Pessoalmente não admiro a Direcção-Geral das Contribuições e dos Impostos: forçado a relacionar-me com a mesma numa base quase diária por razões de ordem profissional, tenho-a em conta de mero braço executor de um poder político cada vez mais opressivo, desprovido de qualquer noção de verdadeiro bem comum, e por esse motivo arrogante e desprezível ao ponto de pretender que o património privado dos portugueses a ele tristemente subordinados responda pessoal, solidária e ilimitadamente pelos desvarios da camarilha que o ocupa e controla.
Dito isto, acrescento que não me escandaliza que o Director-Geral das Contribuições e Impostos haja mandado celebrar uma Missa - mesmo de rito paulino e na Sé do Cardeal Policarpo - por intenção de todos aqueles que servem ou já serviram a Direcção-Geral que chefia, ao invés desejando com sinceridade que essa circunstância contribua para que tais servidores desempenhem de um modo mais digno e exemplar, em face dos condicionalismos referidos no parágrafo anterior, a sua missão.
Outrossim, não posso aceitar a argumentação expendida pelos órgãos de propaganda política às ordens do jacobinismo e do extremismo comunista de esquerda, mas travestidos de meios de comunicação social ditos de referência, de que a iniciativa do Director-Geral em apreço violou a laicidade do Estado. Na verdade não o fez, pois sendo o Estado laico - o que é mau, como já uma vez escrevi neste espaço -, ainda não é ateu, e por essa razão insusceptível de impedir que os seus funcionários professem uma crença religiosa ou de ter a pretensão de eliminar toda e qualquer manifestação de religiosidade do espaço público.
Ora, a ocorrer esta última hipótese, sob a aparência da defesa da neutralidade do Estado em matéria religiosa, outra coisa não se faria do que impor uma política prática de ateísmo radical, não passando então tal laicismo de uma nada subtil forma de perseguição religiosa e de uma intolerante agressão à verdadeira liberdade de religião, o que não se admite de todo.
JSarto
Na imagem: a vocação de São Mateus, de Caravaggio.
Dito isto, acrescento que não me escandaliza que o Director-Geral das Contribuições e Impostos haja mandado celebrar uma Missa - mesmo de rito paulino e na Sé do Cardeal Policarpo - por intenção de todos aqueles que servem ou já serviram a Direcção-Geral que chefia, ao invés desejando com sinceridade que essa circunstância contribua para que tais servidores desempenhem de um modo mais digno e exemplar, em face dos condicionalismos referidos no parágrafo anterior, a sua missão.
Outrossim, não posso aceitar a argumentação expendida pelos órgãos de propaganda política às ordens do jacobinismo e do extremismo comunista de esquerda, mas travestidos de meios de comunicação social ditos de referência, de que a iniciativa do Director-Geral em apreço violou a laicidade do Estado. Na verdade não o fez, pois sendo o Estado laico - o que é mau, como já uma vez escrevi neste espaço -, ainda não é ateu, e por essa razão insusceptível de impedir que os seus funcionários professem uma crença religiosa ou de ter a pretensão de eliminar toda e qualquer manifestação de religiosidade do espaço público.
Ora, a ocorrer esta última hipótese, sob a aparência da defesa da neutralidade do Estado em matéria religiosa, outra coisa não se faria do que impor uma política prática de ateísmo radical, não passando então tal laicismo de uma nada subtil forma de perseguição religiosa e de uma intolerante agressão à verdadeira liberdade de religião, o que não se admite de todo.
JSarto
Na imagem: a vocação de São Mateus, de Caravaggio.
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