sexta-feira, abril 04, 2008

Os comentadores de assuntos religiosos


Leio este artigo da "Gazeta da Restauração" e reflicto uma vez mais: em Portugal, é curioso verificar quem os meios de comunicação social ditos de referência sistematicamente convidam para falar ou escrever em suposta representação da Igreja Católica. De entre os bispos, D. Januário Torgal Ferreira ou o antigo Camarada Bispo de Setúbal, D. Manuel Martins, e volta não volta, o Patriarca de Lisboa, D. José Policarpo; dos presbíteros, o ex-Prior da Lixa, Mário Oliveira, Frei Bento Domingues, os Padres António Vaz Pinto, Feytor Pinto, Vítor Melícias, Carreira das Neves, o circense Borga, e o "teólogo" Anselmo Borges. Isto quando não apanhamos em cima com o "especialista em temas religiosos" Robalo, os submarinos vermelhos da Liga e Juventude Operárias Católicas, ou com as megeras histéricas do "Nós Somos Igreja".

Ora, ao fazerem-se tais escolhas com a finalidade inconfessada de distorcer a verdadeira doutrina católica e a própria imagem da Igreja, precisão cirúrgica mais canalha é impossível de atingir. O "católico" - bispo, padre ou leigo - a quem permitem o acesso a tais tribunas só pode ser, na melhor das hipóteses, um modernista extremo, ou, na pior delas, um militante comunista radical (com ou sem cartão do partido), mas é certamente alguém sempre pronto para se render face às mentiras mundo, e perante este apostasiar de facto a fé.

Como bem lembra o pensador católico tradicional colombiano Nicolás Gómez Dávila nos seus monumentais aforismos: "El cristianismo progresista se halla tan listo a pactar com el adversario, que el adversario no halla com quien pactar". E ainda mais contundentemente: "El progresismo cristiano es una borrachera de traición".

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