quinta-feira, março 11, 2004

Não me causa o mínimo espanto

Observo a reacção indignada de Manuel Azinhal relativamente à anunciada destruição de um troço do Aqueduto das Águas Livres: parece-me que, efectivamente, essa é a única atitude que se pode tomar num caso como este; porém, não me causa o mínimo espanto aquele intento arrasador. Afinal, ele vem dos mesmos que há muito, fiéis ao mundialismo e ao multiculturalismo - as novas roupagens nas quais se embrulham a velha ideologia jacobina e os seus fins, ou seja, a instauração de uma república universal e a concomitante reconstituição da pretensa unidade original da humanidade -, prosseguem empenhados na destruição da identidade da nação portuguesa, através da transformação de Portugal num mero ponto geográfico sem soberania e dos portugueses em estrangeiros na sua própria terra. Perante esta situação, como pretender que tais pessoas se detenham perante algo que, para elas, autênticos bárbaros destes tempos ditos modernos, não passa de um monte de pedras velhas?... Não me causa o mínimo espanto.

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