terça-feira, fevereiro 28, 2006

Breves - 18


1) Um tribunal federal norte-americano proibiu a exibição de símbolos cristãos nas escolas públicas de Nova Iorque, sem prejuízo de permitir essa mesma exibição no caso de tais símbolos serem judaicos ou muçulmanos. Porquê uma decisão deste teor absolutamente inqualificável? Por ser possível humilhar sem riscos e cobardemente os cristãos, ao invés do que sucede com os judeus ou os muçulmanos, os quais sabem sancionar sem hesitações - uns, subtil e friamente; outros, directa e brutalmente - quem se atreve a ofendê-los?... De qualquer maneira, como o comprova o decidido pelo tribunal em apreço, a ditadura do politicamente correcto, autêntica antecâmara da tirania da nova ordem mundial, está cada vez mais enlouquecida e descontrolada, mostrando à exaustão onde está o seu principal inimigo.

2) Porque os fautores da tal nova ordem mundial começam a rufar outra vez os tambores da guerra, para uma nova e mais desastrosa aventura bélica a ocorrer no Irão, tem inteira oportunidade destacar neste espaço o livro "Neo-Conned! Just War Principles: A Condemnation of War in Iraq", obra colectiva para a qual contribuiram autores tão importantes como Patrick J. Buchanan, Samuel Francis, Joseph Sobran, Charley Reese, Eric Margolis, Paul Gottfried, Juan Carlos Iscara (sacerdote católico argentino, professor de História da Igreja, Teologia Moral e Literatura, no Seminário de São Tomás de Aquino, da Fraternidade de São Pio X, em Winona, Minnesota, Estados Unidos), John Rao, ou Paul Likoudis, e que se apresenta nestes termos:

"In 1928, Franziskus Stratmann, a German Dominican priest and a leading Catholic peace activist, warned that the "modern movement against war" threatened to become the "reckless revolutionizing of the masses against lawful authority, and the unchecked rule of individualism."

He insisted, therefore, "that the protest against the boundless arbitrariness and barbarity of modern war should find an echo where the greatest spiritual and moral power is still enthroned: on the rock of Peter". He asserted in the strongest terms "that the protest against the exaggerated power of the State and military ruthlessness, and the right, in certain cases, to deny obedience to the State, can be confirmed by appealing to Tradition, Holy Writ, and to the noblest authorities of the Church teaching and the Church taught."

Stratmann's wisdom has finally hit the world of current affairs with a vengeance. The editors of Neo-Conned! Have assembled an all-star lineup of journalists, academics, and commentators who bring to bear the wisdom of Catholic tradition and the prudence, realism, and common sense of authentic patriotism on the tragic and immoral 21st century war against Iraq.

The vocal apologetic for war in Iraq of neo-conservative Catholics, along with the muted response of the American Hierarchy, kept antiwar Catholics on defensive in the months leading up to the war, and caused a spectacle of Catholic powerlessness in the face of an agressive, self-proclaimed "Christian" presidency.

The thirty-one essays and interviews in Neo-Conned! succeed in righting that wrong, setting forth in clear and persuasive terms the Catholic and genuinely patriotic objection to war in Iraq, based upon both the venerable just-war tradition and solid political analysis. They also refute the most pernicious myths about religion, war, and Christian citizenship, arguing from Catholic doctrine and solid logic that God, the Church, and conscience take precedence over the government in determining both the justice of a war and morally acceptable courses of action for Christians who are called upon to support it.

The essays and interviews in Neo-Conned! dissect the moral and religious aspects of the war in Iraq with unparalleled precision and honesty, while the the appendices explain just-war doctrine and conscientious objection in absolutely orthodox terms. Together they represent the best in contemporary moral and political analysis."

3) Finda a A-8, antes de entrar em Lisboa e começar a atacar a Calçada de Carriche, julgo ver à distância um cartaz propagandístico com a cara do Presidente dos Estados Unidos, George W. Bush: que faz uma coisa destas aqui em Odivelas? - pergunto. Aproximo-me e fico mais tranquilo: é tão-só publicidade do cantor Emanuel a anunciar um concerto no Coliseu dos Recreios! E já agora, para o meu amigo Nelson Buíça, que tal este "Cheney's got a gun?"

4) Tenho acompanhado o interessantíssimo debate sobre a questão nacionalista envolvendo o Combustões, o Corcunda, o Engenheiro, o Jansenista, o JeMantiaindrai e o Manuel, todos eles senhores de alguns dos espaços de mais elevado nível da blogosfera portuguesa, apesar das naturais diferenças e reservas doutrinárias que num ponto ou outro me possam suscitar. Não me imiscuirei directamente na discussão, mas servir-me-á ela de mote para proximamente recordar o magistério católico tradicional sobre o amor cristão à pátria.

5) Nesta sequência, aproveito para manifestar a minha perplexidade perante a lei da nacionalidade recentemente aprovada pelo Parlamento, bem como face ao projecto legislativo governamental de institucionalização de um documento de identificação único.

No atinente à primeira, já sustentei em momento anterior que a nacionalidade portuguesa há-de assentar eminentemente num direito de sangue, isto é, serem considerados portugueses os nascidos em Portugal filhos de pais portugueses, sem prejuízo de essa nacionalidade poder ser concedida a terceiros por outras vias, independentemente da sua origem étnica e proveniência geográfica, na condição de os mesmos terem uma ligação real, efectiva e concreta à comunidade nacional, e de nela estarem plenamente integrados. Ora, esta preocupação está arredada de modo notório da lei recentemente aprovada, já que é evidente que uma ligação de tal tipo não existe no caso do estrangeiro ou estrangeira que haja convivido em simples união de facto (!) com uma portuguesa ou um português pelo escasso período de três anos; no do garoto estrangeiro que se limite a concluir em Portugal a instrução primária; ou no do estrangeiro que perfaça no País dezoito anos de idade, tendo vivido nele ininterruptamente durante os últimos dez anos, ainda que ilegalmente. Pelo contrário, parece que a principal preocupação do legislador foi a de criar um conjunto de cidadãos nacionais de pura conveniência e sem quaisquer laços verdadeiros com Portugal, à imagem e semelhança das frotas de marinha mercante de alguns Estados, como forma subreptícia de tentar ampliar as clientelas dos partidos de esquerda e extrema-esquerda e, assim, viciar o processo eleitoral.

No concernente ao segundo, já defendi em altura prévia que a introdução do documento de identificação nacional único é passo imprescindível, não só pela imensa concentração de informação disponível respeitante a cada um e a todos os cidadãos que permitirá, e que de outro modo estaria dispersa e apenas com muita dificuldade poderia ser cruzada, mas sobretudo porque dará um poder de vigilância absoluto, "orwelliano", sobre a vida de todas as pessoas, àquele que vier a controlar tal concentração de informação, a qual iniludivelmente se prestará a todo o tipo de abusos. Ouso mesmo dizer que estará aqui a génese do processo que nos levará, num futuro não muito distante, à obrigatoriedade da implantação corporal do "chip" electrónico identificativo. Muito estranho não ver a direita, seja ela a liberal, a conservadora ou a nacional, preocupada com um problema desta gravidade...

6) O Mendo Ramires decidiu-se finalmente a abrir um blogue pessoal: faço votos para que a "Torre", à imagem dos mosteiros no Ocidente depois do fim do Império Romano, seja um oásis da elevação cultural e espiritual tão estimada pelo seu autor, no meio de um mundo cada vez mais bárbaro.

7) Finalmente, ao "Insurgente", espaço que muito estimo pelas suas características eminentemente paleolibertárias, apesar de algumas derivas neoconservadoras menos conseguidas, felicito-o pela passagem do seu primeiro aniversário. E saber que Pedro Sette Câmara passa a colaborar naquele, sobretudo agora que renegou o absurdo astrológico, é uma excelente notícia!

JSarto

quinta-feira, fevereiro 23, 2006

A Fraternidade de São Pio X e Roma - 5


Mais três textos de leitura obrigatória: o primeiro, dividido em parte I e parte II, do blogue "Truerestoration" relata o teor da conferência que Monsenhor Bernard Fellay deu em Watkins, Colorado, Estados Unidos; os segundo e terceiro, do já imprescindível e inevitável "Rorate Caeli", fazem o ponto da situação deste assunto.

JSarto

quinta-feira, fevereiro 16, 2006

A Missa de Requiem, de Mozart


Como é hábito dizer-se, mais vale tarde do que nunca: aqui fica a minha homenagem a Mozart, na passagem dos duzentos e cinquenta anos do seu nascimento, com estes três vídeos da sua admirável Missa (de rito latino-gregoriano) de Requiem - Dies Irae, Agnus Dei e Sanctus (este último é simplesmente soberbo) -, recordando que houve um tempo em que a Igreja tinha a composição da música religiosa a cargo de mestres como o génio de Salzburgo.

E, a talhe de foice, aqui fica um extracto da imorredoira Encíclica "Mediator Dei", do Papa Pio XII:

"Assim, para dar um exemplo, está fora do caminho quem quer restituir ao altar a antiga forma de mesa; quem quer eliminar dos paramentos litúrgicos a cor negra; quem quer excluir dos templos as imagens e as estátuas sagradas; quem quer suprimir na representação do Redentor crucificado as dores acérrimas por ele sofridas; quem repudia e reprova o cântico polifónico, ainda quando conforme às normas emanadas da Santa Sé."

JSarto

O triunfo de Romano Amerio


Começa a ser feita justiça, e ao mais alto nível, à pessoa de Romano Amerio, firme defensor da tradição católica na segunda metade do século XX, e, por isso mesmo, durante longo tempo, votado ao um injusto ostracismo. O seu monumental livro "Iota Unum", autêntica obra-prima de escalpelização dos efeitos devastadores do modernismo no seio da Igreja pós-conciliar, constitui por si só a prova plena do estado de necessidade gritante em que esta se encontra, bem como da justeza do combate tradicionalista para inverter tal situação.

JSarto

A Fraternidade de São Pio X e Roma - 4

A Santa Sé não forneceu quaisquer detalhes acerca dos temas abordados na reunião de 13 de Fevereiro entre o Papa Bento XVI e os responsáveis da Cúria Romana, o que já era de esperar. A realização de uma nova reunião subordinada à mesma ordem de trabalhos encontra-se agendada para o próximo dia 20 de Março.

Dos rumores que correm pela rede, consta que o Cardeal Arinze terá manifestado alguma reserva aos projectos do Papa Bento XVI, o que não deixa de ser algo surpreendente, atendendo ao facto de o cardeal nigeriano possuir uma reputação de conservador em matéria doutrinária. Assim, estranhamente, Arinze parece encarar o Vaticano II nos moldes da hermenêutica da ruptura tão criticada pelo próprio Papa. Sem prejuízo, tudo indica que Sua Santidade mantém a firme intenção de encontrar rapidamente uma solução para as divergências existentes entre Roma e a Fraternidade de São Pio X.

Sobre toda esta matéria, como habitualmente, sugiro ainda a leitura dos artigos publicados no "Rorate-Caeli".

JSarto

segunda-feira, fevereiro 13, 2006

A Fraternidade de São Pio X e Roma - 3


O Papa Bento XVI tem agendado para hoje um importante encontro com os Cardeais-Prefeitos das diferentes Congregações Pontifícias, com as seguintes finalidades: a) discutir o levantamento das excomunhões pronunciadas contra Monsenhor Marcel Lefebvre e os restantes Bispos da Fraternidade, em 1988, pelo Papa João Paulo II; b) debater uma solução canónica que permita a celebração da Missa de rito latino-gregoriano em termos muito mais amplos do que os presentemente consentidos pelo Motu Proprio "Ecclesia Dei".

Sobre este encontro, recomendo a leitura deste artigo do sempre bem informado "Rorate-Caeli", mais as respectivas ligações nele assinaladas, e ainda estoutro da "Dici". Para quem não haja tido a paciência de escutar o importante sermão proferido por Monsenhor Bernard Fellay, no passado dia 2 de Fevereiro, em Flavigny, aqui fica também um breve resumo escrito do mesmo.

JSarto

New Oxford Review


Embora já soubesse da sua existência, só há pouco tempo, encaminhado por um blogue católico tradicional norte-americano, é que conheci mais aprofundadamente a "New Oxford Review", que agora reputo de excelente. Recomendo vivamente aos meus leitores que a visitem. Pela minha parte, tornei-me assinante de ambas as suas edições: a em linha, e a de papel. E, ademais, gosto do mote com que esta revista se anuncia: "Yes, many hate us. Ah, but they also fear us. That's why many others love us. If you hunger for the red meat of Catholicism, subscribe!"

JSarto

Fatima Radio

O "Fatima Center", dirigido pelo incansável Padre Nicholas Gruner, dispõe agora, e para maior eficácia das missões a que se propôs - a divulgação da mensagem de Fátima, e a defesa da tradição católica -, de uma emissora radiofónica - a "Fatima Radio". Aconselha-se a audição.

JSarto

segunda-feira, fevereiro 06, 2006

No Grande Silêncio


A vida quotidiana no Mosteiro da Grande Cartuxa, num filme realizado pelo alemão Philip Gröning, e cujo respectivo "trailer" pode ser visto aqui. Belíssimo!

JSarto

A Fraternidade de São Pio X e Roma - 2


Sobre este tema, chamo a atenção para o importantíssimo sermão que Monsenhor Bernard Fellay proferiu no passado dia 2 de Fevereiro, no Seminário de Flavigny, em França, e que pode ser escutado aqui e na íntegra, num francês absolutamente cristalino.

Alerto igualmente para a leitura
deste artigo publicado no jornal "The Remnant", e que possui utilíssimos elementos de reflexão acerca da forma como os católicos tradicionais devem encarar o momento presente das relações entre a Fraternidade de São Pio X e Roma.

JSarto

O caso das lésbicas casadoiras

Com a outra polémica da semana - a das lésbicas casadoiras -, não vou perder muito tempo. Apenas o suficiente para recordar que o casamento é sempre e só a união entre homem e mulher, com vista à constituição de família mediante uma plena comunhão de vida, bem como à educação da prole fruto dessa união, não incumbindo ao Estado, através da lei positiva, alterar esta verdade contida nas leis divina e moral. E tal factualidade é vinculativa tanto para os heterossexuais, como para os homossexuais e os bissexuais, pelo que não faz qualquer sentido falar-se aqui numa discriminação em função da "orientação sexual".

De resto, lamenta-se o papel a que os órgãos da comunicação social dita de referência se prestaram uma vez mais - na verdade, órgãos de pura propaganda política apostados na implosão dos valores civilizacionais fundamentais da nossa sociedade, em obediência às centrais da subversão que controlam a linha editorial dos mesmos. Só com a sua repugnante colaboração, longamente matutada e friamente executada, é que o circo montado à volta das duas infelizes que pretendem emparelhar poderia atingir a dimensão promocional que atingiu.

JSarto

As caricaturas do profeta Maomé

Estava a pensar escrever um artigo sobre a polémica despoletada à volta das caricaturas que um jornal dinamarquês publicou sobre o profeta Maomé, quando deparei com este artigo do Pedro Guedes que me poupa tal trabalho, já que o subscrevo em todas as suas linhas fundamentais, recomendando vivamente a leitura do mesmo.

JSarto

Assim está melhor!

Conta-se que nos tempos ditos da "outra senhora", um agente da autoridade surpreendeu em flagrante delito um oposicionista que havia acabado de pinchar os seguintes dizeres numa qualquer parede: "Morra Salazar Não Faz Falta". Perante tamanho atrevimento, deu-lhe imediatamente voz de prisão. Sem perder a presença de espírito, o oposicionista retorquiu, arguindo que ainda não havia terminado a sua frase. E, de uma penada, acrescentou-lhe um ponto de interrogação e dois de exclamação: "Morra Salazar? Não! Faz Falta!" Vendo isto, o agente exclamou - "Assim está melhor!" E seguiu o seu caminho.

Ora, também eu digo neste momento, ao saber da reconsideração que o amigo Misantropo fez de não abandonar as lides blogosféricas: assim está melhor, muito melhor mesmo!

JSarto

sábado, fevereiro 04, 2006

E para descontrair, as cinco pequenas manias

Insta-me o Corcunda a responder a um inquérito acerca de cinco pequenas manias que a minha pessoa tenha. Não são particularmente interessantes, mas aqui deixo o meu testemunho acerca delas:

- Quando tomo um café, a seguir tenho de beber uma água mineral gaseificada (de preferência, "Castello", passe a publicidade), ou, havendo mais tempo, um copo de whisky;

- Costumo deixar os livros que a cada momento vou lendo, e enquanto não os termino, sempre arrumados com a contracapa virada para cima, nas minhas secretária de trabalho ou mesinha de cabeceira;

- Nunca saio de casa sem puxar bem o lustro aos sapatos que calço;

- Escrevo habitualmente com uma caneta de tinta permanente, ainda que tão-só para fazer simples esboços de ideias;

- Os tapetes do meu automóvel, mesmo em dias de chuvosa invernia, têm de estar sempre impecavelmente limpos.

JSarto

A Fraternidade de São Pio X e Roma - 1

Atendendo às importantes evoluções que se têm verificado desde final de Agosto do ano passado no relacionamento entre a Fraternidade Sacerdotal de São Pio X (que, recorde-se, este espaço não representa, nem vincula de qualquer maneira) e Roma, sob a rubrica em epígrafe, "A Casa de Sarto" passa a acompanhar e a destacar as novas mais importantes atinentes a tão relevante assunto.

Hoje, aqui fica o conteúdo da conferência de imprensa concedida por Monsenhor Bernard Fellay, em Paris, à Associação dos Jornalistas de Informação Religiosa, bem como esta excelente notícia do jornal "Clarín", de Buenos Aires. Recomendo, enfim, a leitura do altamente recomendável blogue "Rorate Caeli".

JSarto

Um gesto especialmente agradável


Em gesto especialmente agradável, surpreende-me o Rafael com o envio de um grosso volume intitulado "La Verdad os hará libres - Sermones 2000 - 2003", publicado no ano de 2004, em Bogotá, Colômbia, de autoria do Padre Basílio Meramo, de que já se falou n"A Casa de Sarto". Agradeço muitíssimo tal atenção ao meu amigo! Leitura prioritária e obrigatória para os tempos mais próximos! E já são tantas! Vai ser bom ler e recordar as palavras sábias de um sacerdote católico íntegro e exemplar como deveriam ser todos os sacerdotes que servem a Cristo, e que em momento feliz e oportuno tive a honra de conhecer pessoalmente.

JSarto

La messe de toujours


Au cours du sacrifice de la messe "se réalise toute la Révélation, le mystère de la foi, l'achèvement des mystères de l'Incaranation et de la Rédemption, toute l'efficacité de l'apostolat", n'hésitait pas á écrire Mgr Marcel Lefebvre en une formule d'une saisissante intensité.

Le prêtre, le religieux, le missionaire, l'evêque, le supérieur, le fondateur qu'il a été sucessivement n'a cessé d'approfondir ce grand mystère du renouvellement non sanglantdu sacrifice de la Croix qui est, selon ses mots, "le coeur de la théologie, de la pastorale et de la vie de l'Église".

Le présent ouvrage reprend de façon méthodique tout ce que le prélat a pu dire ou écrire sur la messe, sur ses rites, sur ses prières, sur sa théologie, sur sa spiritualité, sur son esprit, sur sa grâce. On y suit pas á pas l'ordinaire de la messe traditionelle, puis on examine par contraste le Nouvel ordo de la messe promulgué en 1969 par Paul VI.

Le lecteur pourra ainsi découvrir ou redécouvrir, avec profondeur et simplicité, la sainte messe, ce trésor caché, "cet acte de la prière chrétienne le plus sublime".

Pedidos: Clovis, B.P. 88, 91152 Étampes Cedex, França, ou SA D.P.F., B.P. 1, 86190 Chiré-en-Montreuil, França. Preço: € 25 + € 5 (porte de correio).

JSarto

Tradition an the Church


De uma das melhores editoras de livros católicos tradicionais deste mundo e arredores - a Tan Books -, acabei de receber, "Tradition and the Church", de Monsenhor George Agius (também disponível na Amazon). A seu tempo, darei mais aprofundadamente conta do teor deste livro n"A Casa de Sarto". Por ora, para satisfazer a curiosidade dos meus leitores, aqui fica a apresentação que a editora dele faz:

"Scripture and Tradition are the two sources of the Catholic Faith. Everyone knows what Scripture is, but what exactly is Tradition? (...) Based on Church's constant teaching, "Tradition and the Church" answers the question, and thereby satisfies a great need.Written by a priest from Malta with two doctoral degrees, who was incardinated in the Lincoln, Nebraska, diocese, and first published in 1928, this book exposes all aspects of Tradition, so that once a person has read it, he will never again question the nature of Tradition and will have a healthy respect for what has come down to us from the Apostles. The author admits that he wrote his book as a "bridge" to "span the chasm" that has developed between modern man's current religious thinking and the Living Christian Tradition that was handed down by Jesus Christ through the Apostles and the Catholic Church. Thus, "Tradition and the Church" becomes a wonderful aid for those Christians separated from the Catholic Church, that they may see where their spiritual allegiance should be.

Making many important distinctions, Msgr. Agius explains the relationship of Tradition to Sacred Scriptures, the means by which Tradition is safely transmitted, the reasons for the incorruption of Catholic Tradition, the bases of the Church's dogmatic definitions, the authority and dominant role of the Fathers of the Church regarding what is included in Tradition, the necessity of Apostolic Sucession, the inabilityof the Protestant system to maintain Christian teaching in its purity, and many other points. The author also shows Tradition precedes Scripture - both historically and theologically - that the early Church was inexorably hostile to new doctrines, that modern "religious unity" can be a temptation against Catholic faith, and that Divine Revelation was complete with the death of the Apostles and is now closed forever - excluding the possibility that a new church or a newer testament will ever be revealed by God to man".


JSarto

quinta-feira, fevereiro 02, 2006

El Carlismo y la "libertad religiosa"

“El Carlismo ha defendido siempre la unidad religiosa de España. Más aún: esa unidad es la piedra angular del orden político que el Carlismo propugna. Cuando hace de Dios el primero de sus lemas no significa simplemente que cree en la existencia de Dios en el Cielo o que propone la religiosidad como norma de vida de sus adeptos. El trilema carlista no es un programa de vida personal, sino el ideario de un sistema político. La unidad católica, por lo demás, aunque a veces de forma incongruente con el régimen político, ha estado vigente en España desde tiempos de Recaredo, en el siglo VI, hasta la actual Constitución de 1978, con la sola excepción de los cinco años de la segunda República.
¿Qué es la unidad religiosa? Para mejor entendernos, digamos ante todo qué no es la unidad religiosa. No es, contra lo que muchos creen, coacción ni intolerancia. La fe no puede imponerse a nadie, ni moral ni siquiera físicamente, puesto que es una virtud infusa que Dios concede y que incide en lo más íntimo de cada alma. Tampoco debe ejercerse coacción alguna sobre el culto privado de otras religiones, ni sobre su práctica en locales o templos reservados, con tal de que no se exteriorice ni se propague públicamente, ya que en un Estado confesional la difusión de las religiones falsas debe considerarse como más dañina que la propagación de drogas o sustancias nocivas.
Más aún: el sistema tradicional aconseja el prudencialismo político de acuerdo con el cual el gobernante católico en cuyo pueblo estén arraigadas de hecho más de una confesión religiosa, debe basarse en lo que tengan de común esas religiones, y practicar la tolerancia de cultos. No es el caso de España, donde no existe otra religión ni histórica ni ambientalmente establecida más que la católica.
¿Qué significa entonces la unidad religiosa que el Carlismo propugna como primero de sus lemas? Simplemente, que la legislación de un país debe estar inspirada por la fe que se profesa –la católica en nuestro caso– y que no puede contradecirla; que las costumbres, en cuanto son influidas por la ley y la política del gobernante, debe procurarse que permanezcan católicas. Que la religión, en fin, debe ser objeto de protección por parte de la autoridad civil. Dicho de otro modo: que no se pueden dictar ni proponer leyes que contradigan a la moral católica –ante todo el Decálogo–, ni que atenten a los derechos y funciones de la Iglesia. Este fundamento religioso (religión es religación con un orden sobrenatural) es radicalmente opuesto al principio constitucional moderno, según el cual el poder procede del hombre, de su voluntad mayoritaria, y nada tiene que ver con Dios ni con el Decálogo, que sólo concierne a la vida privada de quienes profesan esa religión. Recordemos que el origen de nuestras guerras civiles –que siempre tuvieron un trasfondo religioso– los dos gritos que se oponían entre sí eran ¡Viva la Religión! y ¡Viva la Constitución!
La confesionalidad del Estado y la conservación de la unidad religiosa allá donde exista son, ante todo, una consecuencia del primer Mandamiento que nos prescribe amar a Dios sobre todas las cosas, y no sólo en nuestro corazón o privadamente, sino también las colectividades que formemos, familiares o políticas. En segundo término, es una necesidad para conservar el bien inmenso de una religiosidad ambiental o popular, de lo que depende en gran medida la salvación de las almas. En algunos momentos cumbre de la historia el Cristianismo se propagó de un modo súbito, cuasi milagroso: en el Imperio Romano en tiempos de los apóstoles, en la rápida cristianización de los pueblos bárbaros a la caída de Roma, en la difusión fulgurante de nuestra fe en la América española. Pero en lo demás la fe requiere ser mantenida con esfuerzo y evitarle peligros, al igual que debemos hacer con nuestra fe personal, y con la salud y el dinero, y cualquier género de bienes, que requieren ser guardados y preservados. Bajo un Estado laico la fe tiene que perderse, porque ese pueblo no merece la fe que ha recibido, y ello está a la vista en nuestra sociedad.
En segundo lugar, tampoco puede subsistir un gobierno estable que no se asiente en lo que Wilhelmsen ha llamado una "ortodoxia pública". Es decir, un punto de referencia que sirve de fundamento a la autoridad y a la obligatoriedad de las instituciones, las leyes, las sentencias. En rigor, si se establece la libertad religiosa (y el consecuente laicismo de Estado) resulta imposible mandar ni prohibir cosa alguna. ¿En nombre de qué se preservará en una tal sociedad el matrimonio monógamo? ¿Bajo qué título se prohibirá el aborto, la eutanasia y el suicidio? ¿Qué se podrá oponer al nudismo, a la objeción de conciencia, a las drogas o a la promiscuidad de las comunas?
Bastará que el afectado por el mandato o la prohibición apele a una religión cualquiera –incluso individual– que autorice tal práctica o la prohiba. ¿Y qué límite podrá poner el Estado a esa libertad religiosa si se la supone basada en "el derecho de la persona"? Quien desee divorciarse o vivir en poligamia no tendrá más que declararse adepto a múltiples religiones orientales, o al Islam, o a los mormones. Quien quiera practicar la eutanasia o inducir al suicidio, podrá declararse sintoísta. El que desee practicar el desnudismo público alegará su adscripción a la religión de los bantús, y los objetores al servicio militar buscarán su apoyo en los Testigos de Jehová. En fin, los que vivan en promiscuidad o se droguen, hallarán un recurso en los antiguos cultos dionisíacos o báquicos. La inviabilidad última de cualquier gobierno humano (que recurre simplemente a la fuerza) se hace así patente. La "libertad religiosa" es, por su misma esencia, la muerte de toda autoridad y gobierno.
Se objetará, sin embargo, que la Declaración Conciliar Dignitatis Humanae del Concilio Vaticano II ha propugnado la libertad religiosa y el consiguiente laicismo de Estado.
¿Qué hemos de pensar de esto los carlistas? A mi juicio, lo siguiente:
1.º.- El Concilio Vaticano II no es un concilio dogmático sino sólo pastoral, por propia declaración: por lo mismo, exento de infalibilidad.
2.º.- La libertad religiosa en el fuero externo al individuo contradice la enseñanza de todos los papas anteriores (uno de ellos santo) desde la época de la Revolución Francesa, y particularmente a la encíclica Quanta Cura de Pío IX que reviste las condiciones de la infalibilidad.
3.º.- La Declaración Conciliar se contradice a sí misma, puesto que afirma al mismo tiempo que deja intacta la doctrina anterior.
4.º.- Los amargos frutos de esa Declaración son bien patentes en la Iglesia y en la sociedad.
5.º.- Si esa Declaración hubiera de ser recibida como "palabra de Dios", al Carlismo no le quedaría más que disolverse, porque ha sido el último y más heroico empecinamiento en la defensa del régimen de Cristiandad.”

Rafael Gambra Ciudad

(RCS)