terça-feira, maio 21, 2013

O voto católico não pode ser um voto cativo

O voto católico não pode ser um voto cativo no PSD e no CDS-PP. É fundamental insistir neste facto, em especial depois da inqualificável conivência das direcções daqueles partidos na aprovação parlamentar da co-adopção de crianças por pares homossexuais: ao concederem liberdade de voto aos membros dos respectivos grupos parlamentares, numa matéria tão sensível e em notória traição à base eleitoral que os elegeu, permitiram que a minoria proponente se transformasse em maioria, graças ao apoio activo de dezasseis deputados do PSD e à abstenção de mais seis deputados (três também do PSD e três do CDS-PP).
Ora, é inadmissível a atitude das direcções do PSD e do CDS-PP nesta questão. É-o porque estes partidos nunca propuseram, durante a última campanha eleitoral, apoiar uma medida do género da agora aprovada, e é-o porque tal acaba por suceder por força do voto de deputados - na sua maior parte, segundas e terceiras linhas desconhecidas do eleitorado - que jamais deram a cara em defesa da co-adopção por pares homossexuais perante os eleitores, e que chegaram ao Parlamento somente à custa das habituais negociações de bastidores na formação das listas eleitorais e às concessões que nestas costumam ser feitas aos membros das “jotas”, das “concelhias” e das “distritais”, num processo bem característico do mais sórdido da política nacional.
E assim, desta maneira, possibilitou-se que deputados não mandatados para o efeito - ademais de muitos deles, como já disse antes, serem notoriamente imaturos, inexperientes, ignorantes e meros seguidores de modas ideológicas - aprovassem uma medida de cariz revolucionário que afecta com gravidade o futuro do bem comum da sociedade portuguesa e a estrutura axiológica em que esta se estriba.
Repito: é inadmissível a atitude das direcções partidárias que permitiram que isto sucedesse. Chegados a este ponto, aos católicos conscientes não lhes resta outra alternativa, no actual quadro de regime, que não seja a de privarem definitivamente o PSD e o CDS-PP dos seus votos, bem como qualquer outro partido defensor da ditadura do relativismo. Por mim, é o que farei já nas próximas eleições. Em Portugal, as alternativas político-partidárias não podem, de modo algum, cingir-se a uma escolha fáctica entre Estaline e Mao Tse-Tung.
Para terminar, a este mesmo respeito, sugiro ainda a leitura dos meus artigos anteriormente publicados neste espaço:

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