Li há não muito o livro do Padre Théotime de Saint Just, O.M.C., intitulado "La Royauté Sociale de Notre Seigneur Jésus Christ d'aprés le Cardinal Pie", dedicado exactamente ao tema da Realeza Social de Nosso Senhor. A dado passo, o autor, cujo trabalho em apreço foi publicado pela primeira vez no ano de 1923, recordava que os defensores daquela Realeza eram então frequentemente apelidados pelos inimigos da mesma com o epíteto de clericais. Pensei para mim: aí está uma palavra que caiu em desuso - clerical! Neste ponto concreto, o terrorismo intelectual-verbal refinou: abandonou o emprego do termo clerical, optando pela utilização do mais sofisticado e agressivo fundamentalista. Ali, onde antes só havia alusão a um universo povoado por "padres inquisitoriais boçais e frades ignorantes obscurantistas", há agora a remissão directa para um outro preenchido por teocracias islâmicas, bem como por terroristas barbudos praticantes de uma violência alarve e desprovidos de qualquer racionalidade.
Ora, compreende-se bem a razão de ser do recurso a estes chavões infames: através do seu uso, quem assim procede, intenta desumanizar e até diabolizar os que por eles são visados, ademais de tentar desacreditar os pontos de vista dos mesmos sem precisar de discuti-los ou contrariá-los. De permeio, procura ainda atingir um objectivo inconfessado: disfarçar o seu próprio clericalismo (jacobino), fundamentalismo (relativista, subjectivista e indiferentista) e fanatismo (ateísta), imputando tais características sectárias a terceiros.
De facto, como outrora havia quem invocasse o espectro do clericalismo, há hoje quem abane o do fundamentalismo islâmico e o associe com desprezível má fé aos católicos tradicionais. Desconhecem os analfabetos que assim procedem, como já escrevi aqui em tempos, que na cidade cristã da civilização ocidental sempre imperou a separação entre a esfera religiosa e a esfera civil. Bem distinto é o curto-circuito que estes últimos pretendem provocar, sob a aparência de defenderem tão-só tal separação: na verdade, almejam a cisão entre a lei natural e a lei positiva, com o consequentemente consagrar da soberania ilimitada da vontade humana, desiderato máximo do seu fanatismo ateísta que foi o primeiro e principal responsável por todas as barbáries totalitárias ocorridas ao longo do século XX.
Ora, compreende-se bem a razão de ser do recurso a estes chavões infames: através do seu uso, quem assim procede, intenta desumanizar e até diabolizar os que por eles são visados, ademais de tentar desacreditar os pontos de vista dos mesmos sem precisar de discuti-los ou contrariá-los. De permeio, procura ainda atingir um objectivo inconfessado: disfarçar o seu próprio clericalismo (jacobino), fundamentalismo (relativista, subjectivista e indiferentista) e fanatismo (ateísta), imputando tais características sectárias a terceiros.
De facto, como outrora havia quem invocasse o espectro do clericalismo, há hoje quem abane o do fundamentalismo islâmico e o associe com desprezível má fé aos católicos tradicionais. Desconhecem os analfabetos que assim procedem, como já escrevi aqui em tempos, que na cidade cristã da civilização ocidental sempre imperou a separação entre a esfera religiosa e a esfera civil. Bem distinto é o curto-circuito que estes últimos pretendem provocar, sob a aparência de defenderem tão-só tal separação: na verdade, almejam a cisão entre a lei natural e a lei positiva, com o consequentemente consagrar da soberania ilimitada da vontade humana, desiderato máximo do seu fanatismo ateísta que foi o primeiro e principal responsável por todas as barbáries totalitárias ocorridas ao longo do século XX.
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