segunda-feira, fevereiro 06, 2012

Que Monarquia queremos?


Constato o grande entusiasmo que nos últimos dias tem percorrido parte da blogosfera lusa, a propósito de um manifesto em defesa da restauração da Monarquia promovido por pessoas que individualmente reputo de estimabilíssimas; porém, numa perspectiva metapolítica inspirada pelo Catolicismo tradicional, não compartilho desse entusiasmo.

Em Portugal, a Monarquia ou será cristã e tradicional ou não será. Conforme já referi em momento anterior, trata-se desde o começo de uma questão inquinada o debater se o Chefe de Estado - o Presidente da República… - deve adornar a sua cabeça com um chapéu comum ou com um chapéu mais invulgar conhecido pelo nome de “coroa”. Pelo contrário, a Monarquia só terá razão de ser se, acima da questão da forma de exercício da chefia do Estado, se souber apresentar como verdadeira alternativa ao regime político vigente, constituindo-se em poderoso factor de regeneração nacional e de recuperação da tradição histórica portuguesa, bem como em primacial opositora da revolução cultural anticristã promovida pelo republicanismo no seu sentido mais lato. Só assim a Monarquia fará sentido e só desta maneira será.

Ao invés, para alterar simplesmente a forma de exercício da chefia de Estado, mas manter intocado o republicanismo e a marcha destrutiva da sua revolução cultural anticristã, o melhor mesmo é deixar as coisas tal qual elas estão. Ou alguém será ingénuo o bastante ao ponto de supor que tal revolução é menos virulenta, por exemplo, nas “monarquias” do Reino Unido, Holanda ou Espanha (onde os Presidentes da República usam coroa…) do que nas repúblicas dos Estados Unidos, de França ou Portugal?.. Quero crer que não…

5 comentários:

In diebus illis disse...

¿Y quién es el Rey de Portugal y los Algarves, Señor de Guinea, etc...?

Miles disse...

Sua Alteza Real o Senhor Dom Duarte Pio de Bragança.

In diebus illis disse...

¡Ah! El amigo de los presidentes de la República portuguesa. Sí, un pozo de virtudes anti-liberales. Por cierto ¿qué tal su matrimonio morganático? Que pena que los varones Braganza no tengan la valía que tienen las hembras Braganza.

Miles disse...

Caro amigo, D. Duarte não será o modelo de virtudes que foi o seu bisavô, o Senhor D. Miguel I de Portugal, mas também não é o poço de defeitos que V. supõe. D. Duarte é iniludivelmente um cristão convicto e um patriota firme que não hesita afirmar tais características em público, numa sociedade portuguesa cada vez mais anticristã e antipatriótica.
Quanto à amizade do mesmo com presidentes da república, ignoro de todo esse facto; porém, tal amizade, a ser verdadeira, não confundirá certamente a pessoa concreta que em determinado momento desempenha as funções de presidente com o próprio sistema republicano. São coisas completamente distintas.

In diebus illis disse...

Carísimo hermano en Cristo: No vengo a enmendar la legitimidad de origen don Eduardo (Duarte). Pero si el Reyno de Portugal quiere una verdadera monarquía don Eduardo no creo que sea el mejor candidato, fidelísimo y católico que Portugal necesita y debería buscarse entre los otros miembros más capaces de la familia Braganza. Cuando la rama ilegítima de los Sajonia-Coburgo-Gotha-Braganza se extinguen, porque los descendientes de don Miguel I no siguen en su línea en vez de pactar con el liberalismo. Sigo admirando a las hembras Braganza. Espero que puedan revisarse el Estatuto de Tomar. Podría resucitarse. En Xto.