A crise política dos últimos dias tem tido, pelo menos, a grande virtude de demonstrar à saciedade a pura nocividade do sistema partidocrático, mais do que todos os defeitos que a este possam ser assacados. Entre a ambição pessoal desmesurada de quem se olvidou dos compromissos que contraiu perante a Nação, a mesquinhez ressentida e ressabiada daqueles que jamais viram à sua frente outra coisa que não o próprio umbigo, e a irresponsabilidade de outros ainda que nunca hesitaram em colocar os seus mesquinhos e imediatos interesses políticos acima do bem-estar a médio e longo termo do País, é toda uma parafernália de criaturas abjectas em desfile que só pode provocar uma profunda repulsa a qualquer pessoa bem formada que se veja forçada a contemplar tão triste espectáculo, qual bacanal de percevejos numa enxerga podre, como diria o velho Guerra Junqueiro.
Portugal precisa de quem o sirva, e não de quem dele se serve; necessita de quem saiba que os superiores interesses nacionais precedem sempre o frio e cínico calculismo partidocrático; em suma, carece do regresso aos valores fundamentais que sempre orientaram o seu ser, sintetizados pela divisa Deus, Pátria, Rei!
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