Prosseguindo a nossa reflexão, é necessário evidenciar a complexidade da problemática do ambiente; poder-se-ia dizer que se trata de um prisma plurifacetado. As criaturas são diferentes umas das outras e podem ser protegidas ou, pelo contrário, colocadas em perigo de diversas maneiras, como no-lo demonstra a experiência diária. Um destes ataques provém das leis ou dos projectos que, em nome da luta contra a discriminação, atentam contra o fundamento biológico da diferença entre os sexos. Refiro-me, por exemplo, a países europeus ou do continente americano. «Se tiras a liberdade, tiras a dignidade»: diz São Columbano (Epist. n. 4 ad Attela, in S. Columbani Opera, Dublim, 1957, p. 34). Todavia a liberdade não pode ser absoluta, porque o homem não é Deus, mas imagem de Deus, sua criatura. Para o homem, o caminho a seguir não pode ser fixado pelo que é arbitrário ou apetecível, mas deve, antes, consistir na correspondência à estrutura querida pelo Criador.
Papa Bento XVI, em notável discurso ao corpo diplomático acreditado junto da Santa Sé
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