A carta que o Cardeal-Patriarca de Lisboa, Dom José Policarpo, escreveu aos sacerdotes que exercem o seu ministério no Patriarcado de Lisboa é um documento ultrajante, prodígio de perfídia e cinismo, e monumento de farisaísmo heresiarca.
Saído do punho de um modernista radical impenitente e totalmente dominado pela hermenêutica da ruptura antitradicional inerente ao espírito do V2, confirma os piores receios que atempadamente aqui expusemos no artigo intitulado Os Bispos Portugueses e o Motu Proprio "Summorum Pontificum": impossibilitado de ignorar a vontade do Papa Bento XVI, ao invés do que sucedeu com a do Papa João Paulo II e o "Ecclesia Dei", o Patriarca de Lisboa tenta porém interpretá-la tão restritivamente quanto possível, com o desiderato final prático de continuar a boicotar o direito legítimo dos sacerdotes católicos de oficiarem sem restrições o Santo Sacrifício da Missa segundo o rito tradicional latino-gregoriano, e o dos fiéis de a este assistirem sem impedimentos.
Ademais de subverter genericamente toda intenção papal que presidiu à promulgação do "Summorum Pontificum", suscitam particulares interrogações as pretensões de Dom José Policarpo de limitar ao máximo a admissão de fiéis às Missas privadas, de apurar factualmente os motivos que levam estes a preferir e a pedir o rito tradicional, e de impedir a celebração da Missa Dominical de acordo com o rito tradicional, as quais se têm de reputar como notoriamente abusivas e sem qualquer apoio na letra e espírito do Motu Proprio de Sua Santidade.
Na verdade, o Papa convida vivamente os bispos a satisfazerem os desejos dos fiéis nesta matéria - cfr. artigo 7º do "Motu Proprio" - , reconhecendo de forma expressa na carta que escreveu àqueles primeiros o seguinte:
" (…) [podia-se] supor que o pedido do uso do Missal de 1962 se limitasse à geração mais idosa que tinha crescido com ele, mas entretanto vê-se claramente que também pessoas jovens descobrem esta forma litúrgica, sentem-se atraídas por ela e nela encontram uma forma, que lhes resulta particularmente apropriada, de encontro com o Mistério da Santíssima Eucaristia."
Assim, das duas uma: ou Dom José Policarpo não sabe interpretar um texto que também o tem por destinatário, o que é pouco provável; ou, então, está em flagrante e deliberada desobediência a Bento XVI, o que já se nos afigura muito plausível, e em perfeita consonância com a sua prática modernista. Por isto, é inadmissível que o Patriarca de Lisboa ouse falar no pseudo-cisma de Monsenhor Lefebvre, insistindo com má fé num lugar comum repetidas vezes desmentido por Roma, sem primeiro auto-examinar os frutos do seu próprio comportamento. É caso para dizer, com São Mateus (Mt. 7, 3-5): "Por que reparas no argueiro que está na vista do teu irmão, e não vês a trave que está na tua vista? Como ousas dizer ao teu irmão: "Deixa-me tirar o argueiro da tua vista", tendo tu uma trave na tua? Hipócrita, tira primeiro a trave da tua vista e, então, verás melhor para tirar o argueiro da vista do teu irmão".
São múltiplas as questões que a infame carta de Dom José Policarpo levanta, as quais os católicos do Patriarcado de Lisboa - se acaso vierem a ser efectivamente lesados nos seus legítimos direitos assegurados pela Bula "Quo Primum", de São Pio V e reconfirmados pelo "Summorum Pontificum", de Bento XVI - não deverão hesitar em pôr à consideração e julgamento da Comissão Pontifícia Ecclesia Dei, pois a esta incumbe zelar pelo bom cumprimento das disposições do "Motu Proprio" - cfr. o seu artigo 12º.
De facto, já não estamos nos anos 70, na altura do calamitoso pontificado de Paulo VI, quando se encontravam em Roma personagens sinistras como Bugnini, Villot, Casarolli e outras, época durante a qual os hereges modernistas tiveram praticamente rédea livre para implodir a Santa Igreja Católica. De uma vez por todas, esse tempo acabou!
Sobre o tema, recomendamos também a leitura do que escreveram os nossos amigos do Vetus Ordo (um excelente blogue católico tradicional português) e da Gazeta da Restauração.
Saído do punho de um modernista radical impenitente e totalmente dominado pela hermenêutica da ruptura antitradicional inerente ao espírito do V2, confirma os piores receios que atempadamente aqui expusemos no artigo intitulado Os Bispos Portugueses e o Motu Proprio "Summorum Pontificum": impossibilitado de ignorar a vontade do Papa Bento XVI, ao invés do que sucedeu com a do Papa João Paulo II e o "Ecclesia Dei", o Patriarca de Lisboa tenta porém interpretá-la tão restritivamente quanto possível, com o desiderato final prático de continuar a boicotar o direito legítimo dos sacerdotes católicos de oficiarem sem restrições o Santo Sacrifício da Missa segundo o rito tradicional latino-gregoriano, e o dos fiéis de a este assistirem sem impedimentos.
Ademais de subverter genericamente toda intenção papal que presidiu à promulgação do "Summorum Pontificum", suscitam particulares interrogações as pretensões de Dom José Policarpo de limitar ao máximo a admissão de fiéis às Missas privadas, de apurar factualmente os motivos que levam estes a preferir e a pedir o rito tradicional, e de impedir a celebração da Missa Dominical de acordo com o rito tradicional, as quais se têm de reputar como notoriamente abusivas e sem qualquer apoio na letra e espírito do Motu Proprio de Sua Santidade.
Na verdade, o Papa convida vivamente os bispos a satisfazerem os desejos dos fiéis nesta matéria - cfr. artigo 7º do "Motu Proprio" - , reconhecendo de forma expressa na carta que escreveu àqueles primeiros o seguinte:
" (…) [podia-se] supor que o pedido do uso do Missal de 1962 se limitasse à geração mais idosa que tinha crescido com ele, mas entretanto vê-se claramente que também pessoas jovens descobrem esta forma litúrgica, sentem-se atraídas por ela e nela encontram uma forma, que lhes resulta particularmente apropriada, de encontro com o Mistério da Santíssima Eucaristia."
Assim, das duas uma: ou Dom José Policarpo não sabe interpretar um texto que também o tem por destinatário, o que é pouco provável; ou, então, está em flagrante e deliberada desobediência a Bento XVI, o que já se nos afigura muito plausível, e em perfeita consonância com a sua prática modernista. Por isto, é inadmissível que o Patriarca de Lisboa ouse falar no pseudo-cisma de Monsenhor Lefebvre, insistindo com má fé num lugar comum repetidas vezes desmentido por Roma, sem primeiro auto-examinar os frutos do seu próprio comportamento. É caso para dizer, com São Mateus (Mt. 7, 3-5): "Por que reparas no argueiro que está na vista do teu irmão, e não vês a trave que está na tua vista? Como ousas dizer ao teu irmão: "Deixa-me tirar o argueiro da tua vista", tendo tu uma trave na tua? Hipócrita, tira primeiro a trave da tua vista e, então, verás melhor para tirar o argueiro da vista do teu irmão".
São múltiplas as questões que a infame carta de Dom José Policarpo levanta, as quais os católicos do Patriarcado de Lisboa - se acaso vierem a ser efectivamente lesados nos seus legítimos direitos assegurados pela Bula "Quo Primum", de São Pio V e reconfirmados pelo "Summorum Pontificum", de Bento XVI - não deverão hesitar em pôr à consideração e julgamento da Comissão Pontifícia Ecclesia Dei, pois a esta incumbe zelar pelo bom cumprimento das disposições do "Motu Proprio" - cfr. o seu artigo 12º.
De facto, já não estamos nos anos 70, na altura do calamitoso pontificado de Paulo VI, quando se encontravam em Roma personagens sinistras como Bugnini, Villot, Casarolli e outras, época durante a qual os hereges modernistas tiveram praticamente rédea livre para implodir a Santa Igreja Católica. De uma vez por todas, esse tempo acabou!
Sobre o tema, recomendamos também a leitura do que escreveram os nossos amigos do Vetus Ordo (um excelente blogue católico tradicional português) e da Gazeta da Restauração.
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