Por mero acaso, através de um dos canais de televisão
generalistas portugueses - não me recordo qual: SIC? TVI? -, tomei conhecimento
de que se realizou ontem em Braga uma manifestação pela igualdade de direitos
dos homossexuais, na qual participaram cerca de duzentos manifestantes.
Antes de mais, não posso deixar de considerar estranho que
um canal generalista se disponha a cobrir amplamente um evento com duzentos
participantes, o que no caso equivale a 0,1% da população bracarense. Teria o
mesmo canal igual desvelo informativo, se porventura os duzentos manifestantes
reivindicassem antes o pleno direito a assistir à Missa segundo o rito
latino-gregoriano ou até o rito bracarense? Creio que não… Critérios
informativos… A manifestação foi objecto de cobertura noticiosa televisiva
tão-só por se realizar em Braga e assim constituir uma notória provocação à Igreja e
ao sentir católico da ainda maioria dos habitantes dessa cidade.
Sem prejuízo, vendo a peça que derivou de tal cobertura, assisti
nela à intervenção de vários manifestantes que declaravam lutar contra a
discriminação e pretender gozar de direitos iguais aos dos heterossexuais.
Pensei: estas reivindicações são absurdas e são-no porque a
capacidade de gozo de direitos é independente de alguém ser heterossexual ou
porventura homossexual. Os direitos são inerentes à personalidade humana,
decorrem em directo desta e são naturalmente fruídos pelo homem como forma de
realizar em pleno aquela mesma personalidade (livre, inteligente, racional), e sempre
no respeito simultâneo do bem comum do todo social e da lei moral cognoscível
pela consciência, reflexo da lei divina no âmbito humano.
Deste modo, não tem qualquer sentido a reivindicação pelos
homossexuais de direitos iguais aos dos heterossexuais, pela simples razão de
que os homossexuais já gozam de direitos iguais aos dos heterossexuais. Ao
invés, ao manifestarem-se da forma que se manifestaram em Braga, os
homossexuais pretendem, sob a capa da igualdade, um regime de privilégio que
satisfaça a reivindicação de um pseudodireito ao exibicionismo ostensivo da sua
sexualidade, algo que os próprios heterossexuais nunca reivindicaram, nem podem
reivindicar, porque moralmente inadmissível.
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