Umas das peculiaridades mais bizarras do "catolicismo" nacional, já por várias vezes ocorrida em paróquias rurais do interior, sobretudo na zona norte do país, é a dos burlões que fazendo passar-se abusivamente por padres católicos, usurpam o desempenho de funções sacerdotais, celebrando Missas, administrando baptismos, oficiando casamentos, presidindo a funerais e, quiçá, ouvindo confissões…
Neste âmbito, o caso mais recentemente conhecido é o de Agostinho Caridade, que durante três anos, entre 2004 e 2007, apesar de nunca haver sido ordenado padre (ao que parece, as suas habilitações académicas limitavam-se ao 6º ano de escolaridade…), exerceu o múnus sacerdotal na área das dioceses do Algarve, do Porto e de Braga, chegando mesmo ao ponto de celebrar a Missa em plena sé bracarense (ler aqui e aqui).
É fácil de compreender o que motiva estes falsos padres: para além da patologia exibicionista que lhes está ínsita, a ocasião é literalmente de ouro para se locupletarem em proveito próprio com os estipêndios pagos ou os donativos feitos pelos fiéis. Comportamento sintomático de uma sociedade onde o respeito pelo sagrado se perdeu por completo, não menos importante é sublinhar que este só é possível devido ao modo laxista como o “Novus Ordo” - onde tudo vale - permite que a Missa seja oficiada e os restantes sacramentos administrados. Alguém acredita que um burlão deste género alguma vez conseguiria macaquear uma Missa Tradicional de rito gregoriano, rezada em latim e com estrita observância de todas as rubricas prescritas pelo Missal Romano? Creio que a resposta é óbvia: não! A praga destes burlões é assim mais um dano colateral provocado pela desastrosa reforma litúrgica que originou o “Novus Ordo”.
Sem prejuízo, o caso concreto não deixa de possuir uma saborosa ironia, bem demonstrativa do subtil sentido de humor divino: é risível que um falso padre tenha fintado o Arcebispo de Braga na própria sé catedral deste, e logo o Arcebispo que encara qualquer verdadeiro sacerdote católico que queira celebrar a Missa Tradicional quase como uma espécie de malfeitor, mesmo que a sua situação canónica seja de plena regularidade…
Neste âmbito, o caso mais recentemente conhecido é o de Agostinho Caridade, que durante três anos, entre 2004 e 2007, apesar de nunca haver sido ordenado padre (ao que parece, as suas habilitações académicas limitavam-se ao 6º ano de escolaridade…), exerceu o múnus sacerdotal na área das dioceses do Algarve, do Porto e de Braga, chegando mesmo ao ponto de celebrar a Missa em plena sé bracarense (ler aqui e aqui).
É fácil de compreender o que motiva estes falsos padres: para além da patologia exibicionista que lhes está ínsita, a ocasião é literalmente de ouro para se locupletarem em proveito próprio com os estipêndios pagos ou os donativos feitos pelos fiéis. Comportamento sintomático de uma sociedade onde o respeito pelo sagrado se perdeu por completo, não menos importante é sublinhar que este só é possível devido ao modo laxista como o “Novus Ordo” - onde tudo vale - permite que a Missa seja oficiada e os restantes sacramentos administrados. Alguém acredita que um burlão deste género alguma vez conseguiria macaquear uma Missa Tradicional de rito gregoriano, rezada em latim e com estrita observância de todas as rubricas prescritas pelo Missal Romano? Creio que a resposta é óbvia: não! A praga destes burlões é assim mais um dano colateral provocado pela desastrosa reforma litúrgica que originou o “Novus Ordo”.
Sem prejuízo, o caso concreto não deixa de possuir uma saborosa ironia, bem demonstrativa do subtil sentido de humor divino: é risível que um falso padre tenha fintado o Arcebispo de Braga na própria sé catedral deste, e logo o Arcebispo que encara qualquer verdadeiro sacerdote católico que queira celebrar a Missa Tradicional quase como uma espécie de malfeitor, mesmo que a sua situação canónica seja de plena regularidade…
4 comentários:
Vejam a notícia em
http://www.tvi24.iol.pt/sociedade/luis-maria-cacem-policia-tvi24/1286815-4071.html
"Polícia inventou crime para prender... o vizinho
Aconteceu no Cacém. PJ apanhou prevaricador
Um agente da PSP terá simulado uma tentativa de homicídio para prender um homem inocente. E ainda pediu a um colega, também polícia, que confirmasse a história.
Luis Maria é agente da PSP na esquadra do Cacém, mas foi enquanto vizinho que se zangou com Mário Brites. Vivem no mesmo prédio no Cacém e terá sido a venda da casa de Mário que provocou atritos entre os dois vizinhos.
Da pequena guerra entre vizinhos até ao crime ou à sua simulação foi um pequeno passo. De acordo com a investigação da Polícia Judiciária, o polícia Luis Maria terá pedido a um colega da PSP, o agente António Nereu, que confirmasse uma tentativa de homicídio contra si próprio.
Os dois polícias testemunharam então contra Mário Brites, garantindo que este tinha tentado matar o polícia com dois tiros à queima-roupa em plena rua, no Cacém. A versão dos dois polícias vingou, o homem foi detido e ficou preso cinco meses.
Agora, a PJ conclui que os dois agentes simularam a tentativa de homicídio para servir uma vingança pessoal. No inquérito são apontadas várias contradições relacionadas com o falso tiroteio. O arguido que afinal terá sido a vítima desta história já foi libertado."
À custa desta armadilha hedionda, Mário Brites perdeu a Família, o emprego, a casa. Façam uma corrente, enviando o email aos vossos amigos, exigindo
Justiça para um homem inocente que cumpriu 5 meses na prisão, vendo a sua vida destruída por dois monstros que mancharam a instituição a que pertencem. Que seja devidamente indemnizado, para que possa recuperar tudo o que perdeu e que aos agentes seja aplicada uma pena exemplar- prisão e expulsão compulsória da PSP.
Uma vergonha! Ao que chegámos! No que transformámos a liturgia, que se presta a burlões deste calibre que conseguem ludibriar toda gente durante anos a fio. Sem palavras...
Quanto ao Arcebispo de Braga, tem o que merece.
Para dizer a verdade não é preciso dizer muito, por vezes basta colocar os pontos nos "iis", como é o caso deste texto.
Porém destaco esta parte:
«Alguém acredita que um burlão deste género alguma vez conseguiria macaquear uma Missa Tradicional de rito gregoriano, rezada em latim e com estrita observância de todas as rubricas prescritas pelo Missal Romano? Creio que a resposta é óbvia: não! A praga destes burlões é assim mais um dano colateral provocado pela desastrosa reforma litúrgica que originou o “Novus Ordo”.»
Excelente texto. Parabéns.
José Costa.
Ifelizmente aqui no Brasil,existem muitos homens se passando por padres e abusando da fé do povo simples. Na verdade são ministros das chamadas `` Igrejas brasileiras ´´, espalhando a divisão e a dúvida entre os católicos. Chegou a hora da CNBB tomar alguma iniciativa para coibir esses crimes de falsidade ideológica presentes em muitos homens notavelmente frustrados e neoróticos ,que não conseguiram chegar ao verdadeiro ministério sacerdóco, presente na Igreja Católica.
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