Por influência nefasta do modernismo, mesmo entre certas correntes nacionalistas, difundiu-se erradamente o pressuposto de que o Catolicismo e a da defesa da ideia nacional são realidades incompatíveis. Nada mais falso: o universalismo espiritual cristão não é confundível com um rasteiro internacionalismo materialista, de raiz jacobina e marxista!
Na interpretação do quarto mandamento do Decálogo, a Igreja Católica tradicionalmente defende que a pátria é um dos legítimos superiores do cristão, e que este se encontra obrigado a honrá-la. No seguimento de tal doutrina, São Tomás de Aquino ensina que a pátria é uma extensão da família, e que os compatriotas do cristão são consequentemente também seus familiares, recaindo por isso sobre este último o dever de zelar pela salvaguarda e integridade daquela primeira.
Ora, todo o ensinamento sobre a matéria em apreço é magistralmente resumido no trecho da Encíclica "Summi Pontificatus", de 1939, da autoria do Papa Pio XII, que passo a citar:
"Não se deve recear que a consciência da fraternidade universal, fomentada pela doutrina cristã, e o sentimento que ela inspira estejam em contraste com o amor às tradições e glórias da própria pátria, ou impeçam que se promovam a prosperidade e os interesses legítimos, porquanto essa mesma doutrina ensina que existe uma ordem estabelecida por Deus no exercício da caridade, segundo a qual se deve amar mais intensamente e auxiliar de preferência os que estão a nós unidos com vínculos especiais. E o Divino Mestre deu também exemplo dessa preferência pela sua pátria, chorando sobre as ruínas da Cidade Santa. Mas o legítimo e justo amor à própria pátria não deve excluir a universalidade da caridade que faz considerar também aos outros a sua prosperidade, na luz pacificadora do amor".
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