Ó grandes cavaleiros afonsinos,
bailando no terreiro da capela,
deixai moças da Maia e verdes pinos,
que é tempo agora de saltar p'r'a sela!
E rompe a cavalgada ao som dos sinos,
- e galga matagais que a morte gela…
Os que tornarem, graves peregrinos,
Irão depois em voto a Compostela.
"Por Santiago!"
E a terra se dilata.
Ao longe o Tejo é campo cor de prata,
a cuja orla a hoste se detém.
Brilha o sinal de Cristo sobre os peitos.
E os cavaleiros, sempre insatisfeitos,
voltam cismando no que está p'ra além…
António Sardinha - Pequena Casa Lusitana
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