- Na torrente informativa que se seguiu ao terrível maremoto no Oceano Índico, em não despicienda parte de uma morbidez sensacionalista absolutamente desnecessária - aquele prazer doentio em filmar cadáveres com o horror do momento final neles estampado… -, ouvi não sei em que canal televisivo o comentário de uma jornalista que afirmava ter sido a catástrofe apocalíptica. Ora, mesmo sem o saber, por uma vez, alguém da comunicação social televisiva disse algo de acertado. E, já agora, auxiliemos os sobreviventes do desastre, mas não menos importante, rezemos pelas almas de todos aqueles que nele perderam as suas vidas, de um modo especial pelas dos turistas vindos de um Ocidente cada vez mais descristianizado e que em terras distantes encontraram inesperadamente a morte;
- O maremoto na Ásia passou para segundo plano muitas outras notícias: por exemplo, quem ainda se recorda que na véspera de Natal arribou em Fuerteventura, nas Canárias, um barco, abandonado pela respectiva tripulação, com a sinistra carga de treze imigrantes ilegais falecidos em resultado da fome e da sede que sofreram a bordo? Logo, as luminárias modernistas e progressistas do costume - no caso, as dioceses de Cádiz e de Ceuta -, num raciocínio que tem tanto de acéfalo como de alarve, vieram dizer que a culpa dessas mortes se devia às leis espanholas impeditivas de uma imigração totalmente livre e irrestrita; pelo contrário, relativamente à responsabilidade das redes de imigração ilegal e, sobretudo, à negligência criminosa das autoridades marroquinas para impedir a actividade daquelas, nada. Por esta lógica peregrina, terei de concluir que se um hipotético assaltante vier a ser morto durante uma tentativa de roubo a um banco, tão funesto evento deverá ser imputado às leis que obstam a que qualquer pessoa se possa abastecer a seu bel-prazer, sem limites, de dinheiro em tais estabelecimentos, forçando assim à perpetração do roubo;
- Num fracote programa televisivo de que vi parte por mera casualidade, e ao qual o Pedro Guedes também já fez referência, assisti ao Barnabé-mor rotular o capitalismo de "intrinsecamente injusto". Não serei eu que irei agora aqui defender o capitalismo, muito especialmente na sua imoral faceta mundialista e plutocrática; nem, por outro lado, os capitalistas precisam de minha insignificância para lhes prestar quaisquer fretes. Enfim, eles que se entendam com o dito Barnabé-mor, já que com tanta facilidade lhe cedem os galarins dos órgãos de comunicação social que controlam, a começar pela asquerosa SIC. Todavia, não posso deixar de assinalar a apropriação descarada que o predito Barnabé-mor fez das palavras proferidas pelo Papa Pio XI, na célebre encíclica "Divini Redemptoris": é que se o capitalismo é intrinsecamente injusto - o que, apesar de tudo, é bastante discutível -, não menos certo, e isso sim, é o comunismo ser intrinsecamente perverso;
- Ao patrocinar a realização em Lisboa do encontro de jovens da Comunidade de Taizé, D. José Policarpo, para além de promover um indiferentismo religioso extremo, que nada possui de católico mas muito de jacobino, assume-se definitivamente como uma das faces visíveis do modernismo mais radical empenhado na destruição completa do pouco que ainda resta da Igreja Católica, fazendo tábua-rasa da posição tradicional sobre o ecumenismo, condensada na encíclica "Mortalium Animos", de autoria do Papa Pio XI. Percebe-se, pois, por que motivo os pasquins do costume rejubilam com a possibilidade de o Patriarca de Lisboa poder vir futuramente a exercer funções em Roma; compreende-se também por que razão na diocese de Lisboa, fora da Capela da Fraternidade de São Pio X, é impossível encontrar um local onde seja celebrada a Missa de rito latino-gregoriano ou tridentina…
- Finalmente, aproveito estas breves considerações para desejar a todos os meus leitores e visitantes um Bom Ano de 2005!
- O maremoto na Ásia passou para segundo plano muitas outras notícias: por exemplo, quem ainda se recorda que na véspera de Natal arribou em Fuerteventura, nas Canárias, um barco, abandonado pela respectiva tripulação, com a sinistra carga de treze imigrantes ilegais falecidos em resultado da fome e da sede que sofreram a bordo? Logo, as luminárias modernistas e progressistas do costume - no caso, as dioceses de Cádiz e de Ceuta -, num raciocínio que tem tanto de acéfalo como de alarve, vieram dizer que a culpa dessas mortes se devia às leis espanholas impeditivas de uma imigração totalmente livre e irrestrita; pelo contrário, relativamente à responsabilidade das redes de imigração ilegal e, sobretudo, à negligência criminosa das autoridades marroquinas para impedir a actividade daquelas, nada. Por esta lógica peregrina, terei de concluir que se um hipotético assaltante vier a ser morto durante uma tentativa de roubo a um banco, tão funesto evento deverá ser imputado às leis que obstam a que qualquer pessoa se possa abastecer a seu bel-prazer, sem limites, de dinheiro em tais estabelecimentos, forçando assim à perpetração do roubo;
- Num fracote programa televisivo de que vi parte por mera casualidade, e ao qual o Pedro Guedes também já fez referência, assisti ao Barnabé-mor rotular o capitalismo de "intrinsecamente injusto". Não serei eu que irei agora aqui defender o capitalismo, muito especialmente na sua imoral faceta mundialista e plutocrática; nem, por outro lado, os capitalistas precisam de minha insignificância para lhes prestar quaisquer fretes. Enfim, eles que se entendam com o dito Barnabé-mor, já que com tanta facilidade lhe cedem os galarins dos órgãos de comunicação social que controlam, a começar pela asquerosa SIC. Todavia, não posso deixar de assinalar a apropriação descarada que o predito Barnabé-mor fez das palavras proferidas pelo Papa Pio XI, na célebre encíclica "Divini Redemptoris": é que se o capitalismo é intrinsecamente injusto - o que, apesar de tudo, é bastante discutível -, não menos certo, e isso sim, é o comunismo ser intrinsecamente perverso;
- Ao patrocinar a realização em Lisboa do encontro de jovens da Comunidade de Taizé, D. José Policarpo, para além de promover um indiferentismo religioso extremo, que nada possui de católico mas muito de jacobino, assume-se definitivamente como uma das faces visíveis do modernismo mais radical empenhado na destruição completa do pouco que ainda resta da Igreja Católica, fazendo tábua-rasa da posição tradicional sobre o ecumenismo, condensada na encíclica "Mortalium Animos", de autoria do Papa Pio XI. Percebe-se, pois, por que motivo os pasquins do costume rejubilam com a possibilidade de o Patriarca de Lisboa poder vir futuramente a exercer funções em Roma; compreende-se também por que razão na diocese de Lisboa, fora da Capela da Fraternidade de São Pio X, é impossível encontrar um local onde seja celebrada a Missa de rito latino-gregoriano ou tridentina…
- Finalmente, aproveito estas breves considerações para desejar a todos os meus leitores e visitantes um Bom Ano de 2005!
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