I) Dou um salto até Coimbra e aproveito para rever a Universidade, uma das duas que frequentei: deplorável o desmazelo em que as suas instalações se encontram, numa parte provocado pela notória falta de cuidado na preservação das mesmas, noutra causado pelas pinchagens de extrema-esquerda radical que por lá são legião; a isto, acresce o estado de degradação e abandono que a alta da cidade atingiu, com um notável número de prédios arruinados e outros a caminharem a passos acelerados para essa situação, para além de uma população não volante envelhecidíssima, tornando todo o quadro imensamente depressivo. O cotejo com outras cidades universitárias que conheço dá uns tons ainda mais negros ao quadro conimbricense, que, neste campo, não aguenta manifestamente o confronto com Salamanca, Santiago de Compostela, Louvaina ou Oxford, o que é muito triste…
II) Continuando em Coimbra, junto à principal entrada do Museu Machado de Castro, um canteiro cheio de ervas daninhas secas e altíssimas; a monumental Sé Nova, de matriz jesuítica ao estilo do Gésu de Roma, apesar de recentemente restaurada e de estarmos em época alta turística, encerrada a tarde inteira; entro na Sé Velha e sinto que até os edifícios religiosos espelham a decadência da Igreja modernista - os altares laterais, num tempo de concelebrações litúrgicas, em avançada deterioração; o único confessionário existente transformado em improvisado armário de arrumos; as capelas do claustro despojadas de qualquer sinal da sua antiguidade dignidade, completamente degradadas e a cheirarem mal…
III) Aveiro: a falta de brio com que os portugueses tratam o que é seu sobressai, de imediato, na principal avenida da cidade - a Dr. Lourenço Peixinho -, recheada de prédios evidenciando péssima manutenção, quando não pura e simplesmente abandonados. Em plano distinto, belíssimo o Museu desta cidade, em nada inferior ao seu congénere de Valladolid, por sinal, museu nacional espanhol. Mas fica-me uma interrogação: estará o Catolicismo transformado em peça de museu? E é confrangedor reparar que boa parte dos visitantes já não conseguem compreender bem o que contemplam, mesmo quadros tão banais representando cenas da vida de Cristo ou de sua Mãe…
IV) O desordenamento do território português é óbvio um pouco por toda a parte; com as notabilíssimas excepções do Alentejo e dos Açores, talvez do Douro e do Dão, Portugal está desgraçadamente transformado num dos países mais feios da Europa, em não despicienda parte devido ao espírito pato-bravesco que impera na generalidade das autarquias lusas;
V) A terminar, por hoje, um registo diferente: simplesmente vergonhosa a participação da selecção portuguesa no torneio olímpico de futebol; depois da euforia do mês de Junho, neste campo, lá voltamos à nossa penosa realidade do costume…
II) Continuando em Coimbra, junto à principal entrada do Museu Machado de Castro, um canteiro cheio de ervas daninhas secas e altíssimas; a monumental Sé Nova, de matriz jesuítica ao estilo do Gésu de Roma, apesar de recentemente restaurada e de estarmos em época alta turística, encerrada a tarde inteira; entro na Sé Velha e sinto que até os edifícios religiosos espelham a decadência da Igreja modernista - os altares laterais, num tempo de concelebrações litúrgicas, em avançada deterioração; o único confessionário existente transformado em improvisado armário de arrumos; as capelas do claustro despojadas de qualquer sinal da sua antiguidade dignidade, completamente degradadas e a cheirarem mal…
III) Aveiro: a falta de brio com que os portugueses tratam o que é seu sobressai, de imediato, na principal avenida da cidade - a Dr. Lourenço Peixinho -, recheada de prédios evidenciando péssima manutenção, quando não pura e simplesmente abandonados. Em plano distinto, belíssimo o Museu desta cidade, em nada inferior ao seu congénere de Valladolid, por sinal, museu nacional espanhol. Mas fica-me uma interrogação: estará o Catolicismo transformado em peça de museu? E é confrangedor reparar que boa parte dos visitantes já não conseguem compreender bem o que contemplam, mesmo quadros tão banais representando cenas da vida de Cristo ou de sua Mãe…
IV) O desordenamento do território português é óbvio um pouco por toda a parte; com as notabilíssimas excepções do Alentejo e dos Açores, talvez do Douro e do Dão, Portugal está desgraçadamente transformado num dos países mais feios da Europa, em não despicienda parte devido ao espírito pato-bravesco que impera na generalidade das autarquias lusas;
V) A terminar, por hoje, um registo diferente: simplesmente vergonhosa a participação da selecção portuguesa no torneio olímpico de futebol; depois da euforia do mês de Junho, neste campo, lá voltamos à nossa penosa realidade do costume…
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