sexta-feira, maio 13, 2011

13 de Maio


A Epístola extraída do livro dos Provérbios (8, 22-35), lida a 8 de Dezembro, por ocasião da Festa da Imaculada Conceição, pela sua imensa e intensa beleza, é uma das minhas leituras preferidas ao longo de todo o ano litúrgico tradicional: nela descobrimos Nossa Senhora associada aos desígnios de Deus ainda antes do início da criação do mundo. Trata-se, pois, de uma leitura ideal para recordar por altura da passagem de mais um 13 de Maio. Aqui fica.

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Pertenci ao Senhor logo no início dos seus caminhos, ainda antes de Ele ter criado fosse o que fosse. Fui constituída desde a eternidade, em época remotíssima, ainda antes de o mundo existir. Quando fui concebida, ainda não havia abismos nem as fontes tinham brotado, nem se tinha erguido a mole imponente das montanhas; vim à luz antes de se altearem as colinas, quando ainda não tinha feito, nem a terra, nem os rios, nem os pólos do eixo do globo. Quando desdobrava os céus, já eu estava presente. Quando submetia os abismos ao curso das leis invioláveis; quando estendia os espaços siderais, e punha em equilíbrio as fontes subterrâneas; quando fixava os limites ao mar, e lhe impunha não violá-los; quando lançava os fundamentos da terra, - eu estava com Ele dispondo todas as coisas e deleitava-me sem cessar, jubilosa por me encontrar a seu lado, brincando sobre o globo da terra, e deliciando-me por viver entre os filhos dos homens. Agora, meus filhos, ouvi-me: “Felizes os que seguem os meus caminhos! Aceitai os meus ensinamentos, e cultivai a sabedoria, não os rejeitando. Feliz o homem que me encontra, e que permanece constantemente de vigia à minha porta, sem nunca deixar os seus umbrais! O que me encontrar, encontra a vida, e alcançará do Senhor a salvação”.

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