terça-feira, novembro 30, 2004

Isabel la Católica, Reina de Castilla y Santa, a los 500 años de su muerte

El pasado 26 de Noviembre se cumplieron 500 años de la muerte de Isabel la Católica. A Isabel la Católica debemos venerarla como Santa, pues es evidente que ha habido unas irregularidades tremendas en su proceso de canonización, el cual ha sido bloqueado a última hora por rechazo expreso de la comunidad judía, caso paralelo al del Papa Pío XII.
El 28 de Septiembre del 2002 el diario por excelencia del establishment español, El País, publicaba que «Roma detiene la beatificación de la soberana española, pedida por Rouco, para evitar polémicas con la comunidad judía».
Mons. Flavio Capucci, que fue el que llevó a buen término la canonización de Josemaría Escrivá de Balaguer –fundador del Opus Dei- dijo querer evitar polémicas con la comunidad judía, que no perdona la expulsión de los judíos de España en 1492. Resulta que esta expulsión era acorde a derecho de la época, y está justificada por el judío (y hoy día católico) Prof. Luis Suárez, el mejor medievalista hispánico vivo. Su libro La expulsión de los judíos, publicado por la fundación MAPFRE en 1992, es un estudio prácticamente definitivo sobre este particular.
Para poner las cosas en su lugar hay que citar al excelente hispanista William Thomas Walsh, que escribiera una biografía de Isabel la Católica, y el Profesor Philip Powell, autor de un demoledor libro contra la leyenda negra de españoles y portugueses titulado originalmente Tree of Hate. Incluso un famoso protestante español como César Vidal le rinde tributo.
Empieza a existir una devoción privada hacia la Reina de Castilla curiosamente más patente en Estados Unidos que en la propia España. La comisión de su proceso de canonización ha admitido ya varios milagros, aunque se quiere hacer caer sobre ello un tupido velo de silencio.
La imagen que la leyenda negra presenta de ella (véase sobre este particular el libro La leyenda negra, de Julián Juderías) no cuadra con los hechos. De entrada la Reina distaba de ser antisemita. Sirva citar como ejemplo que su Secretario, su Confesor y el primer Inquisidor de España eran todos de raza hebrea.
El programa de gobierno de Isabel la Católica al tomar el centro de Castilla fue «el servicio de Dios, el bien de las Iglesias, la salvación de todas las almas y el honor de estos reinos». La humanidad de la Reina quedó demostrada en su testamento: «De acuerdo a mis constantes deseos, y reconocidos en las Bulas que a este efecto se dieron, de enseñar, doctrinar buenas costumbres e instruir en la fe católica a los pueblos de las islas y tierras firmes del mar Océano, mando a la princesa, mi hija, y al príncipe, su marido, que así lo hayan y cumplan, e que este sea su principal fin, e que en ello pongan mucha diligencia, y non consientan ni den lugar que los indios, vecinos y moradores de las dichas Indias y tierra firme, ganadas y por ganar, reciban agravio alguno en sus personas y bienes, mas manden que sean bien y justamente tratados. Y si algún agravio han recibido, lo remedien y provean».
Cuando uno toma conciencia del terrible siglo XIV y primera mitad del XV en Castilla, del riesgo enorme de que todo el territorio que había sido ganado por el Santo Rey Fernando III de Castilla y León pudiera volver a ser retomado por los sarracenos, de los enormes problemas de gobierno interno a que se enfrentó Isabel la Católica uno no puede sino ver en ella esa mujer providencial enviada por el Altísimo que salvó a la patria castellana y que dio pie a la moderna articulación del Imperio español. Es, a todos los niveles, una mujer cuya ejemplaridad en todos los órdenes y heroicidad en las virtudes es incuestionable y que salvó a España, como Santa Juana de Arco salvara a Francia.
Con el atrevimiento de que esta pluma pronuncie lo que sólo a Roma compete, pero con la seguridad de simplemente adelantarme un tiempo a que Roma lo proclame, no me queda sino acabar rogando a Santa Isabel la Católica que interceda por nosotros.
Rafael Castela Santos

domingo, novembro 28, 2004

A segunda vinda de Cristo

Embora entremos já este Domingo no período adventício, não poderíamos deixar de abordar e comentar brevemente neste blogue, pelo assunto de que trata, o Evangelho com que se encerra o ano litúrgico no calendário católico tradicional e que profetiza a segunda vinda de Cristo, temática apocalíptica tão querida à figura e ao pensamento do Padre Leonardo Castellani, S.J., cuja influência decisiva esta "Casa" reclama.

Comecemos por transcrever as palavras proferidas por Cristo no capítulo 24, do Evangelho segundo São Mateus, versículos 3 a 14:

"Estando Ele sentado no Monte das Oliveiras, os discípulos aproximaram-se e perguntaram-lhe em particular. "Diz-nos quando acontecerá tudo isto e qual o sinal da tua vinda e do fim do mundo".

Jesus respondeu-lhes: "Tomai cuidado para que ninguém vos desencaminhe. Porque virão muitos em meu nome, dizendo: "Sou eu o Messias". E hão-de enganar muita gente. Ouvireis falar de guerras e de rumores de guerras, mas não vos assusteis. Isso tem de acontecer, mas ainda não será o fim. Há-de erguer-se povo contra povo e reino contra reino, e haverá fomes, pestes e terramotos em vários sítios. Tudo isto será apenas o princípio das dores.

Então, irão entregar-vos à tortura e à morte e, por causa do meu nome, todos os povos irão odiar-vos. Nessa altura, muitos sucumbirão e hão-de trair-se e odiar-se uns aos outros. Surgirão muitos falsos profetas, que hão-de enganar a muitos. E, porque se multiplicará a iniquidade, vai resfriar o amor de muitos; mas aquele que se mantiver firme até ao fim será salvo. Este Evangelho do Reino será proclamado em todo o mundo, para se dar testemunho diante de todos os povos. E então virá o fim".

Para os últimos tempos, Cristo anuncia uma perseguição generalizada contra a Igreja à escala mundial. Pergunta-se: que outra força teria capacidade para desencadear um ataque de tal porte e dimensão, que não um poder organizado a um nível global, estribado numa ideologia e em obras profundamente anticristãs? Não denuncia Ele afinal, para quem O quiser ouvir, a ascensão da nova ordem mundialista e jacobina, inimiga denodada dos valores tradicionais do Ocidente e empenhada na eliminação destes por quaisquer meios necessários, como hoje já começamos a vislumbrar nitidamente?

Exagero, dirão alguns dos nossos leitores: como sabemos que os tempos descritos por Cristo são estes que vivemos? Retornemos ao mesmo capítulo do Evangelho segundo São Mateus, agora aos versículos 15 a 22:

"Por isso, quando virdes a abominação da desolação, de que falou o profeta Daniel, instalada no lugar santo, - o que lê entenda - então, os que se encontrarem na Judeia fujam para os montes; aquele que estiver no terraço não desça para tirar as coisas de sua casa; e o que se encontrar no campo não volte atrás para buscar a capa. Ai das que estiverem grávidas e das que andarem amamentando nesse dias! Rezai para que a vossa fuga não se verifique no Inverno ou em dia de sábado, pois nessa altura a aflição será tão grande como nunca se viu desde o princípio do mundo até ao presente, nem jamais se verá. E, se não fossem abreviados esses dias, criatura algum se poderia salvar; mas, por causa dos eleitos, esses dias serão reduzidos".

O que é esta abominação da desolação? Para acharmos a resposta, temos de ir até ao Antigo Testamento, ao livro de Daniel, capítulo 8, versículos 5 a 14, no qual esse Profeta nos conta:

"Enquanto eu pensava atentamente, eis que um bode novo veio do ocidente e percorreu a terra toda sem tocar no chão; tinha entre os dois olhos um chifre muito saliente. Chegou até junto do carneiro de duas hastes, que eu tinha visto deter-se em frente do rio, e correu contra ele num acesso de furor.

Vi-o aproximar-se do carneiro Cheio de fúria e raiva contra ele, agrediu-o, partiu-lhe os dois chifres, sem que o carneiro tivesse tido a força de lhe resistir. O bode lançou por terra o carneiro e calcou-o com as patas e ninguém interveio para livrar o carneiro do seu adversário.

O bode, então, cresceu extraordinariamente. Mas quando se tornou forte, o chifre grande partiu-se e foi substituído por quatro outros chifres, alongados na direcção dos quatro ventos do céu.

De um destes chifres, aliás o mais pequeno saiu um outro chifre, que consideravelmente se desenvolveu na direcção do sul, na direcção do oriente e na direcção da nação gloriosa. Cresceu até atingir o exército dos céus, do qual fez cair para a terra muitas estrelas e calcou-as com as patas. Levantou-se mesmo contra o chefe deste exército, cujo sacrifício perpétuo aboliu e arrasou o santuário e o exército de Deus. Em vez do altar dos sacrifícios, introduziu a iniquidade e atirou por terra a verdade. O chifre pequeno teve bom êxito na sua empresa.

Vi um santo que falava, a quem um outro santo perguntou: "Quanto tempo durará o que anuncia a visão, a propósito do holocausto perpétuo, da abominação devastadora, do abandono do santuário e do exército dos fiéis calcada aos pés?"Aquele respondeu-lhe: "Duas mil e trezentas tardes e manhãs. Depois disso, o santuário será restaurado.
"
[destaques nossos]

Como não ver no carneiro atacado pelo bode uma metáfora da Igreja agredida, seviciada e ocupada pelo erro modernista, que não hesita em substituir a verdadeira religião católica e o culto prestado a Deus, por uma pseudo-religião antropolátrica, idolatradora do mundo e das suas falsidades, consubstanciada na eliminação da Missa de rito latino-gregoriano ou tridentina - a abolição do sacrifício perpétuo do chefe do exército [Cristo] e a destruição do santuário -, e na sua troca por um novo rito - a Missa de Paulo VI - de cunho profundamente ambíguo, a roçar o herético? E como não concluir que as estrelas caídas do céu mais não são do que a maior parte dos homens de Igreja, que depois do V2, cegados pelo orgulho e conquistados pelo modernismo, não hesitaram em abjurar a Fé e a Tradição bimilenares, dando preferência à mentira mundana? Que outra coisa é a multiplicação da iniquidade a que Cristo alude, na primeira passagem supra transcrita?

De resto, este juízo é corroborado por São Paulo, na 2ª Carta aos Tessalonicenses (capítulo 2, versículos 1 a 14), onde o grande Apóstolo expressamente nos diz:

"Acerca da vinda de Nosso Senhor Jesus Cristo e da nossa reunião junto dele, pedimo-vos irmãos, que não percais tão depressa a presença de espírito, nem vos aterrorizeis com uma revelação profética, uma palavra ou uma carta atribuída a nós, como se o dia do Senhor estivesse iminente. Ninguém, de modo algum, vos engane.

Com efeito, antes deve vir a apostasia e manifestar-se o homem da iniquidade, o filho da perdição, o adversário, aquele que se ergue contra tudo o que se chama Deus ou é objecto do culto, até a ponto de ele próprio se sentar no templo de Deus e de se ostentar a si mesmo como Deus. Não vos lembrais de que, quando ainda estava convosco, vos dizia estas coisas? E agora sabeis o que o detém para que se manifeste no momento que lhe toca.

Com efeito, o mistério da iniquidade já está em acção; basta que seja afastado aquele que agora o detém. Então é que se manifestará o iníquo que o Senhor destruirá com o sopro da sua boca e aniquilará com o fulgor da sua vinda. A vinda do iníquo dá-se por obra de Satanás, com toda a espécie de milagres, prodígios enganadores, com todo o tipo de seduções de injustiça para os que se perdem, porque não acolheram o amor da verdade para serem salvos. Por isso, Deus manda-lhes uma força que leva ao erro para que acreditem na mentira, e sejam condenados todos os que não acreditarem na verdade mas sentirem prazer na injustiça.

Nós, porém, devemos dar continuamente graças a Deus por vós, irmãos amados do Senhor, pois Deus vos escolheu desde o princípio para a salvação na santificação do Espírito e na fé da verdade. A isto Ele vos chamou por meio do nosso Evangelho: à posse da glória de Nosso Senhor Jesus Cristo."

Em face do exposto, parece notório que entramos nos tempos apocalípticos, aqueles que antecedem a segunda vinda de Cristo à Terra; saibamos estar à altura desta circunstância histórica absolutamente excepcional. Apesar desta mensagem possuir elementos que podem deixar uma pessoa desprevenida à beira de um ataque de pânico, para um católico crente ela mais não é do que um motivo de esperança: ademais de nos auxiliar a melhor ultrapassar tais dias, prevenindo-nos perante estes e minimizando os estragos que os mesmos de outra maneira causariam, ela acima de tudo assevera-nos o triunfo da verdade sobre a mentira, da liberdade sobre o pecado, da vida sobre a morte, do bem sobre o mal, da Igreja sobre a sinagoga e as portas do Inferno.

Voltemos a São Mateus, capítulo 24, versículos 29 a 44:

"Logo após a aflição daqueles dias, o Sol irá escurecer-se, a Lua não dará a sua luz, as estrelas cairão do céu e os poderes dos céus serão abalados. Então, aparecerá no céu o sinal do Filho do Homem e todos os povos da terra se lamentarão e verão o Filho do Homem vir sobre as nuvens do céu, com grande poder e glória. Ele enviará os seus anjos, com uma trombeta altissonante, para reunir os seus eleitos desde os quatro ventos, de um extremo ao outro do céu.

Aprendei da comparação tirada da figueira: quando os seus ramos se tornam tenros e as folhas começam a despontar, sabeis que o Verão está próximo. Assim também, quando virdes tudo isto, ficai sabendo que Ele está próximo, à porta. Em verdade vos digo: Esta geração não passará sem que tudo isto aconteça. O céu e a terra passarão, mas as minhas palavras não hão-de passar.

Quanto àquele dia e àquela hora, ninguém o sabe: nem os anjos do Céu nem o Filho; só o Pai. Como foi nos dias de Noé, assim acontecerá na vinda do Filho do Homem.

Nos dias que precederam o dilúvio, comia-se, bebia-se, os homens casavam e as mulheres eram dadas em casamento, até ao dia em que Noé entrou na Arca; e não deram por nada até chegar o dilúvio, que a todos arrastou. Assim será também a vinda do Filho do Homem. Então, estarão dois homens num campo: um será levado e outro deixado; duas mulheres estarão a moer no mesmo moinho: uma será levada e outra deixada.

Vigiai, pois, porque não sabeis em que dia virá o vosso Senhor. Ficai sabendo isto: Se o dono da casa soubesse a que horas da noite viria o ladrão, estaria vigilante e não deixaria arrombar a casa. Por isso, estai também preparados, porque o Filho do Homem virá na hora em que não pensais."
[destaques nossos]

quinta-feira, novembro 25, 2004

Júlio Fleichman

[O Rafael encheu-se de coragem e, em estreia, escreveu este artigo em português].
O sempre mais que recomendável O Indivíduo entrevistou o Dr. Júlio Fleichman, um dos principais discípulos de Gustavo Corção. A Casa de Sarto reproduz parte da entrevista. O Dr. Júlio Fleichman é um judeu convertido ao Catolicismo, e pai de Dom Lourenço Fleichman, O.S.B., grande homem de Igreja e um firme defensor da Tradição.
Dedico este postal ao nosso caro amigo e leitor Jacobo San Miguel: ele sabe muito de Benjamín Benavides, de Santa Edith Stein, de São João da Cruz, do pai Leonardo Castellani e de Sören Kierkegaard. Pela minha parte não posso por menos de recomendar ao Jacobo e aos nossos leitores o livro de o dr. Júlio Fleichman
“O Itinerário Espiritual da Igreja Católica”, uma análise escatológica em profundidade da História da Igreja.

O INDIVÍDUO: Como foi o seu encontro com Gustavo Corção? Como o senhor chegou a conhecê-lo?
Dr. Júlio Fleichman: Eu era um judeu já adulto e tinha um amigo chamado Frederico de Carvalho. Nós tínhamos um grupo de amigos de 19, 20 anos, e nos encontrávamos à noite e andávamos pelas ruas. O que fazíamos principalmente era discutir. Discutíamos cultura, arte, filosofia, política – tudo provavelmente na base da chutação. Éramos três ou quatro. Um deles, Frederico de Carvalho, era mais velho e não participava muito das discussões. Mas às vezes fazíamos as conversas na casa dele, porque ele era o único casado. Ele conhecia um centro chamado "Resistência Democrática" que tinha sido fundado por escritores e políticos católicos, e um socialista chamado Hílcar Leite, que era um socialista de tipo raro, que acho que hoje em dia não existe mais, porque ele era de uma idoneidade intelectual fora do comum. Essa instituição tinha grandes personalidades, como Fernando Carneiro e Gustavo Corção, e lá aconteciam debates, freqüentemente muito engraçados.
O fato é que o Frederico nos levou a esse ambiente, e nos falava de Corção, que tinha lançado seu primeiro livro, "A descoberta do outro", e tinha sido saudado pela crítica como uma revelação, foi comparado a Machado de Assis. Esse livro conta a história da conversão de Corção, que aconteceu aos 40 anos. Então, eu comecei a freqüentar esse grupo e me encantei. Na época, eu não era religioso, não era judeu praticante. Também não me envolvia diretamente em política; tinha tido simpatias pelo comunismo, mas nunca me envolvi muito. Agora, eu tinha interesse pelo assunto. E nesses debates Gustavo Corção ganhava, porque ele era muito vivo, muito culto, muito engraçado, e ele logo atraía a atenção das pessoas. Me interessei muito por ele e ouvi dizer que ele tinha um curso, que ele dava umas aulas de religião no Centro Dom Vital, que naquele tempo era na Praça Quinze. Era um prédio que pertencia, ou era emprestado à Cúria, e tinha lá os cursos religiosos, entre os quais o do Corção. E eu ia para lá.
Embora não religioso, eu me interessava particularmente pela inteligência dele. Havia lá uns dez, doze pessoas, todos moços, mas, em geral, mais velhos do que eu, todos casados. Naturalmente, eles, como católicos já praticantes, me olhavam como uma presa a ser capturada com interesse de conversão e havia entre nós um debate, fora da aula, onde nós discutíamos muita política. Eu ficava furioso, porque ainda tinha simpatias pelo comunismo e eles eram amigos de Carlos Lacerda, que nessa época, isso foi em 1950, estava fundando a "Tribuna da imprensa". Ele era cronista do "Correio da manhã", e eu não o lia e não gostava. Mas fiquei irritado com a campanha dele contra o candidato comunista nas eleições de 1950, que se chamava de Fiúza, e ele chamava de Rato Fiúza.
Foi quando começava a surgir a "Tribuna da imprensa" e Corção escrevia lá uma pequena crônica, sempre muito engraçada, e me apaixonei pela personalidade e pela inteligência dele.
Naquela época, eu era um leitor ávido, lia tudo que me caía nas mãos. Li um livro de um escritor inglês chamado Chesterton, um católico polemista muito vivo, amigo mas oponente de Bernard Shaw, e um livro de São Tomás. E eu fiquei furioso com aqueles livros.
Um amigo meu virou-se para mim e perguntou por que é que eu tinha toda aquela gana contra esse tipo de católico. Por que essa raiva toda?. E eu olhei para ele e não soube responder.
Depois, me caiu nas mãos um livro de Kierkegaard, A angústia humana. E eu gostava de andar na rua pensando nessas coisas que eu lia, até que um dia, de repente, me aconteceu uma espécie de ajuste. Foi como se dentro da minha alma alguma coisa que estava distorcida, contorcida, se colocasse no lugar. E me deu um vento interior de sanidade – não tive nenhuma revelação, mas senti um bem estar, como se eu, enfim, entendesse certas coisas. Até então eu tinha uma reputação de doutor-sabe-tudo junto a meus amigos, e o fato é que tudo que me aparecia, inclusive o catolicismo, que eu desprezava, tudo eu enquadrava numas certas colocações que, no fundo, significavam que eu julgava que sabia tudo, que tinha tudo mais ou menos equacionado.
Com esse livro do Kierkegaard, e com esse ajuste, eu de repente me dei conta de um universo que eu simplesmente não sabia que existia, que era o da minha alma, meu eu interior. A minha vida interior era angustiada, sem eu perceber. No Kierkegaard tinha um capítulo inteiro onde ele dizia que a situação do mundo era justamente essa, viver numa angústia que nem percebe. Era a angústia de uma distorção espiritual em que as pessoas vivem sem nem perceber. Era o meu caso.
E as coisas que eu estava lendo começaram a fazer sentido. Comecei a ver que a tal cultura, a tal mentalidade que eu tinha, e pensava que o universo inteiro cabia dentro dela, era uma caixinha de fósforos pequeninha e errada, e o universo era uma coisa muito mais ampla, complexa e rica do que a minha caixinha.
Com isso, e com a freqüência ao Centro, e depois passei a freqüentar o mosteiro de São Bento, eu fui começando a perceber esse tipo de universo amplo, até que um dia fui bater no mosteiro e pedi a dom Marcos Barbosa que me batizasse. A primeira vez que ele marcou eu não fui, eu fugi, mas depois eu fui finalmente batizado. Frederico de Carvalho foi o meu padrinho e apareceram três freiras do Sion a quem Corção tinha pedido que rezassem pela minha conversão. Afinal, me converti e nunca mais deixei o Corção e segui firme no caminho que tinha que seguir.
Comecei a ajudar Corção na medida do possível. O Centro Dom Vital tinha sido fundado por Jackson de Figueiredo no princípio do século. Era uma organização que reunia escritores católicos. Na época, o presidente do centro era Alceu Amoroso Lima e, quando comecei a freqüentar o centro, procurei assistir às aulas dele, mas logo me enchi. Vi que aquilo era un negócio meio sumário, apesar da grande fama de scholar que ele tinha. Um esquerdista da época, Joaquim Pimenta, dizia que a cultura dele era uma cultura de fichário. E devia ser mesmo. Ele dividia todos os problemas em três e aí ia tratando deles. Para um novato, no princípio, era muito interessante, porque ele simplificava os problemas e ele resolvia tudo, mas logo descobríamos que não era assim, que aquilo era muito simplório.
Em 1963, o Alceu começou a tomar posições esquerdistas e entrou em conflito com Corção, que era vice-presidente. Então, saímos do Centro e, mais tarde, em 1968, fundaríamos a Permanência.
A Permanência foi fundada com todo o apoio do episcopado da época, o cardeal-arcebispo do Rio de Janeiro celebrou a missa de fundação. Alugamos o quarto de empregadas da casa de umas polonesas que tinham ali uma organização de senhoras polonesas, e ali fazíamos as conferências e as missas. Com a missa do cardeal, foi fundada religiosamente a Permanência.

Rafael Castela Santos

terça-feira, novembro 23, 2004

España como muestra del neocapitalismo amoral

L’Esclat es una publicación digital catalana que viene ya reivindicando hace mucho tiempo una cosmovisión eminentemente católica e hispánica de las Españas. Queremos dejar no sólo constancia a los lectores de A Casa de Sarto de su existencia, sino de los excelentes textos con que está sazonada.
Como ejemplo de ello reproducimos a continuación “la pluma roja”
, reflejando la labor de laminación de la cultura cristiana desarrollada por los antiguos comunistas, hoy reciclados en ultracapitalistas financieros en lo económico, cosmopolitistas en lo político y nihilistas en lo filosófico, pero a los cuales el sistema ha otorgado el monopolio de la cultura. España, donde la omnipresencia de un grupo mediático-editorial (PRYSA) es masiva, es un buen ejemplo de cuáles son los resultados de semejante labor de destrucción por parte de estos “rojos” renovados. La connivencia de la llamada “derecha” liberal con la siniestra –palabra latina que designa la izquierda … y no en vano- queda ilustrada en el texto. El italiano Croce habló ya en los cuarenta de la barbarie que se venía encima al mundo, el orden inicuo de lo que él denominó con excelente criterio “neocapitalismo amoral”.
Porque la Ciudad, la Polis, no tiene más que dos opciones. O con Cristo o contra Él, como nos recordaba San Agustín. Cuando nuestras naciones y esta Europa reniegan de Cristo sólo se puede esperar el suicidio de nuestras Patrias en lo político y la vuelta a la barbarie en lo cultural y lo filosófico, sólo que ahora no sería como en los tiempos precristianos sino que sería una barbarie luciférica. Estos intelectuales orgánicos y no orgánicos, estos escritores e ideólogos de la “pluma roja” son la anti-civilización occidental y cristiana. De ahí que haya, más que nunca, que volver a los clásicos: a Grecia, a Roma, a los Evangelios y a los Santos Padres.

La pluma roja
Miguel Angel Espasadín
La izquierda monopoliza la cultura y los medios de comunicación en España. La herencia estratégica del comunista Gramsci sigue siendo asumida por los partidos socialistas occidentales, y, especialmente, por el PSOE. Recordemos que Gramsci primaba la infiltración cultural a la violencia para la conquista del poder en Occidente.Se trata de conquistar las superestructuras del poder (la prensa, el cine, el teatro, la radio, la cátedra, los ateneos, la música, las salas de arte, los círculos intelectuales, etc.) para así conquistar a la sociedad civil y tomar el poder. El mundo de la educación, el de la cultura y el de la información, son los objetivos preferentes de la infiltración izquierdista.Transcurridos ya doce años desde la caída del Muro de Berlín, los comunistas, reciclados en socialdemócratas, siguen controlando la cultura y la información. La antorcha gramsciana ha pasado de manos comunistas a manos socialistas, pues los partidos socialistas occidentales no esconden que admiran la inteligencia y el éxito que esta estrategia posee. El fracaso del comunismo fue debido al espantoso desastre económico, tecnológico y espiritual de los países que configuraban el bloque soviético, pero la estrategia gramsciana de infiltración, fue y sigue siendo un éxito izquierdista en Occidente. El socialismo occidental toma el relevo y su “pluma roja” nos bombardea a diario por tierra, mar y aire desde su privilegiada posición en lo alto de la colina cultural e informativa.Y es bien sabido que quien domina la información domina el poder político o no tardará en conseguirlo. El mundo cultural y el informativo son las dos llaves que abren la puerta del poder político. De poco le servirá a la pusilánime y lerda derecha liberal esgrimir éxitos económicos, está abocada al fracaso y la derrota, debido a su acomplejamiento, mimetismo, cobardía y vacío cultural.La “pluma roja” es capitaneada en España por el magnate de la información Señor Polanco, dueño de El País, Canal Plus, Editorial Santillana y de infinidad de peones situados estratégicamente en el mundo de la comunicación. Es también dueño de la Cadena Ser de radio, y dueño también del PSOE.La “pluma roja” del Sr. Polanco aplaude el progresismo disgregador en la Iglesia. Defiende el aborto, estimula el divorcio, justifica la droga, se regodea en la inmoralidad sexual, ridiculiza la moral cristiana, se mofa del Papa, persigue al patriotismo, fomenta la homosexualidad, descristianiza a España, alaba la masonería, ataca a la familia, manipula la información distorsionando, inventando o silenciando noticias. La “pluma roja” condiciona a los escritores, a los músicos, a los cantantes, a los pintores, puesto que solo elogia a los que se manifiestan en una determinada línea, mientras vapulea o silencia a los otros, con lo que consigue la subversión general de la cultura.Se dedica a pastorear el rebaño del esnobismo intelectual. Se mofa de la historia de España. Se fascina con la decadencia, degeneración y depravación social que el mismo ha contribuido a crear.La “pluma roja” es capitalista en lo económico e izquierdista en lo moral y en lo espiritual.La “pluma roja” es el resultado de la unión bastarda entre la finanza y el progresismo. La derecha liberal (igualmente bastarda) ni puede ni quiere contrarrestar la influencia mediática y cultural de la izquierda.Del vacío ideológico y cultural se ha pasado al esperpento mimético, y así tenemos a un Aznar admirador de Azaña y de las brigadas internacionales, que al mismo tiempo condena (con su silencio cómplice) el Alzamiento Nacional del 18 de Julio. Con el partido popular en el poder, a la izquierda ya no le queda más recurso que apelar al resentimiento histórico para no aburrirse, pero incluso así, es superada por la estupidez histórica del Aznar y su P.P.Con el P.P. o con el P.S.O.E. (que son lo mismo) tendremos monopolio de la cultura de izquierda con el ataque a Dios, la Patria y la Justicia que ello supone. Mientras tanto, un pueblo oprimido y aturdido no sabe que camino coger.La opinión pública está atontada y anestesiada por el terrorismo intelectual del sistema.Pero si no queremos que todo se desmorone, habrá que superar una época que se hace irremediablemente vieja.Habrá que construir un mundo nuevo en el que Dios y España recobren el glorioso lugar que les corresponde.

Rafael Castela Santos

sábado, novembro 20, 2004

20 de Novembro

Assinalando a passagem do 20 de Novembro, aqui fica como homenagem a José António Primo de Rivera e a Francisco Franco - Presentes! -, o bonito poema "Romance de Castela em Armas", de Frederico Urrutia, traduzido por António Manuel Couto Viana:

Na cinzenta geografia
da região castelhana
iam os moços cantando
canções, pela madrugada.

Longe, no largo da aldeia
à sombra da igreja oirada,
as moças estão chorando:
Mãe, os moços abalaram!

Os seus fatos domingueiros,
o trilho, o feno e a enxada,
mais os cavalos da feira
e a noiva que bordava,

tudo ali ficou, na aldeia
à sombra da igreja oirada.
- Por que partes para a guerra?
-Ó mãe, a pátria me chama!

Ávila jaz em silêncio,
nos seus muros apertada.
Segóvia, em recolhimento,
dorme à sombra do Alcácer.

Em Toledo se apagaram
doces idílios da Cava.
Burgos e Valladolid
marcham firmes na cruzada.

E ficou muda de amores
a Praça de Salamanca.
Todos os homens partiram
ao começar a batalha.

O Cid - estrela de ferro -
pelo espaço cavalgava,
com uma espada de fogo
em fráguas de Sol forjada.

A água mudou-se em sangue
pela margem do Jarama.
Próximo de S. Servando
o Tejo, que antes banhava
milagres de verde fruta
pela veiga toledana,
vendo o Alcácer destruído
pelas noites suspirava.
Cantos de trincheira bordam
os picos do Guadarrama,
e o Alto do Leão
dos leões hoje se chama.

Naquele Cerro dos Anjos
a que os anjos fazem guarda,
fuzilaram Jesus Cristo.
E todas as pedras sangram!
Porém, não temas, ó mãe!
Toda a Castela está em armas!
Madrid já se vê bem perto.
Ouves? - Franco! Arriba Espanha!
A hidra vermelha morre
de baionetas cercada.
Já tem as carnes fendidas
e as fauces dilaceradas.

Lá muito longe, na aldeia
à sombra da igreja oirada,
junto do fogo campestre,
milhares de mães rezavam
pelos filhos que partiram
vestida de azul a alma.
Não chores, ó mãe, não chores,
Pois a guerra já está ganha!
Antes que ceifem os trigos
voltarei pela azinhaga
e haverá festa na aldeia
e sinos às badaladas.
E haverá risos nas moças
e alegria nas guitarras
e desfiles pelas ruas
e tambores e doçainas
e bandeiras da Falange
à sombra da igreja oirada.

Madrid já se avista de perto!
Toda a Castela está em armas!

Na cinzenta geografia
da região castelhana,
cravadas nas espingardas,
as baionetas brilhavam.
O Cid, camisa azul,
Pelo espaço cavalgava…

quinta-feira, novembro 18, 2004

Glosando a Félix Lamas - La Patria

Y para finalizar esta serie triple (El estado, la nación y la Patria), volvemos a escoger otra editorial del profesor argentino Félix Lamas extractada de la revista Moenia. La cursiva son mis glosas.
Con esto finalizamos en A Casa de Sarto esta aproximación desde un punto de vista católico y tradicional a estos tres conceptos (estado, nación y Patria) tan a menudo mal utilizados. Una vez más señalamos que Félix Lamas es discípulo del Catedrático de Filosofía del Derecho Don Francisco Elías de Tejada, auténtico prohombre del Carlismo, doctrina política hispánica que ha sabido llevar el Tomismo a la política. Aprovecho para saludar a nuestros pocos, pero fieles, lectores, entre los que quiero destacar a Manuel Azinhal
y a O Corcunda, quienes de manera distinta inspiraron estas pequeñas glosas.
Sólo quisiera que estas últimas glosas, por el momento, a Félix Lamas nos sirvieran a los que ahora somos “ciudadanos de Europa” y que otrora fuimos miembros –y destacados- de la Cristiandad, para reflexionar sobre la iniquidad de la llamada Constitución Europea. Con la Patria no se juega. Defendamos las Patrias de Portugal y España, así como cualquier otra Patria. Esto pasa, entre otras cosas, por votar no a ese intento voluntarista de anulación de las Patrias de la maldita Constitución Europea y su más maldito aún Reglamento.


Amar la patria es el amor primero
y es el más grande amor, después de Dios,
y si es crucificado y verdadero
ya son un solo amor, ya no son dos.

Leonardo Castellani (fragmento)


“Después de Dios, los padres y la patria son también principios de nuestro ser y gobierno, pues de ellos y de ella hemos nacido y nos hemos criado. Por lo tanto, después de Dios, a los padres y a la patria es a quienes más debemos.”
Sto. Tomás de Aquino, S.T., II-II q101, a.2


“El bien común político es el primer principio práctico en el orden temporal. Sobre la verdad de esta proposición no cabe dudar; empero, ella es una formulación abstracta que vale en el campo de la ciencia o del pensamiento racional, pero que no resulta inmediatamente operativa en el pensamiento vivido. Lo abstracto, en tanto tal, no puede ser objeto de amor; y en el hombre el amor -en cuanto acto elícito de la voluntad- es el principio vivido eficiente de la operación. Nadie da la vida por la “comunidad política” en general. En cambio, cuando es necesario, se derrama la sangre por la patria. El bien común se concreta y se torna primariamente real -en primer lugar- en el bien de la patria; de la patria singular y propia de cuyo seno cada uno ha salido para incorporarse en y por ella a la historia y al ámbito de una geografía con sentido espiritual. La doctrina del bien común, por lo tanto, en la medida en que pretenda ser una doctrina inmediatamente práctica, debe concretarse en la doctrina de la unidad, la libertad, la grandeza y la prosperidad de la patria; ella se carga así de la significación inmediata y del contenido afectivo que aseguran su eficiencia colectiva.”

Algo pues hay en la Patria como algo que puede “ser entendida emotivamente”, aunque estrictamente hablando nada se entiende con la emoción. Sin embargo, el que pueda ser sentida, o el que se pueda sufrir por ella, no restringe su entidad a tal sentimiento. Muy por el contrario hay un profundo acto intelectual que entra en la aprehensión de la Patria, simplemente porque sólo se ama lo que se conoce. Equiparar la Patria a un sentimiento, por noble que éste fuese, sería desvestir el patriotismo de toda virtud. Es algo así como reducir a Dios al mero sentimiento religioso, herejía modernista que la A Casa de Sarto abomina.

“Hay una vinculación lingüística y nocional originaria entre el concepto de patria y la paternidad, que es común a todo los pueblos indoeuropeos. No se trata en este caso de la paternidad en sentido biológico sino social, como cabeza, origen o autoridad de una estirpe o de una casa. El padre de familia encarna la continuidad de ésta, asegurada y simbolizada en el culto familiar. La familia así entendida excede el marco de la carne y de la sangre -aunque lo suponga- y propiamente consiste en el vehículo de inserción histórica del hombre en la vida política y religiosa; es a la vez un elemento fundamental en su formación. Pues bien, la patria es como la continuación de la familia en el orden perfectivo. En la patria los lazos biológicos y amistosos son menos evidentes e intensos que en núcleo doméstico; pero en cambio su capacidad formativa de la personalidad social e histórica de los hombres es mucho mayor. Ella encarna la vinculación con un pasado e incluye un plexo de posibilidades para el futuro. Ella se verifica y concreta la cultura y la civilización como bienes específicamente humanos. Pero: ¿Qué es ella en realidad? ¿Es la tierra de nuestros padres? ¿Es la tierra donde se ha nacido? ¿Es, acaso, la tradición?”

A mayor abundamiento, Lamas especifica en este párrafo una serie de atributos de la Patria como modo de aproximar una primera definición. En primer lugar, puede parecer extraño que Lamas hable de la familia como algo que excede a los lazos de sangre. La fuente de esta noción es la sociedad heleno-romana, en la que la familia era una institución política, semejante al clan pero mucho más sofisticada y abierta. A menudo se olvida, al establecer las fuentes del sistema feudal, que el origen inmediato de la alianza política y militar que se conoció como el lazo feudal es el sistema de los “clientes” romanos (y su análogo griego). Los clientes eran discípulos o subordinados del pater familias, que desde el punto de vista social –y mucho más político- eran familiares, aunque no tuvieran relación de sangre alguna. Los círculos de alianzas durante la república romana, y aún durante el imperio, no se entienden sino desde este punto de vista. La familia era una institución más próxima a las familias de la mafia (claro que sin los elementos delictivos de ésta) que a la moderna “familia nuclear”, o incluso la “familia extendida” de los anglosajones. Un claro ejemplo de esto es en las antiguas familias portuguesas o españolas –en realidad en toda la Hispanidad- donde había “criados” o “domésticos” que eran literalmente parte de la familia y cuya filiación era social y cultural, no de sangre. ¿Quién no conoce familias donde ha habido primos o sobrinos que se quedaban huérfanos y eran incorporados y tratados exactamente como si fueran de la familia por parte de quienes los adoptaban? En tierras lusas y españolas a ambos lados del Atlántico hay familias donde incluso un hijo ilegítimo es incorporado a la familia exactamente al mismo nivel que los legítimos. Bien es cierto que en esto último también está esa capacidad sanadora del Sacramento del Matrimonio, que permite lo que los teólogos llaman sanatio in radice. La idea de que la Patria es la extensión de la familia en el orden perfectivo es fundamental en la concepción romana de la res pública, y a través de la Edad Media nos llega a nosotros en la vida municipal entendida en los términos del tradicionalismo carlista en el caso de las Españas o de la vida de la freguesia en el caso portugués, como Antonio Sardinha tantas veces señalaba.

“La patria es algo más que la tierra donde se ha nacido, se vive o nacieron nuestros padres; es, aún, más que la tierra que se vincula como raíz existencial de nuestra vida. Es también más que el pueblo entendido como totalidad social o étnica. Tampoco puede reducirse al mero pasado de dicho pueblo o de su tierra. Es todo ello: pueblo, tierra e historia vivificados por una tradición que les confiere sentido espiritual. La tradición vincula las diversas generaciones entre sí de modo que las últimas se reconozcan herederas y copartícipes de una común identidad respecto de las anteriores; ella es la que llena de significación humana un paisaje, el cielo y el mar. Esa tradición, que es el alma viva de la patria, es el patrimonio común de todo un pueblo cuyos miembros se reconocen entre sí como compatriotas; heredad común que no necesita ser dividida, porque se participa a todos sin sufrir mengua alguna en esa comunicación. En ella consiste la riqueza de la patria, que cada hijo de ésta posee, en mayor o menor medida, como conformación interior. Esa tradición, a su vez, se entronca con el mundo de lo sagrado. La patria tiene así una dimensión religiosa que reclama -so pena de la pérdida de su validez última- la conformidad con el destino supernatural del hombre, que es la Patria Celeste.”

Lo importante es que el sentido espiritual de la Patria conlleva una dimensión religiosa, una “unidad de destino en lo universal”. José Antonio Primo de Rivera quiso convertir al nacionalismo mediante el reemplazo de la noción de nación usada por los nacionalistas (ya de tipo centralista-liberal o de corte periférico) con la más apropiada de Patria en el sentido tradicional. La unidad de destino viene dada por la unidad de origen, la fidelidad al culto familiar –reflejada en la Tradición-, y la fijación espacial en un territorio. De ahí que en países como España o Portugal no pueda haber renovación del espíritu patriótico cuando esa Tradición, especialmente la religiosa (pero también la política, la social y la cultural) ha sido dinamitada. La restauración de Portugal o España pasa, indefectible pero no exclusivamente, por la recuperación de la Tradición Católica.

“La patria -o, dicho con más precisión, la relación de pertenencia a ella- es, pues, uno de los principios constitutivos de al personalidad concreta de cada hombre en la medida en que es una determinación cultural de máxima entidad, susceptible de ser desarrollada en corma casi ilimitada. En tal sentido, un ancho sector de la vida humana encuentra en esta referencia de pertenencia su propio valor, a punto tal que su pérdida, rechazo o abandono implica siempre, por necesidad, una devaluación o corrupción vital; es la contradicción interior, una infidelidad suprema en el orden natural. De ahí que toda persona con integridad moral comprenda que una vida asentada sobre la traición o la desvinculación con su patria no sea digna de ser vivida. Esa fue, más que la búsqueda del concepto, la gran lección de Sócrates.”

Baste señalar, a modo de muestra, que la traición a la Patria es aceptada casi universalmente como causa de la pena capital. En esto, y para ilustrar la crítica que hemos vertido en entradas anteriores utilizando el ejemplo de Francia, traigo a colación a Quevedo y a Joseph de Maistre: la traición del estado francés, primero monárquico, después revolucionario, después napoleónico, finalmente moderno, consiste precisamente en el abandono de la vocación católica (galorrománica) de la Patria francesa.

“El deber del hombre para con su patria encuentra fuente rectificativa en dos virtudes. En primer lugar, una general que -en cierto sentido- se confunde con toda la virtud: la justicia legal, cuyo objeto es el bien común temporal, Sin embargo, la justicia siempre implica alguna medida o proporción; de ahí que ella sola no pueda abarcar todos los deberes del patriotismo; por otra parte, ella supone el Estado o la comunidad política, los cuales pueden no coincidir con la patria. En segundo lugar, y en forma más especial, una virtud aneja a la justicia: la pietas (piedad), tiene por objeto los deberes que se tienen con los padres y la patria en tanto ambos son principios de nuestra existencia; desde este punto de vista, el objeto de la justicia aparece como excedido o desbordado, pues se desvanece toda posible conmesuración real entre lo que cada hombre puede devolver como servicio o como honra a los padres y a la patria, y la medida ilimitada del deber para con ellos. De ahí que la pietas -a la cual se reduce la virtud del patriotismo- guarde cierta similitud con la virtud de religión. Semejanza que no está en aquel que es término del culto, honra o servicio, pues entre Dios y cualquier bien temporal, por alto que sea, toda proporción desfallece, sino en la imposibilidad para el hombre de acercarse en ambos casos a una medida retributiva. La pietas - y dentro de ella el patriotismo- está incluída dentro de la religión, como lo menor dentro de lo mayor, de la manera que el culto a Dios también exige el culto a los padres y a la patria.”

No hay ninguna relación correlativa para la nación y he aquí el craso error filosófico de los nacionalistas, sean estos los catalanes, los vascos, los bretones o esa germanía de nacionalistas (en realidad debería escribir nazionalistas) portugueses que tienen por costumbre “comentar” las ponderadas y meditadas reflexiones de O Corcunda en O Pasquim da Reacção
. Las virtudes políticas tienen por objeto la Patria. Ya que Lamas no lo dice, el don de Piedad –la moción de la Gracia en el alma por la cual nos atrevemos a llamar Padre a Dios- se extiende según Santo Tomás a nuestros prójimos, empezando por los más cercanos –nuestra familia- y por extensión a los débiles, enfermos y desposeídos. Es decir, a aquellos de entre el pueblo a los que nos debemos más por amor de Dios. Todo se centra en la relación de filiación: con nuestros padres, con nuestra Patria, con el Padre Celestial. Sin esta piedra angular no existe verdadero patriotismo.

“Sea, pues, por justicia, por patriotismo (pietas) o religión, el hombre ha de servir y honrar a la patria como a uno de sus principios constitutivos como persona concreta, y ello sin otro límite que el de la verdad del bien y las posibilidades de cada uno; ocurre aquí como en la amistad: la medida de la entrega está determinada por todo lo que se pueda dar. El llamado de la patria es para el hombre algo absolutamente incondicionado. Y si llegare el momento de dar la vida por ella, y eso se hiciere con amor recto, se habrá ganado la gloria de las dos patrias, la terrenal y la Eterna, y a la vez se habrá agregado una porción de belleza moral a la hoy agónica historia del hombre.”

Por eso quiero acabar con los dos últimos versos del Padre Castellani que citábamos anteriormente:

Y si es crucificado y verdadero
ya son un solo amor, ya no son dos.
Rafael Castela Santos

segunda-feira, novembro 15, 2004

Um estranho país

Para variar, graças a Deus, não se trata de Portugal… Que outro epíteto pode merecer um país onde o governo, por mesquinha vingança política, nega o direito de sepultura a um morto em solo pátrio, por muito censuráveis que se pudessem julgar as ideias e a postura política do falecido? Onde um cardeal com mais de oitenta anos de idade, por defender o ensinamento tradicional bimilenar da Igreja Católica sobre a homossexualidade, é, nos últimos dias da sua vida, insultado, enxovalhado e achincalhado pelas associações ditas de "gays", e ameaçado de ser processado judicialmente sob a acusação da prática de um crime racista, tudo sob o olhar conivente das autoridades públicas? Onde a respectiva classe política é das mais sordidamente corruptas da Europa - o tempo não provocou uma ruga sequer no implacável requisitório "La Cohue de 40" que contra ela escreveu, há mais de cinquenta anos, Leon Degrelle, o morto a quem foi recusado o direito de sepultura acima referido -, corrupção essa perfeitamente exemplificada no caso dos helicópteros "Augusta", bem como no das cumplicidades nunca clarificadas de tal classe com a rede pedófila de Marc Dutroux? Onde um partido político, tão-só por recusar o integracionismo forçado e o igualitarismo radical, numa ilustração perfeita do aberrante paradoxo democrático, é imediatamente posto à margem da lei, sob os labéus infames de xenófobo e segregacionista? Onde num território mais pequeno do que o Alentejo, no qual já existem três línguas oficiais, uma quarta mais parece querer apresentar os seus direitos de candidatura a tal estatuto, ou seja, o… árabe? Este país, como os meus leitores já adivinharam, chama-se Bélgica e a sua capital, Bruxelas, é também a capital da União Europeia. Um estranho país, de facto…

Recomendaciones

Me permito compartir con Vds., queridos lectores de A Casa de Sarto, este enlace del que se ha convertido en el segundo periódico digital en España y cuya sección de religión siempre trae asuntos interesantes y más interesantes matices y comentarios. Con guante blanco pero firmeza en los comentarios les confesaré que a día de hoy apenas hojeo ya las páginas de religión de los diarios españoles. Con Zenit y ESD, la crisis de la Iglesia Católica en España y una selección siempre adecuada de las noticias internacionales sobre temas católicos hacen de esta sección de religión un puntal de comentario profundo y sosegado.
Tomen nota, por favor, y pónganlo entre sus favoritos porque merece la pena.
Rafael Castela Santos

sábado, novembro 13, 2004

Testemunho duma Geração

Artigo recentemente publicado pelo Manuel Azinhal, fez-me reflectir uma vez mais sobre os factores que enformaram decisivamente o Integralismo Lusitano e, em especial, a obra de António Sardinha.

A meu ver, não é possível compreender tal movimento sem se considerar a influência fulcral que sobre ele exerceu a doutrina católica tradicional, matizada pela luta antiliberal e contra-revolucionária que a Igreja se viu compelida a travar, desde finais do século XVIII, contra o jacobinismo iluminista e os seus frutos, os quais se consumaram na Revolução Francesa e no espírito do século que dela derivou, impondo a ditadura totalitária do relativismo ético-moral.

Assim sendo, tendo sempre em conta esse circunstancialismo, constata-se que o influxo dos pensadores tradicionalistas católicos é causa de primeira grandeza na formação do património ideológico integralista: este último é imperceptível, se não se sopesar o contributo que para o mesmo deram figuras comos os portugueses Frei Fortunato de São Boaventura, Padre José Agostinho de Macedo ou o Visconde de Santarém, o espanhol Donoso Cortés, os franceses Maistre, Bonald, Louis Veuillot, ou Cardeal Pio, mais até do que o próprio Maurras; mesmo no interior da Action Française, convém relembrar que Sardinha estimava particularmente Jacques Maritain - por suposto, o bom Maritain de "Antimoderne", antes de ter sido pervertido ao personalismo e à democracia cristã de Mounier… Tudo isto, claro, sem olvidar o papel determinante desempenhado em tal processo pelo magistério dos Papas Pio IX, Leão XIII e São Pio X.

E se as influências ideológicas do Integralismo, e em particular de Sardinha, não se cingem ao Catolicismo tradicional - aquele não esconde uma notória simpatia, entre outros, por Vacher de Lapouge, autor dos célebres livros "Les Selections Sociales" e "L'Aryen" -, a verdade é que o Integralismo é intrínseca e fundamentalmente animado por um espírito católico tradicional, antiliberal, contra-revolucionário e, por conseguinte, antimodernista, conforme se infere das palavras do próprio António Sardinha quando, no artigo "Testemunho duma Geração", publicado no seu "A Prol do Comum - Doutrina & História", executa o retrato da geração integralista:

"Geração de sacrifício e de resgate, já nós sabemos o que vale, tanto nas suas predilecções mais caracterizadas, como nas suas figuras representativas. É católica e monárquica. E é-o pelo coração e pela inteligência, realizando assim o acordo dessas duas ordens de conhecimentos do homem, - a ordem do coração segundo Pascal, e a ordem da inteligência segundo Descartes. Proclamemo-lo bem alto, numa hora em que as forças negativas da sociedade julgam chegado o seu triunfo! É antes a sua derrota que se aproxima, porque se aproxima o advento daqueles que, na expressão iluminada do neto de Renan, tomaram o partido dos avós contra o partido de seus pais. A guerra não acabou - a guerra continua! É uma guerra espiritual, de que sairão vitoriosos os direitos de Deus, e, mais nobre e mais invencível, a autoridade esquecida do sangue. Quem não nasceu para vítima, nasceu para apóstolo.

Apóstolos da Esperança, não é só o Portugal-Maior que nós haveremos de restituir à sua grandeza perdida. É também o Portugal cristão, - o Portugal cuja vocação histórica foi dilatar a Fé e o Império.

São calcinados e cheios de redes os caminhos que nos conduzem lá. Mas nem por isso o desfalecimento consegue aninhar-se-nos no peito. Se os Mortos mandam, os Mortos marcham connosco, ressuscitados da treva inferior do sepulcro pelos nosso votos de libertação.

Silêncio! Numa vigília atenta passam os cavaleiros da Grei. É Portugal que passa com eles para uma outra manhã de Ourique que já se anuncia tão gloriosa como a primeira!"

Glosando a Félix Lamas - La Nácion (conclusão)

“A la luz de lo que llevamos dicho, son claras las diferencias que separan el concepto de nación del de patria. En contraste con el matiz biológico del primero, el segundo alude a una cierta extensión o proyección de la idea de paternidad, más allá de los límites de lo doméstico. Paternidad entendida no tanto, ni principalmente, en sentido natural o biológico, sino ético, social o religioso; como continuidad moral de una estirpe, de un patrimonio y de un culto, arraigada en una tierra a la que se hace participar del carácter casi sagrado de la vida humana así entendido. El naturalismo étnico que implica la nación, en cambio, no necesariamente connota esta relación con la tierra; una nación puede transmigrar, la patria no. La patria engloba a la nación y la trasciende espiritualmente, y por eso ella es, y no la nación, juntamente con los padres, objeto de la Pietas, virtud que guarda una cierta semejanza con la virtud de religión, en cuanto la patria, los padres ‑y, sobreeminentemente Dios‑ son principios de nuestra existencia. Por eso hemos dicho: ‘La patria es pueblo, tierra e historia vivificados por una tradición que les confiere sentido espiritual’.”

Por seguir con el ejemplo de los franceses, yo no sé si existe una nación francesa en el sentido filosófico. Si la hay, estoy convencido de que nada tiene en común con los francos de antaño. Estos franceses modernos, como diría Burke, hicieron el camino inverso y ‘se han vuelto salvajes a fuerza de sutileza’. Lo que definitivamente existe es el pueblo de Francia, la patria de los franceses y el Estado francés. Cuando comento acerca del Estado francés no lo hago exclusivamente en su versión moderna sino de un modo extensivo a su constitución real, es decir a sus leyes, hábitos cousuetudinarios, e historia política. El pueblo francés fue durante buena parte de su historia un pueblo dividido, donde los buenos católicos llevaron casi siempre la peor parte. Si admitimos ex hypothesis que la fundación de Francia coincide con la conversión de Clovis (hipótesis contestada entre otros por Alexis de Tocqueville), entonces la patria católica ha sido vejada y prostituida de un modo feroz por sus propios hijos. Joseph de Maistre dice sin tapujos que la revolución fue el castigo merecido (y no la causa) de precisamente ese abandono de la obligación fundacional. Jean Dumont dice algo similar.

“Es evidente, asimismo, que la nación no es el Estado, sino un constitutivo material de éste, en tanto es una formalidad bajo la cual puede ser considerado el núcleo de su causa material propia y adecuada: el pueblo. Ni siquiera se identifica extensivamente con éste último de una manera universal y necesaria. Por el contrario, varias ‘naciones’ pueden ser parte del pueblo de un Estado, como ocurre en el caso de España, o bien, varios Estados pueden estar constituidos por parte de una misma nación (v.gr. la nación alemana está distribuida entre Alemania, Austria, Suiza, etc.). El llamado ‘principio de las nacionalidades’ que puede formularse así: ‘a cada nación un Estado’, como pretendido principio de organización internacional o de Derecho político es falso y de hecho fue ‘un factor revolucionario, que modificó profundamente el mapa de Europa en los siglos XIX y XX’. Imperios añosos y prósperos, como el Austrohúngaro, Estados con una legitimidad histórica irreprochable, como los Pontificios, fueron arrasados y la consecuencia fue la inestabilidad europea que dio lugar a la II guerra mundial, a la guerra fría, y (...) a la bipolaridad político mundial ruso‑norteamericana. No se niega que en determinadas circunstancias concretas la unidad e identidad nacional del pueblo de un estado constituya un factor benéfico y deseable. Lo que se objeta es el valor universal y abstracto, y sobre todo su carácter de principio supremo. (...) Entre los países hispánicos, las fronteras nacionales son difusas, aunque sus fronteras políticas sean más o menos precisas.”

Sigamos con el ejemplo de Francia. Los alsacianos son incuestionablemente parte del pueblo francés, y Alsacia y Lorena son, al menos ahora, parte del Estado francés. Estrictamente hablando, sin embargo, son parte de la nación germánica desde este punto de vista clásico o tradicional).

“El concepto de nación tiene un contenido valioso, en tanto ordenado al bien común del Estado, principio supremo del orden político; el bien común que, a su vez, encuentra concreción y eficacia en la realidad de la patria. Es posible, además, elevarse e ir más allá de los contenidos biológicos y vitalistas que están connotados en la significación originaria del término ‘nación’, reconociendo la trascendencia ‑ y no ya la mera ‘emergencia’ (idea esta última evolucionista) ‑ del espíritu, y el carácter constituyente de la tradición respecto a la existencia de un tal pueblo, una tal patria y un tal Estado. Sin embargo, tales connotaciones biológicas y vitalistas, no sólo no pueden ser obviadas sino que forzosamente conforman el matiz significativo que permite diferenciar el concepto de nación del de patria, pueblo y Estado, ya que están en la base de la metáfora naturalista u organicista que le da sentido.”
“Por esa razón, y sin desmedro del valor real que indica, de la fuerza emotiva que connota y de su virtualidad como fin convocante, la idea de nación no puede ser legítimamente erigida como centro o eje conceptual de una concepción política, aunque tampoco pueda prescindirse de ella. Por el contrario, y conviene repetirlo, el bien común y la patria son el objeto del deber temporal más alto e incondicional del hombre en este mundo. La nación, como proyecto vital de un pueblo y de un Estado, resulta de la convivencia dentro de sus fronteras , bajo sus leyes y de acuerdo a su tradición, en la cual convivencia han de integrarse y enriquecerse recíprocamente las diferencias étnicas.”

La piedad para con la Patria, y su equivalente superior en la vida de la gracia, el don de Piedad, son el eje de la actividad política verdadera y la aspiración de su perfección. Toda la tradición de occidente desde Platón y Aristóteles, pasando Virgilio y Cicerón y los santos padres hasta llegar a Santo Tomás, a Billot y a Castellani o Chesterton, hace de la piedad la piedra fundamental del edificio de la doctrina política y el corazón del verdadero patriotismo. Lo más obviamente importante es que la virtud de Piedad es consistente y conducente a la de Imperio. Y ahora me entran unas ganas enormes de hablar de los Imperios portugués y español, pero me tengo que refrenar para aburrir a los pocos pero asiduos lectores. Ya habrá ocasión. Vale por hoy.
Rafael Castela Santos

quarta-feira, novembro 10, 2004

Glosando a Félix Lamas - La Nácion - 1

Esto fidelis usque ad mortem
et dabo tibi coronam vitae ...


Tomo, de nuevo, la editorial que publicara sobre la nación el profesor argentino Félix Lamas para la revista Moenia.
Lo que está en cursiva son mis glosas.


“La revolución anticristiana del s XVIII sólo en su inspiración final y abusiva es democrática: es también, primeramente, de inspiración monárquica, y de hecho no solamente de los monarcas protestantes. No hay esencialmente en Francia, como lo demostraremos, alianza del Trono y del Altar, sino en buena parte empresas igualmente sistemáticas del Trono, igualmente filosófico, contra el Altar”.
“Las provincias se vinculaban, por siglos de vida política, social y cultural, a esa tradición lotharingia, borgoñana e hispano-imperial que la monarquía de derecho divino a la francesa siempre ha ignorado y luego rechazó, cuando en los siglos XV y XVI se precisó el concepto.”
Jean Dumont. La Révolution Francaise ou Les Prodiges du Sacrilege.-


Vayamos pues con Lamas:

"Patria, Nación y Estado suelen designar en el lenguaje corriente a una misma y única realidad. Sin embargo, tomados con precisión y atendiendo a su contenido semántico originario, y sobre todo a la razón de imposición de su nombre, significan aspectos distintos de esa misma realidad, o bien lisa y llanamente cosas distintas. En el Derecho Internacional Público, ... los conceptos de Estado y Nación son sujetos de atribuciones jurídico‑normativas asaz diferentes. Cada uno de estos vocablos connotan además contenidos emotivos propios, que se tornan especialmente perceptibles cuando entran en composición con la partícula "ismo"; así, es obvio que no es lo mismo, ni doctrinaria ni emocionalmente, "patriotismo", "nacionalismo" y "estatismo". La identificación, no ya vulgar sino reflexiva, de estas palabras y de sus conceptos correlativos, ha sido más bien fruto de ciertas corrientes del pensamiento político contemporáneo, sobre todo identificadas con el democratismo rousseauniano, el romanticismo, el fascismo y algunas formas de socialismo.”

Estrictamente hablando, no hay una noción “tradicional” de nación, excepto en el sentido más lato de etnia (los hijos de cada patriarca). En el Nuevo Testamento el término “tá éthnee” designa simple, y en general peyorativamente, a los gentiles. Y, en realidad, la única nación específicamente consagrada en el Antiguo Testamento es Israel. La exégesis católica, empero, interpreta siempre a Israel en el NT como la Iglesia Católica. Como quiera que sea, el Cristianismo abandona esta posición, y la reemplaza por el dogma de que los hijos de Dios no nacen “neque voluntari carni, neque voluntari viri, sed ex Deo nati sunt”. La idea de que “la nación es una fundación” se aplica estrictamente a la patria o al Estado, pero no a la nación sensu stricto. Cristo, nuestro Señor, dijo sin embargo “id y evangelizad a todas las naciones”. No dijo a todas las gentes, a todos los pueblos o cualquiera de esas traducciones espúreas con doble significado que se apartan de la Vulgata.

“De estas tres nociones, la que resulta más fácil de definir ‑ y por lo tanto de distinguir de las dos restantes ‑ es la de Estado, por el desarrollo que la misma ha tenido en la ciencia política y el derecho desde la antigüedad clásica hasta nuestros días. Evitar la confusión entre "patria" y "nación" es ya tarea más delicada. (...)”

Para facilitar la discusión posterior voy a asentar aquí la definición de estado, con algunas precisiones, cosa que ya he hecho en posts previos. Para Aristóteles, el estado (Polis, polis) es “la comunidad de familias y municipios para una vida perfecta y autárquica, es decir, en nuestro concepto, para una vida bella y feliz”. Repasando lo anteriormente escrito, esta índole comunitaria del estado impide que se lo confunda con la mera estructura del poder (un error típicamente francés, y más desde Descartes), que no es sino uno de sus constitutivos formales. La autoridad es su causa eficiente, la ley su causa formal (entendida en sentido amplio e incluyendo los elementos consuetudinarios tanto como su composición administrativa y empírica), y el pueblo -constituido por el conjunto de las comunidades infrapolíticas- su causa material. La causa final es, como se sigue de la definición, el bien común. De aquí se sigue, por citar otro artículo de Lamas, que “la constitución o el régimen es principalmente fruto de la tradición, que es la fuente, la orientación, las posibilidades de éxito y el límite del gobernante que quiera asumir las funciones de fundador, conservador, reformador o restaurador de la vida política”.

“Tratándose de objetos sociales o culturales, que no constituyen sujetos subsistentes sino que forman parte del mundo humano, el recurso a la definición nominal suele ser necesario, máxime cuando lo significado por la palabra no tiene en nuestra mente contornos claros. Por otra parte, por este procedimiento de análisis semántico, se toma contacto con una forma de experiencia social muy rica, el lenguaje. La palabra nación (y sus correlatos en las lenguas europeas modernas) deriva de "natio", vocablo latino que indica principalmente la acción de la generación y el nacimiento (verbo nascor). Su etimología es común a geno, gigno, gens, etc dentro del ámbito latino, y a gignomai, génos, gónos, etc, en griego. (...)”
“A partir de esa idea originaria, y de acuerdo con la historia del vocablo y con las circunstancias que enmarcaron las sucesivas imposiciones del nombre a realidades diversas o a aspectos diversos de una misma realidad, podemos enumerar las siguientes connotaciones principales ... atinentes:
a) se pone de relieve un origen biológico común a una multitud.
b) es un principio vital de crecimiento o desarrollo.
c) comprende una comunidad de rasgos y caracteres, o semejanza, que constituyen una ‘clase’ en el sentido lógico y alguna forma de comunidad en el orden real. Semejanza que a su vez se refiere a la identidad de origen, o se explica por la misma.
d) se implica, por último, una cierta finalidad inmanente que rige la fuerza del desarrollo antes apuntada.”

La negrita es mía. De lo que se trata es de hacer las necesarias distinciones entre nación, pueblo y Estado.

“Es fácil advertir que el conjunto de las notas enumeradas aproximan el concepto semánticamente originario de ‘nación’ al de ‘naturaleza’. Su aplicación a las realidades sociales, por lo tanto, implica una concepción orgánica de las mismas, al modo de una naturaleza colectiva; el transfondo vitalista de esta imposición del nombre, (...) es evidente. De ahí la tendencia, común a muchos nacionalismos contemporáneos, a reducir la nación a la raza o a los vínculos de sangre, a identificar los caracteres nacionales con los rasgos étnicos o por lo menos a considerar lo racial como uno de los núcleos significativos del concepto de nación. A partir de este transfondo vitalista o biológico, se comprenden también los contenidos irracionales y emocionales que son anejos a este concepto.”
“Aplicada al orden político, pues, la idea de nación parece indicar el substrato natural y humano ‑con el fuerte matiz biológico apuntado‑ que constituye la causa material de las comunidades políticas. La comunidad de lenguaje, las semejanzas étnicas, la religión, las costumbres, la misma tradición, etc. son signos y a la vez efecto de una comunidad de sangre fundamental. La nación aparece así como la fuente de la vitalidad de un pueblo, y su cultura como una cierta ‘emergencia’ del espíritu. Estas nociones, desarrolladas sistemáticamente por Hegel, fueron profusamente recogidas por los nacionalismos románticos, positivistas e historicistas.”

Es precisamente por esta denotación que los idealistas y los dialécticos revolucionarios se apoyaron en la idea de nación para destruir la Cristiandad en Europa y en Hispanoamérica (en el último caso de la mano del indigenismo y sus variantes).

“A su vez, la visión vitalista (organicista, naturalista, etc.) que comporta originariamente el término y el concepto de "nación", lleva forzosamente a pensar en la finalidad inmanente del cuerpo social así concebido, es decir, en un destino que le es propio, al modo de la enletequia biológica de cuño aristotélico (aunque debe advertirse que precisamente Aristóteles se opone al organicismo político exagerado; no admite, en consecuencia, que se considere al estado, o al pueblo, como sustancia o naturaleza, pues en rigor son totalidades accidentales constituidas por una unidad de orden). Precisamente, José Antonio Primo de Rivera, en un brillante esfuerzo por superar las limitaciones estériles que advertía en los nacionalismos locales o particularistas, pero queriendo rescatar sus valores verdaderos y, sobre todo, el contenido de patriotismo que les es anejo, acuño su definición de nación como ‘unidad de destino en lo universal’.”

Aunque Lamas no hace hincapié en esto, hay una convergencia de la noción joseantoniana con la bíblica (en cuanto las naciones son vehículos directos e instrumentales de los designios de la Providencia en el Antiguo Testamento), como bien nota Carlos. Sin embargo lo crucial, y en lo que A Casa de Sarto ha venido insistiendo para dolor de asiduos lectores como Nelson Buiça y algún otro de cuyo nombre no quiero acordarme, y que para José Antonio quizás estuvo velado, es que el tiempo de las naciones está agotado. Por eso este modesto blog ha venido insistiendo en las claves proporcionadas por el Padre Leonardo Castellani para poder entender lo que pasa. (continua)

Rafael Castela Santos

segunda-feira, novembro 08, 2004

D. José Policarpo, Papa?

Os rumores que nos últimos dias têm aparecido nos órgãos de desinformação do costume, dando conta de que D. José Policarpo, Cardeal Patriarca de Lisboa, bem conhecido pelo seu modernismo desprezador da tradição católica, nomeadamente através do apoio que tem concedido ao ecumenismo de matriz jacobina gerador de indiferentismo e relativismo religioso, é um fortíssimo candidato a suceder no Papado a João Paulo II, merecem-me tão-só um sorriso de indiferença: certos pobres de espírito, para além de sistematicamente confundirem os seus desejos com a realidade, ignoram certamente o velho adágio romano de que aquele que entra num conclave como Papa sai de lá Cardeal…

sexta-feira, novembro 05, 2004

As eleições presidenciais americanas

No fundamental, os americanos uma vez mais optaram por escolher o Senhor Feliz em detrimento do Senhor Contente: qualquer que fosse o vencedor destas eleições, a verdade é que no fundamental nada mudaria nos EUA, isto é, nos poderes de facto que a partir da penumbra fazem a chuva e o bom tempo nesse país e, subsequentemente, no resto do mundo. Ainda assim, parece-me que venceu o menos mau dos candidatos, que nem por isso deixa de ser muito mau: com John Kerry e a intragável Madame Ketchup ocupando a Casa Branca, a guerra cultural aos valores tradicionais fundamentais do Ocidente conheceria um novo e forte alento, facto de que parte não despicienda do eleitorado americano se apercebeu atempadamente, reagindo em consonância; por outro lado, é sempre divertido observar a fúria descontrolada do esquerdalho bem-pensante europeu, que adora tomar os seus desejos pela realidade, face ao resultado final da compita presidencial americana.

Glosando a Félix Lamas - conclusão

“Es pues, desde esta perspectiva, desde la cual cabe inteligir la autarquía por la que se define la comunidad política. Autarquía significa etimológicamente autosuficiencia, es decir, la índole de aquello que ha satisfecho sus necesidades o apetitos naturales y que, en consecuencia, está colmado en cuanto a las exigencias de su esencia y, por lo tanto, no depende para la actualización de ésta de otro agente exterior. Es un concepto implicado por el de perfección y nocionalmente muy próximo a la paz. Del fin del hombre, vale decir, de la eudemonia (felicidad o perfección objetiva) predica Aristóteles en primer lugar la autarquía (Cfr. Etica Nicomaquea, LI, cap 7, 1097b); y como la felicidad consiste en una cierta forma de vida, es la vida feliz la que, en primer lugar, ha de ser considerada autárquica’ de ahí que la autarquía resulte una propiedad de la sabiduría, como la forma de vida del hombre feliz. Ahora bien, en la medida en que la perfección de la vida del hombre requiere de la vida social y, más específicamente, dentro de ésta, del Estado, la autarquía es también una propiedad del bien común. Ella es, pues, la autosuficiencia de la vida social perfecta, como realización social máxima de las posibilidades naturales del hombre, según sus circunstancias concretas. De la autarquía del fin del Estado deriva la autarquía formal de éste; en tal sentido, se identifica con la autosuficiencia social para la realización del bien común temporal; es decir, autosuficiencia comunitaria de los medios y de todas las disposiciones sociales en relación con el fin indicado. Y así como la sociabilidad del hombre no empece su condición de todo sustantivo que existe en sí y consigo mismo, análogamente la comunicación internacional de los Estados -hoy llamada quizás con abuso semántico y conceptual “interdependencia”- no le quita al Estado su autarquía, que es el fundamento de su independencia política y de la soberanía -en su orden- de su poder.”

Simplemente insistir que es el concepto filosófico de autarquía el señalado por Lamas, no el concepto económico. De todas maneras el filósofo alemán Carl Schmitt hablaba de una geopolítica basada en los grandes espacios naturales. Si uno lo mira bien ese concepto de la autarquía es hoy posible en un alto grado cuando se integra en los grandes espacios naturales. Un gran espacio natural sería Iberoamérica, desde México hasta la Tierra del Fuego, con sus zonas históricas y naturalmente afines como Portugal, España, Angola, Mozambique, Guinea Ecuatorial, Timor Este, las Filipinas, etc. Que no se diga que tal unidad natural no podría ser autárquica.

“Dado que la forma del Estado es un cierto orden, cuyo principio de ordenación es el bien común, ella se identifica con el plexo de relaciones que existen entre las partes -principalmente entre sus actos- y entre éstas y el todo social. En la forma del Estado debe pues distinguirse una estructura disposicional que comprende las relaciones constitutivas de la comunidad política y que, respecto de cada parte, son relaciones de pertenencia, y una estructura de organización de las partes, que a su vez es doble, a saber: a) las relaciones de autoridad o de subordinación entre los que mandan y los que obedecen; b) la disposición relativa y recíproca de todas las partes, entre las cuales puede haber relaciones de igualdad o de desigualdad. La forma total se identifica con el orden político. El régimen –entendido en sentido estricto como la disposición y distribución de las magistraturas públicas, según la clásica definición aristotélica- en cambio, es sólo una parte estructural -ciertamente principal, supuesta la existencia del Estado –del orden político. Consiguientemente, cuando se piensa en la Constitución del Estado, en cuanto forma o principio estructurante del mismo, debe hacerse análoga distinción; y así, más fundamentalmente que la división entre constitución material y formal, hay que hablar de: a) Constitución total del Estado, que incluye el orden social, económico y cultural, que está incluído en la totalidad estatal y regido por el orden político; y b) la constitución de los poderes y de las relaciones de éstos con los ciudadanos y con los grupos infrapolíticos.”
“De esto resulta que el orden político, si bien determina, actualiza, desarrolla, rectifica y perfecciona al resto del orden social, que respecto de él es como la materia inmediata, está limitado en sus posibilidades por la disposición de dicha materia, vale decir, por la realidad de las comunidades -con su encuadramiento concreto- que lo integra. De ahi que las formas constitucionales, cualquiera sea el sentido que quiera dársele a la expresión, no estén sujetas -en su verdad- al arbitrio de los que ocasionalmente mandan con autoridad, y menos aun, de los que detentan el poder. La constitución o el régimen es principalmente el fruto de la tradición, que es la fuente, la orientación, las posibilidades de éxito y el límite del gobernante que quiera asumir las funciones de fundador, conservador, reformador o restaurador de la vida política.”

Rafael Castela Santos

Os Filhos de Ramires

Embora não tenha estado presente na sessão de lançamento do livro "Filhos de Ramires - As Origens do Integralismo Lusitano", de José Manuel Quintas - algum dos meus leitores compareceu a tal evento?... -, ontem mesmo adquiri tal obra e já me lancei à sua leitura. Brevemente, contarei neste espaço as impressões que a mesma me causou; até lá, sugiro que vão seguindo atentamente os textos do Rafael Castela Santos sobre Félix Lamas, pois é leitura de primeira classe merecedora de toda a nossa atenção.

quarta-feira, novembro 03, 2004

Glosando a Félix Lamas - 2

“Sólo desde semejante perspectiva puede entenderse que se pueda propiciar el ‘achicamiento del Estado’, lo cual, de suyo, significa nada menos que la pretensión de achicar el horizonte perfectivo de los hombres. Hablando con un mínimo de propiedad, empequeñecer el Estado es pura bellaquería, manifestación del enanismo moral y, en quienes tienen a su cuidado los destinos de la comunidad política, una enorme traición.”

Porque es precisamente Hobbes, en su Leviatán, el que señala con horror la imposibilidad de un orden dentro del estado. Desorden que es causado, aunque Hobbes no lo señale abiertamente, por la fractura ocasionada por la herejía protestante y por la secularización de la política de Jean Bodin. Ante este problema insoluble Hobbes opta, al igual que el heresiarca Lutero, por la autoridad máxima, incuestionable y tiránica del príncipe como manera de lograr imponer un orden externo donde antes había no un orden, sino una armonía interna inspirada por la sana doctrina del Evangelio en manos de la Santa Madre Iglesia. Se cumple así el dictum de Don Juan Donoso Cortés, quien afirmaba que “cuando el termómetro religioso está alto el termómetro político está bajo, pero cuando el termómetro religioso está bajo el termómetro político tiene que estar alto para mantener el orden”.
Cuando el protestantismo pierde con los años la conexión siquiera lejana que tenía con lo católico viene lo inevitable: la idolatría del éxito y de la fuerza, verdaderas hijastras del calvinismo, en particular en su versión puritana. Es lo que Max Weber explicitó en su libro La Ética protestante y el espíritu del capitalismo. Para que Weber lograse su revolución sociológica tuvo que haber antes un Adam Smith que fijase el quicio de la vida humana en la economía, en la adoración de Mamonna. Aparte de lamentar que hubiera habido un Moisés que hubiera ordenado que la tierra tragase a todos los plutócratas que en el mundo son, la reflexión lógica es que ahora hay que desembarazarse del estado porque el estado todavía, y como inercia de lo católico, todavía pone trabas a la usura, al comercio y a la dominación total por parte de la clase financiero-mercantil. Este es el punto de arranque del liberalismo moderno cuya manifestación última es la “globalización”. Pretender encontrar fundamentos étnicos en lo que tiene un fundamento crematístico y envilecedor del espíritu es marrar por completo.

“Tampoco puede identificarse con la patria, pues sus conceptos son distintos. Puede ocurrir, claro está, que ambos coincidan materialmente; pero esa coincidencia puede no verificarse, manteniéndose entonces la distinción de los órdenes de deberes que, eventualmente, pueden convertirse en fuente de conflictos políticos y de conciencia. La idea del Estado es formalmente más rígida, cuyo núcleo es, como se dijo, el concepto de autarquía; por esa razón, la forma del Estado -entendido en sentido riguroso como comunidad perfecta o autárquica en lo temporal- es excluyente de toda otra autarquía del mismo orden. De ahí que un Estado autárquico no pueda formar parte de otro Estado igualmente autárquico. Suárez piensa lo contrario. Él cree que una comunidad perfecta -v.gr. la ciudad, según él mismo entiende- puede formar parte de otra, como ser el reino; ambas serían perfectas, sólo que la primera, en cuanto parte de la segunda, sería por esa razón imperfecta comparada con la primera, aunque absolutamente sea perfecta (cfr. De Legibus ac Deo Legislatore, L.I, cap VI, 19). Esta opinión, que cabe reputar como falsa, no toma en consideración el concepto de autosuficiencia, central en la ética y en la política de Aristóteles y Santo Tomás. La patria, en cambio, tiene desde un cierto punto de vista fronteras materiales y formales menos rígidas, en la medida en que cabe hablar de una “patria chica” (la patria “local”) y de una patria grande (la totalidad del patrimonio físico y espiritual que conforma la personalidad de los hombres). La Argentina, por ejemplo, como patria, incluye las patrias chicas cuyos derechos reivindica el federalismo, y se inscribe a su vez en la patria grande, herencia del Imperio Hispánico, según el espíritu de la tradición viva y común de las Españas Universas. Desde otro punto de vista, en cambio, las fronteras internas y externas de la patria son más firmes e inalterables, pues ellas están constituidas por la naturaleza y la tradición, y no están sujetas a tratados, claudicaciones o asambleas en los cuales el arbitrio y la debilidad de los hombres singulares que representan al Estado negocian territorio, costumbres, formas políticas, la paz, la dignidad, y - a veces - hasta la misma existencia de lo innegociable: la patria. Como comunidad perfecta el Estado está ordenado a la perfección y a la grandeza de la Patria, porque ella asegura al hombre la más alta dignidad temporal de la vida.”

Con esto Lamas redondea la idea de la relación entre patria y Estado a que aludí arriba, en el contexto de la causa final del Estado, que es el bien común, la res-publica de los romanos.

“La materia inmediata del Estado no la constituyen las personas singulares, como sostienen los individualistas, sino el conjunto de comunidades infrapolíticas (familias, municipios, corporaciones y demás formas asociativas) que conforman el pueblo. Y más próximamente aun, las praxis colectivas respectivas, en las que el grupo se manifiesta y tiene realidad actual. El pueblo no es, obviamente, la masa indiferenciada de individuos, ni tampoco la mera colección o multitud de grupos sociales relacionados entre sí por la jurisdicción o la autoridad del Estado; por el contrario, es una cierta unidad cuasi-orgánica, constituida por la concordia o común querer acerca de ciertos bienes e intereses, necesarios para la vida, y conformada por el derecho.”

Hagamos hincapié en esto último. El pueblo es “una cierta unidad quasi-orgánica, constituida por la concordia y conformada por el derecho”. Como Lamas comenta a renglón seguido, la causa formal del estado devendrá también la Ley -el derecho perfecto-; sin embargo el derecho consuetudinario y específicamente los hábitos sociales y políticos son propiamente su materia inmediata, o causa material. El constituyente formal del pueblo, por su parte, es el “cierto querer común” que constituye la concordia política, cifrando así el profesor Félix Lamas la verdadera e íntima naturaleza del pueblo en un hecho espiritual. Más aún, indica aquí Lamas que el respeto del estado hacia las “personas intermedias”, hacia las “comunidades infrapolíticas”, lo que la muy católica doctrina política carlista llama “los cuerpos intermedios” es más que el respeto del estado hacia algo externo que debe respetar, sino es el respeto a sí mismo. La voladura de los cuerpos intermedios, como los gremios o corporaciones, las Universidades, o los municipios, entre otros, no lleva sino a la tiranía en línea recta, al estado omnipresente y regulador de todos los aspectos de la vida humana, al Leviatán último o, en su defecto, a la jungla del ultracapitalismo moderno, verdadera cacería de los débiles por parte de los poderosos y potentados.

“Claro está que sin Estado o comunidad perfecta no hay derecho perfecto; pero aún imperfecto, hay un derecho consuetudinario y convencional que casi con espontaneidad nace cotidianamente en la vida social y al cual el Estado debe reconocer, rectificar, y dotar de eficacia. Este concepto de pueblo, que tiene la antigüedad del pensamiento de Cicerón y que a través de San Agustín se prolonga hasta Suárez inclusive, se aproxima hasta casi identificarse con lo que Hegel denomina Sociedad Civil (die bürgerliche Gesellschaft). El pueblo no puede conservar su unidad sin la forma del Estado, de la misma manera que el cuerpo se descompone cuando el alma se separa. Pero ello no autoriza a identificarlo con el Estado, como no puede confundirse el cuerpo humano con el hombre. El pueblo, a su vez, está determinado materialmente por factores étnico-biológicos, geográficos, económicos y culturales. Su propia conformación social, más o menos fuerte, más o menos solidaria o armoniosa, determina las posibilidades del Estado. No puede haber un Estado grande, saludable y próspero con un pueblo raquítico. Si el pueblo es la materia próxima del Estado, de su adecuada disposición dependerá la armonía de éste, su vigor y perdurabilidad.”
“La forma o estructura inmanente constitutiva del Estado -y puesto que éste es un todo de orden práctico- consiste en una disposición a su fin inmediato, el bien común temporal.”

Y dado que el bien común temporal es cosa de hombres, su complexión y su acabamiento no pueden ignorar el fin último del hombre, y por lo tanto -al decir de León XIII- el estado tiene, en este sentido, obligación de ser católico. Cuando los que detentan el poder se inclinan consistentemente en contra de la verdadera fe, o en contra de la Iglesia de Cristo, se oponen al fin del estado y limitan la capacidad de los ciudadanos de alcanzar la perfección posible. Por seguir en con histórico ejemplo anterior, el estado francés, en cuanto comunidad política y expresión unificada del pueblo de Francia, comenzó a alejarse del camino del verdadero bien común y a favor de la centralización del poder y el engrandecimiento del gobierno mucho antes de la revolución, que no fue sino la consecuencia -y al decir de Joseph de Maistre el castigo- de ese alejamiento. A mi entender, los franceses encontraron su identidad “nacional” a expensas del abandono de la Iglesia y el Imperio. Ciertamente no fue ésto lo que Santa Juana trató de hacer, o lo que San Luis Rey hizo, pero en el curso de la historia de Francia, desde San Luis hasta Luis XVI, la cuesta abajo se fue acentuando cada vez más.
(continua)
Rafael Castela Santos

Uma história do Padre Pio

Tal como havia prometido ao Camisa Negra, aqui lhe retribuo o facto de me ter dedicado um magnífico texto de Gustavo Corção, como o são todos saídos da pena desse ilustre autor brasileiro. Apesar de não concordar com tudo aquilo que se publicita no Fascismo em Rede - que sempre faz parte dos meus recomendados desde o momento da sua aparição -, estou absolutamente convicto de que o seu responsável tem perfeita noção da fundamental importância do contributo do Cristianismo para toda a tradição ocidental, e que de modo algum confunde o Catolicismo com o seu sucedâneo herético modernista que por aí circula; daquelas bandas jamais ouviremos invectivas sobre o "bolchevismo da antiguidade" e outros dislates semelhantes.

A história que ora aqui se deixa faz parte do longo repertório bem-humorado com que o Padre Pio - São Pio de Pietrelcina (1887 - 1968) - gostava de brindar os seus amigos. Retirada do livro de Renzo Allegri, "Padre Pio, um santo entre nós - Lisboa, Paulinas, 1999", era muito contada pelo santo nos anos do pós-guerra:

"Havia certo homem que se queixava do rumo tomado pela política, dos roubos e dos maus costumes. Dizia ele: "Ah, se Mussolini ainda vivesse! Ah, como eu gostaria de poder contar ao Duce o que está a acontecer". Ouviu então uma voz, que lhe dizia: "Se queres falar com Mussolini, pega naquela escada e bate ao portão. Encontrarás o que procuras".

O homem olhou na direcção de onde provinha a voz, e viu uma escada cheia de silvos e de espinhos. Curioso, começou a subir com muito esforço, e deu consigo frente a um portão de ferro. Bateu, mas retirou imediatamente a mão, porque o ferro estava em brasa e tinha-lhe queimado a pele. O portão abriu-se e uma carranca muito feia perguntou-lhe: "Que queres? Que viestes cá fazer? Aqui entra-se com a alma, e não com o corpo!"

"Por favor," ,disse aquele homem, "eu vim para falar com Mussolini."

"Aqui não há nenhum Mussolini", respondeu a horrenda figura, e bateu-lhe com o portão na cara. Então o homem viu que havia outra escada. Estava mais limpa. Subiu os degraus e deparou com uma grande porta de madeira. Bateu e veio abrir um anjo. "Que queres? Não sabes que aqui se vem com a alma, e não com o corpo?"

"Ando à procura de Mussolini", replicou o homem.

"Aqui não há nenhum Mussolini", retorquiu o anjo. "Tenta no andar de cima".

Com efeito, ainda havia uma terceira escada. Era toda de veludo e, por corrimão, tinha dois cordões dourados. No cimo da escada havia uma porta aberta, que deixava entrever uma paisagem cheia de luz e de prados verdejantes. O visitante entrou e ouviu um coro maravilhoso. Ficou extasiado a escutar, quando apareceu a seu lado São Pedro que lhe perguntou, com ar severo: "Não sabes que aqui se vem com a alma, e não com o corpo?"

"Ando à procura de Mussolini", disse o homem. "Já estive no Inferno e no Purgatório, mas os porteiros disseram-me que ele não estava lá, e sugeriram-me que o procurasse aqui".

"Vejamos nos registos", disse São Pedro. "Então, que Mussolini procuras?"

"Benito, o Duce do Fascismo."

"Ah, aquele que vivia em Roma", comentou São Pedro, fechando o registo e esboçando um sorriso. "Não, não está cá, ainda não chegou cá acima. Ficou no coração dos italianos".

segunda-feira, novembro 01, 2004

Glosando a Félix Lamas: el Estado - 1

Cuando JSarto me invitó a ser colaborador de su blog, lo hizo encomendándome encarecidamente que trajera a A Casa de Sarto principalmente aquellos autores hispánicos que hubieran descollado en la aplicación de los principios católicos a la política. Creo no haber cumplido debidamente en estos últimos meses, donde apenas las menciones a Don Rafael Gambra y a Don Juan Vázquez de Mella han ocupado algún espacio (aparte de las del Padre Leonardo Castellani, que se ha convertido a Dios gracias en un icono de este modesto blog).
Dado que ha habido más de un comentario donde la distinción entre estado, nación y Patria no está suficientemente matizada, quiero traer al profesor argentino Félix Lamas, discípulo del insigne católico y carlista Elías de Tejada. Para ello utilizaré un artículo publicado en la extraordinaria y recomendable revista Moenia (IX, 1982). La cursiva son mis glosas.


El Estado

La polis existe para la práctica de las buenas acciones y no en razón de la mera vida social.
Aristóteles, Política, III, 1281a

“La polis es una comunidad de familias y municipios para una vida perfecta y autárquica, es decir, en nuestro concepto, para una vida bella y feliz” (Aristóteles, Política, III, 1280b-1281a). Esta definición está formulada desde la perspectiva del fin natural del hombre, de ahí su valor universal, que excede los límites temporales de la polis griega y que se extiende a toda la comunidad política (civitas, república, imperio, reino, Estado), cualquiera sea su denominación, característica histórica o dimensión, que realice la “autarquía” humano-social, con las modalidades, posibilidades y limitaciones propias de cada época o cultura".

Mientras que los positivistas, como Kelsen, hacen una cierta identificación entre Estado y Nación (a la que definen como unidad de jurisdicción e unidad de impugnación), la definición de polis en términos aristotélicos se identifica con la de civitas en Cicerón y Santo Tomás, y con la de Estado en los autores de la Escuela de Salamanca de derecho de gentes (los Padres Melchor Cano, Vitoria, Suárez, Cayetano, etc.), y está tomada desde el punto de vista de la causa final.

“El Estado, pues, no se define por su extensión social, sino por la intensidad de realización del bien humano. De tal manera, más allá de las diferencias que surgen de sus realizaciones concretas, la polis o el Estado tiene ciertos rasgos esenciales inalterables. Dicha inmutabilidad esencial procede de la naturaleza específica del hombre de la que deriva como una propiedad. Por esta razón y en ese sentido, el Estado y la vida política en general, son naturales; y la estructura de ambos, que incluye una constitutiva relación con el valor y con la norma, no depende enteramente, sino sólo en sus aspectos más secundarios, del arbitrio e inventiva humanos. Y aun en este caso, no del puro arbitrio sino de la libertad prudencial, alimentada y vivificada en su contenido por la sabiduría acerca de las cosas políticas y por la tradición.”

El hombre es un “animal social”, según la sabia definición aristotélica. La proyección natural de la sociabilidad humana es la política, es decir, la organización de la vida social y del bien común. El estado es una sociedad perfecta en el sentido tomista, o sea, una sociedad que es capaz de cumplir todas las funciones que tiene en sí misma y por sí misma. Es decir, el estado es una institución perenne, necesaria en cuanto natural y orientada al fin del hombre. El fin del estado, en cuanto distinto del fin del hombre individual, es el bien común, o por decirlo con Aristóteles, la “vida bella y feliz” de sus ciudadanos. Aquí cabe preguntarse por qué no se dice simplemente “feliz”, esto ha de entenderse en el contexto de la ética aristotélica y más todavía dentro de la antropología y psicología tomistas: la aspiración última del hombre es a la felicidad suma. Nacemos con una sed de infinito frente a la que los modernos sucedáneos, como la sexualidad freudiana, es un chiste barato. Aquí está el quicio entre el fin último de la política y la moralidad y la ética que ésta debe exigir. De lo que se trata es de la grandeza de la Patria y del estado -en cuanto marco y medida de la perfección posible al hombre individual- que son ampliadas por la belleza de los actos heroicos y nobles. La nobleza y el heroísmo pueden no ser necesarias para la felicidad alcanzable en este mundo, pero ciertamente son virtudes hermosas que engrandecen lo que Lamas llama “el horizonte perfectivo” del hombre individual, que está contenido en los límites de la Patria y en el fin del estado.

“La índole comunitaria del Estado, reconocida en forma unánime por la tradición occidental, impide que se lo pueda confundir con una mera estructura de poder o con lo que, contemporáneamente, suele llamarse “aparato estatal”. Por el contrario, el Estado es un cierto todo social, y la autoridad estatal y su organización una parte de su constitutivo formal. Se debe a algunas corrientes del pensamiento francés, recogidas luego por el liberalismo, la idea según la cual el Estado se confunde con el poder.”

Pongamos por ejemplo a Francia, pues los franceses llevan padeciendo la herejía galicanista desde finales del siglo XII. En el momento en que la cosmovisión católica no tuvo la presencia necesaria ese galicanismo se amplificó y cristalizó en la monarquía absoluta de Luis XIV. Bien es cierto que anteriormente Richelieu, auténtico canalla y codificador del Renacimiento, ya había hecho un gran ensayo general de confusión del Estado con el poder. Y bien es cierto, también, que antes lo había logrado a la perfección el infausto anticatólico Oliver Cronwell, en cuya Guerra Civil inglesa están prefiguradas todas las revoluciones, como acostumbraba a insistir Eric Voegelin. Más aún, es necesario que ese estado moderno tenga características poco menos que divinas, para lo que es imprescindible que otro francés, Descartes, destroce la filosofía y un asno como Kant de forma filosófica al estado prusiano. De Kant a Hegel, de Hegel a Feuerbach (los comunistas) y a Nietzsche (los nihilistas, nazis o no) hay poca distancia. La piedra angular de este desaguisado sigue siendo el disparatado “L’Etat c’est moi”. El problema es que la errónea identificación de Estado y poder creó un conflicto autodestructivo con el pueblo, que en su desarrollo posterior devino en las teorías liberales del “estado árbitro” y necedades análogas, que Lamas continúa en el párrafo siguiente. De hecho el rechazo, cuando no la abierta eliminación, del estado preconizado por los liberales y anarquistas es tan pernicioso como la identificación pura y dura del Estado con el poder. (continua)
Rafael Castela Santos