Historia, a la que siempre fui aficionado. Leí muchos libros […] Me di cuenta de que se nos había mentido descaradamente, de que Felipe II era esencialmente un buen católico que hizo lo que pudo, que fue mucho. También al profesor Luis Suárez, que escribió una obra impresionante sobre la expulsión de los judíos de España. Entendí a la Reina Isabel y por qué se hizo, aunque todavía tengo mis reparos de que la medida no fuera del todo correcta e incluso positiva. Además, Luis Suárez es también judío, así que nadie puede acusarle de antisemitismo […] En México nos mienten, nos dicen una leyenda negra sobre los españoles, pero lo cierto es que Cortés decidió actuar militarmente cuando vio los sacrificios humanos y gracias a los españoles esas abominaciones cesaron […] Que España hizo la obra más grande de la humanidad al convertir más paganos (pero también judíos, porque fueron muchos los judíos que se convirtieron en España, o las Españas, como a ti te gusta decir) que nadie. La obra de los Imperios Español y Portugués no es una obra de hombres, es una obra de Dios […] Fue entonces cuando yo, que había nacido en México, me hice interiormente mexicano de verdad, pues hasta entonces nunca lo había sido […] Qué sufrimiento y castigo ha de mandar Dios a los Estados por lo que hicieron con México! […] Vosotros, los españoles, trajisteis la Fe de Cristo a este continente americano, luego ayudados por los portugueses en Brasil y los franceses en Canadá […] Déjame acabar este e-mail, querido Rafa, dando un viva a España, a la Madre Patria querida del alma […]” (8 de Octubre, 2004)

Su descubrimiento de la Tradición

“[…] pero a mí siempre me quedó esa cosa de los Protestantes después de leer mucho, y yo veía que la Iglesia era cada vez más protestante. Lo bueno de la Tradición es que tiene una sucesión ininterrumpida, aunque elevada y transformada por Jesucristo, desde el Sacerdocio de Abraham (sí, Sacerdocio, porque Abraham prefigura el sacrificio que Dios ofrece de su Hijo Jesucristo) hasta el Sacerdocio de San Pedro, que se continúa los últimos dos mil años […] Alguien me habló de unas Misas en Latín y fui allá. ¡Qué belleza, qué belleza, qué dignidad, qué pureza! Tenían muchos libros en aquella Iglesia, y compré más de cuarenta libros sobre muchas cosas de Liturgia, del Vaticano II, sobre historia, sobre cambios de la Fe, etc. Se rieron mucho cuando tuve que pedir ayuda y traer dos cajas grandes del carro para transportarlos. Fueron cinco meses de no dormir. Trabajaba y leía. No hacía más. El senior partner de mi firma quiso que fuera al médico, al psicólogo, porque el agotamiento fue tal que caí enfermo de tanto leer, como a Don Quijote [...] Sí, creo que leí cuarenta y dos o cuarenta y tres libros sobre la Tradición en menos de medio año […] Me fui de vacaciones a Roma un mes y allí iba a Misa en Latín, de la congregación de Lefebvre, Santo Obispo inicua y falsamente excomulgado como le pasó a San Atanasio, y luego paseaba por el Vaticano y por Roma. Así percibí el contraste entre la Roma pagana y la Roma Eterna, mejor que lo que palabras pudieran decir. Me di cuenta de la grandeza de la Roma Imperial, pero estoy completamente de acuerdo contigo, Rafa, en que ese Imperio Romano fue salvado en todo lo que se podía salvarse por la Iglesia y luego vuelto a ejecutar por los españoles del siglo XVI […] porque la Iglesia es Católica, Apostólica y Romana, pero es Eterna e inmutable, cosa que los modernistas no quieren entender. Al volver de Roma ya nunca volví más que a la Misa Tridentina, que es expresión de la pureza de la Fe […] Mas la lucha no es litúrgica, es sobre todo de Fe, de pureza de la Fe.” (15 de Agosto, 2004)

Su opinión sobre A Casa de Sarto

“Apreciado Señor Castela Santos: Le agradezco su e-mail. Efectivamente no merece la pena perder el tiempo con un pincho pendejo que sólo sabe insultar y que cuando le responden con argumentos razonados responde con insultos. Así son los odiadores de la Santa Madre Iglesia Católica y así es también la suerte de los perseguidores. Rezaré yo por él en vez de perder el tiempo en responder a sus estupideces anticatólicas. Yo también, como otro judío insigne de nombre Pablo, fui perseguidor y odiador de cristianos, así que tampoco debería acusarle tan duramente pues siempre hay esperanza […] pero no me amedrenta que un joven diga que quiere un encuentro físico conmigo. Llevo practicando artes marciales casi 40 años y sigo entrenando casi a diario, aparte de que atrás recibí instrucción en el combate cuerpo a cuerpo y he estado en situaciones de combate real en guerra. Así que el abrirle la cabeza a […], odiador y blasfemador de Cristo, sería un placer y una cuestión menor para lo que uno ha pasado. A lo mejor así entraría en razón […] Ya está bien de que no se pueda tocar a musulmanes o judíos o a los gays pero que todos coreen y aplaudan cuando son los católicos los insultados, pero le doy mi palabra de no volver a entrar en polémicas inútiles con […] […] y quiero aprovechar este mensaje para darle las gracias a su director Joao Sarto y a Vd. por el formidable blog que hacen. No importa que les lean poco. Lo importante es demostrar que estamos ahí, que el estandarte y la bandera de la Tradición siguen estando ahí, siempre. Mi portugués va mejorando poco a poco, pues lo necesito para mi Tesis Doctoral […] Sigan ahí, manténgase, con continuidad y con firmeza […] Por cierto, yo soy un lector acérrimo del Padre Castellani, a quien releo continuamente, y me alegro mucho de la reivindicación que de él hacen en A Casa de Sarto […] Es lógico que sea un blog bilingüe porque la Espada de la Cristiandad tiene dos filos primordiales: España y Portugal […] A Casa de Sarto es un espacio bien católico y mi única queja es que no escriban más a menudo, pero siendo Vd. médico y Joao Sarto (…) tiene mérito que saquen tiempo para esto […]”

Despedida

“Querido Rafa: estoy aquí, tremendamente débil. La operación salió bien según me dicen los médicos. Pero han tenido que empezar con la quimioterapia pronto para evitar la diseminación del tumor. Apenas me llegan las fuerzas. Pero a pesar de esto, y de saber que el 50 % de los pacientes con mi mismo tipo de cáncer no logran superar los dos años, tengo esperanza en ser del otro 50 % e incluso de sobrevivir los cinco años, a los que sólo el 25 % llegan. Estuvo aquí el Padre […], que es un Sacerdote tradicionalista independiente […] Me dio la Extremaunción e hice una Confesión general de toda mi vida. Me sentí muy aliviado, pero si algo pasara ahora sé que no puedo ir a mal sitio. Tal es la Misericordia de Dios. Estoy en paz con Dios, muy arrepentido de mis pecados de juventud y de madurez. Perdono de corazón a todos, incluso a mi mujer, quien tanto daño me ha hecho […] Tengo muy buenas noticias que te alegrarán: mi hijo mayor A […] y mi hija J […] han venido a verme al hospital. A […] y yo lloramos mucho. A […] se arrodilló y me pidió perdón y me ha dicho que a partir de ahora él y J […] van a estar conmigo a mi lado. Les di me bendición a ambos. A […] lloraba y lloraba. Fue como la parábola del hijo pródigo y ahora sé porque Dios nos quiere tanto y es capaz de olvidar tanto. El amor lo puede todo […] J […] ha roto su compromiso y me alegro, porque su fianceé era un tipo materialista, avaricioso y sin ninguna inquietud espiritual. A […] volvió por la tarde y le hablé durante tres horas de mi conversión y por qué me hice católico. Tenía que parar a veces y me quedé dormido unos minutos, porque estoy muy cansado. J […] me besó con ternura […] A […] vendrá pasado mañana con mis cuatro nietos, de los cuales sólo conozco a dos. Como ves, tengo que vivir para ahora poder estar con mis hijos y conocer más a mis nietos […] J […] apenas habla con su madre, pero le dije que ella era su madre pese a todo. Ella está intentando convencer a N […] para que venga a verme, pero él está todavía muy influido por su madre. El recuperar a mis hijos, aunque sea por culpa de la enfermedad, es el mejor regalo que Dios me ha podido traer estas Navidades. […] Muchas gracias por las imágenes de la Virgen de Fátima y de la Virgen del Pilar que me has remitido. Las tengo aquí, a mi lado, junto con la Virgen de Guadalupe […]. Y te agradezco todas tus oraciones […] pero no pidan por mí. Yo estoy bien. Estoy confesado y comulgado y en Gracia de Dios. No tengo miedo, aunque sé que puedo morir durante los próximos meses. Pidan por la conversión del pueblo judío. La salvación del mundo vendrá por los judíos y judío es Cristo también. Mientras los judíos no se conviertan al Catolicismo el problema de Israel no tiene solución. La injusticia sobre los palestinos y, especialmente, sobre los árabes cristianos no tiene nombre. Apenas hay judíos cristianos allá porque los expulsan […] El problema es tan complicado que no tiene sino solución espiritual: la conversión de judíos y palestinos a la Fe Católica. Sólo eso puede traer perdón y paz. Israel y Oriente Medio traerán la ruina a todo el mundo, a este mundo descristianizado […] Cada día veo más clara la amenaza de Rusia y China, pero quizás sólo Rusia, una vez rotas las cadenas del cisma, sea capaz de controlar la marea islámica que a los europeos será vuestro castigo […] Resen por la conversión de los judíos, por la conversión de Rusia y, por supuesto, por la conversión de los pecadores y no-creyentes. Y resen por Vds para que conserven la Fe Católica de sus padres. Y resen, sin temor, porque Dios castigue duramente a los enemigos de Cristo y de su Iglesia que no quieran arrepentirse […] Te dejo, Rafa. Gracias por tus ánimos y oraciones […] pero he recuperado a mis hijos y estoy feliz […] Feliz Año Nuevo, pero que sea un año donde el Dios de Israel, de Isaac y de Jacob, el Dios hecho carne en Jesucristo, reine.” (30 de Diciembre, 2004)
Rafael Castela Santos

quarta-feira, fevereiro 09, 2005

Breves (de volta) - 5

1º) Uma fase mais complicada da minha vida pessoal e profissional tem-me impedido de actualizar com a regularidade que seria desejável este espaço, mas nada se passa de demasiado grave; paulatinamente, com calma e paciência, as coisas começam a regressar ao seu sítio. De qualquer maneira, sempre agradeço ao Corcunda, ao Pedro Guedes e ao Mendo Ramires a preocupação que manifestaram para com a minha pessoa.

2º) Dizia a minha avó materna, com a sabedoria que a caracterizava, que uma casa nova no primeiro ano é para os inimigos, no segundo é para os amigos, e no terceiro é para o dono; constato agora que a senhora se encontrava inteiramente certa, pelo menos, no que respeita ao primeiro ano.

3º) Suportar e enfrentar sem queixumes as dificuldades que quotidianamente nos vão surgindo em termos profissionais: eis um excelente modo de nos penitenciarmos dos nossos pecados; oração e penitência, penitência e oração, duas realidades que um cristão jamais deve olvidar, sobretudo agora que entramos na Quaresma.

4º) Vou sentir muito a falta do Jacobo San Miguel e dos seus pertinentes comentários…

5º) Parece que deu brado uma homília proferida pelo pároco de São João de Brito, em Lisboa, no passado Domingo. Estranho tempo este em que afirmar o óbvio causa polémica, ou seja, que os católicos não podem favorecer com o seu voto partidos políticos defensores de programas contrários à doutrina da Igreja, nomeadamente no que respeita à legalização do crime do aborto ou das parelhas de homossexuais. Pela minha parte, o ideal seria que os católicos apoiassem um partido político que sobraçasse a Realeza Social de Nosso Senhor Jesus Cristo e intentasse organizar toda a vida social com base em tal pressuposto; não existindo tal partido, que se abstenham de suportar todos os que são abertamente hostis a tal Realeza, mormente os que, sufragando propostas como aquelas de que se deu conta acima, mais não fazem do que prestar genericamente um culto idolátrico ao tiranete caprichoso homem e à sua vontade ilimitada, desrespeitadora da ordem natural superior querida por Deus;

6º) Porque estamos de regresso, e porque não esquecemos um dos nosso mestres favoritos, aqui ficam três citações do Padre Leonardo Castellani, S.J., extraídas do "Esencia del Liberalismo", originalmente publicado em 1961, em Buenos Aires:

- "La situación actual de Confusión Mental y Cretinización Colectivoprogresiva nos ha sido dada, no la hemos hecho nosostros. Nos han dado un juego embrollado, no lo hemos embrollado nosostros y no podemos desembrollarlo de golpe...

(The time is out of joint: o cursed spite
That ever I was born to set it right!)

que ha sido siempre el error del Nacionalismo, querer arreglar al país en seguida o corto plazo: está demasiado embrollado para eso, hay que tener paciencia; no podemos cambiar de golpe el juego tramposo, pero podemos cada uno en su lugar "HACER VERDAD", com o dicen en Cataluña a los chicos cuando salen de casa "fa bontat", haz bondad: dar verdad es la mayor bondad, "la caridad de la Verdad", dice San Pablo. En España durante un siglo duró el dominio del liberalismo nunca faltaron hombres, desde Donoso Cortés hasta Ramiro de Maetzu, que hicieron Verdad, o sea, dieron testimonio; y España venció al liberalismo.

Esta es la verdadera Gran Misión de Buenos Aires: no precisamente hacer exterioridad religiosa, ni propaganda religiosa, ni aburrimiento religioso, repitiendo los lugares comunes religiosos de los cuales la gente está aburrida; sino hacer Verdad. Como se hace Verdad? Solamente con Vida, esa es la materia prima. Como se hace Vida? Dios nos ha dado un cachito, no podemos aumentarlo ni disminuirlo, podemos BIENGASTARLO".

- "En resumen, pues, desde la Reforma protestante hasta el actual Comunismo Ruso existe un proceso continuo de heteredoxia antitradicional ("Revolución") que revistiendo formas políticas, es en su raíz religioso, y está basado en una mezcla singular de dos viejísimas y en cierto modo eternas herejías cristianas, el pelagismo y el maniqueísmo. Negación del Pecado Original por un lado y por otro lado exageración del poder del mal, un mal sustancial, concreto y absoluto, que realmente no se puede ver de dónde sale; pues si el hombre es naturalmente bueno, de dónde daiblos salen esos horrores y esas tinieblas que disipará la Ilustración y el Progreso; ese Mal que primero se llama el Papa, después los Reyes y los Nobles, entre nosostros los Caudillos, y finalmente los Capitalistas y sobre todo los Fascistas? "Todos somos pecadores y necesitamos la gloria de Dios", decía San Pablo; pero para el liberal genuino hay dos campos, el uno de los elegidos en donde no puede caber el mal (que son ellos naturalmente) y el otro de los males malazos insusceptibles de todo bien. La famosa Libertad nos es para todos; ah, no!, "no hay libertad contra la (nuestra) Libertad".

- "Parodiando a Monseñor Franceschi, que decía que la peor Cámara era preferible a la mejor camarilla, resulta que hemos llegado a un punto en que tenemos la peor Cámara junto con la peor camarilla. Maldito sea el Mal Menor y el que lo inventó! Jamás votaré más por el Mal Menor, y no votaré más si no es por un Bien Mayor".