tag:blogger.com,1999:blog-6214366.post7166706553147718087..comments2023-10-30T02:17:56.739+00:00Comments on A Casa de Sarto: Da Costa Rica à Costa LusitanaMileshttp://www.blogger.com/profile/07917316503721017071noreply@blogger.comBlogger4125tag:blogger.com,1999:blog-6214366.post-33933785348684759992014-03-30T02:12:04.530+01:002014-03-30T02:12:04.530+01:00Caro amigo, como já disse antes, sobre este assunt...Caro amigo, como já disse antes, sobre este assunto, compreendo perfeitamente as tuas preocupações e entendo a tua posição. Deste modo, felicito-te por haveres encontrado um sacerdote com as qualidades que contas - sacerdotes assim, na actualidade da Igreja portuguesa, mais do que um bem raro, são um autêntico tesouro (por motivos óbvios, não te pergunto publicamente quem ele seja e qual a paróquia que tem a seu cargo).<br /><br /> Quanto ao mais que possa afirmar sobre este mesmo assunto (a minha questão de consciência com o “Novus Ordo”), direi tão-só que as questões de consciência, ainda que suscitadas com recta intenção, são sempre pessoais e intransmissíveis, e são sempre para ser debatidas no lugar próprio, isto é, no âmbito privado da direcção espiritual e não nas caixas de comentários públicos de um blogue. Penitencio-me, portanto, de ter trazido este assunto para aqui.<br /><br />Em relação à tua última intervenção, presto ainda mais dois esclarecimentos.<br /><br />Primeiro, em relação ao livro do Padre Cekada: trata-se de um excelente estudo, no qual é analisado em profundidade o Missal de Paulo VI. O livro mereceu os maiores elogios daqueles que são certamente os dois blogues tradicionalistas mais importantes do mundo - o “New Liturgical Movement”, totalmente alinhado com as posições da “Ecclesia Dei”, e o “Rorate- Caeli”, mais próximo da FSSPX -, bem como elogios de um teólogo como Alcuin Reid. Numa obra com quatrocentas e cinquenta páginas, o Padre Cekada aflora a questão da (in)validade do rito paulino, em somente duas ou três dessas páginas, não sendo esse de longe o seu objectivo neste estudo, que, ao invés, é deixar perfeitamente demonstrada a diferença doutrinal abissal que existe entre o rito tradicional e o rito paulino. Porém, tranquilizo-te: eu continuo a aceitar a validade do “novus ordo”, na condição de que o sacerdote que o celebre tenha a intenção de fazer o que a Igreja sempre fez, o que ambos sabemos muitos vezes não suceder, pelo menos, em Portugal. Dito isto, não se segue que o rito, por ser válido, se torne necessariamente bom. Não o é e o Padre Cekada explica perfeitamente porquê.<br /><br />Segundo, no que respeita à FSSPX, concordo em absoluto contigo e, nomeadamente, quando referes que são muitos os que falam, mas muito poucos os que fazem. E enquanto assim for, só nos resta dar graças a Deus e a Nossa Senhora por aquilo que, apesar de tudo, ainda vanmos tendo da FSSPX em Portugal. É que em muitos países ditos de maioria católica por esse mudo fora, a FSSPX não tem mesmo qualquer presença…<br /><br />Um grande abraço em Cristo e Maria.Mileshttps://www.blogger.com/profile/07917316503721017071noreply@blogger.comtag:blogger.com,1999:blog-6214366.post-10499199636615792002014-03-27T18:06:04.630+00:002014-03-27T18:06:04.630+00:00Caro amigo,
Felizmente encontrei um sacerdote com...Caro amigo,<br /><br />Felizmente encontrei um sacerdote com as referidas características. Tridentiniza o rito, como lhe chamas, usa manípulo, por vezes celebra ad orientem... É claro que nada disto se compara à liturgia na agora denominada Forma Extraordinária. Mas para quem, como eu, pretende encontrar uma comunidade paroquial minimamente sã onde possamos confiar parte da educação religiosa dos filhos, onde os possamos introduzir numa piedade e reverência liturgical perdidas, onde não nos preocuparemos com heresias contadas do púlpito, para pessoas assim não há alternativa. É uma questão de sobrevivência, até que o bispo se lembre de o mandar para a Antártida. Porque se considerarmos a FSSPX em Lisboa, não encontraremos nela essa alternativa, por motivos que, como disse no comentário anterior, não são para ser tratados aqui. Para mais, o tradicionalismo português não é o tradicionalismo francês, nem alemão, e essa tem sido uma das pedras no sapato.<br /><br />Do livro que referes, confesso que tenho tido muita resistência em lê-lo. Não considera o padre Cakada que a Missa em Rito Paulino é inválida? Por mais tendência herética que possamos considerar ter, a validade parece-me de tal maneira inquestionável que o sedevacantismo fundamentalista de Cekada me afasta dessa leitura, embora a tenha ponderado. Não que o livro não possa ser excelente - e certamente acabarei por ler - mas receio enredar-me num tipo de argumento do qual não quero fazer parte.<br /><br />No mais, mantenho e reitero, na linha do que aí escreves. A Fraternidade devia actuar de forma diferente em Portugal. Penso que é a única hipótese de termos uma Missa Tridentina em Lisboa numa capela aberta a todos e numa presença mais visível. Caso contrário, continuaremos a sobreviver destes sacerdotes, poucos, que, ainda relativamente novos e agrilhoados pelo episcopado, se inserem neste movimento de reforma da reforma e na manutenção do dogma que ensinam.<br /><br />Forte abraço.Afonso Miguelhttp://www.semperidem.blogs.sapo.ptnoreply@blogger.comtag:blogger.com,1999:blog-6214366.post-28348315813743097612014-03-27T02:10:45.731+00:002014-03-27T02:10:45.731+00:00Caro amigo, confesso que, ao escrever o que escrev...Caro amigo, confesso que, ao escrever o que escrevi, não pude deixar de me recordar daquilo que disseste no artigo que invocas.<br /><br />Quanto ao mais que referes, concordo genericamente contigo e compreendo a atitude de quem, como contas, procura na sua área geográfica um sacerdote que obedeça às rubricas do rito paulino, nutra amor pela liturgia, celebre no espírito da reforma da reforma e mantenha a boa doutrina na catequese do púlpito (o que, diga-se de passagem, é tarefa absolutamente hercúlea em Portugal, numa Igreja que já era francisquista muito antes de Francisco). <br /><br />Há uns cinco ou seis anos, eu ainda pensava da mesma maneira que tu; porém, actualmente, cheguei a uma fase em que coloco a mim próprio apenas a seguinte alternativa: ou a Missa Tradicional de rito latino-gregoriano ou nada! Em consciência, sabendo tudo aquilo que hoje sei sobre o rito paulino, tudo o que estudei sobre a génese e finalidade do mesmo rito (as últimas ilusões que tinha, perdi-as em definitivo com a leitura do livro “Work of Human Hands - A Theological Critique of the Mass of Paul VI”, do Padre Anthony Cekada - http://sggresources.org/products/work-of-human-hands-by-rev-anthony-cekada), só posso dizer que me é uma violência impossível de suportar assistir a uma Missa de rito paulino, ainda por cima nos moldes práticos em que a mesma é usualmente celebrada em Portugal. Em consciência, insisto, não posso, não quero, não consigo pactuar com esta completa violência moral!<br /><br />Enfim, relativamente à reforma da reforma litúrgica, uma das imagens de marca do pontificado do nosso querido Papa Bento XVI, reforma que na altura acarinhei e que em Portugal foi um falhanço quase tão estrepitoso como a aplicação do “Summorum Pontifucum”, julgo hoje em dia que tentar procurar a quadratura do círculo, ou seja, “tridentinizar” o rito paulino, é uma pura perda de tempo. “Tridentinização” por “tridentinização”, use-se sem ambiguidades o que nunca deveria ter sido abandonado - a Missa Tradicional de rito latino-gregoriano, na versão constante do Missal de 1962. Condescendo tão-só que, por razões de ordem prática de adaptação dos fiéis dela desconhecedores ou desabituados, fosse possível, em algumas celebrações previamente bem determinadas, um uso um pouco mais vasto de vernáculo, o qual jamais seria extensível à totalidade “Canon” (que, de resto, é rezado na sua quase totalidade em silêncio).<br />Mileshttps://www.blogger.com/profile/07917316503721017071noreply@blogger.comtag:blogger.com,1999:blog-6214366.post-85498792631947170002014-03-24T23:49:23.944+00:002014-03-24T23:49:23.944+00:00Caro amigo,
Em Agosto do ano passado publiquei um...Caro amigo,<br /><br />Em Agosto do ano passado publiquei um post no Semper Idem que creio estar muito em sintonia com o que aqui escreves. Urge uma acção mais visível da FSSPX para que não continuemos nesta situação lastimável. Aliás, estamos em tão grande estado de necessidade que, mesmo com todas as reservas que a fraternidade possa levantar, não poderiam os fiéis deixar de considerar viável atender a uma Missa pública regular se esta existisse em Lisboa, por exemplo, numa igreja aberta a todos. O que muitos desses fiéis fazem, como eu, é encontrar um sacerdote na sua àrea geográfica que obedeça às rubricas do Rito Paulino, nutra amor pela liturgia, célebre no espírito da reforma da reforma e mantenha a boa doutrina na catequese do púlpito. O que não é tarefa fácil, como é óbvio. Houvesse uma outra presença da FSSPX na capital e a situação mudava de figura - a actual presença deixa muito a desejar, por motivos que não merecem ser aqui tidos em conta.<br /><br />Bem sei que praticamente ninguém se mexe mas que todos falam muito. Também sou um desses casos, estou ciente, em que a resignação se apoderou das mais elevadas intenções. O episcopado deixou as regras bem traçadas quanto à possibilidade do Summorum Pontificum ter o seu espaço em Portugal e isso leva-nos, desgraçadamente, ao desânimo total. Por esse mesmo motivo, acabei por me desinteressar pela ideia da Una Voce Portugal, por me parecer condenada à nascença. Louvo o mérito de quem a fundou e mantém, e de quem acredita ainda na possibilidade de virmos a ter uma Missa Tridentina autorizada, mas a realidade arruina qualquer pretensão nesse sentido.<br /><br />Dito isto, repito que estou muito em sintonia com o que aqui escreves. A não ser acontecer termos um bispo decente de um momento para o outro, manter-se-á o estado de necessidade que justifica aquela acção urgente da fraternidade. Rezemos para que aconteça, a bem de todos e para maior glória de Deus.Afonso Miguelhttp://www.semperidem.blogs.sapo.ptnoreply@blogger.com