"Solicitei" a Mestres Ramalho Ortigão, Alfredo Pimenta e Pequito Rebello que se pronunciassem sobre o teor das últimas sondagens, as quais atribuem doze deputados à extrema-esquerda. Aqui ficam os seus respectivos depoimentos:
"Estudou-se clinicamente a psicologia dos parlamentos, e Nordau demonstrou com exactidão algébrica que o resultado dos votos nunca pode representar senão uma opinião de medíocres. O sufrágio é a indirecta exclusão da superioridade. Por isso, a tendência da sociologia moderna é para combater a tirania dos parlamentos, estabelecendo tribunais supremos encarregados de manter a lei fundamental, alargando os regimes provinciais, conferindo aos municípios a faculdade do referendo." - Ramalho Ortigão, em "Últimas Farpas".
"Esperar que uma multidão já de si inferior e mais inferiorizada ainda pela sugestão de "meneurs" sem ciência e consciência, fazendo do "surencherismo" processo sistemático de propaganda, esperar que essa multidão pervertida e desorientada possa escolher figuras superiores para a alta e grave função legislativa que requer não só um positivo conhecimento da Ciência Social, mas também uma ponderação, uma reflexão, um critério que só em raras criaturas se encontra, é uma ilusão aqui tolerável há um século, absolutamente "demodée" nos tempos de hoje. Não são os incompetentes quem está apto para escolher os competentes. Isso é a subversão da ordem, nos seus mais fundamentais elementos. E essa situação ilógica, só a instituição parlamentar podia consagrá-la. Não são aqueles que precisam de quem os dirija que estão em condições de escolher quem melhor possa executar essas funções dirigentes. Isto é óbvio. A interferência dos cidadãos na vida pública do seu país deve, pois, efectuar-se no exercício da vida municipal, deixando as superiores funções de direcção central a uma restrita e fechada categoria de cidadãos, isto é, aos elementos representativos das corporações espirituais, morais e activas" - Alfredo Pimenta, em "Nação Portuguesa", 1ª série.
"A eleição, quanto mais larga é e mais se aproxima do sufrágio universal, tanto mais inútil para a selecção das competências: incompetentes não podem escolher competentes, discípulos não podem escolher os seus disciplinadores e muito menos o eleitor incapaz que não se interessa pela remota função pública que desempenha.
A eleição, largamente usada, é nociva: torna-se um instrumento de corrupção cívica e moral, pelos costumes hipócritas e venais que propaga; gera a política do aumento das despesas e do mínimo esforço nacional; causa a centralização política e social; alimenta as desordens, lutas e guerras civis." - José Pequito Rebello, em "Nação Portuguesa", 1ª Série.
"Estudou-se clinicamente a psicologia dos parlamentos, e Nordau demonstrou com exactidão algébrica que o resultado dos votos nunca pode representar senão uma opinião de medíocres. O sufrágio é a indirecta exclusão da superioridade. Por isso, a tendência da sociologia moderna é para combater a tirania dos parlamentos, estabelecendo tribunais supremos encarregados de manter a lei fundamental, alargando os regimes provinciais, conferindo aos municípios a faculdade do referendo." - Ramalho Ortigão, em "Últimas Farpas".
"Esperar que uma multidão já de si inferior e mais inferiorizada ainda pela sugestão de "meneurs" sem ciência e consciência, fazendo do "surencherismo" processo sistemático de propaganda, esperar que essa multidão pervertida e desorientada possa escolher figuras superiores para a alta e grave função legislativa que requer não só um positivo conhecimento da Ciência Social, mas também uma ponderação, uma reflexão, um critério que só em raras criaturas se encontra, é uma ilusão aqui tolerável há um século, absolutamente "demodée" nos tempos de hoje. Não são os incompetentes quem está apto para escolher os competentes. Isso é a subversão da ordem, nos seus mais fundamentais elementos. E essa situação ilógica, só a instituição parlamentar podia consagrá-la. Não são aqueles que precisam de quem os dirija que estão em condições de escolher quem melhor possa executar essas funções dirigentes. Isto é óbvio. A interferência dos cidadãos na vida pública do seu país deve, pois, efectuar-se no exercício da vida municipal, deixando as superiores funções de direcção central a uma restrita e fechada categoria de cidadãos, isto é, aos elementos representativos das corporações espirituais, morais e activas" - Alfredo Pimenta, em "Nação Portuguesa", 1ª série.
"A eleição, quanto mais larga é e mais se aproxima do sufrágio universal, tanto mais inútil para a selecção das competências: incompetentes não podem escolher competentes, discípulos não podem escolher os seus disciplinadores e muito menos o eleitor incapaz que não se interessa pela remota função pública que desempenha.
A eleição, largamente usada, é nociva: torna-se um instrumento de corrupção cívica e moral, pelos costumes hipócritas e venais que propaga; gera a política do aumento das despesas e do mínimo esforço nacional; causa a centralização política e social; alimenta as desordens, lutas e guerras civis." - José Pequito Rebello, em "Nação Portuguesa", 1ª Série.
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