quarta-feira, junho 29, 2011

Da impossibilidade de mais dois anos de D. José Policarpo

Ao pôr em causa um ensinamento definitivo do magistério, D. José Policarpo, mais do que excluir-se da comunhão com Roma, excluiu-se voluntariamente da própria comunhão eclesial católica. Ora, tal factualidade impossibilita em definitivo que o mesmo possa continuar a governar o Patriarcado olissiponense durante mais dois anos - que, de resto, sempre seriam penosíssimos para o bem das almas dos fiéis -, devendo Roma, perante uma atitude de tamanha gravidade, destituir de funções o ainda formalmente Cardeal-Patriarca de Lisboa com toda a urgência que o caso impõe. Não é tolerável que um bispo que age como aquele agiu possa dirigir a mais recôndita das dioceses, muito menos um dos seis Patriarcados da Igreja do Ocidente.

De resto, em era de informação global difundida instantaneamente pela “internet”, as palavras de D. José Policarpo causaram escândalo grave, público e notório não só intra-muros, mas também no estrangeiro. Longe vão os tempos em que este tipo de declarações do clero progressista nacional, efectuadas com o frio intuito de promover e avançar o processo de auto-demolição da Igreja Católica, apenas suscitavam o apoio cúmplice dos pretensos “especialistas de assuntos de religiosos” disseminados pela comunicação social dita de “referência”. Hoje, as mesmas declarações são escrutinadas com a devida justiça. Como o comprovam os exemplos que abaixo deixo, provenientes da melhor e mais influente blogosfera católica tradicional:

- The mediocre leader of the most mediocre episcopate in Europe: “No fundamental obstacle” to the ordination of women, no “Rorate-Caeli”;

- Ordenação de mulheres só quando “Deus quiser”, no “Fratres in Unum”;

- Una jerarquia dudosa, no “Ex Orbe”;

- Otro cardenal vergonzoso, no “La Cigüeña de la Torre”.

Quando "Deus quiser" ou da quadratura do círculo

Blogue "Em defesa de Lefebvre"

Solicita-me por correio electrónico a Teresa Moreno, por muitos também conhecida como Magdalia, do “Em defesa de Lefebvre”, que informe todos os meus leitores de que não procedeu ao apagamento voluntário daquele blogue, bem como dos restantes espaços de que também era responsável na blogosfera. Tal apagamento deve-se antes a um acto de pirataria informática praticado por alguém sem escrúpulos e que conseguiu apossar-se, não se sabe ainda como, da conta “Blogger” dela.

Pela minha parte, lamento profundamente toda esta situação e faço votos para que a Teresa consiga recuperar os seus blogues (de que sempre fui leitor, mau-grado algumas discordâncias de forma e até de fundo) e regresse rapidamente ao bom combate da tradição católica!

sábado, junho 25, 2011

Mais dois anos de D. José Policarpo

É incompreensível que Roma haja decidido manter no exercício de funções episcopais durante mais dois anos o actual Cardeal-Patriarca de Lisboa, D. José Policarpo, e logo num momento em que este investe de novo, com notório escândalo público, contra o magistério extraordinário infalível da Igreja (no caso concreto, contra a impossibilidade da ordenação sacerdotal de mulheres).

É incompreensível. Ou talvez não.

De duas, uma:

- ou as alternativas possíveis à imediata sucessão de D. José Policarpo, no Patriarcado de Lisboa, são de tal modo ruinosas (pense-se, por exemplo, na pessoa do Bispoa Auxiliar de Lisboa, D. Carlos Azevedo…) que Roma, numa política de pura contenção de danos, já sabendo o que a “casa” gasta com Policarpo, prefere apesar de tudo mantê-lo por mais algum tempo em funções;

- ou então, bem conhecendo o estado comatoso do Catolicismo português, desprovido de qualquer vitalidade ou dinamismo, corroído ao extremo pela heterodoxia e pela heresia, em rebelião pública e notória contra o magistério constante da Igreja, a hermenêutica da continuidade e a reforma da reforma litúrgica, e sofrendo de uma decadência acentuada que o priva praticamente de qualquer influência pública digna desse nome, parece Roma desinteressar-se de vez da sorte do dito Catolicismo português, afinal, hoje em dia, um Catolicismo insignificante e cismático “de facto” que contará muito pouco para os correntes planos romanos, cujos caminhos passam por sítios tão diferentes como os Estados Unidos, a França, a Rússia, o México, o Brasil, a Nigéria ou as Filipinas, mas não por Portugal.

Claro que a mim, como católico e português, muito me entristece e dói esta segunda hipótese; mas não a tenho em conta de implausível, longe disso.

Um importante apelo

Com vista a dar-lhe maior e mais ampla difusão, repercuto aqui o importante apelo feito pela “Una Voce Portugal” no seu blogue: esta associação solicita a todos os fiéis católicos portugueses interessados na celebração da Missa tradicional de rito latino-gregoriano que lhe transmitam tal intenção, para que a mesma, aproveitando para o efeito os contactos entretanto já estabelecidos nesse sentido, possa intermediar junto do episcopado nacional com o fim de obter soluções a contento de todas as partes nas respectivas dioceses.

A vitalidade e a visibilidade pública da Missa tradicional em Portugal passam também em parte não despicienda pela vontade dos fiéis manifestada em actos concretos devidamente organizados e não apenas por um conjunto inconsequente de meras intenções teóricas (como é costume no nosso país), razão por que esta oportunidade não deve de modo algum ser desperdiçada.

terça-feira, junho 21, 2011

Oración especial

Tengo la mayor de las simpatías por el Padre Vincent McNabb, un dominico de tomo y lomo que dio rigor y calado a las tesis distributistas de Chesterton y Belloc.
Un muy buen amigo, tan querido como añorado (¡quién le tuviera más cerca!), me envió esta bellísima oración del Padre McNabb que me llegó al alma y no puedo dejar de compartir con Vds., visitantes de A Casa de Sarto:

Lord Jesus Save Me!
The one whom Thou lovest is strayed.
I have lost Thee.
I cannot find Thee.
Find me.
Seek me.
I cannot find Thee.
I have lost my way.
Thou art the Way.
Find me, or I am utterly lost.
Thou lovest me.
I do not know if I love Thee;
but I know Thou lovest me.
I do not plead my love, but Thine.
I do not plead my strength, but Thine.
I do not plead my deed, but Thine.
The one whom Thou lovest is sick.
I dare not say:
The one who loves Thee is sick.
My sickness is that I do not love Thee.
That is the source of my sickness which is approaching death.
I am sinking.
Raise me.
Come to me upon the waters.
Lord Jesus, "the one whom Thou lovest is sick."

Prayer for the Canonization of Vincent McNabb
Lord, you gave us Your Servant Vincent McNabb as an example of service to the poor, homeless, and the unemployed and as a fearless fighter against modernism and the "Culture of Death". By Father McNabb's ardent concern for those in need, inflame our hearts and lives with compassion for the poor, justice for the oppressed, hope for the troubled, and courage to those in doubt. We pray that the the Church, which he so greatly loved and served, recognize his way to holiness and proclaim him a saint among the Saints in Heaven. Amen.
Gloria

(RCS)

segunda-feira, junho 13, 2011

¿Acercamiento?

En las últimas semanas se dan noticias que, sin duda alguna, están reforzando el papel de la Tradición. Es muy de agradecer que Roma plante cara a los Obispos –y Sacerdotes- que obstaculizan a la Tradición y a la Liturgia de siempre. Siempre hay quien aspira a tener una suerte idéntica a la de los levitas o la de los primogénitos egipcios, esta última interesante en extremo con la colaboración estelar del Santo Ángel Exterminador. Frente a esta gente soez y de baja ralea, Roma remacha el Summorum Pontificum con la Universæ Ecclesiæ, la cual urge a la aceptación más extensa y sin cortapisas de la Misa Tridentina (véanse estos comentarios sobre la Universae Ecclesiae).
La entrevista a Monseñor Guido Pozzo, Presidente de la Comisión Ecclesia Dei, es muy reveladora a este respecto. No sólo defiende el uso del usus antiquior o Forma Extraordinaria del Rito Romano, sino que reconoce que es una Liturgia en alza, que atrae a mucha gente –cada vez más, y encima jóvenes- y donde el sentido sacrificial de la Santa Misa no tiene sordina alguna (“[…] Pienso que el recogimiento interior, el significado de la Misa como sacrificio, es particularmente valorizado por la forma extraordinaria. Esto explica, en parte, el aumento del número de fieles que la reclaman.”) e incluso que puede haber puntos en que la Hermandad de San Pío X tenga razón (“[…] Sin embargo, hay algunas objeciones de la Fraternidad San Pío X que tienen sentido”).
Por lo demás, Mons. Pozzo enfatiza la hermenéutica de la continuidad y dice que la Misa Ordinaria (Novus Ordo o Forma Ordinaria) hay que entenderla a la luz de la Tradición y rechazando las desviaciones rupturistas. Si, por esta vía y esta razón, se empieza a desarrollar un trabajo de desprotestantización del Novus Ordo, esto sería muy bienvenido. La recuperación al modo tradicional de Canon, Ofertorio y Consagración sería el trípode básico lógico de tal aserto de Mons. Pozzo si lo llevamos a sus consecuencias lógicas y últimas.
Hay que felicitar por estos primeros frutos de las conversaciones entre Roma y la Hermandad de San Pío X, en particular a Mons. Guido Pozzo y sus asistentes así como a Monseñor Fellay y la Comisión por él designada. Ojalá las cosas puedan seguir en esta línea y con mejores frutos todavía para bien y gloria de la Santa Madre Iglesia y mayor humillación de los enemigos declarados de la Iglesia, es decir, de la Tradición.
Todo esto ya habla de un interesante acercamiento entre la Fraternidad Sacerdotal de San Pío X y Roma.
Se nos pide que recemos, ofreciendo el Santo Rosario por esta intención, las siguientes oraciones:

VENI, Sancte Spiritus, reple tuorum corda fidelium, et tui amoris in eis ignem accende.
V.Emitte Spiritum tuum et creabuntur;
R.Et renovabis faciem terrae
Oremus:
DEUS, qui corda fidelium Sancti Spiritus illustratione docuisti: da nobis in eodem Spiritu recta sapere, et de eius semper consolatione gaudere. Per Christum Dominum nostrum. Amen.

Pues eso, que el Espíritu Santo guíe a todos.

Rafael Castela Santos

sábado, junho 04, 2011

Decíamos ayer …

A Fray Luis de León, Agustino e insigne profesor de la Universidad de Salamanca, amén de autor del delicioso libro “De los nombres de Cristo” y gran hebraísta (él mismo era de origen judío), le encarcelaron por mor de falsas denuncias. Pasó años en la cárcel de la Inquisición. Al final sus envidiosos detractores, en un cuidadoso proceso realizado por la Santa Inquisición, quedaron retractados y encarcelados; y Fray Luis, liberado y exonerado de los cargos que se le imputaban.
Al volver a su cátedra de la Universidad de Salamanca retomó su discurso justo en el punto en que lo había dejado el mismo día que le encarcelaron años atrás. Fue entonces cuando comenzó su lección en su primer día tras los años de cárcel con la ya famosa frase: “Decíamos ayer …”.
Hace más de un año que se me secó la pluma y se me pegó la lengua al paladar. Una profunda crisis personal y general de la Iglesia y de la Patria, que me afectó de modo muy intenso, hizo que abandonara mi modesta contribución a esta casa, la Casa de Sarto, donde siempre –y gracias a la proverbial hospitalidad portuguesa de mi amigo y hermano en la Fe JSarto- me he sentido como en casa. El Señor ha tenido a bien liberarme (más bien darme un tercer grado) de esta cárcel del espíritu en que me hallaba, aunque no me ha quitado las cruces de la enfermedad, del desempleo parcial y otras que no menciono. Cruces, por lo demás, bien merecidas (¡aún en rigor pocas son!), por mis muchos pecados y tropelías. Pues bien, vuelvo con Vds., queridos fieles lectores, a empuñar la pluma y a compartir mis pensamientos.
Decíamos ayer que esto va mal. Lo decíamos ya hace más de un año, cuando abandoné A Casa de Sarto, y me ratifico. Más digo ahora: va peor y aún ha de empeorar más. Decíamos ayer que la regeneración no ya de Portugal, España o las Españas que en el mundo son, sino de nuestra civilización y del mundo, sólo puede venir de la vuelta a la Tradición Católica. Decíamos ayer que la Tradición no es sólo un esteticismo fraudulento en relación a la Liturgia de siempre, sino que es defensa de esta Liturgia porque esta Liturgia implica un Depósito de la Fe que nos es obligado salvaguardar. Decíamos ayer que el Santo Padre tiene una gravísima deuda pendiente, y que actúa de modo imprudentísimo, al no hacer la Consagración de Rusia al Inmaculado Corazón que Nuestra Señora pidió en Fátima. Decíamos ayer que es indispensable sacar a la Tradición de la intemperie y que ha de estar integrada en Roma para que rinda fruto, pues católicos, apostólicos y romanos somos. Decíamos ayer que el Katechon ha sido retirado por obra y gracia del Vaticano II y del modernismo y que de este modo precipitamos la transición de la Iglesia de Sardes a la de Filadelfia. Decíamos ayer que es prácticamente imprescindible leer a Castellani para enterarse de todo este desaguisado, en particular “El Apokalypsis”, “Los papeles de Benjamín Benavides” y “Cristo, ¿vuelve o no vuelve?”.
Decimos hoy, año y medio después, que ha quedado claro que el poder le ha sido dado al Asia, con lo que el sello y marchamo de haber entrado en los tiempos apocalípticos ya es indudable; signo al que hay que añadir la reconstrucción del Estado de Israel y la Apostasía general que nos aflige. Decimos hoy que es justo, ahora que la naturaleza muestra su ira contra esta humanidad amoral plena de pecado no arrepentido, ahora que suenan tambores de guerra en Oriente Medio, ahora que hay catástrofes climáticas y nucleares como nunca había habido, ahora que tantos y tantos signos extraños acontecen delante de nuestros ojos, que miremos a Cristo Nuestro Señor sufriente en la Cruz y majestuoso en el Cielo, y que nos llenemos de esperanza. Decimos hoy, con más énfasis que nunca, que nadie se llame a engaño y crea que esto es el fin del mundo: esto es el Juicio de las Naciones, que son cosas distintas.
Diremos mañana que hay una restauración de la Fe, que estamos en la última Iglesia, en la de Laodicea. Diremos que hay Santos como nunca los hubo. Diremos que la humanidad vivirá en paz bajo el yugo suave de Cristo Rey. Diremos que, después de tanto desastre y castigo, hay bendiciones generosas en todos los órdenes, materiales y espirituales. Diremos que ha habido un grito de alegría y liberación que recorrerá el orbe, de norte a sur, de este a oeste. Diremos que el Anticristo ha sido eliminado por el soplo de la boca de Jesucristo, nuestro Salvador.
Decíamos ayer, decimos hoy y diremos mañana que estemos preparados para este trance supremo. Con las armas espirituales de las que nos habla San Pablo, específicamente con aquellas que nos indica Nuestra Señora en Fátima: oración, arrepentimiento, expiación. Viviendo en plenitud en este mundo, como si no viviéramos, como si fuéramos a ser mártires mañana. Gozando de lo que Dios nos da, pero como si no tuviéramos.
¡Ánimo, hermanos en la Fe y gente de buena voluntad! Al Enemigo le quedan ya tiempos breves. Serán muy turbulentos y dolorosos, mas serán cortos. El Reinado de Cristo, nuestro verdadero Don Sebastián, por el que hemos sentido saudade y suspirado siempre, está próximo.
¡Maranâ' thâ'!, מרנא תא

Rafael Castela Santos