Relendo os comentários que fez ao penúltimo artigo que publiquei neste espaço, torna-se forçoso concluir que o Caturo nega a possibilidade de o homem poder conhecer Deus pelo simples uso da razão de que se encontra dotado, refém que estaria de um determinismo racial que condicionaria decisivamente as suas opções em matéria religiosa. Compreende-se tal lógica de raciocínio: a primeira inteligência, a causa eficiente, o primeiro motor, ou seja, o Deus que a razão humana consegue descobrir, é forçosamente um Ser incriado e intemporal, prévio ao mundo físico e Autor deste. Ora, um Deus com tais características é insusceptível de ser enquadrado em qualquer categoria material, não fazendo o mínimo sentido empregar termos qualificativos como "nacional" ou "estrangeiro" relativamente à sua Pessoa, na medida em que Ele antecede todas as realidades que fundamentariam tal aplicação; pelo contrário, Deus é uma factualidade passível de ser apreendida por todos os homens, independentemente da raça e/ou da nação a que pertençam, e tão-só pela utilização da razão que todos genericamente possuem.
E se Deus se torna perceptível ao homem por via daquela razão, é a revelação que o torna completamente cognoscível a toda a humanidade: num primeiro momento aos judeus; numa segunda fase, a todos os restantes povos.
Sobre o modo como tal revelação se processa, explica José Miguel Gambra, no artigo "Apologia del Cristianismo frente al Islam", publicado na revista Tradición Católica, nº 194, de Julho-Agosto de 2004, da casa espanhola da Fraternidade de São Pio X:
"Los libros del Antiguo y el Nuevo Testamento son, según la doctrina católica, inspirados y verdaderos en todas sus proposiciones. Sin embargo, al estar escritos por por hombres de una cultura, con un lenguaje y un estilo proprio, debe hacerse una exégesis que establezca el sentido verdadero de los textos bíblicos, comparándolos unos con otros, así como con los restantes conocimientos humanos, históricos o de cualquier otra naturaleza, que permitan alumbrar ese sentido. En última instancia la autoridad de la Iglesia fija definitivamente ese sentido.
En cambio, el Islam pretende que es la misma mano de Alá que ha escrito el Corán y que el Profeta no intervino en su elaboración para nada. Por eso pretenden que el Corán tiene una inerrancia absoluta y cree que está en perfecta consonancia con el Antiguo y Nuevo Testamento, que éste predice el Corán así como el Corán confirma la Biblia (2, 91), pues entienden que tanto la Biblia como el Corán proceden de Alá.
Sin embargo los hechos referido en el Corán, a diferencia de la maravillosa coherencia histórica de los evangelios, en numerosas ocasiones ni coinciden con los textos bíblicos ni están refrendados por hechos historicamente conocidos.
(...)
El Corán difiere de la Biblia en que está escrito por Alá mismo, no por un autor humano que, aunque inspirado y verdadero, escribe con las limitaciones del lenguaje y cultura que le son proprios.
(...)
A diferencia de esto, el Cristianismo distingue el conocimiento natural del conocimiento natural del conocimiento revelado, y se toma el imenso trabajo de demonstrar la compatibilidad de ambos, de entender los textos sagrados sin despreciar el saber histórico, filosófico, y científico, sin dejar de la las evidencias racionales".
Boa parte do problema do Caturo passa por aqui, ou seja, pela interpretação puramente literal que faz dos textos sagrados cristãos, e, sobretudo, pelo olímpico desconhecimento que revela da tradição cristã, a qual se encontra condensada no magistério bimilenar permanente e constante da Igreja. Não fizesse ele uma cisão entre aqueles textos sagrados e esta tradição, como curiosamente é típico do cristãos modernistas, e ser-lhe-iam poupadas um enorme série de confusões.
Por outro lado, afirma o Caturo que não aceita que Deus se haja revelado inicialmente aos judeus e apenas subsequentemente, com a primeira vinda de Cristo à Terra, ao resto da humanidade. Que posso dizer aqui? Nada, na medida em que não sou eu que determino os desígnios de Deus; se o Caturo supõe que o pode fazer e aguarda um "deus" que eventualmente o satisfaça, isso é algo em que não interfiro e tolero. Na verdade, o Cristianismo não é um fideísmo emocional irreflectido; ao invés, aderir-lhe há-de resultar forçosamente de um acto de vontade interior, sincero e espontâneo, de uma conjugação da fé com a razão pessoal. Sem prejuízo de tudo o que disse, em apêndice ao presente texto, transcrevo um trecho extraído da obra "L'Évangile prêché à Israël - A propôs du dialogue judéo-chrétien", Étampes, Clóvis, 2002, da autoria do monge beneditino Ansgar Santogrossi, de orientação católica tradicional, que explica, pelo menos mediatamente, o porquê da revelação de Deus a Israel; o meu oponente não transigirá, mas fica a intenção.
Finalmente, estranha-se muito a tese sustentada pelo Caturo de que o Cristianismo originou o moderno totalitarismo, porquanto a característica primordial deste último é exactamente o seu acérrimo anticristianismo, e a recusa da organização da sociedade segundo os moldes cristãos tradicionais. Gerado pelas ideias iluministas do século XVIII, nascido na convulsão revolucionária de 1789, idolatrizando a vontade ilimitada do homem, a qual é erigida em estalão único de legitimidade política e sem quaisquer barreiras que se lhe possam eficazmente opor - a existência da ordem natural superior sufragada pelo Cristianismo, e consubstanciada nas leis divina e moral - , vem a constituir afinal uma efectiva ditadura do relativismo ético-moral, uma opressão da verdade e, na sua forma mais pura e radical, um totalitarismo niilista que não hesita em eliminar todos os que com ele não se conformam, como o comprova à saciedade a triste História dos últimos duzentos anos.
Ora, é ponto de honra do magistério tradicional da Igreja o ter estado sempre na linha da frente do combate contra-revolucionário, opondo-se com denodo àquele totalitarismo traduzido na máxima de revolta "Liberdade, Igualdade e Fraternidade", como o demonstram à saciedade a postura sucessiva de Papas como Gregório XVI, Pio IX, Leão XIII, São Pio X, Pio XI e Pio XII, até à traição modernista do V2.
Deste modo, as acusações do Caturo são totalmente infundadas e como tal, em face do que ficou exposto, caem completamente por terra.
E passemos ao texto de Ansgar Santogrossi (op. cit., págs. 27 a 29):
E se Deus se torna perceptível ao homem por via daquela razão, é a revelação que o torna completamente cognoscível a toda a humanidade: num primeiro momento aos judeus; numa segunda fase, a todos os restantes povos.
Sobre o modo como tal revelação se processa, explica José Miguel Gambra, no artigo "Apologia del Cristianismo frente al Islam", publicado na revista Tradición Católica, nº 194, de Julho-Agosto de 2004, da casa espanhola da Fraternidade de São Pio X:
"Los libros del Antiguo y el Nuevo Testamento son, según la doctrina católica, inspirados y verdaderos en todas sus proposiciones. Sin embargo, al estar escritos por por hombres de una cultura, con un lenguaje y un estilo proprio, debe hacerse una exégesis que establezca el sentido verdadero de los textos bíblicos, comparándolos unos con otros, así como con los restantes conocimientos humanos, históricos o de cualquier otra naturaleza, que permitan alumbrar ese sentido. En última instancia la autoridad de la Iglesia fija definitivamente ese sentido.
En cambio, el Islam pretende que es la misma mano de Alá que ha escrito el Corán y que el Profeta no intervino en su elaboración para nada. Por eso pretenden que el Corán tiene una inerrancia absoluta y cree que está en perfecta consonancia con el Antiguo y Nuevo Testamento, que éste predice el Corán así como el Corán confirma la Biblia (2, 91), pues entienden que tanto la Biblia como el Corán proceden de Alá.
Sin embargo los hechos referido en el Corán, a diferencia de la maravillosa coherencia histórica de los evangelios, en numerosas ocasiones ni coinciden con los textos bíblicos ni están refrendados por hechos historicamente conocidos.
(...)
El Corán difiere de la Biblia en que está escrito por Alá mismo, no por un autor humano que, aunque inspirado y verdadero, escribe con las limitaciones del lenguaje y cultura que le son proprios.
(...)
A diferencia de esto, el Cristianismo distingue el conocimiento natural del conocimiento natural del conocimiento revelado, y se toma el imenso trabajo de demonstrar la compatibilidad de ambos, de entender los textos sagrados sin despreciar el saber histórico, filosófico, y científico, sin dejar de la las evidencias racionales".
Boa parte do problema do Caturo passa por aqui, ou seja, pela interpretação puramente literal que faz dos textos sagrados cristãos, e, sobretudo, pelo olímpico desconhecimento que revela da tradição cristã, a qual se encontra condensada no magistério bimilenar permanente e constante da Igreja. Não fizesse ele uma cisão entre aqueles textos sagrados e esta tradição, como curiosamente é típico do cristãos modernistas, e ser-lhe-iam poupadas um enorme série de confusões.
Por outro lado, afirma o Caturo que não aceita que Deus se haja revelado inicialmente aos judeus e apenas subsequentemente, com a primeira vinda de Cristo à Terra, ao resto da humanidade. Que posso dizer aqui? Nada, na medida em que não sou eu que determino os desígnios de Deus; se o Caturo supõe que o pode fazer e aguarda um "deus" que eventualmente o satisfaça, isso é algo em que não interfiro e tolero. Na verdade, o Cristianismo não é um fideísmo emocional irreflectido; ao invés, aderir-lhe há-de resultar forçosamente de um acto de vontade interior, sincero e espontâneo, de uma conjugação da fé com a razão pessoal. Sem prejuízo de tudo o que disse, em apêndice ao presente texto, transcrevo um trecho extraído da obra "L'Évangile prêché à Israël - A propôs du dialogue judéo-chrétien", Étampes, Clóvis, 2002, da autoria do monge beneditino Ansgar Santogrossi, de orientação católica tradicional, que explica, pelo menos mediatamente, o porquê da revelação de Deus a Israel; o meu oponente não transigirá, mas fica a intenção.
Finalmente, estranha-se muito a tese sustentada pelo Caturo de que o Cristianismo originou o moderno totalitarismo, porquanto a característica primordial deste último é exactamente o seu acérrimo anticristianismo, e a recusa da organização da sociedade segundo os moldes cristãos tradicionais. Gerado pelas ideias iluministas do século XVIII, nascido na convulsão revolucionária de 1789, idolatrizando a vontade ilimitada do homem, a qual é erigida em estalão único de legitimidade política e sem quaisquer barreiras que se lhe possam eficazmente opor - a existência da ordem natural superior sufragada pelo Cristianismo, e consubstanciada nas leis divina e moral - , vem a constituir afinal uma efectiva ditadura do relativismo ético-moral, uma opressão da verdade e, na sua forma mais pura e radical, um totalitarismo niilista que não hesita em eliminar todos os que com ele não se conformam, como o comprova à saciedade a triste História dos últimos duzentos anos.
Ora, é ponto de honra do magistério tradicional da Igreja o ter estado sempre na linha da frente do combate contra-revolucionário, opondo-se com denodo àquele totalitarismo traduzido na máxima de revolta "Liberdade, Igualdade e Fraternidade", como o demonstram à saciedade a postura sucessiva de Papas como Gregório XVI, Pio IX, Leão XIII, São Pio X, Pio XI e Pio XII, até à traição modernista do V2.
Deste modo, as acusações do Caturo são totalmente infundadas e como tal, em face do que ficou exposto, caem completamente por terra.
E passemos ao texto de Ansgar Santogrossi (op. cit., págs. 27 a 29):
"Ayant, de droit, une place tout spéciale dans l'Église, Israël est la nation préférée par Dieu, tandis que l'Église est le Corps mystique agrégé à Dieu le Fils. Quel est le groupement que Dieu préfère dans le monde depuis le Christ, l'Église ou bien Israël qui reste majoritairement privé de la foi au Christ de Dieu? C'est evidemment l'Église, Épouse mystique du Christ. Même avant Jésus, c'était la Cité de Dieu composée des fidèles du Christ-à-venir. Dieu a un amour de prédilection ou de préférence pour son Église, il préfère son Église à sa nation préférée car, depuis la venue du Christ, c'est par l'Église que l'on entre en communion surnaturelle avec Dieu. Avant Jésus-Christ, Israël était le groupement visible préféré de Dieu, pour autant qu'il était sa nation préférée, et que l'ensemble de tous les fidéles était, avant la Pentecôte, plutôt invisible, dans la mesure où lui faisaient défaut des sacraments communs et une hierárchie sacrale commune. La préférence consiste en ce que les miracles, la Loi et les prophéties donnés au peuple juif seul ébauchent la figure du Christ qui seul parmi les hommes a été prédestiné à être le Fils de Dieu. Avant Jésus-Christ, la nation juive était pour Dieu la partie visible priviligiée de l'humanité sur terre, de par la Loi audible et écrite, les prophéties audibles et les quasi-sacraments de la circonsion et des sacrifices.
Mais, aprés la venue du Christ, Israël a perdu son statut de groupement visible le plus aimé, parce qu'il a été surpassé par l'Église qui est encore plus priviligiée, étant le Corps mystique de Dieu le Fils incarné, rendu pleinement visible par la vie publique de Jésus et par les liens de la foi et de la communion qui furent institués le jour de la Pentecôte. Israël n'a pas perdu sa place de prédilection parce qu'il a perdu ce qu'il avait, à savoir la parenté charnelle avec le Messie, mais parce qu'il a été dépassé en prédilection divine par l'Église, Corps mystique du Messie des Juifs, que tout Juif peut accepter à tout moment.
Tout baptisé en tant que tel est, en effet, plus aimé par Dieu que tout Juif en tant que tel, car les biens des créatures sont le côté crée, pour ainsi dire, de l'amour de Dieu, et le baptême surpasse en bonté la nationalité juive. Les juifs sont tous divinement appelés, par la présence sur terre de l'Église, à suivre une voie d'humilité que seule l'apparition fulgurante du Christ lui-même a pu montrer au pharisien Saül de Tarse: la reconnaissance qu'être baptisé et croyant en Jésus-Christ, ce que les autres hommes aussi peuvent être, est mieux qu'être Juif, ce que les autres ne peuvent pas être.
C'est en ce sens que l'on peut compreendre l'idée que l'Église du Messie Jésus, comprenant une racine de chrétiens juifs, le reste d'Israël, est désormais le "véritable Israël". Jésus est la véritable vigne; son corps et son sang sont la véritable nourriture et le véritable breuvage; son Corps mystique doit donc être le véritable Israël. A cette Église, l'Apôtre Pierre applique les épithètes - une race élue, un sacerdoce royal, une nation sainte, un peuple acquis - jadis réservées au peuple d'Israel.
On peut d'ailleurs montrer que c'est par Jésus que les Juifs sont de la famille d'Abraham à un titre spécial, c'est-à-dire à l'exclusion des autres peuples sémitiques qui se sont réclamés de lui.
En effet, les Juifs sont plus proches d'Isaac, de Jacob, de David qu'ils ne le sont d'Abraham, et ces trois personnages furent d'une certaine manière encore "plus" choisis par Dieu que ne le fut Abraham, puisqu'ils avaient une plus grande proximité historique au Christ, qui est le Choisi absolu ou premier. Sinon, les Arabes qui se réclament d'Ismaël, fils d'Abraham, ne feraient pas moins partie du peuple élu que les Juifs. L'adage "Ultimum in executione, sed primum in intentione", "Le dernier dans l'exécution, mais le premier dans l'intention", est vrai tout au long de la lignée d'Abraham: le choix de Dieu se focalise au fur et à mesure que la lignée s'aproche de cet Homme choisi pour être le Fils de Dieu. Abraham a été choisi par l'amour divin pour le Christ Jésus, comme Jacob et David, pour constituer peu à peu une nation apte à le recevoir".
Mais, aprés la venue du Christ, Israël a perdu son statut de groupement visible le plus aimé, parce qu'il a été surpassé par l'Église qui est encore plus priviligiée, étant le Corps mystique de Dieu le Fils incarné, rendu pleinement visible par la vie publique de Jésus et par les liens de la foi et de la communion qui furent institués le jour de la Pentecôte. Israël n'a pas perdu sa place de prédilection parce qu'il a perdu ce qu'il avait, à savoir la parenté charnelle avec le Messie, mais parce qu'il a été dépassé en prédilection divine par l'Église, Corps mystique du Messie des Juifs, que tout Juif peut accepter à tout moment.
Tout baptisé en tant que tel est, en effet, plus aimé par Dieu que tout Juif en tant que tel, car les biens des créatures sont le côté crée, pour ainsi dire, de l'amour de Dieu, et le baptême surpasse en bonté la nationalité juive. Les juifs sont tous divinement appelés, par la présence sur terre de l'Église, à suivre une voie d'humilité que seule l'apparition fulgurante du Christ lui-même a pu montrer au pharisien Saül de Tarse: la reconnaissance qu'être baptisé et croyant en Jésus-Christ, ce que les autres hommes aussi peuvent être, est mieux qu'être Juif, ce que les autres ne peuvent pas être.
C'est en ce sens que l'on peut compreendre l'idée que l'Église du Messie Jésus, comprenant une racine de chrétiens juifs, le reste d'Israël, est désormais le "véritable Israël". Jésus est la véritable vigne; son corps et son sang sont la véritable nourriture et le véritable breuvage; son Corps mystique doit donc être le véritable Israël. A cette Église, l'Apôtre Pierre applique les épithètes - une race élue, un sacerdoce royal, une nation sainte, un peuple acquis - jadis réservées au peuple d'Israel.
On peut d'ailleurs montrer que c'est par Jésus que les Juifs sont de la famille d'Abraham à un titre spécial, c'est-à-dire à l'exclusion des autres peuples sémitiques qui se sont réclamés de lui.
En effet, les Juifs sont plus proches d'Isaac, de Jacob, de David qu'ils ne le sont d'Abraham, et ces trois personnages furent d'une certaine manière encore "plus" choisis par Dieu que ne le fut Abraham, puisqu'ils avaient une plus grande proximité historique au Christ, qui est le Choisi absolu ou premier. Sinon, les Arabes qui se réclament d'Ismaël, fils d'Abraham, ne feraient pas moins partie du peuple élu que les Juifs. L'adage "Ultimum in executione, sed primum in intentione", "Le dernier dans l'exécution, mais le premier dans l'intention", est vrai tout au long de la lignée d'Abraham: le choix de Dieu se focalise au fur et à mesure que la lignée s'aproche de cet Homme choisi pour être le Fils de Dieu. Abraham a été choisi par l'amour divin pour le Christ Jésus, comme Jacob et David, pour constituer peu à peu une nation apte à le recevoir".
0 comentários:
Enviar um comentário