José Sócrates é um Primeiro-Ministro com prazo de validade esgotado. E é-o por haver tido sempre uma relação muito difícil com a verdade, por ele entendida como uma grandeza de dimensão indefinida, moldável aos seus caprichos de cada momento. Como tal, não me causa qualquer surpresa o conteúdo do pequeno - e, num certo sentido, divertido - filme supra (protagonizado também pelo indizível Ministro das Finanças), sendo certo que os exemplos aí retratados até nem constituem o essencial do desprezo socrático pela verdade.
Entendamo-nos: um Primeiro-Ministro que faz tábua-rasa da lei natural como José Sócrates o fez, que aceita que um ser humano inocente e indefeso possa ser assassinado próprio no ventre materno através da prática iníqua do aborto a simples pedido ou que admite que duas pessoas do mesmo sexo se possam casar, é necessariamente um primeiro-ministro que não hesitará em faltar à verdade numa matéria instrumental - ainda que hipertrofiada na sua importância pelo materialismo decadente imperante - como é a da situação das contas públicas nacionais. Quem não é fiel aos grandes princípios enformadores de toda a vida em sociedade, também não o será às coisas menores…
Enfim, quanto ao projecto de Orçamento de Estado para 2011 que a parelha de terror retratada no filme pretende impor ao país, se o mesmo não for alvo de profundas alterações, não haverá outra solução que não seja a de reprová-lo liminarmente: trata-se de um Orçamento muito mau, profundamente anticristão, que viola de modo flagrante o direito de propriedade privada pressupondo que o património particular de todos os cidadãos tem de responder pessoal, solidária e ilimitadamente pelos desvarios do poder político socialista, que esmaga os mais fracos e humildes, que proletariza a classe média, que não acaba com o saque generalizado que a clique socrática tem vindo a fazer da coisa pública, e que não põe cobro à marcha para o Estado Servil - tal como Belloc o descreveu - que a mesma clique tem como objectivo final. E se tal reprovação levar a que José Sócrates deixe de ter condições para governar e abandone o poder, tanto melhor para Portugal!
domingo, outubro 24, 2010
Um Primeiro-Ministro com prazo de validade esgotado
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